segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A importância da ética e sua aplicabilidade no mercado de trabalho


Em primeiro lugar, é preciso definir o que seja Ética. Pesquisadores do porte de Chaïm Perelman, da Universidade de Bruxelas, Norberto Bobbio, da Universidade de Milão, e Carlos Alberto di Franco, da Universidade de Navarra, costumam considerar ética o conjunto das atividades que refletem valores da sociedade que sejam universais (que se aplicam a todo o mundo) e atemporais (que se aplicam em qualquer tempo).
No entanto, a atitude considerada ética às vezes admite variações de enfoque em razão da cultura em que está inserida. Muitas coisas, apesar de não serem consideradas éticas, continuam a ser feitas e são até toleráveis num grupo social. Alguns comportamentos inicialmente considerados pouco éticos acabam se tornando tão corriqueiros que a lei os transforma em procedimentos corretos – é o que se chama de Direito Consuetudinário.
É a diferença entre o que é moral e o que é aceitável. Muitas atitudes, apesar de imorais, acabam sendo toleradas e passam, ao longo do tempo, a serem consideradas aceitáveis.

As ofertas de empregos, as formas de trabalho e o perfil do profissional estão, no momento, redefinidos em escala mundial pela modernização tecnológica e gerencial e pelo ordenamento econômico. São exigências e transformações impostas no mundo do trabalho e na educação que prevê a articulação da identidade consolidada na formação do sujeito à identidade solicitada nas relações de trabalho, como desafio humano de empregabilidade. O sujeito constituído na relação social marcada, até então pela estabilidade e dependência, sofre uma desestruturação brutal com o estável, que se tornou ameaçante e ainda com o instável, que se tornou valorizante.

Neste sentido, Foucault e Heller denunciam que um saber econômico se acumulou desde o fim da Idade Média, difundindo-se igualmente pelos domínios de exercício de poder referente ao saber e ao conhecimento. É preciso que a subjetividade seja fortalecida no mundo do trabalho, minimizando formas de dominação e desigualdade de oportunidades, para se conceber como produtor da vida organizacional e de suas mudanças.
Conceitos como auto-organização, descentralização, liderança, autonomia, participação, cooperação, moral e outros princípios democráticos, ilustram os discursos, sejam estes educacionais, gerenciais ou políticos. Contudo, estes conceitos oportunizam entender a extraordinária complexidade das organizações modernas, do comportamento humano e das práticas gerenciais.
Porém, estas instituições se manifestaram inviáveis do ponto de vista capitalista e governamental. Com carga econômica pesada e estrutura rígida, têm a tendência de desaparecerem ou sobreviverem precariamente, apesar de sua finalidade ser a não exclusão, mas a integração do indivíduo à estrutura institucional.
No setor industrial, ele se encontra ligado a um aparelho de produção. Na escola, a um de transmissão e produção de conhecimento. Em casas de tratamento, a um de normalização, de correção ou de internamento – prisão. Enfim, “trata-se de garantir a produção ou os produtores em função de uma determinada norma”.(Foucault, 1973, p. 92). Nesta concepção, o poder pode ser necessário para dar sustentação à autoridade, que diz respeito a uma ordem normativa que regula o comportamento social por aceitação dos que se submetem ao sistema dela.
Proclama-se o sujeito autônomo para agilizar o processo social inovador. A dimensão ética educativa enaltecida pelos programas organizacionais e educacionais é ainda carente de princípios subjetivos, mais identificada com aspectos objetivos, ou seja, com produtividade e qualidade. Pode-se afirmar que, a subjetividade ainda se encontra empobrecida na sua existência como “ser” e valorizada como “dever ser”; é preciso que a formação pessoal seja contemplada na profissional, numa integração do ser-fazer-conhecer-conviver.
O incentivo à capacidade criativa e crítica é uma tentativa de qualificar o indivíduo nas relações de trabalho. Prega-se a cooperação, embora ainda não efetivada no enfrentamento com as limitações individuais e institucionais para implantá-la.
Aprender a lidar com as normas é um trabalho educacional que exige dedicação, compromisso, responsabilidade, pois cada pessoa tem que aprender a optar, decidir, discernindo atitudes e exercendo o princípio da liberdade, o próprio eu, rachando as forças alienantes do poder.
Finalmente, pode-se concordar com Foucault e Heller, em que a construção do eu supõe a escolha de princípios e valores, no enfrentamento contínuo com regras funcionalistas, efetivando a escolha existencial, que é sempre relativamente autônoma, pois guiada por uma matriz social, seja repressiva ou dialógica.
O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da chuva, o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado para colocar caixas de alimentos, o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos antes de completar a cirurgia, a atendente do asilo que se preocupa com a limpeza de uma senhora idosa após ir ao banheiro, o contador que  impede uma fraude ou desfalque, ou que não maquia o balanço de  uma  empresa, o engenheiro que  utiliza  o material mais indicado para a construção de uma ponte, todos estão agindo de forma eticamente correta em suas profissões, ao fazerem o que não é visto, ao fazerem aquilo que, alguém descobrindo, não saberá quem fez, mas que estão preocupados, mais do que com os deveres profissionais, com as pessoas. 
As leis de  cada  profissão são elaboradas com o objetivo de  proteger os profissionais, a categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional,  mas há  muitos aspectos não previstos especificamente e  que fazem parte  do comprometimento do profissional em ser eticamente  correto, aquele que, independente de receber elogios, faz a coisa certa.

Referências
Foucault, M. (1995). Sobre a genealogia da ética: uma revisão do trabalho. Em Rabinow, Paul; Dreyfus, Hubert, Michel Foucault. Uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Jornal Carreira & Sucesso - 25ª Edição http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=510 acesso em 11 de janeiro de 2011
Heller, A. (1998). Além da justiça. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Glock, RS, Goldim JR. Ética profissional é compromisso social. Mundo Jovem (PUCRS, Porto Alegre) 2003;XLI(335):2­3 
Masi, Domenico de. O Futuro  do Trabalho  ­ Fadiga  e Ócio na Sociedade Pós Industrial. Editora UNB e José Olympio. 2000. Rio de Janeiro. 
RIOS, T. A. Ética e competência. São Paulo: Cortez Editora, 1993. p. 86. 

Por: Martim A. C. Barbosa
Técnico em Serviços Públicos – IFET Juiz de Fora
Bacharel em Comunicação Social – Jornalista – FAGOC
Pós Graduado em Gestão da Comunicação Empresarial - FIJ
Aluno do curso de Pós Graduação em Gestão Pública – UFJF

A importância da Gestão de Pessoa e do Conhecimento e sua aplicabilidade


A área de Recursos Humanos está associada à área que administra a força de trabalho. Mas ela vai muito alem disso. Recursos Humanos de uma empresa tem que ser responsável por toda a infra-estrutura oferecida ao colaborador para que possa desempenhar bem a sua função. Desde a sua contratação, treinamento e monitoramento.
O principal ativo de uma empresa sem duvidas é a sua força de trabalho. É necessária uma boa Gestão de Pessoas para que os colaboradores se disponham a trabalhar em prol da empresa para alcançar os objetivos por ela estabelecidos. Em contrapartida os colaboradores esperam receber salários justos com sua função e benefícios que o façam realizar cada vez melhor suas tarefas estabelecidas.
De acordo com Universia (2005), as questões sobre gestão de pessoas são extremamente importantes. O fato de toda a organização estar baseada em pessoas mostra o quanto é importante à área de recursos humanos. São as pessoas que definem metas de vendas, planejam e vendem produtos, e a forma de administrar essas pessoas influencia de total maneira no desempenho geral da organização. O grande desafio das empresas de hoje é administrar bem seus recursos humanos, pois são as pessoas que obtém e mantêm vantagens competitivas, é preciso saber como selecionar e desenvolver líderes, como atender melhor os clientes, como recompensar o bom desempenho, como controlar os custos de mão de obra e ao mesmo tempo manter um tratamento justo aos empregados.
Universia (2005), ainda destaca que deve ser feito um bom diagnóstico sobre gestão de pessoas na organização. Um levantamento das condições organizacionais que são enfrentadas; planejar os objetivos na área de gestão de pessoas juntamente com os objetivos da organização; avaliar os resultados constantemente. O processo de gestão de pessoas envolve: Processo de Provisão, Processo de Aplicação, Processo de Manutenção, Processo de Desenvolvimento e Processo de Monitoração.
De acordo com Tegon (2007), cargo é à base da aplicação das pessoas dentro das tarefas da organização. O cargo é composto de todas as atividades desempenhadas por uma pessoa, e para desempenhar suas funções ela deve ter uma posição definida dentro do desenho da organização. Para desenhar quatro condições são fundamentais. Conteúdo do Cargo: tarefas e atribuições a desempenhar; Métodos e processo de trabalho: como serão realizadas as tarefas; Subordinação: a quem se reporta; Autoridade: quem irá supervisionar ou dirigir.
Para Internativa, as organizações do século 21 se distinguirão pelos recursos humanos. As pessoas deverão estar preparadas e treinadas para as freqüentes mudanças que acontecem. Podemos definir que treinamento é o preparo da pessoa para o cargo que irá exercer na organização e é imediato, já o desenvolvimento prepara o colaborador para a sua vida e para o futuro.
O conhecimento é hoje uma ferramenta estratégica para a manutenção da competitividade das empresas e por este motivo, ele precisa ser retido e codificado, de forma que as perdas eventuais causadas pela saída de um colaborador possam ser minimizadas.
Neste ponto, pudemos constatar que a maioria das organizações está adotando uma postura míope em relação ao desenvolvimento das competências das pessoas que compõem seus quadros, visto que procuram no mercado um profissional que poderiam estar desenvolvendo internamente, valorizando o que vem de fora e desprezando as potencialidades internas. 
A gestão por competências é uma nova tendência da gestão de pessoas. Esta “nova” forma de gestão, na prática, desenvolve as seguintes atividades, como foi observado por Fischer (1998) apud Fleury e Fleury (2001): captação de pessoas, visando adequar as competências necessárias às estratégias de negócio formuladas, as empresas buscam por pessoas que tenham um nível educacional elevado e, para tal, se valem de programas de  trainees, por exemplo, considerados fundamentais para atrair novos talentos;  desenvolvimento de competências, visto que as empresas contam ainda com a possibilidade de desenvolver as competências essenciais dos indivíduos, através das mais diversas práticas, visando adequá-las às necessidades organizacionais; e remuneração por competência, que é uma prática utilizada por empresas preocupadas em resguardar parte do conhecimento tácito de seus colaboradores e mantê-los nas organizações, e vem servindo para que empresas implantem novas formas de remuneração de seus empregados, dentre elas: participação nos resultados, remuneração variável e remuneração baseada nas competências desenvolvidas.
Referências
CALIPER. Como motivar Gregos e Troianos?. Disponível em:  http://www.caliper.com.br/newsletter/melhores_abr.htm Acesso em: 10 de janeiro de 2011.
FAE. Gestão de Pessoas. Disponível em: < http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/cap_humano/2.pdf> Acesso em: 09 de janeiro de 2011.
GESTAOERH. Um lugar certo para a pessoa incerta. Disponível em: < http://www.gestaoerh.com.br/site/visitante/site.htm> Acesso em: 10 de janeiro de 2011.
INTERNATIVA. Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas. Disponível em: < http://internativa.com.br/artigo_rh_03.html> Acesso em: 08 de janeiro de 2011.
RITS. Dicas Práticas. Um roteiro para elaborar Política de Recursos Humanos Disponível em: http://www.rits.org.br/gestao_teste/ge_testes/ge_mat01_dicas06.cfm Acesso em: 09 de janeiro de 2011.
TEGON. Desenho de Cargos. Disponível em: http://www.tegon.com.br/smp_tbook_res.asp?info=6 Acesso em: 08 de janeiro de 2011.
UNIVERSIA. Profissionalização e Gestão de Pessoas. Disponível em: Acesso em: 11 de janeiro de 2011.

Por: Martim A. C. Barbosa
Técnico em Serviços Públicos – IFET Juiz de Fora
Bacharel em Comunicação Social – Jornalista – FAGOC
Pós Graduado em Gestão da Comunicação Empresarial - FIJ
Aluno do curso de Pós Graduação em Gestão Pública – UFJF

O papel da educação a distância na Gestão da Comunicação


A Educação à Distância (EAD) é uma alternativa promissora para o Brasil que, com condição peculiar, vem ganhando espaço e dando oportunidade às pessoas que não tem possibilidade de freqüentar uma sala de estudo presencial.
É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.
As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo.
Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de presencialidade também se altera.
Comunicação, tecnologias e educação compõem um tripé fundamental para a formação do homem do século XXI. A tecnologia cria as condições para que a Comunicação Social se insira cada vez mais nos espaços de aprendizagem, pois favorece a socialização do saber, através de suas dinâmicas de distribuição de informações.
No cenário atual, Educação e Comunicação, são áreas de conhecimento independentes que se complementam a medida que participam simultaneamente dos processos de socialização e formação dos indivíduos.
Hoje, os indivíduos necessitam de várias alfabetizações, já que a formação educacional não se limita ao domínio da leitura e da escrita, abrangendo uma diversidade de códigos da cultura, da sociedade, das relações econômicas e produtivas, o que inclui a alfabetização pelas antigas e novas tecnologias e a capacitação para lidar com elas em diferentes situações do dia-a-dia.
Passamos por diversas mutações pedagógicas e, hoje, o modelo educativo adotado destaca a relação entre ciências e tecnologias e procura por fim na dicotomia entre a formação escolar e a vida ativa, dando destaque para a formação polivalente dos indivíduos, devido à porosidade das ocupações.
A relevância do assunto se dá devido à importância da EAD na contemporaneidade onde as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), já fazem parte, através de seu uso, em todos os segmentos sociais, econômicos e principalmente na educação.
Hoje, no mundo globalizado, a comunicação se dá de maneira instantânea, ficamos sabendo de quase tudo que acontece no mundo através da mídia, veiculados por computadores, TV a cabo, digitais, satélites entre outros.
O papel do professor mediante as novas tecnologias é repensado, pois hoje mesmo na educação presencial o uso das novas tecnologias vem se ampliando com o intuito de deixar um ensino mais atraente e em que o aluno interage de maneira satisfatória, pois o contato de muitos alunos com computadores, vídeo games e outros se fazem fora da escola. Normalmente a dificuldade em lidar com essas novas tecnologias é por parte do professor e não do aluno.
Sabe-se que a introdução do computador na educação tem auxiliado no processo de ensino e de aprendizado, mas o resultado tem sido pouco observável na prática e a educação formal continua essencialmente inalterada. No caso da EAD, lidar com essas ferramentas faz parte do perfil do professor, entre tantas outras.
A seleção, organização e transmissão do conhecimento nas aulas do ensino presencial irão corresponder, em EAD, à preparação e autoria de cursos e textos que constituirão a base dos materiais didáticos midiatizados em diferentes suportes (módulos impressos, programas em áudio, vídeo, web, entre outros). A orientação do processo de aprendizagem se exercerá não mais em contatos pessoais e coletivos em sala se aula ou atendimento individual, mas em atividades através de diversos meios, como o telefone, o fax, o e-mail, as Plataformas Virtuais de Ensino e Aprendizagem, entre outras.
A qualidade em educação a distância depende, entre outros fatores, da continuidade dos fluxos comunicativos para garantir a permanente interação entre docentes e discentes, sejam professores, elaboradores de material, tutores ou coordenadores administrativo-pedagógicos. A comunicação é um elemento fundamental na prática educativa a distância, colocando em pauta qual o modelo teórico de comunicação que suporta o modelo educacional adotado em um determinado projeto. Neste sentido, faz-se necessária a identificação mais acurada da relação entre a Comunicação e a Educação nas práticas educativas na modalidade à distância para ser objeto de reflexão, de análise e de proposições.
Referências
BEHRENS, Marilda A. 2000, Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente. In: MORAN, José M. et al. Novas tecnologias e mediação pedagógica. São Paulo: Papirus, pp. 67-132.
CASTELLS, Manuel. 1999, A sociedade em rede. V. 1. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
CÉBRIAN, Juan L. 1999, A rede: como nossas vidas serão transformadas pelos novos meios de comunicação. São Paulo: Summus.
CORTELAZZO, Iolanda B.C. Acesso em: 10 set. 2003, Tecnologia, Comunicação e Educação: a tríade do século XXI. S & TM Revista de Ciência e Tecnologia. Anais do I Congresso Internacional sobre Comunicação e Educação. Cptec do Centro Universitário Salesiano, Campinas, Ano I – N.2, mai/ago1998. Disponível em:  www.eca.usp.br/nucleos/mcl/pdf/congress_textos.html .
COSTA, Maria C. C. 2003, Educomunicador é preciso. In: SOARES, Ismar de O. Caminhos da educomunicação. São Paulo: Ed. Salesiana, pp. 47-51.
FUGOMOTO, Sonia Maria Andreto; ALTOÉ, Anair. A resistência das professoras da educação básica em relação ao uso do computador em sala de aula. Seminário de Pesquisa. Universidade Estadual de Maringá. 24 a 26 de setembro de 2008. Disponível em http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2008/pdf/c020.pdf. Acesso em 09 jan. 2010.
HACK, Josias Ricardo. Gestão da Educação a Distância. Centro Universitário Leonardo da Vinci – Indaial: Grupo UNIASSELVI, 2009.
LANDIM, Claudia Maria Ferreira. Educação a distância: algumas considerações. Rio de Janeiro, s/n, 1997.
LUCENA, Marisa. Um modelo de escola aberta na Internet: kidlink no Brasil. Rio de Janeiro: Brasport, 1997.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Disponível em: [http://www.mec.gov.br/sesu/ftp/EAD.pdf]. Acesso em: Acesso em 09 jan. 2010.
NISKIER, Arnaldo. Educação a distância: a tecnologia da esperança; políticas e estratégias a implantação de um sistema nacional de educação aberta e a distância. São Paulo: Loyola, 1999.
SODRÉ, Munis. , 2002, Antropológica do espelho: uma teoria da comunicação linear e em rede. Petrópolis, R.J.: Vozes.

Por: Martim A. C. Barbosa
Técnico em Serviços Públicos – IFET Juiz de Fora
Bacharel em Comunicação Social – Jornalista – FAGOC
Pós Graduado em Gestão da Comunicação Empresarial - FIJ
Aluno do curso de Pós Graduação em Gestão Pública – UFJF

A importância da Gestão Estratégica e da Qualidade


Qualidade é uma palavra muito utilizada ultimamente. Dizem que tal produto é de qualidade, aquele serviço não é de qualidade. Neste sentido estaria se dizendo que qualidade tem dois parâmetros: boa ou má. Assim sendo, poderia dizer que qualidade é uma coisa subjetiva: significa diferentes coisas, para diferentes pessoas, em diferentes situações.
Sendo assim, como seria possível avaliar a qualidade de um produto ou serviço? Nesse caso é necessário ter critérios, padrões e princípios de avaliação. Mas afinal, será que sabe-se mesmo o que é qualidade?
Algumas definições mais comuns de qualidade são aquilo que é feito de maneira impecável; aquilo que é funcional e de fácil utilização; uma resposta rápida e objetiva; um produto seguro, durável, econômico, resistente e de fácil manutenção; o que é único, excelente, bonito, perfeito, genial; o estilo, a aparência, a sofisticação, o alto nível; e o respeito às especificações, ao orçamento e aos prazos de entrega.
Todos os conceitos mais genéricos sobre qualidade têm algum mérito. Nenhum deles, no entanto, é satisfatório quando aplicado a uma ótica do ponto de vista comercial; porque, neste caso, qualidade deve ter uma caracterização objetiva.
Para haver qualidade é necessário que haja princípios e regras a serem seguidos, controle sobre tudo que entra para a produção e seus processos, formas de avaliação e de mensuração de resultados (os produtos).
Em todos os tempos, o homem teve uma preocupação com a qualidade. Na Grécia antiga, nas discussões de Aristóteles, Sócrates e Platão, os estudiosos encontraram referências à qualidade.
Com o desenvolvimento do sistema de produção e consumo de massa (sociedade industrial), a partir dos anos 30, iniciou-se uma grande preocupação com a qualidade, na área comercial. Nessa ocasião milhares de empregados trabalhavam produzindo constantemente e os produtos precisavam passar por um controle de qualidade. Mas foi a partir da década de 50 que a qualidade passou a ser estudada cientificamente.
Atualmente, a qualidade é ingrediente básico para qualquer empresa e/ou profissional que queiram sobreviver e crescer. Numa mesa de negociação, com um cliente, já não se discute qualidade. Discutem-se outras coisas, porém, se não tiver qualidade é provável que nem se chegue a uma mesa de negociação. Mas nem sempre foi assim. Conceitualmente, a qualidade é conhecida há milênios. Em sua forma original, era relativa e voltada para a inspeção, sendo considerada responsabilidade exclusiva dos departamentos de produção e operações.
Hoje, porém, a qualidade engloba funções diversas como projeto, compras, marketing, entre outras, e recebe a atenção da alta direção da empresa. As diferentes abordagens da qualidade foram surgindo gradativamente através de uma evolução regular, não tendo havido inovações marcantes. Tais abordagens são o resultado de descobertas que remontam a mais de 100 anos.
O conceito de qualidade, hoje, pode ser resumido da seguinte forma: Buscar a Qualidade Total da organização, tanto nos produtos como nos serviços. O lema é superar as expectativas e encantar o cliente.
O conceito de qualidade de hoje é nitidamente diferente daquele que foi visualizado pelos seus pioneiros. Nos primórdios da qualidade, época do início da produção de massa (sociedade industrial), o importante era o controle da qualidade dos produtos. Portanto, o foco da qualidade, nessa fase, era o produto.
A Qualidade Total inclui tudo o que uma organização faz para levar os seus clientes a retornarem e a recomendarem a outros. A Qualidade Total incorporou aquilo que, ao longo do tempo, foi sendo observado como importante para a obtenção da qualidade e ainda acrescentou dois quesitos: a necessidade de encantar o cliente e... ”Algo mais”.
A Qualidade Total preocupa-se com a minimização dos custos, a maximização dos recursos da força de trabalho, valorizando a criatividade e a cooperação entre as pessoas, de forma a obter uma organização eficiente, eficaz e imbatível no mercado.
Tudo visando o sucesso. O sucesso poderá ser manifestado pelo aumento do patrimônio financeiro em uma empresa privada, ou do prestígio junto à comunidade, em uma organização governamental.
O conceito de Qualidade Total é complexo e tem muitas facetas. Ele não pode ser alcançado por acaso, deve ser introduzido e conduzido, sistematicamente, em uma organização. É uma missão que requer interesse e empenho do executivo principal, a quem cabe definir os caminhos para atingi-lo. Mas, à medida que é incorporado à Instituição são reduzidos os custos, melhora o profissionalismo, são criadas uma cultura e uma ética completamente novas.
Para a obtenção da Qualidade Total é necessário esforço para a melhoria contínua, pois, para uma organização de Qualidade Total, apenas o melhor é suficientemente bom.
Todos buscam, hoje, a qualidade. Qualidade é algo tão levado a sério que existem organizações, em todo o mundo, que desenvolveram uma abordagem sistemática para a definição de bons produtos e serviços. Essas organizações são autorizadas a emitirem normas e certificados de qualidade aos serviços e produtos que se enquadram dentro dos padrões por elas estabelecidos, às instituições que nelas se inscrevem. Como exemplos dão a BS 750 – no Reino Unido, a EM 2900 - na Comunidade Européia e a ISO - conhecida na maior parte do mundo, incluindo o Brasil.
A busca da qualidade não se aplica somente às organizações comerciais, ela é aplicável a qualquer tipo de organização: entidades privadas, grandes ou pequenas; um Departamento Governamental, uma comunidade, uma família, um indivíduo.
As instituições públicas estão implantando Programas de Qualidade. Elas têm consciência que o seu cliente, o cidadão, paga a conta por meio dos seus impostos e exige ser bem atendido e bem tratado.
A opinião do cidadão, hoje, tem força para mudar muitas coisas. Muitos deles acreditam, até, que os serviços públicos deveriam ser entregues à iniciativa privada. Isso significa despedir pessoal. Também significa que, no futuro, não seria mais possível atender a novas solicitações de serviços. Nesse contexto, o Poder Executivo está, desde 1995, implantando o Programa da Qualidade e Participação na Administração Pública. O Poder Judiciário já trabalha com Programa de Qualidade desde 1977. O Poder Legislativo está, efetivamente, movimentando forças para isso.
Aqueles que sentem as mudanças percebem a importância da qualidade inclusive em nível pessoal. No que concerne ao trabalho ou ao ambiente social, ninguém mais quer empregar ou conviver com uma pessoa que não se compromete, que não faz o melhor de si, que só faz o que é da sua obrigação ou o que lhe mandam que não cumpre horário, que não tem espírito de equipe e de colaboração, que só cria problemas, que desperdiça e tantas outras coisas que denotam falta de qualidade pessoal.
A gestão estratégica considera como fundamentais as variáveis técnicas, econômicas, informacionais, sociais, psicológicas e políticas que formam um sistema de caracterização técnica, política e cultural das empresas. Tem também, como seu interesse básico, o impacto estratégico da qualidade nos consumidores e no mercado, com vistas à sobrevivência das empresas, levando-se em consideração a sociedade competitiva atual.
A competitividade e o desempenho das organizações são afetados negativamente em termos de qualidade e produtividade por uma série de motivos. Dentre eles destacam-se: a) deficiências na capacitação dos recursos humanos; b) modelos gerenciais ultrapassados, que não geram motivação; c) tomada de decisões que não são sustentadas adequadamente por fatos e dados; e d) posturas e atitudes que não induzem à melhoria contínua.
O ciclo de implantação de um processo de Gestão Estratégica pela Qualidade Total é lento e gradual, este depende de alguns fatores, que variam de organização para organização, e podem resumidos dependendo do tipo de negócio da organização; do nível de integração da organização; do apoio e do comprometimento de todos na organização, desde o líder até o mais baixo nível hierárquico; da racionalização administrativa e tecnológica encontrada na organização; do tamanho físico/estrutural da organização e do grau de complexidade do fluxo de processo, entre outros.
Qualidade é feita de indivíduos e de posturas administrativas. Então, permitir e exigir melhorias tanto no âmbito profissional quanto ao nível de intelecto, é de fundamental importância para o sucesso de qualquer processo de melhoria contínua da qualidade.
Junta-se a isto, as posturas administrativas que devem ser tomadas pela organização no tocante a incentivar o comprometimento entre indivíduos e processos bem como incentivar a interdependência comportamental entre todos os envolvidos no processo produtivo que, neste caso específico, são fornecedores, empregados de uma forma geral e clientes externos.
Uma forma de encontrar êxito no processo de melhoria contínua da qualidade é incentivar estas posturas administrativas e de melhorias individuais nas áreas da organização e interligá-las sinergeticamente para otimizar os resultados finais do processo.
Conclui-se que a busca pela qualidade passa pela busca da excelência, a inovação constante da tecnologia e que a organização esteja sempre se antecipando a seus concorrentes. E a maneira de alcançar esta diretriz é através de uma consciência global de todos na organização de que qualidade é: postura administrativa; investimento em recursos humanos; busca pela inovação tecnológica; racionalização das técnicas produtivas; seleção adequada de fornecedores de matéria-prima; entre outros.
A Qualidade é uma revolução silenciosa, que veio para ficar!

Referências
BATISTA, F.F. A gestão da qualidade total na escola (GQTE): novas reflexões — Brasília: IPEA, 1994 (RI  IPEA/CPS, n. 32/94)
CAVALCANTES, Geraldo C. Administração e Qualidade. A superação dos desafios. SP: Makron Books, 1997. 
COMITÊ NACIONAL DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE. Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade. Brasília, maio, 1998, 3 p.
DE PAULA, Alexandre T. Avaliação do impacto potencial da versão 2000 das normas ISO 9000 na gestão e certificação da qualidade: o caso das empresas construtoras, Dissertação de mestrado, Escola Politécnica, USP, São Paulo, 2004.
ERNANI, Carlos. Fundamentos da excelência e práticas de gestão. Apostila do Curso de Gestão Institucional da PCRJ. Rio de Janeiro: Comlurb, 2008.
FARIAS FILHO, José Rodrigues . Gestão Estratégica pela Qualidade Total Percebida: do conceito a forma e da forma a prática. Rio de Janeiro, 1996. 380 p. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
FERREIRA, Aurélio B. H. - Novo Dicionário da Língua Brasileira - 2ª Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. 1838 p.
FPNQ; Critérios de Excelência do Prêmio Nacional da Qualidade, Fundação para o Premio Nacional da Qualidade, 2005.
GARVIN, David A..  Gerenciando a Qualidade: A Visão Estratégica e Competitiva, tradução de João Ferreira Bezerra de Souza, Qualitymark Ed., RJ,
2002.
GARVIN, David A. - Gerenciando a Qualidade: A visão estratégica e competitiva – tradução de: João Ferreira B. de Souza - Rio de Janeiro: Qualitymark, 1992. 357p.
LONGO, R.M.J. A revolução da qualidade total: histórico e modelo gerencial. — Brasília: IPEA, 1994 (RI  IPEA/CPS, n.31/94)



Por: Martim A. C. Barbosa
Técnico em Serviços Públicos – IFET Juiz de Fora
Bacharel em Comunicação Social – Jornalista – FAGOC
Pós Graduado em Gestão da Comunicação Empresarial - FIJ
Aluno do curso de Pós Graduação em Gestão Pública – UFJF

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Federação Mundial de Karatê anuncia liberação do uso de véu por lutadoras muçulmanas


A WKF (Federação Mundial de Karatê) anunciou nesta quinta-feira que está liberado o uso de véus por lutadoras muçulmanas. Com a nova medida, a modalidade dá mais um passo para tentar a inclusão no programa olímpico a partir dos Jogos de 2020, ainda sem sede definida. A regra passou a valer desde o primeiro dia de 2013 para as competições do esporte.
"A WKF sempre se mostrou sensível à diversidade de toda a família-karatê espalhada pelos cinco continental", escreveu a Federação em um comunicado. "Trabalhamos mais de dois anos na questão dos véus, consultando diversas pessoas em busca da melhor decisão, aquela que trouxesse maior satisfação às famílias karatecas ao redor do planeta", completou a entidade.
O véu permitido pela WKF é desenhado especialmente para a prática esportiva. Ele cobre a cabeça e a nuca, deixando apenas o rosto da atleta à mostra. O acessório tem que ser obrigatoriamente preto e deve ter o logo da WKF na frente. Segundo a federação, a peça não representa riscos à segurança das atletas.
"Esse será o único modelo aceito pela Federação e somente com ele será possível competir em torneios organizados pela WKF", ressaltou a entidade máxima do karatê no comunicado.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Que venha o ano novo!!!!


O ano está acabando. E com ele, ficam as tristezas, frustrações e decepções. Levemos para o ano novo somente as conquistas, os momentos felizes, as amizades verdadeiras. O que passou tem que nos servir apenas de referência para que possamos alcançar conquistas ainda maiores.
2012 foi ano eleitoral. Entre votados e eleitos, salvaram-se todos, já que o governo que você ajudou a eleger (ou não) será o governo de todos. Torçamos, todos juntos, então, para que seja o melhor possível e que seja feito o bem comum, que sua cidade cresça e que consiga atender aos anseios daqueles que precisam da “mão do governo”.
Vamos parar com essa história de só reclamar, vamos fazer por onde. Sou servidor da Câmara e pouco vejo a população participar. As reclamações são muitas, mas, em sua maioria, de cunho pessoal. Vamos procurar contribuir para o crescimento da sociedade democrática, sem pragmatismo. A política serve para gerir o bem comum. Lembre-se: você possui direito de exercer a democracia através do voto. Você escolheu bem? Você votou nulo? Seu candidato perdeu? Os eleitos irão governar para todos, sendo seus eleitores ou não. O bom da democracia, é que o voto é secreto e os direitos são universais.
Aproveite o ano que está começando para participar. Não tem como ir às reuniões? Acompanhe pela internet. Todas as Câmaras possuem (ou deveriam possuir) sites, algumas possuem transmissão em tempo real da reunião. Procurem saber o que os eleitos tem feito pela cidade. Fiscalize-os! Função de Vereador é uma de prefeito é outra.
Vamos aproveitar o ano que está começando para traçar novos projetos pessoais, profissionais e comunitários. Você já pensou em voltar a estudar? Existem vários cursos gratuitos disponíveis, tanto na rede quanto em diversos setores de sua cidade. O governo disponibiliza várias possibilidades como os Institutos Federais, Universidades Estaduais e Federais, Sesi, Senai, Sebrae... Oportunidades não faltam!
Faça algo novo do seu ano. Não leve para ele frustrações, decepções e tristezas. Levemos para o ano novo somente as conquistas, os momentos felizes, as amizades verdadeiras. O que passou tem que nos servir apenas de referência para que possamos alcançar conquistas ainda maiores.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Entrevista com Romário

LEIAM E DIVULGUEM: (excelente e ESTARRECEDORA entrevista)
ROMÁRIO (acreditem: o menos faltoso entre os novos deputados Federais) e uma entrevista ASSUSTADORA; Parte de entrevista do ROMÁRIO ao jornalista Cosme Rimoli - TV Record .




- Você foi recebido com preconceito em Brasília?
Olha, vou ser claro para quem ler entender como as coisas são. Há o burro, aquele que não entende o que acontece ao red
or. E há o ignorante, que não teve tempo de aprender. Não houve preconceito comigo porque não sou nem uma coisa nem outra. Mesmo tendo a rotina de um grande jogador que fui, nunca
deixei de me informar, estudar. Vim de uma família muito humilde. Nasci na favela. Meu pai, que está no céu, e minha mãe ralaram para me dar além de comida, educação. Consciência das coisas... Não só joguei futebol.
Frequentei dois anos de faculdade de Educação Física. E dois de moda. Sim, moda. Sempre gostei de roupa, de me vestir bem. Queria entender como as roupas eram feitas. Mas isso é o de menos. O que importa é que esta sede de
conhecimento me deu preparo para ser uma pessoa consciente... Preparada para a vida. E insisto em uma tese em Brasília, com os outros deputados. O Brasil
só vai deixar de ser um país tão atrasado quando a educação for valorizada.
O professor é uma das classes que menos ganha e é a mais importante. O Brasil cria gerações de pessoas ignorantes porque não valoriza a Educação. E seus professores. Não há interesse de que a população brasileira deixe de ser ignorante. Há quem se beneficie disso. As pessoas que comandam o País
precisam passar a enxergar isso. A Saúde é importante? Lógico que é. Mas a Educação de um povo é muito mais.

- Essa ignorância ajuda a corrupção? Por exemplo, que legado deixou o Pan do Rio?
Você não tenha dúvidas que a ignorância é parceira da corrupção. Os gastos previstos para o Pan do Rio eram de, no máximo, R$ 400 milhões. Foram gastos R$ 3,5 bilhões. Vou dar um testemunho que nunca dei. Comprei alguns
apartamentos na Vila Panamericana do Rio como investimento. A melhor coisa que fiz foi vender esses apartamentos rapidamente. Sabe por quê? A Vila do Pan foi construída em cima de um pântano. Está afundando. O Velódromo caríssimo está abandonado. Assim como o Complexo Aquático Maria Lenk... É um
escândalo! Uma vergonha! Todos fingem não enxergar. Alguém ganhou muito dinheiro com o Panamericano do Rio. A ignorância da população é que deixa essa gente safada sossegada. Sabe que ninguém vai cobrar nada das autoridades. A população não sabe da força que tem. Por isso que defendo os professores. Não temos base cultural nem para entender o que acontece ao
nosso lado. E muito menos para perceber a força que temos. Para que gente poderosa vai querer a população consciente? O Pan do Rio custou quatro vezes mais do que este do México. Não deixou legado algum e ninguém abre a boca para reclamar.

- Se o Pan foi assim, a Copa do Mundo no Brasil será uma festa para os corruptos...
Vou te dar um dado assustador. A presidente Dilma havia afirmado quando assumiu que a Copa custaria R$ 42 bilhões. Já está em R$ 72 bilhões. E ninguém sabe onde os gastos vão parar. Ningúem. Com exceção de São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul e olhe lá...Pernambuco... Todas as outras sete
arenas não terão o uso constante. E não havia nem a necessidade de serem construídas. Eu vi onze das doze... Estive em onze sedes da Copa e posso afirmar sem medo. Tem muita coisa errada. E de propósito para beneficiar poucas pessoas. Por que o Brasil teve de fazer 12 sedes e não oito como sempre acontecia nos outros países? Basta pensar. Quem se beneficia com
tantas arenas construídas que servirão apenas para três jogos da Copa? É revoltante. Não há a mínima coerência na organização da Copa no Brasil.

- São Paulo acaba de ser confirmado como a sede da abertura da Copa. Você concorda?
Como posso concordar? Colocaram lá três tijolinhos em Itaquera e pronto... E a sede da abertura é lá. Quem pode garantir que o estádio ficará pronto a tempo? Não é por ser São Paulo, mas eu não concordaria com essa situação em lugar nenhum do País. Quando as pessoas poderosas querem é assim que funcionam as coisas no Brasil. No Maracanã também vão gastar uma fortuna,
mais de um bilhão. E ninguém tem certeza dos gastos. Nem terá. Prometem, falam, garantem mas não há transparência. Minha luta é para que as obras não fiquem atrasadas de propósito. E depois aceleradas com gastos que ninguém controla.

- O que você acha de um estádio de mais de R$ 1 bilhão construído com recursos públicos. E entregue para um clube particular.
Você está falando do estádio do Corinthians, não é? Não vou concordar nunca.
Os incentivos públicos para um estádio particular são imorais. Seja de que clube for. De que cidade for. Não há meio de uma população consciente aceitar. Não deveria haver conversa de politico que convencesse a todos a
aceitar. Por isso repito que falta compreensão à população do que está acontecendo no Brasil para a Copa.

- A Fifa vai fazer o que quer com o Brasil?
Infelizmente, tudo indica que sim. Vai lucrar de R$ 3 a R$ 4 bilhões e não vai colocar um tostão no Brasil. É revoltante. Deveria dar apenas 10% para ajudar na Educação. Iria fazer um bem absurdo ao Brasil. Mas cadê coragem de
cobrar alguma coisa da Fifa. Ela vai colocar o preço mais baixo dos
ingressos da Copa a R$ 240,00. Só porque estamos brigando pela manutenção da meia entrada. É uma palhaçada! As classes C, D e E não vão ver a Copa no estádio.
O Mundial é para a elite. Não é para o brasileiro comum assistir.

- Ricardo Teixeira tem condições de comandar o processo do Mundial de 2014?
Não tem de saúde. Eu falei há mais de quatro meses que ele não suportaria a pressão. Ser presidente da CBF e do Comitê Organizador Local é demais para qualquer um. Ainda mais com a idade que ele tem. Não deu outra. Caiu no hospital. E ainda diz que vai levar esse processo até o final. Eu acho um absurdo.

- Muito além da saúde de Ricardo Teixeira. Você acha que pelas várias denúncias, investigações da Polícia Federal... Ele tem condições morais de comandar a organização Copa no Brasil?
Não. O Ricardo Teixeira não tem condições morais de organizar a Copa. Não até provar que é inocente. Que não tem cabimento nenhuma das denúncias. Até lá, não tem condições morais de estar no comando de todo o processo. Muito menos do futebol brasileiro...
A África apresentou há alguns meses atrás o resultado final da Copa do Mundo: deu prejuízo e grande. Agora é a vez do Brasil. Fifa, CBF, políticos e os empreiteiros vão ganhar muito dinheiro.
Quem teve a idéia de promover, o evento em nosso país, alguém sabe?

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O que é assédio moral?


Assédio moral ou violência moral no trabalho não é um fenômeno novo. Pode-se dizer que ele é tão antigo quanto o trabalho.
A novidade reside na intensificação, gravidade, amplitude e banalização do fenômeno e na abordagem que tenta estabelecer o nexo-causal com a organização do trabalho e tratá-lo como não inerente ao trabalho. A reflexão e o debate sobre o tema são recentes no Brasil, tendo ganhado força após a divulgação da pesquisa brasileira realizada por Dra. Margarida Barreto. Tema da sua dissertação de Mestrado em Psicologia Social, foi defendida em 22 de maio de 2000 na PUC/ SP, sob o título "Uma jornada de humilhações".
A primeira matéria sobre a pesquisa brasileira saiu na Folha de São Paulo, no dia 25 de novembro de 2000, na coluna de Mônica Bérgamo. Desde então o tema tem tido presença constante nos jornais, revistas, rádio e televisão, em todo país. O assunto vem sendo discutido amplamente pela sociedade, em particular no movimento sindical e no âmbito do legislativo.
Em agosto do mesmo ano, foi publicado no Brasil o livro de Marie France Hirigoyen "Harcèlement Moral: la violence perverse au quotidien". O livro foi traduzido pela Editora Bertrand Brasil, com o título Assédio moral: a violência perversa no cotidiano.
Atualmente existem mais de 80 projetos de lei em diferentes municípios do país. Vários projetos já foram aprovados e, entre eles, destacamos: São Paulo, Natal, Guarulhos, Iracemápolis, Bauru, Jaboticabal, Cascavel, Sidrolândia, Reserva do Iguaçu, Guararema, Campinas, entre outros. No âmbito estadual, o Rio de Janeiro, que, desde maio de 2002, condena esta prática. Existem projetos em tramitação nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraná, Bahia, entre outros. No âmbito federal, há propostas de alteração do Código Penal e outros projetos de lei.
O que é humilhação?
Conceito: É um sentimento de ser ofendido/a, menosprezado/a, rebaixado/a, inferiorizado/a, submetido/a, vexado/a, constrangido/a e ultrajado/a pelo outro/a. É sentir-se um ninguém, sem valor, inútil. Magoado/a, revoltado/a, perturbado/a, mortificado/a, traído/a, envergonhado/a, indignado/a e com raiva. A humilhação causa dor, tristeza e sofrimento.

E o que é assédio moral no trabalho?

É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras,repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.
Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, freqüentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ’pacto da tolerância e do silêncio’ no coletivo, enquanto a vitima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, ’perdendo’ sua auto-estima.
Em resumo: um ato isolado de humilhação não é assédio moral. Este, pressupõe:
  1. repetição sistemática
  2. intencionalidade (forçar o outro a abrir mão do emprego)
  3. direcionalidade (uma pessoa do grupo é escolhida como bode expiatório)
  4. temporalidade (durante a jornada, por dias e meses)
  5. degradação deliberada das condições de trabalho
Entretanto, quer seja um ato ou a repetição deste ato, devemos combater firmemente por constituir uma violência psicológica, causando danos à saúde física e mental, não somente daquele que é excluído, mas de todo o coletivo que testemunha esses atos.
O desabrochar do individualismo reafirma o perfil do ’novo’ trabalhador: ’autônomo, flexível’, capaz, competitivo, criativo, agressivo, qualificado e empregável. Estas habilidades o qualificam para a demanda do mercado que procura a excelência e saúde perfeita. Estar ’apto’ significa responsabilizar os trabalhadores pela formação/qualificação e culpabilizá-los pelo desemprego, aumento da pobreza urbana e miséria, desfocando a realidade e impondo aos trabalhadores um sofrimento perverso.
A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador e trabalhadora de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental*, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a morte, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho.
A violência moral no trabalho constitui um fenômeno internacional segundo levantamento recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) com diversos paises desenvolvidos. A pesquisa aponta para distúrbios da saúde mental relacionado com as condições de trabalho em países como Finlândia, Alemanha, Reino Unido, Polônia e Estados Unidos. As perspectivas são sombrias para as duas próximas décadas, pois segundo a OIT e Organização Mundial da Saúde, estas serão as décadas do ’mal estar na globalização", onde predominará depressões, angustias e outros danos psíquicos, relacionados com as novas políticas de gestão na organização de trabalho e que estão vinculadas as políticas neoliberais.
(*) ver texto da OIT sobre o assunto no link:http://www.ilo.org/public/spanish/bureau/inf/pr/2000/37.htm

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

PATACORI OGUM... OGUM YE



OGUM Divindade masculina ioruba, figura que se repete em todas as formas mais conhecidas da mitologia universal. Ogum é o arquétipo do guerreiro. Bastante cultuado no Brasil, especialmente por ser associado à luta, à conquista, é a figura do astral que, depois de Exu, está mais próxima dos seres humanos. É sincretizado com São Jorge ou com Santo Antônio, tradicionais guerreiros dos mitos católicos, também lutadores, destemidos e cheios de iniciativa.

A relação de Ogum com os militares tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge, sempre associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo ioruba. Dizem as lendas que se alguém, em meio a uma batalha, repetir determinadas palavras (que são do conhecimento apenas dos iniciados), Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou. Porém, elas (as palavras) não podem ser usadas em outras circunstâncias, pois, tendo excitado a fúria por sangue do Orixá, detonaram um processo violento e incontrolável; se não encontrar inimigos diante de si após ter sido evocado, Ogum se lançará imediatamente contra quem o chamou.

É Orixá das contendas, deus da guerra. Seu nome, traduzido para o português, significa luta, batalha, briga. É filho de Iemanjá e irmão mais velho de Exu e Oxossi. Por este último nutre um enorme sentimento, um amor de irmão verdadeiro, na verdade foi Ogum quem deu as armas de caça à Oxossi. O sangue que corre no nosso corpo é regido por Ogum. Considerado como um Orixá impiedoso e cruel, temível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos, ele até pode passar esta imagem, mas também sabe ser dócil e amável. É a vida em sua plenitude.

A violência e a energia, porém não explicam Ogum totalmente. Ele não é o tipo austero, embora sério e dramático, nunca contidamente grave. Quando irado, é implacável, apaixonadamente destruidor e vingativo; quando apaixonado, sua sensualidade não se contenta em esperar nem aceita a rejeição. Ogum sempre ataca pela frente, de peito aberto, como o clássico guerreiro.

Ogum não era, segundo as lendas, figura que se preocupasse com a administração do reino de seu pai, Odudua; ele não gostava de ficar quieto no palácio, dava voltas sem conseguir ficar parado, arrumava romances com todas as moças da região e brigas com seus namorados.

Não se interessava pelo exercício do poder já conquistado, por que fosse a independência a ele garantida nessa função pelo próprio pai, mas sim pela luta.

Ogum, portanto, é aquele que gosta de iniciar as conquistas mas não sente prazer em descansar sobre os resultados delas, ao mesmo tempo é figura imparcial, com a capacidade de calmamente exercer (executar) a justiça ditada por Xangô. É muito mais paixão do que razão: aos amigos, tudo, inclusive o doloroso perdão: aos inimigos, a cólera mais implacável, a sanha destruidora mais forte.
Ogum é o deus do ferro, a divindade que brande a espada e forja o ferro, transformando-o no instrumento de luta. Assim seu poder vai-se expandindo para além da luta, sendo o padroeiro de todos os que manejam ferramentas: ferreiros, barbeiros, militares, soldados, ferreiros, trabalhadores, agricultores e, hoje em dia, mecânicos, motoristas de caminhões e maquinistas de trem. É, por extensão o Orixá que cuida dos conhecimentos práticos, sendo o patrono da tecnologia. Do conhecimento da guerra para o da prática: tal conexão continua válida para nós, pois também na sociedade ocidental a maior parte das inovações tecnológicas vem justamente das pesquisas armamentistas, sendo posteriormente incorporada à produção de objetos de consumo civil, o que é particularmente notável na industria automobilística, de computação e da aviação.

Assim, Ogum não é apenas o que abre as picadas na matas e derrota os exércitos inimigos; é também aquele que abre os caminhos para a implantação de uma estrada de ferro, instala uma fábrica numa área não industrializada, promove o desenvolvimento de um novo meio de transporte, luta não só contra o homem, mas também contra o desconhecido.

É pois, o símbolo do trabalho, da atividade criadora do homem sobre a natureza, da produção e da expansão, da busca de novas fronteiras, de esmagamento de qualquer força que se oponha à sua própria expansão.

É fácil, nesse sentido, entender a popularidade de Ogum: em primeiro lugar, o negro reprimido, longe de sua terra, de seu papel social tradicional, não tinha mais ninguém para apelar, senão para os dois deuses que efetivamente o defendiam: Exu (a magia) e 
Ogum (a guerra); Em segundo lugar, além da ajuda que pode prestar em qualquer luta, Ogum é o representante no panteão africano não só do conquistador mas também do trabalhador manual, do operário que transforma a matéria-prima em produto acabado: ele é a própria apologia do ofício, do conhecimento de qualquer tecnologia com algum objetivo produtivo, do trabalhador, em geral, na sua luta contra as matérias inertes a serem modificadas .

É o dono do Obé (faca) por isso nas oferendas rituais vem logo após Exú porque sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios. Ogum é o dono das estradas de ferro e dos caminhos. Protege também as portas de entrada das casas e templos (Um símbolo de Ogum sempre visível é o màrìwò (mariô) – folhas do dendezeiro (igi öpë) desfiadas, que são colocadas sobre as portas das casas de candomblé como símbolo de sua proteção).

Ogum também é considerado o Senhor dos caminhos. Ele protege as pessoas em locais perigosos, dominando a rua com o auxílio de Exú. Se Exú é dono das encruzilhadas, assumindo a Responsabilidade do tráfego, de determinar o que pode e o que não pode passar, Ogum é o dono dos caminhos em si, das ligações que se estabelecem entre os diferentes locais.

Uma frase muito dita no Candomblé, e que agrada muito Ogum, é a seguinte: “Bi omodé bá da ilè, Kí o má se da Ògún”. (Uma pessoa pode trair tudo na Terra Só não deve trair Ogum).

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

1ª Copa Karatê Kid de Ubá / MG



1ª Copa Karatê Kid de Ubá / MG
A Primeira Copa Karatê Kid será realizada no dia 25 de novembro a partir das 9 horas. (Local a ser definido).
Com o intuito de incentivar o esporte entre as crianças da nossa cidade. Participarão desse evento crianças de 8 a 17 anos de toda região, com premiação de troféu e certificado para todos os  atletas e troféu diferenciado para a classificação de 1º, 2º e º lugar kata e kumite.
O Evento já conta com o apoio da Imprensa local, sites e também será transmitida ao vivo pelo nosso site para todo o mundo.
Está primeira edição da Copa Karatê Kid é inspirada na Copa Ary Barroso e no Campeonato Brasileiro Militar de Karatê, evento de renome nacional Coordenado pelo Cabo PM Santos ( Sansei Santos) há 8 anos, que têm o intuído de realizar o mesmo com a Copa Karatê Kid a mesma marca registrada da cidade, assim como os outros eventos acima citados.
Para maiores informações: (32) 8836-6236 – Professor Santos