terça-feira, 5 de novembro de 2013

O Universo feminino das artes marciais

Já se foi o tempo em que somente os homens utilizavam à prática de artes marciais como um meio de encontrar o equilíbrio necessário para enfrentar os desafios diários que a vida moderna oferece. Engana-se quem ainda pensa que as mulheres são o sexo frágil. As mulheres são fortes, determinadas, guerreiras e sabem lutar pelo que querem. Mulher é assim: Vai lá e faz, tem que dar certo. Uma nova mania tem tomado das academias de todo o país.
As aulas de artes marciais estão, a cada dia, entre as atividades mais procuradas. Motivos não faltam para essa massificação. Além da comprovada eficácia no desenvolvimento do condicionamento físico e queima de gordura, melhoram a concentração, a paciência, o autocontrole e a consciência corporal.
Acredite ou não, a história das mulheres nas artes marciais é mais extensa do que podemos imaginar. As mulheres da China antiga e do Japão tinham razões importantes para aprender as artes marciais, elas tinham que lutar para sobreviver e proteger suas famílias. Elas também tiveram que adaptar as técnicas para o seu tamanho e tipo de corpo.
Nos dias de hoje, a mulher moderna acabou com a visão de que a arte marcial é “coisa de homem” e cada vez mais é notada a presença feminina nas academias. Muitas meninas praticantes de Karatê, Judô, Taekwondo, entre outros tipos de artes marciais, já ouviram essa frase e muitos foram os tabus quebrados, ainda assim existem certos preconceitos quando se fala na presença feminina nos tatames.
Na maioria das vezes o preconceito vem da própria mulher, que desinformada sobre o assunto, acha que, quem luta torna-se menos feminina e com traços masculinos acentuados. As artes marciais, como no caso o karatê, foram criadas para o desenvolvimento não só do corpo como também da mente do praticante.
Também o esporte era domínio exclusivo dos homens, uma vez que crendices e tabus de toda ordem, impediam ou limitavam o acesso das mulheres às práticas esportivas como Artes Marciais e até mesmo ministrarem a Educação Física em escolas.
Acreditava-se, por exemplo, que a mulher que praticasse Artes Marciais, caminhava para a masculinização e poderia até tornar-se estéril. Ideias falsas como estas, foram acumuladas durante séculos até que em vários países, o problema passou a ser focado sob o ponto de vista médico.
Das longas pesquisas, resultou como opinião unânime dos especialistas, a seguinte opinião de que, ainda que se torne uma atleta de Artes Marciais atuante, a mulher psíquica e fisiologicamente normal não perde seus atributos de feminilidade e nem a faculdade da procriação.
Na busca para manter a boa forma, física e mental, cada vez mais mulheres adotam a prática, que fisicamente é o ideal, pelo intenso exercício dos membros inferiores do corpo, como pernas e glúteos, característica importante para o público feminino. O gasto calórico e o ganho muscular são muito intensos, fazendo das artes marciais uma das práticas esportivas mais completas.
Os benefícios são numerosos, mas pode-se destacar o aumento da segurança e melhora da autoestima como os mais facilmente observados. As lutas trabalham também a parte de concentração, disciplina, agilidade, coordenação motora, alongamento, noções de defesa pessoal, autoconfiança e equilíbrio, entre outros. A sensação de segurança somada ao corpo durinho são os fatores que mais contribuem para elevar a autoestima daquelas que praticam algum tipo de luta.
Outra característica essencial é o controle emocional proporcionado por todas as artes marciais. O trabalho disciplinar é sempre muito rigoroso e o combate constante ao estresse. Além de exercitarem e aprenderem a defesa pessoal, as mulheres também têm condições de entrar em forma.
As mulheres da sociedade moderna aprenderam estas técnicas e deram continuidade ao processo evolutivo praticando defesa pessoal, Jiu-Jitsu, Karatê, Taekwondo, Kung Fu e MMA (Mixed Martial Arts). As mulheres de hoje também têm se desenvolvido como líderes nas artes marciais, ensinando, competindo, escrevendo e estrelando em filmes e demonstrações. Enquanto as artes marciais de hoje são bastante diferentes (tecnicamente falando) das artes marciais do passado, elas ainda oferecem grandes desafios para as mulheres.
Algumas mulheres que vêm tomar a sua primeira aula podem nunca ter sido envolvidas em um esporte de contato ou algumas podem ter sido vítimas de violência sexual. Como ainda é uma atividade dominada pelos homens, as mulheres podem sentir-se intimidadas pelos homens em suas aulas. O que elas precisam saber é que muitas mulheres vieram antes delas e tornaram-se líderes e modelos para as futuras gerações. Cada mulher que persevera no estudo de uma arte marcial está prestando uma contribuição valiosa às futuras gerações.
Conforme as artes marciais foram se modificando para atender às necessidades de uma sociedade moderna, as mulheres começaram a participar de várias maneiras. Há muitas mulheres neste século que fizeram contribuições valiosas para as artes marciais modernas. Elas não só contribuíram por espalhar a popularidade do esporte, mas deram um grande passo na criação de igualdade em suas artes individuais, bem como na competição.
As mulheres também inspiraram e serviram de modelos para as mulheres que continuam a juntar-se ao esporte. Originalmente, as mulheres eram excluídas do tatame ou eram completamente separadas dos homens na hora da prática.  Agora, as mulheres estão envolvidas em quase todos os aspectos das artes marciais, incluindo o ensino, administração de suas próprias escolas, e como os principais árbitros em competições de alto nível.
Há certamente, ainda, barreiras para as mulheres nas artes marciais hoje. Quando uma mulher anda em qualquer escola de artes marciais, ela é susceptível de ser intimidada pelo predomínio do sexo masculino nas aulas. Ela também por vezes pode experimentar ser tratada de forma diferente por alguns parceiros ao fazer exercícios ou em treinos livres. Nada disso deve ser motivo para que essas mulheres vitoriosas que já percorreram um longo caminho desistam do treinamento.
Dentre várias artes marciais praticadas por mulheres, podemos destacar algumas e seus respectivos benefícios.
Muay Thai
É conhecida como boxe tailandês e caracteriza-se pelo uso combinado de punhos, cotovelos, joelhos e pés, associado a uma forte preparação física que a torna uma luta de contato total poderosa e eficiente. O Muay Thai ajuda na parte aeróbica, como um excelente meio de exercitar o corpo, como uma maneira de aliviar o stress do dia a dia e ajuda a melhorar a coordenação e a flexibilidade. Além de ser um eficiente meio de defesa pessoal.
Krav Magá
Apesar de não incitarem ao combate, as aulas acabam deixando a mulher mais confiante no dia a dia. A modalidade é reconhecida mundialmente como arte de defesa pessoal. De origem israelense, ela tem feito muito sucesso entre as mulheres, principalmente porque não se baseia na força física para aplicar golpes certeiros, e sim na transferência do próprio peso e velocidade máxima do músculo.
Boxe
Ótimo para queimar calorias, o boxe conta com um intenso programa de exercícios que melhora o condicionamento cardiorrespiratório, como pular corda, proferir golpes em acolchoados e sacos de areia, corrida e exercícios localizados, divididos em períodos de alta, média ou baixa intensidade. O treino pode ser feito em dupla ou individualmente, dependendo do objetivo do atleta. Além do ritmo, da coordenação motora e da resistência muscular, o esporte melhora a flexibilidade e gera intensa perda calórica.
Taekwondô
Do coreano, taekwondô significa, literalmente: saltar, voar, chutar ou quebrar com o pé (tae), socar ou destruir com os punhos (kwon) e arte, caminho, método (do). Voltado para a defesa pessoal, as técnicas da modalidade envolvem o uso de pés, das mãos e dos punhos, em uma combinação de movimentos do judô, caratê e boxe tailandês. Os exercícios são benéficos para a parte cardiorrespiratória e melhoram a coordenação e a flexibilidade.
Jiu-jitsu
Usando técnicas de autodefesa baseadas nos princípios do equilíbrio, o jiu-jitsu, ou "arte suave", era praticado por monges budistas na Índia. A modalidade usa o sistema de articulação do corpo e das alavancas, dispensando o uso de força ou de armas. Chegou ao Japão após passar pelo sudeste asiático e pela China. No Brasil, a modalidade foi rebatizada como jiu-jitsu brasileiro, com regras modificadas.
Judô
Idealizada no ano de 1882, a filosofia da luta procura integrar corpo e mente. As técnicas usam os músculos e a velocidade de raciocínio para vencer o oponente. Segundo o mestre Kano, fundador do judô, a vitória representa um fortalecimento espiritual: não é suficiente apenas aprender como lutar com perfeição. Antes, é necessário tornar-se um grande ser humano.
Aikido
O Aikido é uma Arte Marcial puramente defensiva, no qual se difere das demais por não existir o espírito de combate ou competições, não sendo violento ou tão pouco agressivo. No Aikidô, as mulheres se destacam pela sua facilidade no aprendizado, principalmente devido ao conceito de não utilizar força para dominar o adversário, conceito esse que é mais difícil de ser absorvido pelos homens. Ao estudar esta arte aprende-se a não utilizar a força muscular, mas sim desenvolver e utilizar a força interna. Por este motivo no Japão, Canadá e Europa o Aikido é muito popular entre as mulheres, por suas técnicas não utilizarem a força física para sua eficácia.
Hapkido
Hapkidô ou Hapkido é uma arte marcial coreana especializada em defesa pessoal, e aprendizado de técnicas de socos, chutes, rolamentos, escapes, esquivas e torções, além de englobar técnicas com armas diversas como bastões, espadas, bengalas, facas, leques, e também ensinar seus praticantes a auto defesa com praticamente qualquer objeto. Atualmente as mulheres vêm se tornando uma cena das mais comuns em diversas academias de Hapkido, razão pela qual não é necessário força física para aplicação das suas técnicas, o que torna essa arte ideal também para o sexo feminino. Além da eficaz defesa pessoal, os exercícios do Hapkido, proporcionam uma boa condição física, fortalecendo os seus sentidos, suas articulações e o equilíbrio das funções cardiovasculares, ajudam a evitar o sobrepeso e a obesidade, sem deixar o corpo masculinizado, assegurando a sua beleza e feminilidade.







Thayná é bronze no panamericano e Campeã da copa das federações

A primeira atleta de Ubá/MG a disputar um Panamericano, Thayná Malta, com apenas 16 anos, conquistou medalha de bronze lutando no México, defendendo o Brasil no Panamericano Juvenil de Taekwondo. Os adversários mais difíceis foram do México, Canadá e Estados Unidos. Em entrevista recente, ela afirmou sua vontade de trazer uma medalha para o Brasil, mas disse que representar o Brasil em uma competição internacional já é uma grande vitória em sua carreira. Da Seleção Brasileira, Thyaná Malta é a única atleta que treinou 99% de seu tempo sem o técnico oficial, Mestre Lécio Mizael Junior- técnico do Sesi Betim e da Seleção Brasileira juvenil.
Thayná perdeu apenas na semifinal para uma atleta canadense. O nível estava muito alto, a brasileira tentou avançar na disputa pela medalha de prata, mas não conseguiu. Na disputa pelo bronze, ela venceu uma atleta costarriquenha.
Já no fim de outubro, Thayná sagrou-se campeã da Copa das Federações, que aconteceu em Aracajú. “Agradeço ao Mestre Rivanaldo, que foi meu técnico, a todos patrocinadores e parceiros, e em especial a vereadora Rosângela Alfenas e ao Empresário Afonso Magalhães Corbelli. Não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar as minhas velas para chegar sempre ao meu destino”, disse pelo Facebook.





De Ubá para os octogonos do mundo: A trajetória de Antônio Paulo Branjão até virar o “Montanha”

Filho de uma família de classe média, Antônio Paulo Branjão veio de Colinas do Tocantins (TO) para Ubá(MG) com três anos. Até os 18 anos, ao lado de seu irmão, Gustavo Basílio, trabalhou na zona rural, ajudando seus pais sem se descuidar dos estudos.
Entretanto, foi aos 16 anos que Antônio conheceu as artes marciais. Convidados por um amigo, Antônio e seu irmão seguiram para uma academia próxima de sua casa para uma aula experimental de Muay Thay. “Eu não tinha muita facilidade em esportes coletivos. Até porque não gostava de perder. Quando conheci as artes marciais me encontrei. Afinal, o resultado dependia, exclusivamente, de mim. Isso me motivava a buscar o aperfeiçoamento da técnica para sempre conseguir me superar”, disse.
Com os treinamentos de artes marciais, Antônio passou a ser Montanha e foi se destacando. Aluno aplicado, foi se graduando e percebeu que, para crescer anda mais no esporte, era necessário aprender outras artes. Foi assim que começou a treinar Jiu-Jitsu. “Algumas pessoas que treinavam uma determinada arte marcial, falava mal de outra. Eu percebi que era o contrário. As artes marciais se completam. Principalmente para os atletas de MMA”, enfatizou.
A dedicação às duas artes marciais proporcionou ao empreendedor Antônio Montanha a abrir sua própria academia. “Como já estava crescendo muito nas duas artes marciais, e teve a 'explosão' do MMA, comecei a me ligar mais a este estilo, e montei minha própria academia que era a única com o estilo inovador, o que acabou atraindo o publico jovem”, contou.
A dedicação aos treinos de Muay Thay e Jiu-Jitsu não demorou a render frutos ao jovem atleta. “Fui me graduando no Muay Thai e comecei a perceber que o Jiu-Jítsu era um complemento para meu mixer de artes marciais. Quando comecei a treinar as duas artes, comecei a crescer e a obter vários resultados expressivos, o que me abriu várias portas”.
Mas Montanha sentia falta de algo. Eventos como o UFC e o Bellator foram a inspiração que ele precisava para criar um evento em Ubá. “Com o passar do tempo, percebi que faltava algo. Eu precisava fazer algo pelos atletas de Ubá. Foi assim que nasceu o 'Ubá Fight'. Os nossos atletas obtiveram resultados muito positivos. Após o primeiro evento, a região aderiu e outros foram organizados, como em Viçosa, por exemplo”.
Dos tatames da Zona da Mata mineira para o Rio de Janeiro
A chegada ao Team Nogueira foi quase por acaso, não bastasse o talento do jovem lutador ubaense. Ao acompanhar um atleta de sua academia até as seletivas do The Ultimate Fighter Brasil (TUF), Montanha encontrou seu atual empresário que o levou para o Team Nogueira. “Fui acompanhar um atleta, Aschely Haila, até a seletiva do TUF Brasil. Foi neste evento que eu encontrei com o Alex Davis, que hoje é meu empresário. Ele apostou em mim. Agradeço muito a ele por me oferecer esta oportunidade e pela confiança que ele transmite”.
 Um dos momentos cruciais para a permanência de Antônio Branjão foi um treinamento que realizou ao lado do atleta do UFC e ex-campeão do Strikeforce Rafael Feijão. Apesar de ser menos experiente, Montanha fez um sparring de alto nível com o já consagrado meio-pesado, o que agradou os treinadores do Team Nogueira. Outro fator preponderante foi a personalidade humilde do atleta, que cativou a todos na equipe.
"Todo lugar em que chegamos, temos que chegar tranquilos, buscando fazer amizades e realizar bons treinos. Sempre busco me espelhar nos melhores, como Anderson Silva, Minotauro, Minotouro, Rafael Feijão, e assim ir conquistando meu espaço. Depois dessa vitória me sinto mais firme no time", lembrou.
De acordo com Montanha, o início foi difícil. “No começo não foi fácil. Quando chegamos a um time grande, como o Team Nogueira, temos que lutar por uma vaga, por um 'lugar ao sol'”. Hoje, já mais acostumado, ele explica que várias pessoas chegam ao centro de treinamento da Team Nogueira e nem todos ficam. “Vemos o 'corte' acontecer naturalmente: quando chega uma pessoa nova, alguém vai ter que ceder espaço pra que ela fique. O time é completo. Então pra um entrar, um tem que sair”, falou. Mas segundo Montanha, estes acontecimentos fortalecem os atletas. “Este é um processo natural. Isso faz com que todos nos esforcemos diariamente para garantirmos uma vaga em um time que conta com nomes como Minotouro e Minotauro”.
As dificuldades, conta Montanha, são muitas. Mas a determinação é seu principal combustível para que ele possa alcançar seus objetivos. “No início passei muitas dificuldades. Ainda acontecem alguns percalços devido à falta de patrocínios. Mas procuro sempre acreditar em três palavras: foco, força e fé (FFF). Continuo batalhando, sempre, para que quando eu chegar a um evento legal (UFC, Bellator), eu possa representar a minha cidade e o meu país da melhor maneira possível”.
Sobre a falta de incentivo de alguns empresários, ele diz que, para o desenvolvimento do esporte e para que as crianças tenham uma perspectiva de vida melhor, seria fundamental o investimento em esportes. “Ubá possui grandes empresas, conhecidas em todo o território nacional. Estas empresas poderiam valorizar os atletas ou até mesmo apoiar um projeto que envolva as artes marciais. Nossas crianças poderiam estar participando de programas sociais com a contribuição de empresários, mas algumas não têm esta chance. A arte marcial ensina disciplina, humildade e outros valores que estão se perdendo”, explicou.
Montanha falou sobre a falta de incentivos encontrados por atletas de ponta que estão no interior. “No interior, infelizmente, o atleta de artes marciais não é muito valorizado. Nos grandes centros urbanos, os atletas são reconhecidos. No Rio de Janeiro, temos fisioterapeutas, preparadores, treinadores, o nosso fisiologista é do flamengo, temos um corpo clínico completo à nossa disposição. Já no interior as artes marciais não são tão reconhecidas. Não estamos no octógono brigando, mas praticando um esporte. É preciso que todos tenhamos mais incentivos”, completou.
Aproveitando o assunto, Antônio aproveitou para parabenizar a iniciativa do poder público de sua cidade natal por manter um projeto social voltado para as artes marciais. “A prefeitura de Ubá está de parabéns pela iniciativa do projeto Karatê Cidadão. São quase 300 crianças atendidas pelo programa. Quando a criança está no esporte, ela não tem cabeça pra se envolver com coisas que a tirem do caminho correto. Este tipo de iniciativa é fundamental para o desenvolvimento do esporte e de quem o pratica”, afirmou.
Sobre sua adaptação ao Rio de Janeiro, ele conta que teve dificuldades no início, mas os amigos o ajudaram a superar mais um obstáculo. “No inicio foi difícil a adaptação, mas com o tempo fui conhecendo pessoas como Jorge Eduardo Zumbi, Leandro Higor, Itamar Rosa, Rosimar Palhares (Toquinho), Janailson Kelvin (Jubileu), Mauricio Reis, Everaldo Penco, meu preparador físico Claudio Pavanelli, meu empresário Alex Davis, entre outros, que me apoiaram a dar continuidade à minha carreira”.
Ele aproveitou para contar como é treinar com atletas conhecidos mundialmente como Anderson Silva e Minorauto. “Nosso treinamento é muito pesado. Passamos três meses treinando para uma luta que será decidida em três rounds de cinco minutos cada. Tenho treinado muito com o Anderson Silva, contribuído para a luta dele com o Chris Weidman. O Minotauro é um cara sem explicação, um exemplo de superação. Mesmo com uma lesão no braço, e apesar de não poder treinar, ele já está no centro de treinamento, falando, orientando. Isso nos impulsiona, nos motiva”, disse.
“Esses caras são campeões que admiro e me espelho muito neles para crescer no esporte. Eles são exemplos de determinação, persistência e força de vontade para chegar ao topo. Às vezes é difícil de acreditar. Você para e pensa: estou treinando com o Anderson Silva, com o Minotouro, com o Minotauro. É complicado no início. Mas vamos aprendendo com o passar do tempo. Estes caras nos fornecem um leque de opções. Aprendo muito com eles. Não tem como não pensar em grandes eventos como UFC ou Bellator estando envolvido com grandes atletas como Minotouro, Minotauro e, Anderson Silva. Sempre penso que vou chegar ao mesmo lugar onde estão o Anderson e outros lutadores: o topo”, explicou.
No Rio de Janeiro, já integrado ao Team Nogueira, quis o destino que Montanha fizesse sua estreia em sua cidade natal. O evento? O Uba Fight 4. Seu oponente foi Felipe Canty. E, superando as expectativas, ele deu um verdadeiro show para os seus conterrâneos, nocauteando o seu rival aos 2m23s do primeiro round e conquistando a sua segunda vitória no cartel.
"Foi uma grande satisfação poder chegar lá em cima e representar a maior equipe de MMA do mundo. A expectativa era muito grande por se a primeira luta pelo Team Nogueira, mas posso dizer que não senti muita pressão. Treinamos com os melhores todos os dias, então quando subimos (no cage) nem nos assustamos. Mas graças a Deus deu tudo certo e eu consegui trazer essa vitória", disse o atleta à época.
Apesar do contato físico ser essencial ao esporte, Antonio ressalta que as artes marciais não devem ser vistas como violência. Ele diz que, sem o apoio de pessoas próximas, talvez não teria conseguido chegar ao patamar que está. “Nem todos concordam com o estilo de esporte, pelo fato de ter um grande contato físico e muitas vezes é visto como violência, porém pessoas com laços mais próximos à mim viram minha capacidade e me apoiaram à crescer no esporte”, relembrou.
Para os novos atletas, e principalmente para as crianças, Montanha deixa um conselho: “Eu trabalhei e cresci na zona rural. Acreditei no meu potencial e estou em lugar intermediário para a realização do meu sonho. Temos que ter foco. É preciso querer e acreditar que podemos chegar às nossas metas. O mundo nos oferece muitas coisas. Mas é preciso termos discernimento. Quanto mais difícil o caminho, mais merecido é a conquista almejada. As dificuldades nos faz crescer. Espero que acreditem sempre em seus sonhos, sem se desviarem dos objetivos, com fé em Deus. Desta forma farão a diferença na vida, sendo vencedores”.
Ao fim da entrevista, Montanha parabenizou a Revista Samuray. “Parabenizo a todos pela iniciativa da Revista Samuray. É muito importante divulgar as artes marciais e os nossos atletas. É fundamental que os atletas tenham o incentivo e apareçam. Não somente em conquistas. A Samuray será fundamental para o desenvolvimento e valorização dos atletas da nossa região”, finalizou.





A Princesa Thayná e os tatames

O esporte entrou na vida de Thayná F. Malta (16) aos quatro anos de idade por prescrição médica, devido problemas respiratórios e hiperatividade. Durante quatro anos praticou natação, jazz, ballet e sapateado. Aos oito anos de idade, ela conheceu a arte marcial que seria sua paixão: o Taekwondo.
A pouca idade não foi obstáculo para a jovem ubaense no esporte. Com ótima coordenação motora, seu talento foi percebido por seu professor, Sandro Ferreira, que apostou no talento da garota ubaense, e os resultados não demoraram a aparecer.
Aos nove anos começou sua trajetória competitiva, sagrando-se Campeã Mineira (2006). Em 2007 começou a percorrer todo o Brasil em eventos chancelados pela Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD), conquistando uma medalha de bronze em seu primeiro Campeonato Brasileiro. Dois anos mais tarde, tornou-se campeã brasileira, me sua categoria.
Mesmo com a dificuldade de conciliar os estudos com os treinamentos (devido à distância), Thayná integra a equipe Sesi Esportes, Thayná treina em Ubá acompanhada do seu pai e preparador físico, Victor Malta, e de sua mãe e empresária Glênia F. Malta.
Mesmo com pequenos entraves, a jovem taekwondista integra a Seleção Brasileira Juvenil de Taekwondo há três anos, sendo a atleta ubaense mais nova a conquistar vaga na Copa do Brasil e a única na categoria Juvenil medalhista da Copa, sendo vice-campeã da competição e líder do ranking nacional por três anos consecutivos.
Aos 15 anos, foi a atleta Brasileira mais nova a representar o Brasil no WTF World Poomsae Championship realizado em Tunja - Colômbia (Dez/ 2012). O talento da ubaense fez com que ela fosse a única brasileira a integrar o ranking dos 100 melhores atletas de Mundo e participar do Winter Training Camping Madri (Camping de Treinamento referência Internacional coordenado pelo Técnico Olímpico da Seleção da Finlândia Jésus Hamal e Suvi Mikkonen – Atleta da Seleção da Finlândia).
Thayná irá disputar, ainda este ano, o Pan-Americano Poomsae (Dupla e Individual) e está convocada para lutar no Pan-Americano na categoria até 42kg, que acontecerá no Querétaro (México) em setembro, estando, ainda, classificada para o Mundial que acontecerá em novembro em Bali - Indonésia.
Interesse pelas artes marciais
Eu já praticava vários esportes por indicação médica. Mas comecei a praticar o Taekwondo porque, como eu treinava Futsal e o horário mudou, ficou incompatível com o horário do Colégio, então meus pais substituíram pelo Taekwondo. Mas meu interesse começou no primeiro dia de aula. Eu era muito indisciplinada. Eu descarregava minhas energias nas aulas. Lá podia chutar e, aos poucos, fui me tornando disciplinada fora dos tatames. Eu tinha disciplina quando praticava esporte, mas deixava a desejar em casa e no colégio, por exemplo. Mas o taekwondo mudou minha visão e forma de agir. Nos tatames, na hora da competição, toda vez o Técnico pedia para parar, para segurar o ritmo, eu não parava, não por que era desobediente com o técnico, mas por que era explosiva, não conseguia me conter nos tatames. Era muita adrenalina. Hoje, consigo me conter um pouco.
Importância do Taekwondo
O taekwondo já está há oito anos na minha vida. Tudo gira em torno dele. Me dediquei ao longo destes anos e obtive frutos, como a confiança de renomados Técnicos do Brasil. Isso me trouxe mais confiança. Aprendi através das artes marciais a ultrapassar meus próprios limites, a ser guerreira, a vencer barreiras. Provei a mim mesma, que sou capaz. Mesmo diante de as todas dificuldades que encontrei pelo caminho. Através do Taekwondo pude mostrar meu trabalho, e conquistar a confiança de todos, seja da mídia, de patrocinadores e outros atletas.
Importância do treinamento
O treinamento traz inúmeros benefícios para saúde, como a melhora do auto controle. Através dele fiz inúmeras amizades, conheci outros países, outras culturas. Adquiri muito aprendizado como pessoa. Consegui agregar pessoas que me ajudam e torcem por mim. Tudo isso é fruto do treinamento. Não consigo imaginar minha vida sem o Taekowndo.
Os atrativos das Artes Marciais para as mulheres
Nunca sofri preconceito por ser mulher. Nunca percebi esta diferença. Certamente o tradicional é meninos praticarem artes marciais e meninas dançarem balé. Antes do Taekwondo, pratiquei o Ballet por quatro anos. Entretanto, no meu pensamento, não existe esta diferença de modalidades masculinas e femininas. Nunca parei para pensar o que mais me atrai no taekwondo, eu gosto dele no geral. Mas toda competição é um desafio, cada luta é uma luta. E isso me instiga. Gosto desse desafio.
Objetivo com as artes marciais
Continuar sempre treinando e representar minha cidade, meu estado, meu país. Preciso treinar. Meu próximo passo é investir nos treinos principalmente na parte técnica. Por mais que eu tenha obtido excelentes resultados, treinando esses anos sozinha, apenas com a ajuda do meu pai (Preparador Físico), sinto essa necessidade. Se o esporte, de maneira geral, tivesse mais incentivo, eu poderia estar treinando com meu técnico e atletas de alto nível diariamente. Quero buscar conhecimento, aperfeiçoamento e evoluir cada vez mais, para sempre poder representar bem a minha cidade.
Filosofia das artes marciais
O praticante de artes marciais se torna disciplinado. O esporte educa, nos torna mais humanos, mais companheiros. Sou uma pessoa do bem. Tenho personalidade forte, mas procuro respeitar as pessoas, sou verdadeira. Procuro levar sempre uma vida saudável. Enquanto as meninas da minha idade saem, se divertem com os amigos, eu estou treinando. Passei muitas datas especiais, como aniversário, no tatame. No dia do meu aniversário de 15 anos, eu estava disputando vaga para Seleção Brasileira em Aracajú. Até tentei passar algumas horas deste dia tão importante com alguns familiares, mas infelizmente não deu. Vejo que o esporte me amadureceu de certa forma. O Taekwondo contribuiu para o fortalecimento de princípios em minha vida. Mas tenho certeza que a educação e, principalmente, o incentivo que minha família me deu foi essencial junto a filosofia do esporte.
Conselho para meninas que entram nas artes marciais
Procure um profissional qualificado. Isso é fundamental para formação, não só como atleta, mas como ser humano. Procure conhecer o esporte e faça por gosto e por se sentir bem. Esteja ciente que dificuldades vão aparecer.
Resultados obtidos em competições
Estou há três anos consecutivos na Seleção Brasileira de Taekwondo, através das Seletivas que acontecem uma vez por ano e para participar tem alguns critérios que você tem que ser: os três primeiros do ranking nacional, Campeã e Vice Campeã da Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Participei do 7º WTF World Poomsae Championship em Tunja /Colômbia e conquistei a vaga para o Pan-Americano em três modalidades que acontecerá em setembro no México e Mundial em Bali-Indonésia em novembro.






Tae Kwon Do: Da coreia para o mundo

Originário da Coreia o Taekwondo não só ajuda a manter a forma física como também ajuda a atingir a paz de espírito e a serenidade. O Taekwondo teria surgido há milhares de anos. Na sua primeira forma, talvez tenha sido usado como meio de defesa dos ataques de animais selvagens. Foram desenvolvidos vários movimentos de defesa pessoal e contra-ataque, em que estas defesas se baseavam em sistemas de blocagens e os ataques em pontapés e socos, que é agora o significado de Taekwondo.
O surgimento do Taekwondo na sua forma mais recente deu-se em 1960, o Taekwondo foi considerado como membro oficial da Associação Amadora Desportiva da Korea em 1961, e foi admitido como um acontecimento oficial pela primeira vez nos 43º Jogos Nacionais Koreanos de 1962.
Neste mesmo ano deu-se o primeiro Campeonato Mundial de Taekwondo, em que mais de 200 campeões de sete nações competiram entre si neste grande acontecimento, daqui resultou que o Taekwondo foi reconhecido internacionalmente. O Taekwondo foi introduzido no Comitê Olímpico Internacional (COI) em Julho de 1980. Em 1982 o COI determinou uma demonstração oficial de Taekwondo nos Jogos Olímpicos de 1988, em Seoul, Coreia. Demonstração repetida posteriormente em Barcelona 92.
No dia quatro de setembro de 1994 o Taekwondo foi admitido como modalidade olímpica oficial para o ano 2000, nas Olimpíadas de Sidney. A sua inclusão no programa Oficial dos jogos olímpicos foi votada na 103ª Reunião do comitê olímpico internacional.
Historia
No século VII, a Coréia era dividida em três reinos: Koguryo, Paekche e Silla. Descobertas arqueológicas de pinturas nas paredes de Muyong-Chong, uma tumba real que remonta à época da dinastia Koguryo, nos permite evidenciar a prática de Tae-Kyon (a mais antiga forma de Taekwondo) num período anterior ao ano de 50 a.C.
As pinturas não deixam dúvidas sobre se realmente representam uma manifestação da antiga arte do Tae-Kyon: mostram homens desarmados praticando um combate e se utilizando de técnicas bastante características da arte, como a "faca da mão", o punho cerrado e a posição de luta clássica.
Nesta época, destes três reinos que viviam em constantes conflitos, Silla (o menor e menos desenvolvido deles) estava sempre sendo invadido pelo outros, bem como por piratas japoneses, que se aproveitavam de sua fraqueza e incompetência militar para saqueá-los. Ignorando suas diferenças com seu vizinho mais próximo, e preocupado com a segurança de seu próprio reino, o rei de Koguryu amedronta-se frente aos ataques dos piratas japoneses e resolve enviar forças militares para prestar treinamento a alguns guerreiros da nobreza de Silla e ajudá-los a combaterem e livrarem-se, e à própria península, dos ataques inimigos. Esta foi a primeira vez que o Taekwondo (naquela época conhecido como Tae-Kyon) foi introduzido no reino de Silla, que seria, a partir de então, seu maior propagador.
Uma vez contando com o apoio militar de Koguryo, o rei de Silla convocou a nobreza do reino para que formassem um grupo de elite, que se responsabilizaria pela defesa e proteção da nação. Esses nobres criaram um grupo que ficou conhecido como os Hwarang. Os Hwarang foram então treinados em diversas modalidades: arco e flecha, marcha, espada, bastão, lança, táticas militares e Tae-Kyon. Tornaram-se conhecidos em todo o reino. Seu rei, porém, acreditava que ainda lhes faltava uma ideologia, pois do contrário seriam nada mais que um grupo de assassinos bem treinados.
Estudaram, então, história, filosofia confuciana, ética e moral budista. Daí formularam seu código de honra: fidelidade ao rei; lealdade aos amigos; respeito aos pais; nunca recuar ante o inimigo; só matar quando não houver alternativa. Com a formulação deste código de honra, o movimento passou a denominar-se Hwarang-Do (Do significa "o caminho" em todas as artes marciais orientais).
A partir da formação do grupo dos Hwarang, Silla tornou-se tão poderosa frente a seus inimigos vizinhos que, no ano de 670 d.C., consegue unificar os três reinos da península sob a sua bandeira. É por isso que algumas fontes de pesquisa indicam este ano como o ano de surgimento oficial do Taekwondo, na cidade de Surabul da Silla; mas na verdade, a prática desta arte é bem anterior a este período, como nos provam as pinturas encontradas na tumba Muyong-Chong, e que remontam ao século I a.C.
A partir daí, os Hwarang viajam pelo interior da península para conhecer mais sobre a região e a população, e desta forma vão espalhando o Taekwondo por todo o reino durante toda a dinastia Silla, que se estende de 668 d.C. até 935 d.C. Durante esta época, o Tae-Kyon se torna popular como uma atividade de recreação ou um sistema de desenvolvimento físico, ainda que fosse também uma excelente forma de defesa pessoal. Somente durante a dinastia Koryo (935 d.C. - 1392 d.C.) esse foco começa a mudar. Nessa época o Tae-Kyon passa a ser conhecido como Subak e deixa de ser visto como um sistema de desenvolvimento físico, passando a ser encarado como uma arte marcial.
O taekwondo nasceu oficialmente nesse período, na cidade de Surabul, com o nome de Taekyon que significa chute pulando. A prática do Taekyon foi proibida durante 36 anos, período em que os japoneses ocuparam a Coréia. Após a segunda guerra mundial, o Japão foi derrotado e os coreanos voltaram a treinar até conseguir a união de diversas escolas e estilos, adotando então o nome de Taekwondo.
Porém, ainda em 1948, o Taekwondo foi novamente afetado com a divisão da Coréia em sul e norte, situação que até hoje permanece. Devido à divisão, surgiram duas linhas dessa arte marcial, destacando como a principal diferença entre elas, a proibição do soco no rosto, pelos praticantes do sul.
A Coreia do Norte obedece ao ITF (International Taekwondo Federation). Já na Coreia do Sul foram fundadas em 1965 a Korea Taekwondo Association (KTA), e em 1973, a World Taekwondo Federation (WTF). Em coreano a palavra taekwondo possui o seguinte significado: caminho dos pés e das mãos através da mente. Apesar de ser uma luta, possui, assim como quase todas as artes marciais, uma filosofia que consiste na valorização da perseverança, integridade, auto-controle, cortesia, respeito e lealdade.





Karatê: Formando Cidadãos

O Projeto Karatê Cidadão foi implantado na cidade de Ubá, pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, no início de 2009 como projeto social que tem por objetivo assegurar o direito à cidadania de crianças e adolescentes que se encontram em situação de risco ou vulnerabilidade pessoal e social. No projeto, o Karate é aplicado em três dimensões: formação do caráter do karateca; defesa pessoal e esporte, possibilitando, assim, ao atleta um bom desenvolvimento neuropsicomotor, a solidificação de sua personalidade e uma melhor qualidade de vida. 
Atualmente o Karatê Cidadão atende 300 atletas inseridos nas seguintes unidades de proteção social básica: Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Ação Carinho, Pró-Adolescente e Pró-Ação.
O Karatê Cidadão é um dos projetos de proteção social de maior sucesso. A adesão e frequência de nossos alunos é muito boa. Além disso, recebemos um bom financiamento da Prefeitura de Ubá para a compra de uniformes e para as inscrições nas competições.
Os treinos são realizados nos Centros de Referência de Assistência Social dos bairros São Domingos, São João, Pires da Luz e Agroceres; nas sedes do programa Ação Carinho dos bairros Primavera e Colônia e na Secretaria de Desenvolvimento Social, nos turnos da manhã, tarde e noite, de acordo com a programação das unidades de proteção básica.
Sensei Wagner Gomes, coordenador do projeto, fala sobre a sua satisfação pessoal com o programa. “Minha satisfação é total, porque, ver os meninos e meninas que participam do projeto aprendendo o Karatê não só como esporte, mas como filosofia, acompanhar seu crescimento como cidadão, tendo a oportunidade de buscar novos horizontes, torna meu trabalho cada vez melhor”, diz.
No decorrer destes quatro anos, o projeto Karatê Cidadão vem se destacando em diversos campeonatos de abrangência municipal, regional e nacional. Em 2011 o projeto ficou no 39º lugar no ranking geral da Federação Mineira de Karatê (FMK) e em 6º lugar no ranking geral do Circuito Zona da Mata de Karatê. Em 2012 conquistou o 28º lugar no ranking geral da FMK, o 3º lugar do Circuito Zona da Mata e a atleta do programa, Camilla Martins Andrade, foi vice-campeã brasileira.
Já neste ano, os alunos do projeto disputaram a primeira fase do Campeonato Brasileiro com atletas dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Sergipe e classificaram 19 alunos para a segunda fase em Vitória/ES. Em Vitória estes atletas ganharam oito medalhas, sendo duas de ouro com Franciel Marques e Camila Zaneli, duas de prata com Gabriel Ferraz e Bruno Afonso e quatro de bronze com Jéssica Cristina, Rafaela Lopes, Rafaela Lima e Bruno Oliveira. Estes oito atletas foram para a fase final do Campeonato Brasileiro 2013, conquistando três medalhas de bronze.
Sensei Wagner comentou, também sobre os benefícios que o karatê proporciona aos integrantes do programa. “O maior benefício é a inclusão social através do esporte. Não gosto desta visão de que um projeto social só atende pessoas de baixa renda, muito além disso é uma prestação de serviço à sociedade. Por exemplo, no Karatê Cidadão temos os alunos do Pró-Ação que atende também a médicos, advogados. Então, o projeto possibilita o convívio entre pessoas que estão em uma situação econômica desfavorável e pessoas que estão inseridas no mercado de trabalho, que tiveram a oportunidade de ter uma formação, ou seja, possibilita o contato com outras realidades sociais”, finalizou.
Para participar os interessados devem procurar as unidades de proteção básica nos bairros ou a Secretaria de Desenvolvimento Social.




Nutrição e Artes Marciais?



Tradição milenar nos países orientais e com grande número de adeptos nos países ocidentais, as Artes Marciais trazem como beneficio ao praticante o fortalecimento muscular, melhoria no funcionamento cardiovascular, aumento da coordenação motora, da consciência corporal, autocontrole, resistência física e imunológica, além de promover mudança no estilo de vida e trabalhar a disciplina, colaborando positivamente também para a manutenção do peso corporal, disposição e alívio do estresse diário.
E quem não quer sentir todos estes benefícios?
A nutrição pode ser uma grande aliada neste processo.A alimentação equilibrada  visa  desta forma a melhora do desempenho,redução do cansaço, permite que o treino seja mais longo, e auxilia para uma  recuperação mais rápida e eficiente após o treinamento.
Mas devemos estar cientes que não existem fórmulas prontas.Existem sim orientações a serem seguidas, que devem ser individualizadas no contexto de cada praticante.E portanto devem ser realizadas por um profissional nutricionista.
O praticante ou atleta deve manter uma dieta balanceada com a ingestão calórica compatível com seu gasto energético e atingindo as necessidades de todos os nutrientes,incluindo vitaminas e minerais.
Deve-se realizar uma pequena refeição antes do treino, entre 1 hora e 30 minutos antes, que deve ser rica em carboidratos complexos de baixo índice glicêmico - visando um fornecimento gradual de energia durante o treinamento, moderada em proteína e baixa em gorduras e fibras, pois estas tendem a retardar o esvaziamento gástrico. Os alimentos indicados são pães,em menor quantidade ou suco de frutas, é importante neste momento evitar carboidratos  de lenta absorção, do tipo integral ou cereais integrais, para que seja utilizada uma fonte rápida de energia e evitando perda de massa muscular durante o treino.
Durante o treino se faz necessário a ingestão regular de líquidos e dependendo da intensidade e duração do treinamento e das condições climáticas ,deve ser administrado algum tipo de carboidrato de rápida absorção,como por exemplo a maltodextrina em uma diluição de 6-8%.A recomendação para ingestão de água é de 200mL de água para cada 20 minutos de treino.
Após o treinamento é de extrema importância a reposição dos nutrientes perdidos durante o treino,outros nutrientes devem ser ofertados para garantir a recuperação adequada e ainda evitar perdas desnecessárias .Nesta fase torna-se necessária a ingestão de alimentos ricos em carboidratos e proteínas para repor o gasto muscular, facilitando a recuperação do indivíduo. Esta refeição deve ser feita após 2 horas (no máximo) do término do exercício, pois este é o período em que o estímulo para a reposição de energia está acentuado. Exemplos de alimentos que podem ser consumidos são: pão francês com uma fonte de carne: presunto magro, peito de peru, atum ou peito de frango grelhado ou proteína de soja texturizada. Salada crua temperada com azeite.Suco de fruta natural ou fruta ou mesmo arroz,feijão, salada e frutas.
É importante manter uma excelente hidratação durante o dia,com a ingestão de no mínimo 3 litros de água.
Vale ou não a pena rever sua alimentação?





Aspectos fisiológicos na preparação física nos esportes de combate

Nos últimos anos a popularidade e o número de praticantes de artes marciais aumentaram bastante. E muitos esportes de combate tornaram-se profissionais como o MMA (mix de artes marciais), que foi promovido principalmente através da criação do Ultimate Fighting Championship (UFC).
Neste sentido muitos estudos e pesquisas têm sido realizados no intuito de compreender melhor os aspectos físicos destas modalidades e consequentemente potencializar os resultados dos atletas. E quando o assunto é treinamento focado em resultado, diversos aspectos devem ser levados em consideração tais como, parte física, técnica, tática, psicológica, nutricional, etc..
Dentro do aspecto físico algumas variáveis são essenciais ao analisar a característica da atividade: principais vias metabólicas utilizadas; tipo de força preponderante , aspectos biomecânicos. E dentro deste contexto fisiológico aplicar os princípios do treinamento esportivo dentro da lógica da periodização do treinamento.
Como podemos observar no parágrafo acima, quanto mais elevado o nível do atleta e da competição, a preparação física torna-se cada vez mais complexa e exige conhecimento aliada a experiência na elaboração de todo o treinamento físico, pois cada detalhe faz toda a diferença.
Ainda com relação à elaboração do treinamento físico algumas variáveis são muito importantes e exigem um controle rígido:
a)            Volume de treino diário/semanal: está relacionado com a quantidade. Podemos exemplificar dentro de uma sessão (dia de treino), com o número de golpes executados. O tempo total do treino em minutos. Dentro da musculação podemos exemplificar com a quantidade de exercícios e repetições executadas. O excesso no volume além de reduzir a performance pode também acarretar em lesões.
b)           Intensidade do treino: um exemplo seria a velocidade dos golpes, ou seja, quanto mais explosivo mais intenso. No treinamento de força aplicado, quanto mais alta a carga (o peso a ser levantado), mais intenso. Vale destacar que o intervalo de recuperação interfere diretamente na intensidade. Quanto menor o intervalo, menor o tempo de recuperação e desta forma aumenta-se a intensidade.
Características específicas dos esportes de combate
Apesar da importância do sistema aeróbico no inicio da temporada e  no processo de recuperação, nos esportes de combate existe a predominância do sistema anaeróbico de produção de energia.
Entretanto não é nada simples elaborar a parte física em função da imensa diversidade dentro do MMA: - temos atletas que preferem lutar de pé, outros preferem agarrar, outros são categorizados como velocistas, outros mais defensivos e reduzem o ritmo da luta.
Assim é necessário analisar se os treinos levão em consideração as características citadas acima, pois O MMA é um esporte de predominância de sistema lático e alático, com repetidas investidas em potência, sendo necessário um estímulo de “resistência de força rápida”. Não faz sentido treinos de longa duração e baixa intensidade como se estivesse treinando um maratonista.
De forma geral o Treinamento Intervalado de Alta Intensidade deve prevalecer na preparação física destes atletas. Vale destacar também a importância da velocidade nos socos e chutes, fato que mostra a necessidade do Treinamento Pliométrico.

Finalizando, podemos observar que a preparação física de atletas de MMA que visão rendimento e performance é complexa e necessita de profissionais qualificados e preparados.

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O mundo MMA: Qual a influência das artes marciais?

MMA é a sigla para Mixed Martial Arts, ou em português, artes marciais mistas. MMA são artes marciais que incluem golpes de luta em pé e técnicas de luta no chão. As artes marciais mistas podem ser praticadas como um esporte de contato de maneira regular ou em torneios, em que dois concorrentes tentam derrotar um ao outro.
As artes marciais mistas utilizam uma grande escala de técnicas permitidas, como golpes utilizando os punhos, pés, cotovelos, joelhos, além de técnicas de imobilização, como lances e alavancas. Um exemplo de organização que organiza torneios de artes marciais misturas, é o UFC - Ultimate Fighting Championship.
Para muitas pessoas, artes marciais e vale-tudo são a mesma coisa, porém nem todos têm um contato pleno. O MMA é uma modalidade de luta em que os praticamente não precisam seguir necessariamente um estilo específico de luta, por isso o nome de Artes Marciais Mistas. Esse esporte possibilita ao praticante utilizar qualquer golpe, de qualquer arte marcial, como boxe, jiu-jítsu, karatê, judô, muay thai, entre outras.
Originário do Vale-tudo no Brasil, o UFC foi criado nos Estados Unidos em 1993, com regras mínimas, e foi promovido como uma competição para determinar a arte marcial mais eficaz em situações de combate desarmado. Não demorou muito para que os combatentes perceberem que se quisessem ser competitivos entre os melhores, eles precisavam treinar disciplinas complementares. Os lutadores do UFC começaram a se transformar em atletas completos, de habilidades equilibradas, que poderiam lutar em pé ou no chão. Essa mistura de estilos de luta e habilidades se tornou conhecido como artes marciais mistas.
Hoje, o UFC é a principal organização de MMA e impõe as regras unificadas de Mixed Martial Arts, sem exceção. Com mais de 20 eventos por ano, o UFC é a casa da maioria dos lutadores tops no mundo. Os eventos são realizados não só nos Estados Unidos, mas em muitos países do mundo.
MMA (Mixed Martial Arts, do inglês) deixou de ser um punhado de letras ou assunto de quem não sai da academia ou pratica lutas marciais. A atividade, que desenvolve o corpo e queima calorias adoidado (são mil calorias, no mínimo, perdidas a cada hora e meia) caiu nas graças de quem acompanha campeonatos esportivos e atrai cada vez mais praticantes - realidade bem diferente da época em que Carlos Gracie, um dos fundadores do jiu-jitsu brasileiro, propôs um desafio a representantes de várias lutas: provar qual delas era mais eficiente.
As artes marciais e o MMA
"No começo, não tínhamos muitas regras e o esporte era chamado de vale-tudo. Dos anos 1930 para cá, a atividade foi evoluindo até chegar ao MMA que se conhece hoje", afirma Diogo Souza, coordenador de MMA da Team Nogueira Academia, no Rio de Janeiro. "O estilo atual une várias artes marciais, é modulado por regras e preserva a integridade física do atleta." De cada modalidade, o MMA tirou uma característica. "Quanto mais modalidades um lutador estudar, melhor será seu desempenho", diz Gregor Gracie, lutador de MMA e treinador de jiu-jitsu da academia Rolls Gracie, em Nova York.
Jiu-jitsu
Influência: Superar as adversidades com a força do oponente
Jiu-jitsu quer dizer "arte suave". Para Diogo Souza, coordenador de MMA da Team Nogueira Academia (cujos donos são os irmãos Minotauro e Minotouro, atletas famosos na modalidade), essa é a definição perfeita para a contribuição da arte marcial para o MMA. Isso porque o lutador não usará a própria força para aplicar o golpe, mas sim a força de seu oponente. "Além disso, o jiu-jitsu é a arte mais eficiente no chão", completa Gregor Gracie, lutador de MMA e treinador de jiu-jitsu da academia Rolls Gracie, em Nova York. Gracie acredita que, para ser eficiente no MMA, o lutador precisa estudar essa arte marcial. 
Muay Thai
Influência: movimentos contundentes
Se o jiu-jitsu influenciou a luta no chão, é o muay thai que comanda a parte chamada de "striker", ou seja, socos, chutes, joelhadas e cotoveladas. "O muay thai tem os movimentos explosivos. Como o combate começa em pé, existe a marcação do raio de ação do oponente realizada com esses golpes", explica Souza. Um exemplo de atleta oriundo desta arte marcial é o lutador Anderson Silva, um dos principais expoentes brasileiros no UFC (Ultimate Fighting Championship, considerado o maior campeonato de MMA do mundo). 
Judô
Influência: derrubada do adversário
Para projetar seu oponente ao solo com eficiência, o MMA adaptou técnicas do judô. "É muito bom para o atleta de MMA saber judô, pois nas lutas é comum um atleta agarrar o outro ainda de pé, o que chamamos de clinch", afirma Gracie. Isso acontece por meio de duas alavancas: enquanto uma parte do corpo puxa o adversário, a outra empurra - por exemplo, o lutador puxa seu adversário com o braço e o empurra com a perna. 
Wrestling
Influência: desgaste do oponente
Junto ao jiu-jitsu e ao muay thai, o wrestling é uma das lutas que mais influenciaram o MMA. Assim como o judô, ela também trabalha a derrubada do adversário, mas com um elemento a mais: a isometria. "O lutador de wrestling, além de derrubar o oponente, consegue segurá-lo um bom tempo no chão, pois o wrestler tem capacidade de manutenção de força por um longo período. Isso desgasta o adversário", afirma Diogo Souza. Depois de dominar o outro lutador no chão, é possível iniciar o que é chamado de grounding pounding, que acontece quando um combatente está por cima do outro e tenta acertar seu rosto e tronco com socos e cotoveladas.     
Karatê
Influência: agilidade
Um lutador está a certa distância do outro e, em um instante, já está próximo. Para Gregor Gracie, a principal vantagem do karatê é essa: encurtar distâncias em pouco tempo. "O lutador que entende as técnicas do karatê mantém certa distância de seu adversário e, em poucos segundos, já está colado nele", explica. Isso permite que o atleta se aproxime, golpeie e, rapidamente, se afaste, sem ser golpeado. O atleta que treina karatê também se torna mais observador. "Esse lutador, quando sabe que não pode nocautear o oponente, estuda o tempo certo para acertá-lo com precisão. Ele analisa o raio de ação do adversário e analisa melhor a luta. Seu ataque também é mais rápido e ele tem maior tempo de resposta", afirma Diogo Souza. O principal representante do karatê no MMA é o lutador soteropolitano Lyoto Machida.
Boxe
Influência: destreza das mãos
Assim como o muay thai, o boxe também trabalha com movimentos contundentes. No entanto, como nessa luta somente as mãos são ferramenta de golpe, elas acabam sendo trabalhadas de maneira mais refinada e com mais variedade de ataque. "O boxe tem trabalhos de curta distância, com golpes cruzados e ganchos na região abdominal. Isso traz grande índice de nocautes", justifica o treinador de MMA da Team Nogueira Academia. "Essa luta dá maior destreza nas mãos, trazendo maior precisão e força de golpe."
Capoeira

Influência recente, a capoeira não pode ser ignorada. Por usar muitos golpes de perna, essa luta traz grande mobilidade e desenvolve a flexibilidade do lutador. "A principal vantagem da capoeira é trabalhar bem os dois lados, tanto direito quanto esquerdo. Por isso, o competidor aprimora a coordenação, consegue chutar com as duas pernas e trocar facilmente de base", diz Gracie.  

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

PRA QUE SERVE O HIKITE?!


Movimento inútil?!
Eu posso falar dos vários usos do hikite – 引きて( puxada de braço), desde aplicações de bunkai, o seu uso para sustentar ou intensificar a potencia do tsuki entre outras. Mas prefiro falar da minha favorita, EQUILÍBRIO MUSCULAR.
Músculos protagonistas e antagonistas devem trabalhar em harmonia, se existir uma deficiência em algum desses dois, teremos um desequilíbrio muscular seguido de uma lesão e possivelmente uma puta dor!
Em uma hora de treino acredito que chegamos a executar pelo menos umas 100 golpes de mãos, tal como tsuki, uraken, shuto e outros. E em todos esses que falei, o uso do tríceps é mais intenso.Além do exercício isotônico do tríceps ( no caso a fase concêntrica ) ainda temos uma breve isometria na hora do kime (definição do golpe).
A longo prazo os tríceps se desenvolve tanto em volume quanto em força, graças a esses dois exercícios que fazemos na aplicação de um soco.
SE NÃO EXISTISSE O HIKITE, TERÍAMOS EM POUCO TEMPO COTOVELOS LUXADOS OU ATÉ MESMO DESLOCADOS PELA FORÇA DOS NOSSOS PRÓPRIOS TRÍCEPS ( Ok, exagerei um pouquinho).
Acredito que muita gente aqui já sentiu uma pontadinha no cotovelo depois de um soco no ar com força total.
Alguns sensei ( tantos os antigos quanto atuais) ensinam a não estender por completo as articulações como cotovelos e joelhos na hora de socar ou chutar, para prevenir essas lesões. Acho válido , desde que não prejudique a técnica.
O hikite tem também por função o equilíbrio muscular,ele exercita o seu bíceps ( antagonista na hora do soco) com exercício isométrico e isotônico.
Executamos mutuamente o hikite e o tsuki com a mesma intensidade de força,  tempo de aplicação  ( duração de execução da técnica) e mesmo número de repetições, fazendo com que se desenvolva em volume e força, promovendo o equilíbrio e assim evitar tais lesões.

O hikiashi ー引き足 ( puxada de perna depois de um chute ) também possui essa função , além de outras, claro.
Dor!
A dor é a fraqueza blá,blá…
Já tive uma lesão forte nos joelhos depois de um treino, a ponto de não poder andar direito por dois dias. Os meus quadríceps estavam mais fortes, minhas “arrancadas” e oitsuki e gyaku tsuki excelentes, tudo isso por conta dos treinos com elásticos e musculação ( agachamento, leg press). Mas eu era preguiçoso e não treinava meus bíceps femorais com exercícios isolados. Num belo domingo, durante o kihon eu meus joelhos me abandonaram…
O tratamento com  acupuntura e  alguns anti-inflamatórios diminuíram a dor, mas o problema só sumiu depois que notei o desequilíbrio e passei a treinar os meus bíceps femorais e glúteos ,com pouca carga já que estava em fase de recuperação,
Muita gente acha que karate shotokan tem movimentos inúteis, com firulas, dedinhos certinhos, etc e tal. Infelizmente estão enganados.
Talvez não 100%, já que tem professores aos montes inventando moda no karate hoje em dia.
Mas siga a cartilha certa, estude e se aprofunde que você irá entender .
Oss!