quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Mensagem de fim de ano

Terminou o ano. Mais uma vez, o ciclo irá recomeçar. As festas estão chegando e com elas a esperança de um mundo melhor, de paz, de prosperidade... Muitos são os pedidos que chegam à Deus, à Oxalá, à Alah, ao GADU.’. ...
Estamos sempre em conexão com um poder superior através de pedidos. Mas será que não nos cabe tentar fazer com o nossos sonhos se realizem? Será que o que nos cabe é ficar sentado esperando uma graça divina?
Acompanhamos por todo o país (a internet mostra tudo e todos democraticamente) várias situações e pessoas, todas a seu modo, vivendo sua vida de acordo com sua consciência. Basta uma pequena dificuldade, para recorrermos, todos, a uma instância superior, a uma divindade, a algo que nos conforte.
E o agradecimento? E quando estas dificuldades não existem? Você se lembra de alguém? Vamos exemplificar: quando uma rua está com buracos, na hora culpamos os políticos. Mas quando a rua é calçada, eles não fizeram mais que sua obrigação.
Infelizmente, não temos a cultura do agradecimento. Mas penso que deve ser uma prática que todos devemos adotar. Não somente neste período do natal, mas durante toda a vida, em todos os sentidos. Não agradecemos ao garçom, por exemplo. Há quem diga, ainda, que ele está sendo pago pra atender. Se for assim, de que modo você paga a Deus?
Não quero que ninguém corra pra Igreja, terreiro, loja, centro ou mesquita, muito menos que vire santo de uma hora pra outra. Não estou propondo mudanças de religião. O que estou tentando dizer, e cabe a qualquer um – e a mim também, é que precisamos mudar de atitude.
Comece mudando suas ações dentro de casa, com sua família. Trate as pessoas como gostaria de ser tratado. Tente entender a opinião alheia e, caso não concorde, respeite. Perdemos os valores, o mundo está diferente.
A ambição e o consumismo desenfreados minaram os valores, os sentimentos e as boas ações. A televisão não deve ser referência para ninguém. Estou falando de todos os canais. A personagem da novela é só uma personagem. Não existe, é ficção. O mundo virtual é virtual. Aqui qualquer um pode ser o que quiser. Seja você, busque melhorar por suas ações, através do seu trabalho. Criticar por criticar é fácil, tentar fazer igual, ou melhor, é que é complicado.

Finalizando, quero que você tenha um ano cheio de realizações e reflexões. E que seus sonhos se realizem através do seu trabalho. Boas festas!

Martim Barbosa.'.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Começaram as seletivas para o TUF Brasil 3

O UFC realizou no dia 11 de novembro, no Rio de Janeiro, as seletivas para a terceira temporada do reality show The Ultimate Fighter Brasil - Em Busca de Campeões, ou TUF Brasil, como já ficou conhecido. Entre as centenas de candidatos que apareceram num hotel na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, para tentar uma vaga na casa, estavam veteranos que já flertaram com o UFC, nomes já conhecidos do circuito nacional e desconhecidos buscando um lugar ao sol.
As seletivas foram realizadas para pesos-médios, pesos-meio-pesados e pesos-pesados. Figuras carimbadas do Jungle Fight, Bitetti Combat e Wocs estavam presentes, entre eles, o ubaense Éder Bambu Souza.
Joe Silva, matchmaker (responsável pelo casamento de lutas) do UFC, afirmou que os cartéis profissionais de cada lutador são os dados mais importantes para ele na seleção. Antes de serem entrevistados pelos produtores, os atletas passam pela sua avaliação. Todavia, ele reconheceu que as entrevistas são muito importantes para quem segue adiante.
“É um programa de televisão. Minha parte é dizer que este lutador é bom o suficiente na parte da luta: ele tem o cartel e tem as habilidades. Mas aí, vai para os produtores, e eles têm que fazer entrevistas, e eu digo aos lutadores que esta é a parte difícil, porque eles não estão acostumados com isso. Estão acostumados aos treinos e lutas, mas não a estar em frente a uma câmera, com um microfone na cara, e a mostrar sua personalidade. Depois de passarmos pela minha parte, eu digo, 'Esta é a parte difícil, vocês têm que marcar um golaço aqui', porque às vezes eles estão cansados, acabaram de fazer manopla, entram na entrevista e começam com o 'Sim. Não. Que seja' e não mostram sua personalidade. Essa é sua hora de brilhar”, explicou Silva, que descartou que os lutadores que conhecem ou treinam com atletas do UFC tenham vantagem na seleção.
“Sempre que temos uma seletiva, todo mundo no UFC me liga dizendo, 'Joe, eu tenho um cara que tem que estar lá dentro! Dá uma chance a ele!' Eu olho para todos. Eu não me importo com quem você está, mas com o que você fez. Se você é talentoso e tem um bom cartel, é isso que vai te fazer entrar”, concluiu o dirigente.

Grupo Jovem Master do Tabajara há 15 anos na atividade

Uma das principais bases para a manutenção da saúde e para uma vida feliz e plena é a prática de atividade física. Ela pode ser realizada com regularidade em qualquer idade e para a turma da Terceira Idade ela se torna ainda mais importante. O clube Tabajara há 15 anos promove aulas de dança, step, jump e localizada para mulheres entre 50 e 85 anos.
Chamadas carinhosamente de Grupo Jovem Master, elas se reúnem três vezes na semana (segundas, quartas e sextas-feiras, entre 8h e 9h) e suam a camisa pra valer. As aulas são ministradas pela professora Simone Biscotto e para quem quiser se inscrever e fazer parte do grupo basta um atestado médico que qualifique o interessado e um teste para a regulagem da carga, diz Simone. O Clube funciona de segunda a sexta-feira, das 6h às 10h e aos domingos de 6h às 18h, o telefone é o (32) 3532-2471. O Grupo Jovem Master é só pra sócios do clube.
Atualmente, 70 mulheres participam do grupo, “um número bem expressivo, mas pode aumentar”, garantiu Simone. Ela também disse que os exercícios têm que ter uma interação alimentar balanceada e saudável a base de muitas frutas e verduras: “água a vontade”, lembrou.  Simone destacou que, “com o passar do tempo algumas alterações também acontecem no corpo, como: perda da força muscular, diminuição da flexibilidade, da agilidade e da coordenação. Todas estas alterações fazem parte do processo natural do envelhecimento, que são amenizadas através da prática regular de exercícios. O praticante passa a ter melhor concentração e atenção, como também a sua autoestima melhora. Além de diminuir o risco de contraírem doenças o prazer que as atividades proporcionam é muito bom”, disse. 
A aposentada, Maria Terezinha Braga Soares (85), disse praticar exercícios físicos há cerca de 15 anos e que se orgulha em ser uma das mais assíduas do Grupo Jovem Master. “Eu não falto às aulas da Simone porque elas me fazem muito bem. Eu era uma pessoa desanimada, parecia que a vida não fazia mais sentido para mim. Mudei, sinto-me uma mulher completa e feliz com a vida. Entre um sorriso que insistia aparecer, Maria Terezinha confessou: “hoje sou a mulher mais feliz do mundo”, disse sorrindo.
Delizete Magalhães Marrazzo (73) confessa que sempre se cuidou e que resolveu frequentar o Grupo Jovem Master, principalmente pelos efeitos positivos que os exercícios físicos lhe proporcionaram. “Vale lembrar também, que precisamos de acompanhamento médico regularmente, para garantir um melhor desempenho nas atividades do dia a dia. Porque a vida da gente hoje está muito corrida e quem não se cuida fica para trás”.

Seja qual for a atividade física escolhida, ela deve ser feita sob orientação médica. É recomendado que todo programa de exercícios leve em consideração as possibilidades e limitações de cada idoso. As atividades devem ser feitas de forma regular e contínua. Lembrando que a atividade física exagerada pode ser prejudicial.

Nutrição e artes Marciais para idosos

Que prática de atividade física e a alimentação saudável são benéficas para a saúde e promovem a qualidade de vida, ninguém mais tem dúvida. São tantos os estudos que comprovam a eficácia deste estilo de vida, que não têm como discutir.
Na pratica percebemos que quem adere a este estilo de vida além de não se arrepender sente seu benefício de imediato.
Para os idosos não seria diferente. Ocorrem nesta fase da vida diversas alterações fisiológicas e sociais que contribuem para a perda de peso, redução de capacidade funcional, dificuldade de mastigação e deglutição (causado pela falta de dentes dentre outros fatores) e desenvolvimento de doenças crônicas gerando muitas vezes o isolamento social. Ocorre, também, uma diferenciação na composição corporal quando se perde massa muscular e ocorre o ganho de gordura.
Estudos recentes comprovam que a prática de artes marciais podem ser eficazes na redução do impacto das quedas em pessoas com osteoporose e diminuir o risco de fraturas ósseas.
Uma pesquisa feita na Holanda e publicada na revista "BMC Research Notes" sugere que, se as pessoas com osteoporose aprendessem técnicas similares, poderiam ter menos risco de quebrar um osso. Eles mediram os efeitos de uma queda em voluntários jovens e saudáveis e compararam os resultados com informações sobre o impacto no fêmur que uma pessoa idosa com osteoporose suportaria. A conclusão é que o treino é seguro e ajuda os idosos a cair sem se machucar. Mas é preciso usar equipamentos de segurança para evitar lesões durante o exercício, além de ser utilizada por profissionais capacitados. Podemos citar também o benefício da socialização,de fazer parte de um grupo.
Dentre as orientações nutricionais para os idosos podemos destacar:
 O idoso deve alimentar-se de 4 a 6 vezes por dia, incluir alimento de todos os grupos (lipídios, proteínas, carboidratos, fibras, vita­minas e sais minerais) e os alimentos devem ser nutritivos, saborosos e agradáveis de comer.
A ingestão de água é fundamental para manutenção do organismo. A quantidade adequada é, no mínimo, oito copos de água por dia.
Consumir fibras para manter um bom funcionamento intestinal, além de auxiliarem na prevenção e tratamento de doenças como câncer do intestino grosso e no controle do colesterol alto. Os alimentos ricos em fibras também diminuem a sensação de fome. As fibras são encontradas nos vegetais, frutas (com casca), cereais integrais, pão integral, etc.
Para evitar a constipação, aumentar a ingestão de água, comer fibras e praticar exercícios. Alimentos com poder laxativo: Yakult, ameixa em água, banana nanica, laranja com bagaço, mamão, abacate, entre outros.
Os alimentos devem ser bem mastigados, facilitando sua digestão e aumentando o aproveitamento dos nutrientes. Não esqueça: o açúcar deve ser ingerido com moderação.
Para prevenir a osteoporose, comer alimentos fontes de cálcio, principalmente leite e seus derivados (queijo, iogurte, coalhada), feijão, soja, vegetais verdes escuros, folha da beterraba, nabo. É importante lembrar que o abandono do cigarro, álcool e café é fator que contribui para a prevenção da osteoporose.
Vamos valorizar nossos idosos, promovendo melhor qualidade de vida e participação social. A prática da atividade física e a aderência a alimentação saudável,desde que acompanhada por profissionais capacitados é um excelente começo.

O que você sabe das Olimpíadas?

A tradição dos Jogos Olímpicos, próximos à Vila Olímpia, que homenageavam Zeus, o “pai dos deuses”, supera dois milênios. Registros oficiais remontam a 776 antes de Cristo. No intervalo entre as celebrações, os competidores treinavam em suas cidades, culminando num período de “concentração”: faltando 60 dias para os Jogos, deslocavam-se para a cidade de Elis, totalmente dedicados à “Olimpíada”, a preparação do atleta, no caminho para Olímpia. As mulheres eram proibidas de ingressar, infração punida com a morte.
Apenas os cidadãos livres e gregos natos, inscritos para a competição, podiam participar das disputas, conforme estabelecido por um Código de conduta rígido, cuja infração era punida com rigor, fonte histórica do Direito Disciplinar Desportivo.
As disputas reuniam atletas e espectadores de todas as cidades gregas, que simplesmente paravam. Guerras e combates eram interrompidos. Qualquer semelhança com o Brasil, em dias de jogos da Seleção, na Copa de Futebol, não é coincidência!
Nos Jogos modernos, o vencedor recebe uma medalha com, no mínimo, seis gramas de ouro. Nos antigos jogos gregos, o vencedor era laureado com uma coroa de folhas de louro, símbolo da vitória, sem valor comercial. Contudo, tornava-se um ídolo, glorificava sua cidade. Todos se deslocavam para assistir aos Jogos. O vencedor era venerado como “semideus”, sendo uma honra para qualquer cidadão ofertar algo ao “herói”. A expectativa de vida, em anos, era muito inferior aos dias atuais; assim, pelo resto de seus dias, o herói desfrutava, em sua cidade, de uma vida confortável, com alimentação e todas as regalias.
Registros oficiais apontam que a celebração dos Jogos Olímpicos durou até o ano de 394 depois de Cristo, quando o Imperador Teodósio, que havia oficializado o Cristianismo, baniu os Jogos “pagãos”; em troca do esquecimento da crença reencarnacionista, a celebração dos Jogos Olímpicos ficou adormecida por 1500 anos.
A mesma Paris que assistiu ao renascimento da crença reencarnacionista na Doutrina Kardecista, viu ressurgir o movimento olímpico, graças aos esforços do pedagogo e esportista francês, Barão Pierre de Coubertin. Estudou na Universidade de Ciências Políticas, mas recusou a carreira militar, movido pelo ideal pedagógico. Trabalhou pela reforma do sistema educacional da França e viu no esporte, sobretudo nos ideais olímpicos gregos, uma fonte de inspiração para o aperfeiçoamento do ser humano.
Em 1892, durante conferência na Universidade Sorbonne, em Paris, apresentou estudo sobre “Os exercícios físicos no mundo moderno”, anunciando o projeto de restabelecer os Jogos Olímpicos, ideia que naquele momento fracassou, diante da incompreensão geral, ficando, todavia, plantado o ideal.
Dois anos depois, em 23 de junho de 1894, durante congresso de educação e pedagogia, na mesma universidade, Coubertin defendeu a criação de um órgão internacional, que unificaria diferentes esportes e promoveria, a cada quatro anos, competição entre atletas amadores, ampliando para o mundo todo o que acontecia na Grécia Antiga.
A concepção moderna do Olimpismo, filosofia que sintetiza a “relação amigável entre as pessoas de diferentes países a partir do esporte”, foi aceita pelos congressistas, e dois anos depois aconteciam os “I Jogos Olímpicos da Era Moderna”. Nascia o Comitê Olímpico Internacional (IOC), do qual o Barão de Coubertin foi presidente entre 1896 e 1925. Coubertin faleceu repentinamente em dois de setembro de 1937, em Genebra. Conforme testamento, seu corpo foi enterrado na Suíça, país que havia oferecido compreensão e abrigo à sua obra, mas seu coração foi sepultado num obelisco de mármore no santuário de Olímpia, na Grécia.
Na competição seguinte, realizada no ano de 1900, Paris receberia quase o dobro de países (24), e mais que o quádruplo de atletas, 1.225. Também nesta competição houve a primeira participação feminina nos Jogos Olímpicos, com a presença de 19 atletas mulheres. Quebrou-se assim a tradição milenar, pois na Grécia antiga as mulheres eram proibidas até mesmo de assistir às disputas, sendo que as casadas, caso fossem flagradas nos locais de competição, eram condenadas à morte.
Movimento Olímpico
O esporte é o maior acontecimento social, e os Jogos Olímpicos são o evento com maior número de espectadores, envolvendo mídia bilionária. O orçamento dos jogos supera o da agência espacial norte-americana, a NASA; somando os recursos que circulam entre praticantes e espectadores, supera o PIB de diversos países.
O Comitê Olímpico Internacional (IOC), organização não governamental e sem fins lucrativos, tem sede em Lausanne, na Suíça, é a entidade máxima do esporte mundial.  Reúne centenas de Federações Internacionais e todos os países filiados através de cada respectivo Comitê Olímpico nacional, promovendo o Olimpismo e o Movimento Olímpico Internacional, estimulando a prática do esporte para desenvolvimento sadio e aproximação e congregação entre os povos, raças e religiões. A Carta Olímpica, conjunto de regras adotadas pelo IOC, resume os princípios fundamentais do Olimpismo, a organização e funcionamento do Movimento Olímpico e as condições para celebração dos Jogos Olímpicos.
Em 1913 foi criado o símbolo da competição, os cinco anéis olímpicos, representando todos os continentes, entrelaçados pelo esporte: África (preto); Ásia (amarelo); Oceania (azul); América (vermelho) e Europa (verde). O movimento olímpico para união dos povos através do esporte é tão expressivo que os arcos olímpicos, idealizados há apenas um século, alcançam reconhecimento superior a símbolos milenares, como por exemplo, a cruz, símbolo do Cristianismo. Pesquisa realizada pela empresa de marketing global ­Sponsorship Reserch International em nove países de cinco continentes identificou os anéis olímpicos como o logotipo com o mais alto índice de associação do mundo. Praticamente 80% da população do mundo o reconhece espontaneamente.
Os membros do Comitê Olímpico Internacional votam a Sede Olímpica sete anos antes da data prevista para a realização dos Jogos, entre as cidades candidatas. Há acirrada disputa: ao sediar os Jogos, a cidade ganha visibilidade na mídia, facilitando a colocação dos produtos locais no mercado internacional, recebe milhões de visitantes, atletas, dirigentes, árbitros, médicos, preparadores, imprensa (repórteres, cinegrafistas equipe técnica), além, é claro, dos espectadores, todos consumidores de produtos e serviços como estadia, alimentação, transporte, vestuário, lembranças e muitos outros.
Atenas, na Grécia, realizou os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, em 1896, com apenas 245 atletas de 14 países. Em 2004, a mesma cidade recebeu mais de 50 mil pessoas envolvidas no evento entre profissionais de mídia, técnicos, voluntários, e os 11.099 atletas, além das centenas de milhares de espectadores, terminando por enfrentar dificuldades para promover as reformas necessárias aos deslocamentos com segurança e relativa rapidez devido aos sítios arqueológicos.
Há jogos regionais e continentais, além outros eventos preparando e selecionando os melhores, que disputarão os Jogos Mundiais. Atualmente, cresce a importância dos Jogos Para-Olímpicos, voltados às pessoas portadoras de inabilidades físicas.
Desde 1995, o Brasil prepara-se para sediar os Jogos Olímpicos. Realizamos os Jogos Olímpicos de Verão (Copacabana/ RJ, 1995, e 1996) e Jogos Olímpicos de Inverno (Ibirapuera, SP, 1995), e a Magna Carta, desde antes, em 1988, ordena a “proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional”.

Os jogos serão realizados entre os dias 5 e 21 de agosto de 2016, sendo o local de abertura e encerramento o Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.  A escolha foi feita durante a 121ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional, que aconteceu em Copenhague, Dinamarca, em dois de Outubro de 2009. Serão disputadas 28 modalidades, duas a mais em relação aos Jogos Olímpicos de Verão de 2012. O Comitê Executivo do COI sugeriu as inclusões do Rugby Sevens e do golfe, que foram aprovados durante a 121ª Sessão. O programa dos Jogos ainda poderá ser expandido, após o sucesso de novas modalidades incluídas nos primeiros Jogos Olímpicos da Juventude, realizados em Cingapura em 2010. Os Jogos Paraolímpicos, também organizados pelo Comitê Olímpico Internacional, serão sediados na mesma cidade entre 7 e 18 de setembro do mesmo ano.

A Melhor Idade: qualidade de vida através da atividade física

O aumento da expectativa de vida é um dos fenômenos populacionais que ocorrem atualmente. O avançar da ciência aliado a melhorias nas condições gerais de vida da população contribuíram para elevar a expectativa de vida dos brasileiros, que aumentou 17 anos entre 1940 e 1980. Esse indicador chegou aos 70,4 anos em 2000, e deverá atingir os 81,3 anos em 2050, nível semelhante ao atual do Japão, o primeiro colocado no ranking. O Brasil está em 89º lugar entre os 192 países ou áreas estudados pela ONU. A média mundial para a esperança de vida ao nascer em 2000, era de 65 anos, e deverá atingir os 74,3 anos entre 2045 e 2050, de acordo com o IBGE.
Para muitas pessoas, a chegada da terceira idade, ou melhor idade, é encarada como o abandono de certas atividades ou vista, até mesmo, como sinônimo de sedentarismo. Não é novidade para ninguém que a parcela de idosos tem aumento de forma significativa no Brasil e em vários outros países. O avanço da medicina e os cuidados preventivos, como exercícios e alimentação saudável, fazem com que as pessoas vivam mais e com melhor qualidade.
A participação do idoso em programas de exercício físico regular pode influenciar no processo de envelhecimento, com melhora na qualidade e expectativa de vida, garantia de maior independência pessoal e um efeito benéfico no controle, tratamento e prevenção de doenças como diabetes, enfermidades cardíacas, hipertensão, arteriosclerose, varizes, enfermidades respiratórias, artrose, distúrbios mentais, artrite e dor crônica.
Ao se favorecer a prática do exercício físico para o idoso, pode-se, igualmente, ajudar a mudar o seu estilo de vida, muitas vezes inativo e sedentário. Dessa forma, propõe-se evidenciar a importância do exercício físico regular no processo de envelhecimento como meio de promoção de uma melhora da qualidade de vida. Dessa forma a presente investigação procura evidenciar os benefícios do exercício físico para o idoso relacionando os aspectos físicos, psicológicos e sociais.
Os exercícios devem ser realizados com atenção e cautela e, se possível, sempre seguindo instruções de profissionais. O acompanhamento das atividades pode ser realizado através de instruções médicas, exames e check-ups, capazes de certificar os benefícios proporcionados por uma rotina esportiva. Por isso, contar com um plano de saúde que cubra esses cuidados é a alternativa ideal.
A vantagem da prática de atividades físicas é que ela colabora tanto para a saúde física, quanto para o estado mental e psicológico do idoso. Isso porque as sensações de prazer e realização proporcionadas pelo esporte são capazes de combater sentimentos de tristeza e depressão.
Os resultados são vistos também na aparência do idoso, afinal, o exercício contínuo, por mais leve que seja, fortalece os músculos e aumenta sua massa muscular. Sendo assim, o esporte na terceira idade colabora para maior resistência contra quedas e outros acidentes domésticos, aumentando a qualidade de vida e saúde das pessoas.
Papel do exercício físico
Enquanto a prática de exercícios é adotada como sinônimo de saúde, bem estar e felicidade, para alguns, para o público da terceira idade trazem benefícios como o bem estar e a autonomia. Estilos de vida mais saudáveis podem permitir que um número cada vez maior de jovens e adultos de meia-idade da atualidade mantenham um nível elevado de funcionamento físico em boa parte da terceira idade. Ninguém é velho demais para fazer exercícios. O exercício físico é tão valioso na terceira idade quanto em períodos anteriores da vida. Infelizmente, somente cerca de um a cada quatro adultos idosos colhe os benefícios dos exercícios.
Principais diferenças entre a capacidade física de pessoas jovens e idosos
A força máxima de homens e mulheres é alcançada entre os 20 e 30 anos, período em que a circunferência dos músculos costuma ser maior. Com o passar dos anos há um declínio na força muscular. Por volta dos 65 anos, a força de preensão manual (ato ou efeito de segurar) em homens é aproximadamente 20 % menor, em comparação aos jovens de 20 anos.
Cuidados específicos para pessoas com mais de 50 anos
As funções fisiológicas declinam com a idade e nem sempre no mesmo ritmo. A condução nervosa declina apenas 10 a 15%, aos 80 anos, enquanto o débito cardíaco (volume de sangue por minuto) declina entre 20 a 30% e a capacidade respiratória máxima, aos 80 anos, é cerca de 40% menor, em comparação com indivíduos de 20 anos. Os treinos e as exigências físicas não podem ser iguais para todos. É preciso um programa adequado para que o corpo possa estar em atividade e obter resultado positivo para a saúde.
Principais benefícios principais da prática esportiva para idosos
O treinamento físico sistemático facilita a retenção proteica e pode retardar a diminuição da massa muscular e da força. Uma pesquisa realizada na Universidade de Stanford com idosos sedentários, que se submeteram a um programa regular de exercícios, comprovou que a força muscular aumenta progressivamente durante o treinamento. Durante um programa de 12 semanas, homens sadios na faixa de 60 a 72 anos, obtiveram resultados animadores. Por exemplo, o aumento da força muscular, no exercício de flexão de joelhos,  foi de 107% e no exercício de extensão dos joelhos, o aumento foi de 227%. Este estudo comprova que um programa regular de exercícios resistidos pode aumentar a massa muscular em idosos. Com o aprimoramento da força muscular os idosos também ficam menos expostos a lesões e acidentes domésticos.
Atividades em grupo favorecem a socialização
Ao praticar atividades físicas, o idoso não apenas recupera o bem-estar e a qualidade de vida, mas também é reinserido no meio social. Ao se aposentar, sair do trabalho e do convívio com os colegas, é comum que o idoso se isole, prejudicando a saúde psicológica. E é ai que entra a importância do incentivo da família, para que o idoso participe de programas que foquem as áreas psicossociais. Se exercitar fisicamente não responde apenas à parte física, mas também mental e social.
Orientações sobre a prática de exercícios
Todo início ou reinício de atividades deve ser gradual, especialmente para os idosos; primeiramente, aumenta-se a duração e, só então, se modifica a intensidade; a atividade não deverá provocar fadiga em cada sessão de exercício, apenas cansaço leve, que deve desaparecer completamente uma hora após o esforço; a parte aeróbia (caminhar, correr, pedalar) do exercício deve ser feita, se possível, todos os dias, com duração mínima de 30 a 40 minutos; uma forma prática e muito comum de controle da intensidade do exercício aeróbio é a medida da frequência cardíaca (que varia para cada indivíduo); exercícios de sobrecarga muscular (como a musculação) e flexibilidade (como o alongamento) são mais importantes a partir dos 40 anos e devem ser realizados de duas a três vezes por semana, contemplando os principais grupos musculares e articulações; os treinamentos de flexibilidade devem envolver os principais movimentos corporais, realizados lentamente, até causar ligeiro desconforto, para, então, serem mantidos por cerca de dez a 20 segundos, devendo ser praticados antes e/ou depois da parte aeróbia.
Pessoas com osteoporose podem fazer exercícios?
Algumas práticas podem ser realizadas por pessoas com osteoporose, tais como: alongamento em geral; correção da postura (tendência à escoliose, por exemplo, pelos desequilíbrios laterais); atividades de grande sobrecarga muscular (musculação); atividades aeróbias (caminhar, dançar, pedalar), que trazem benefícios cardiovasculares.
Atividade física para idosos hipertensos
A atividade física para idosos hipertensos ajuda a melhorar a circulação, aumenta o volume de sangue do corpo e melhora o condicionamento físico geral. São indicadas atividades como caminhadas e hidroginástica, sempre sob orientação de um cardiologista e acompanhadas por um fisioterapeuta, a fim de controlar qualquer alteração nos valores da pressão arterial.
Atividade física para idosos obesos
A atividade física para idosos obesos vai trazer inúmeros benefícios como diminuição do peso e da quantidade de gorduras, aumento dos músculos e melhora do vigor. Em idosos com dificuldades devido às dores nos músculos e articulações, pode-se indicar numa fase inicial, caminhadas e exercícios na água. Já idosos com poucas limitações, podem ser recomendados atividades na academia como aulas de aeróbica, musculação, bicicleta ou até corrida na esteira.
Como iniciar uma atividade física para idosos
Geralmente, numa fase inicial, recomenda-se atividades de baixo impacto como caminhadas, danças de salão e hidroginástica, evitando sempre o risco de lesões nos músculos e sobrecarga das articulações.
Antes de iniciar qualquer tipo de atividade física, o idoso deve ser orientado por um fisioterapeuta para a definição de um programa de exercícios individualizado, como mostra a seguir:
Aquecimento; exercícios respiratórios; alongamentos; exercícios para melhorar o equilíbrio e coordenação; treinar a agilidade e andar mais depressa; exercícios para melhorar a força dos músculos; relaxamento.
Benefícios da atividade física para idosos
Previne ou melhora doenças como hipertensão, varizes, obesidade, diabetes, osteoporose, depressão e problemas no coração; melhora da força muscular; melhora dos movimentos dos braços, pernas e tronco; reduz o consumo de remédios; aumenta apetite; reduz as dores; melhora o risco de lesões nos músculos; melhora o condicionamento físico geral; reduz o risco de quedas.
Seis exercícios mais indicados para os idosos
Natação
A natação é uma atividade com imensas vantagens para todas as pessoas, e para os idosos não seria diferente. Nadar trabalha muito a parte aeróbica, fortalece os músculos, protege as articulações e trabalha a circulação sanguínea, ajudando a tratar doenças como artrite, osteoporose e falta de ar.
Caminhada
Praticando uma hora por dia todos os dias ajuda a combater problemas cardiovasculares, diminuindo as chances de morte por esse problema em 30%. Sem contar a melhoria que traz no aeróbico, fortalecimento dos músculos e coordenação.
Corrida
Correr traz muitos benefícios para o equilíbrio e para a respiração. O que não devemos esquecer é de alongar a flexibilidade antes e depois das atividades.
Ioga e Pilates
Para aliviar dores e até a autoestima estas duas atividades são muito importantes. Sem contar que elas ajudam, e muito, na flexibilidade e equilíbrio.
Musculação
A academia pode ser uma grande aliada para trazer a felicidade as pessoas acima dos 60. Basta focar na repetição e não ao peso e pronto, você consegue fortalecer os músculos, melhorar a circulação sanguínea e respiração.
Bicicleta
Pedalar é uma ótima forma de fortalecer importantes partes do nosso corpo que são os músculos do quadril e das pernas. Trabalha muito a parte aeróbica e equilíbrio.
Dança

Além de prazerosa, a dança na terceira idade pode trazer ainda mais benefícios à saúde do que os exercícios físicos tradicionais. Estudos já conseguiram comprovar a superioridade da dança, nessa faixa etária, para a saúde do coração, a capacidade respiratória e acima de tudo, a qualidade de vida. A dança utiliza movimentos diferentes, grupos musculares diferentes, melhora d equilíbrio, a socialização e o caráter lúdico, que ajuda a prevenir a depressão. A prática da dança é um desafio para o cérebro, pois gera um aumento de suas conexões neuronais, que dão maiores habilidades no aprendizado e na memória.

Federação Mundial de Taekwondo completa 40 anos

A Federação Mundial de Taekwondo (WTF) comemorou quatro décadas de história e o seu presidente, Chungwon Choue, afirmou que o esporte “é uma força para o bem no mundo”. Fundada em 1973, o crescimento da Federação Mundial foi grandioso, sendo que hoje filia 204 países, o que comprova a grande difusão do Taekwondo no mundo.
Durante esta trajetória, a WTF trouxe várias conquistas para o esporte, tendo sido uma das mais importantes a inclusão do Taekwondo nos Jogos Olímpicos, em 2000, como modalidade oficial do evento. Além disso, para tornar este esporte mais regrado, foram inseridas várias inovações tecnológicas, como a proteção eletrônica e vídeo replay, por exemplo. Hoje são cerca de 70 milhões de praticantes em todo o mundo e a tendência é que este número aumente ao longo dos anos.

“Neste 40º aniversário da WTF, é muito motivador ver que o esporte está de muito boa saúde e os créditos disso devem ir para os 204 países a nós filiados”, declarou Chungwon Choue, acerca do crescimento do Taekwondo até aos dias de hoje. O presidente da WTF ainda frisou que o esporte que pode ser praticado por todo o mundo, sem discriminação de idade, raças, religião ou cultura, pois o apelo desta arte marcial é universal.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

CCJ da Câmara aprova PEC do Diploma

A Comissão de Constituição, de Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou, em sessão realizada na tarde desta terça-feira (12/11), a admissibilidade da PEC 206/2012, a PEC do Diploma. A matéria segue, agora, para encaminhamentos da Mesa Diretora da Casa.
Antes de iniciar a sessão da CCJC, o deputado Esperidião Amin (PP/SC) solicitou novamente a inversão da pauta, o que viabilizou a inclusão da PEC do Diploma como quarto ponto de discussão. Por volta das 15h30, após a leitura do relatório de vistas do deputado Sérgio Zveiter (PP/RJ) e de algumas inscrições para debate, o presidente da CCJC, Décio Lima (PT/SC) procedeu a votação.
Mais tarde, no plenário da Câmara, Lima registrou a aprovação da PEC na Comissão e pediu urgência na instalação de Comissão Especial para analisar o mérito e na tramitação final da matéria.
Para o presidente da FENAJ, Celso Schröder, a votação de hoje consagrou mais uma vitória dos jornalistas brasileiros e dos apoiadores da campanha em defesa do diploma. "Após a tramitação vitoriosa no Senado e esta votação na Comissão de Justiça, está claro que o Congresso Nacional está em sintonia com a sociedade e os jornalistas, que não aprovaram a decisão equivocada do STF em 2009", disse.
Schröder adiantou que dirigentes da FENAJ e dos Sindicatos de Jornalistas buscarão contatos com a Mesa Diretora da Câmara e com a Frente Parlamentar em Defesa do Diploma para agilizar a votação. E convocou a categoria:
- Os jornalistas já esperaram quatro anos para reaverem um direito legítimo, é tempo demais. Vamos ampliar o movimento pela urgente aprovação da PEC no plenário.

Fonte: Fenaj


terça-feira, 5 de novembro de 2013

Karatê adaptado: inclusão através do esporte

Mais do que lutar, o Karatê tem como intuito desenvolver mente e corpo em estado de equilíbrio e aperfeiçoar o caráter dos praticantes. Há quatro anos, o professor do estilo Shotokan, Teófilo Piau, adaptou o esporte para cadeirantes, nas cidades de Patos de Minas e Presidente Olegário. A iniciativa ganhou espaço e, além de diminuir preconceitos, motivou ainda mais os atletas que não têm deficiência.
“A ideia veio na época em que eu cursava educação física e fiquei interessado pela matéria sobre portadores de necessidades especiais e resolvi adaptar a técnica à realidade deles”, disse Piau.
Apesar dos alunos serem cadeirantes, o professor ministra quase toda a aula em pé. Alguns movimentos ele faz sentado para sentir as limitações dos alunos. “É muito gratificante, pois, a garra que eles têm e a vontade de superar obstáculos é enorme. Eles são um estímulo para os outros atletas de competição, devido a grande vontade e dedicação que têm para aprender”, contou Teófilo.
O técnico da Seleção Mineira de Karatê, de Uberlândia, Roney Vitor, acredita que o esporte traz uma transformação social e educacional com base no poder de superação. A modalidade para cadeirantes ainda é nova no Brasil, porque há poucas academias que atendem pessoas com deficiência. Contudo, uma prova de que a modalidade conquista espaço foi a aceitação da Federação Mineira de Karatê (FMK) em incluir disputas da categoria Portador de Necessidade Especiais (PNE) em seu calendário oficial de competições. A categoria especial e conta pontos para o ranking oficial.
“As principais mudanças foram a adaptação e a integração entre atletas de alto rendimento, pais e amigos junto aos atletas PNE. Eles aprenderam competir e passaram a vivenciar o espírito de equipe e o prazer da competição, seja na vitória ou na derrota. As atividades marciais são uma alavanca no ensinamento de superação de desafios. O ato de vencer está em superar nossas próprias limitações”, disse Roney.
Com a dor veio a oportunidade
Edvaldo Roberto Gonçalves, natural de Patos de Minas, não imaginava que seria carateca quando há quase sete anos caiu do quinto andar de um prédio. Ele trabalhava como pintor e com a queda teve lesões nas pernas e coluna, ficando com paraplegia parcial. Após o trauma, o atleta que hoje tem 32 anos praticou basquete para cadeirantes, mas descobriu no karatê uma verdadeira paixão.
“Eu jogava apenas o basquete sobre rodas em uma universidade da cidade quando o Sensei Teófilo me apresentou a modalidade. Eu gostei, pratico há cerca de quatro anos e estou indo bem melhor do que eu e ele imaginávamos. Não acreditava que cadeirantes podiam praticar o esporte até ser apresentado a ele”, comentou.
Edvaldo ganhou no total, 16 medalhas e dois troféus, sendo que três medalhas e os troféus vieram por sua dedicação e esforço nos exames de faixa. As demais foram conquistadas em campeonatos mineiros, na modalidade kata, que é a execução dos movimentos de luta.
“A união e a confraternização entre os atletas me fizeram ver a vida de outra forma. Eu melhorei a minha autoestima, coordenação motora e adquiri respeito por parte da minha família e da sociedade. Hoje, o meu maior prazer é seguir em frente lutando e correndo atrás do que é melhor para o bem de todos e ajudando aqueles que me cercam”, concluiu.
O colega de Edvaldo, Daniel Silva, é karateca há nove anos. Apesar da experiência, ele disse que aprendeu com as limitações do amigo e que vê nele um atleta inspirador. “É legal porque ele mostra que todos temos dificuldades e que estas podem sim ser superadas. A coragem e dedicação destes atletas refletem no nosso treino e dia a dia, pois, vemos que tudo depende, apenas, da força de vontade”, afirmou Daniel.
A modalidade tem dado tantos resultados que o trabalho do professor Teófilo Piau vai ser contado em um livro. A obra fala sobre pessoas com necessidades especiais que praticam algum esporte, em especial o karatê.
Edvaldo participou da 17ª Copa João Carlos de Godói, ocorrida em Ubá/MG, nos dias 21 e 22 de setembro. Ele participou da modalidade Kata e recebeu medalha de ouro no evento.






Prática de artes marciais durante a infância auxilia no desenvolvimento corporal, cognitivo e social

Inspiradas pelos pais, pelos desenhos animados ou pelos filmes, as crianças se interessam cedo pelos esportes de luta. Os movimentos variados realizados durante a prática do esporte podem favorecer o desenvolvimento dos pequenos, além de trazer benefícios psicológicos, como a possibilidade de enfrentamento e o controle da agressividade. Doutor em ciências do esporte, Alexandre Drigo, acredita que é preciso que os pais se preocupem com a formação dos instrutores para que esses benefícios se concretizem de fato. “Eles devem cobrar uma formação coerente com a proposta oferecida e o comprometimento com a saúde da criança”, afirma o também professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
É comum que o comportamento aprendido com os mestres seja levado para o cotidiano da criança. Por isso a importância de encontrar instrutores que tenham uma boa preparação, saibam ensinar valores positivos e estimular os alunos contra a violência. “A criança aprende pelo exemplo. Se o professor for justo e correto, e os pais, respeitosos, ela também será. A violência atribuída a lutadores sempre esteve atrelada ao ambiente a que são expostos”, afirma Drigo. “A criança absorve o que é dito e traz para casa, por isso é importante procurar um professor que não incentive a violência e esteja comprometido com o desenvolvimento das crianças”, explica Sensei Wagner Gomes, Coordenador do projeto Karatê Cidadão (Ubá/MG), lembrando que o fato de o instrutor ser bem-sucedido no esporte não é garantia de que ele seja um bom instrutor para crianças. “Nem sempre um grande esportista tem a formação pedagógica necessária para trabalhar com a infância”, alerta.
A presença e o acompanhamento dos pais nas atividades dos filhos também são fundamentais para que o aprendizado de um esporte de luta não se torne um problema para a família. “É preciso o acompanhamento para que os pais possam explicar, desde o começo, os motivos de praticar o esporte, que não é para violência, brigas, pois há o risco de a criança se tornar violenta”, pondera Sensei Wagner.
Crianças que não têm o acompanhamento devido podem utilizar o que aprendem nas academias de luta para atividades violentas e inadequadas. “Há uma tendência na nossa sociedade de a educação ser terceirizada, mas os pais precisam entender que têm de estar próximos dos pequenos”, completa Eliza Kozasa, neurocientista do Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein e também instrutora de aikidô pela federação paulista do esporte.
A disciplina aprendida dentro do tatame reflete-se ainda no desempenho das crianças no colégio. As artes marciais são, além de tudo, uma maneira de aumentar a proximidade com os filhos e tornar os vínculos mais fortes entre eles.
As crianças tornam-se mais centradas e disciplinadas desde quando passam a se dedicar com afinco às artes marciais. Aprender princípios que fazem parte da filosofia das artes marciais, como respeito, disciplina e autocontrole, é um dos grandes benefícios desse tipo de atividade. “Trabalhar os esportes de luta, também para educação, é muito importante. Transmitir esses valores, o respeito, o conhecimento dos próprios limites pode ser mais importante do que apenas ensinar técnicas”, afirma Wagner Gomes.
O ensino e a prática das artes marciais para crianças precisam sofrer adaptações, que vão desde mudanças nos exercícios e golpes ensinados até técnicas utilizadas pelos professores para prender a atenção dos pequenos. As lutas precisam ser pensadas de acordo com a idade dos alunos a fim de que os riscos de lesões sejam reduzidos ao máximo possível.
As artes marciais não foram criadas pensando no desenvolvimento da criança e, nem sempre, são baseadas em princípios que condizem com os que hoje são vistos como recomendáveis pela sociedade. Por esses motivos, o ensino de artes marciais deve ser repensado didática e pedagogicamente para se adaptar à infância. Só assim podem ser mediadoras de valores éticos de cidadania e de bem-estar para a infância.
Para fazer com que crianças e adolescentes mantenham o interesse pela prática de esportes de luta, os professores recorrem a ferramentas de ensino que vão além do simples aprendizado da técnica. Brincadeiras e conversas específicas são recursos que ajudam a deixar a atividade mais próxima do universo infantil.