quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Nota de repúdio e pedido de esclarecimentos

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), por intermédio de sua presidenta abaixo assinada, vem a público, solicitar ao Sr. Presidente da Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte, Vereador Léo Burguês esclarecimentos sobre os fatos ocorridos no dia 1º de fevereiro de 2012, durante a coletiva de abertura dos trabalhos legislativos.

Chegou ao conhecimento desse Sindicato que o diretor da Câmara Municipal de Belo Horizonte, José Lincoln Campolina Magalhães, depois de tentar impedir o trabalho dos profissionais jornalistas, que ali estivam em estrito cumprimento do seu dever de informar, tumultuou a entrevista com palavras de ordem e, não contente com sua performance, agrediu repórteres que o inquiriram.

O SJPMG, legítimo representante da categoria, repudia todas as formas de cerceamento do trabalho dos jornalistas e, com maior veemência, repudia a agressão aos profissionais no exercício de seu genuíno direto ao trabalho. 
A ação truculenta contra repórteres demonstra o quão despreparada é a pessoa que ocupa o cargo de diretor da Câmara Municipal, local que deveria se prezar pelo decoro, a transparência e o exercício da democracia e da cidadania.

Não bastasse a casa do povo belo-horizontino ser objeto de chacota e palco de denúncia contra malversação do dinheiro público, vem se somar a esse triste rol de fatos burlescos a denúncia de agressão aos trabalhadores que tem por tarefa perguntar, inquirir, investigar e por missão informar, esclarecer, denunciar.
Por fim, o SJPMG se serve desta para lamentar as declarações do Presidente da Câmara, vereador Léo Burguês, que, para justificar os injustificáveis aumentos de salários dos vereadores tentou banalizar a desfaçatez dos seus pares comparando seus ganhos à laboriosa categoria dos jornalistas.

A referência aos salários dos jornalistas, além de ser uma inverdade, é extremamente lamentável e de mau gosto visto que foi proferida exatamente no dia da abertura das negociações salariais com o patronato, reivindicando um piso salarial de R$ 2.400,00, que significa uma sexta parte dos salários pretendidos pelos vereadores e praticamente uma quarta parte do salário percebido atualmente.