quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Conselho de Comunicação aprova exigência do diploma de jornalista

Da Redação

Fernando César: "Novas mídias precisam de muita atenção e cuidado"

O Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional (CCS) aprovou, nesta quarta-feira (6), parecer favorável apresentado pelo conselheiro Celso Augusto Schröder às Propostas de Emenda à Constituição 33/2009 e 386/2009, que determinam a exigência de diploma para exercício da profissão de jornalista.
Item mais polêmico da pauta, o parecer recebeu seis votos favoráveis e quatro contrários. O assunto já havia sido debatido na Comissão Temática da Liberdade de Expressão do Conselho de Comunicação Social, que se manifestou contra a obrigatoriedade do diploma, baseando-se em argumentação apresentada pelos conselheiros Alexandre Jobim e Ronaldo Lemos.
O exercício profissional do jornalismo é regulamentado peloDecreto-Lei 972/69, por sua vez regulamentado peloDecreto 83.284/79. A regulamentação da profissão previa a formação de nível superior específica em Jornalismo como requisito para o exercício profissional, mas foi modificada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou a exigência inconstitucional.
Segundo Schröder, que preside a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), enquanto foi norma no Brasil, a exigência da formação nunca impediu o direito à opinião e à livre manifestação do pensamento, nem a colaboração, especializada ou não, nos meios de comunicação social.
- Vale ressaltar, ainda, que os parlamentares estão exercendo a função para a qual foram eleitos: legislar, inclusive modificando a Constituição Federal, naquilo que for necessário para o ordenamento constitucional e infraconstitucional, com vistas ao aperfeiçoamento da democracia brasileira – afirma.
Favorável à exigência do diploma, o vice-presidente do conselho, Fernando César Mesquita, atua no jornalismo desde os 15 anos de idade, antes mesmo da regulamentação da profissão. Ele argumentou que a formação é um instrumento importante, inclusive para ampliar os horizontes do profissional.
- Até porque as novas mídias precisam de muita atenção e cuidado – ponderou.
As Propostas de Emenda à Constituição 33 e 386/2009 ainda aguardam aprovação na Câmara dos Deputados.
Agência Senado

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Origem e História do Hapkido no Mundo

Hapkido - A origem
O significado de HAP (união), KI (força, espírito) e DO (caminho), formou o significado de Hapkido em: “O caminho da união da força e do espírito da arte marcial coreana”.

A luta pela sobrevivência fez com que o homem adotasse diferentes e variadas formas de combates com ou sem armas, em algumas ocasiões de criação própria ou então através de imitação a animais ou de lutadores mais peritos.

No inicio, o hapkido não era para ser utilizado como uma forma de defesa, seus movimentos eram treinados apenas para o desenvolvimento do “KI”, (força interior, energia vital), pelos monges budistas vindos da Índia para China em 67 a.C.

Introduzido na Coréia em junho do ano 372 d.C. em tempos de Goryo, os monges descobriram que alguns dos movimentos utilizados em seus treinamentos físicos, serviam para sua auto defesa, servindo de arma contra agressores que encontravam em seu caminho de levar o budismo aos povos que viviam na região do Oriente.

Não sabemos ao certo se os monges indianos já utilizavam as armas brancas como: Dan guon (faca pequena), Jang guon (faca longa-espada), Dan boung (bastão curto), Jang boung (bastão longo), Yi (bengala), Kun (corda) e Tu sook (estrela). Porém sabemos que estas armas eram propicias para a época e existem até hoje dentro do hapkido. Estes dois fatos históricos comprovam a existência do hapkido e não esta descartada a hipótese de que a arte tenha dado origem a outras artes marciais.

Logo que os monges chegaram da Coréia, começaram a catequizar os povos que viviam naquela região com o budismo, porém, as técnicas de auto defesa que descobriram, só eram passadas para os nobres e para a guarda imperial. Os pobres sendo a maior parte da população, não tinham o conhecimento e nem acesso a estas técnicas. Devido à necessidade terem que se defender, os nobres começaram a mesclar o que aprenderam com os monges indianos às técnicas rudimentares que já utilizavam. Já os pobres continuaram sem ter acesso às técnicas do então nomeado hapkido. O fato de que os pobres continuaram sem ter acesso às técnicas do hapkido, quase o levou á extinção.

O hapkido acompanhando o crescimento do budismo desde os tempos de Goryo, passou por três reinos: SILA (pronuncia-se chila em português), BAEK JE, e KOGURYO. Por ser o menor dos três reinos, SILA sofria constantes invasões de salteadores que viviam pela região e de seus vizinhos KOGURYO e BAEK JE. Durante o reinado de Chin Heung, vigésimo quarto rei de SILA, um grupo de jovens aristocratas, todos descendentes de famílias nobres, criaram um corpo de oficiais denominado de HWARANG, onde treinavam forte e tinham uma sólida formação moral e ética.

Em pouco tempo, muitos lutadores se uniram ao HAWRANG, formando uma força militar invejável, que para a época, foram denominados e conhecidos como os HWARANG DO.
O reino de SILA começou a destacar-se por ser um grupo menor e sempre vitorioso nas suas batalhas, fazendo com que os reinos de KOGURYU e BAEK JE fossem unificados a SILA, em 935 d.C. Com isso, foi fundada a dinastia KORYO.

Foi no período dos três reinos, SILA, BAEK JE e KOGURYO, que o budismo começou a perder força por causa do YUGUIO, uma forte seita que se instalou na Coréia espalhando-se rapidamente, afetando o povo coreano em seus costumes.

O yuguio dava importância somente ao conhecimento da mente e desprezava o da arte marcial. Com isso o hapkido foi praticamente esquecido e só não foi extinto por causa das múltiplas gerações de alguns nobres que deram continuidade às técnicas da arte marcial.


Young Sool Choi  - O grande nobre que não deixou o hapkido morrer
De 1909 à 1945 as práticas das artes marciais foram expressamente proibidas para o povo coreano, devido à ocupação japonesa na segunda guerra mundial. Alguns mestres, de forma secreta, continuaram a trabalhar suas técnicas para não serem esquecidas. O HAPKIDO, praticamente extinto na Coréia, conseguiu sobreviver a esta época graças ao Grão mestre Young Sool Choi.

Nascido em 1904, Choi ficou órfão logo aos nove anos de idade. Foi levado ao Japão e adotado como aluno por um dos maiores mestres daquele país na época, Sokaku Takeda.
Takeda era o grande Mestre do estilo Daito Ryu Aikijujutsu (praticado, conduzido e difundido até hoje pela família Takeda).

Muitos pesquisadores afirmam que Mestre Choi ficou sob a tutela de Mestre Takeda por aproximadamente 30 anos, tendo participado das inúmeras viagens e seminários daquele Mestre.

Com a morte de seu Mestre em 1943 e a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, em 1945, a situação tomou-se insustentável naquele país e Yoshida resolveu retornar à Coréia, após mais de 30 anos de treinamento, levando em sua bagagem todo seu aprendizado.

Com a rendição japonesa, em 1945, a península coreana é dividida em duas zonas de ocupação: uma norte-americana, ao sul, e outra, soviética, ao norte. As negociações de unificação das Coréias fracassam e em 1948, são criados dois Estados distintos: Coréia do Norte e Coréia do Sul, separadas por uma linha imaginária, chamada de paralelo 38, sendo constantemente vigiada.

De volta à Coréia, tentou ensinar a arte que havia aprendido. Embora sua habilidade fosse fenomenal, alguns historiadores afirmam que ele cobrava muito caro por suas aulas e não conseguiu um lugar para ministrá-las. Mestre Choi levantou capital suficiente, vendendo bolinhos de arroz, para iniciar uma pequena criação de porcos. Para alimentá-los, ele se levantava ao amanhecer e se dirigia à Adega Suh, onde ajudava os operários a retirar água de uma fonte subterrânea em troca de grãos para alimentar seus porcos.

Foi nesse local que, por volta de 1947, conheceu seu primeiro aluno Bok Sub Suh, faixa preta em Judô e gerente da Adega Suh, o qual montou um pequeno Dojang (mesmo significado de dojo) nos fundos de seu escritório.

Essa primeira escola se chamou Yu Kwan Sool Hapki Dojang. Com o passar do tempo o nome da arte foi se alterando até chegar ao HAPKIDO em 1958, juntamente com acréscimos de chutes e armas ao arsenal de torções de sua arte.

Poucos alunos mais se juntaram ao seu grupo, destacando-se entre eles boa parte dos Grãos-Mestres coreanos de artes marciais do século XX. Seu modo de ensinar era muito rigoroso, chegando a chicotear seus alunos quando não atingiam os resultados previstos.

Apesar disso, os poucos alunos que teve mantiveram seus laços por muito tempo e sempre se orgulharam de terem sido seus estudantes.

Mestre Young Sool Choi, fundador do hapkido, foi aluno de Daito-Ryu Alkijutsu (pronunciado Dae-¬Dong-Ryu Hap-Ki Sool, em coreano) do grande Sokaku Takeda, no Japão. Nessa época a sua arte se chamava Yoo Sool (pronúncia coreana para Jiu-jitsu) e era ensinado quase exatamente o que Mestre Choi aprendeu do Grande Mestre Takeda.

Com o passar do tempo, Mestre Choi acrescentou algumas técnicas de artes marciais coreanas, como chutes e técnicas com armas. Mas o nome Yoo Sool era também utilizado para designar o Judô na Coréia, o que poderia causar grande confusão.

Suh sugeriu ao seu Mestre que mudasse o nome da arte para Yoo Kwon Sool, que significaria “Arte dos Punhos Suaves”. Muita gente ainda acredita que o hapkido venha do judô pela confusão com o Yoo Sool.

Após a Guerra da Coréia Mestre Choi se tornou guarda-costas e chefe de segurança do pai de Sub, então alto elemento do governo.

Esse trabalho rendeu inúmeros frutos, pois a fama do hapkido como arte marcial, eficiente em combates reais, se espalhou por todo lado gerando grande interesse pela arte.

Em 1951 Mestre Choi abriu um pequeno Dojang nos fundos de sua casa, chamado Dae Hanyu Kwan Sool hap Ki Dojang (“Dae Han” significa coreano), e passou a ensinar alguns alunos além do fiel Bok Sub Suh.

Em 1958 o mestre Choi e seu aluno Suh concordaram em abreviar o nome do estilo para hapkido. Existe também uma outra versão que possui muitos adeptos. Segundo ela, o mestre Ji Han Jae, um aluno do mestre Choi, chamou a arte que aprendeu de Hapki Yu Kwon Sool, mas achou o nome muito longo, abreviando-o para hapkido em 1957. Isso foi confirmado pelo Mestre Ji, em uma entrevista.

Mestre Choi faleceu em 1987, aos 83 anos.


Grão mestre Ji Han Jae
O grão mestre Ji Han Jae nasceu em Andong, Coréia do Sul, em 1936. Aos 13 anos, Ji começou a treinar por tempo integral o "Yu Kwon Sool" com o Grão Mestre Choi e continuou com ele até 1956. Aos 18 anos, sob a orientação de um homem chamado Taoist Lee, aprendeu técnicas de armas, Tae Kyon, jang-bong (bastão longo), o dan-bong (bastão curto) e meditação.

Em 1959, o Grão Mestre Ji, abriu sua primeira escola e foi o primeiro a usar o termo Hapkido.

Em 1962, o nome foi mudado para Kido. Ji fundou a "Kido Association", onde Choi se juntou como membro.

Entre 1962 e 1979, Ji Han Jae trabalhou como guarda costas do presidente coreano Park Chung Hee, no castelo presidencial Blue House. Por este motivo, Ji tem muitas influências políticas. Foi também treinador de arte marcial dos guardas secretos do presidente, da polícia coreana, da academia de soldados e da Korean Special Forces. Em 1969, Ji foi convidado pelo governo norte-americano a ensinar o Hapkido aos guarda-costas do presidente Nixon e aos agentes do FBI.

Nos EUA, durante o programa de intercâmbio, Jhoon Rhee (mestre de Taekwondo) apresentou Ji, o artista marcial e ator, Bruce Lee, que era um admirador dos conhecimentos do mestre do Hapkido e pediu que fosse seu instrutor.

No inicio dos anos 70, Mr. Wong, presidente da "Golden Harvest Film Co" (produtora dos filmes de Bruce Lee), contratou o Grão Mestre Jin Han Jae para ser o treinador de artes marciais, conselheiro-supervisor técnico e treinador das estrelas de filmes de artes marciais e ainda trabalhar em alguns filmes como ator.

Bruce Lee quis que no filme "Game of Death" (Jogo da Morte) o mestre Ji usasse uma faixa dourada enquanto lutava contra Bruce lee. A faixa dourada representaria o mais alto grau alcançável nas artes marciais.

Existem linhas divergentes quando se pergunta quem foi o fundador do Hapkido. Alguns atribuem a Yong Sul Choi e outros a Ji Han Jae. É importante dizer que Choi foi professor de Ji, porém, podemos observar a situação de diferentes ângulos. O maior estudioso de Artes Marciais Coreanas, Dr. Kimm He-Young, após anos de pesquisa nos disse o seguinte:
"Podemos aceitar as duas posições dizendo que Choi acendeu o palito de fósforo, mas quem fez a fogueira foi Ji".


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- SITE: Confederação Brasileira de Hapkido -http://confederacaobrasileiradehapkido.com/
- SITE: Federação Brasileira de Hapkido Tradicional - http://www.hkdbrasil.com.br/
- SITE: Federação Coreana de Hapkido - http://www.koreahapkidofederation.net/
- SITE: Federação Riograndense de Hapkido Olímpico - http://www.hapkidors.es.tl/
- SITE: Federação Internacional de Hapkido - http://www.itatkd.com/ihf.html
- SITE: Associação Nacional de Hapkido Tradicional -http://www.hapkidotradicional.com.br/

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Quadrilha usa o nome da Maçonaria para aplicar golpe de R$ 4 milhões

Investigação identificou, no mínimo, 20 vítimas; chefe do grupo já foi preso.

Falsa sede da Maçonaria também usava a internet e programas de televisão para conseguir novos integrantes (Foto: Reprodução)Falsa sede da Maçonaria também usava a internet e programas de televisão para conseguir novos integrantes (Foto: Reprodução)
Mandados de busca e apreensão e de prisão são cumprindo nesta quarta-feira (21) pela Polícia Civil do Paraná para desarticular uma quadrilha que utilizava irregularmente o nome da Maçonaria para aplicar golpes em Curitiba e em Campo Largo, na Região Metropolitana. Os suspeitos, de acordo com a polícia, angariaram cerca de R$ 4 milhões, com a promessa de que os contribuintes teriam retorno financeiro. A quadrilha mantinha a Grande Loja Mista do Rito Memphis-Misraim, um luxuoso templo em forma de castelo, em Campo Largo, como a suposta  sede da Maçonaria. O grupo também utilizava programa televisivo e também uma página na internet para conquistar novos participantes. Já foram identificadas 20 vítimas, mas a polícia acredita que mais pessoas tenham sido enganadas.
Com o nome de Castelo de Areia, a operação é fruto de dois meses de investigação. Segundo o delegado chefe da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas de Curitiba, Marcelo Lemos de Oliveira, o golpe era aplicada há anos. “Eles montaram uma maçonaria, mas era tudo golpe para atrair pessoas e angariar dinheiro com as adesões. As pessoas faziam adesão e começavam a contribuir com determinado valor”, explicou o delegado, que preferiu não dar detalhes sobre a investigação enquanto os mandados são cumpridos.
Falsa sede da Maçonaria ficava em Campo Largo (Foto: Reprodução)Falsa sede da Maçonaria ficava em Campo Largo
(Foto: Reprodução)
A Maçonaria não convida ninguém para participar da ordem, entretanto, no site utilizado pelos suspeitos, existe um espaço para os interessados preencherem uma ficha. Também há divulgação de um conta bancária para doações.

Segundo a polícia, o grupo criminoso era bem articulado, com a divisão clara de funções. Prova disso, complementou o delegado, é que foram expedidos mandados de prisão preventiva. O homem apontado como o chefe da quadrilha e a esposa dele já foram presos. Ele tem antecedentes criminais por estelionato e por apropriação indébita.
O número exato de lesados só será conhecido após a análise de todo o material que está sendo apreendido por meio dos mandados. A polícia orienta que as pessoas que suspeitam terem sido vítimas, procurem a Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas.

Serviço
Delegacia de Estelionaro e Desvio de Cargas
Telefone: (41) 3261-6600
Enderenço: Rua Professora Antonia Reginato Vianna, 1177, Capão da Imbuia - Curitiba
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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Analfabetismo funcional

A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que, mesmo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição limita severamente o desenvolvimento pessoal e profissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos.

Uma variação do analfabetismo funcional parece estar presente no topo da pirâmide corporativa e na academia. Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta a muitos profissionais da média gerência a capacidade de interpretar de forma sistemática situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada. Não se trata apenas de usar corretamente o vernáculo, mas de saber tratar informações e dados de maneira lógica e expressar ideias e proposições de forma inteligível, com começo, meio e fim.
Na academia, o cenário não é menos preocupante. Colegas professores, com atuação em administração de empresas, frequentemente reclamam de pupilos incapazes de criar parágrafos coerentes e expressar suas ideias com clareza. A dificuldade afeta alunos de MBAs, mestrandos e mesmo doutorandos. Editores de periódicos científicos da mesma área frequentemente deploram a enorme quantidade de manuscritos vazios, herméticos e incoerentes recebidos para publicação. E frequentemente seus autores são pós-doutores!
O problema não é exclusivamente tropical. Michael Skapinker registrou recentemente em sua coluna no jornal inglês Financial Times a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana. O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alunos, futuros administradores e advogados. Passava-lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. Pois a atividade causou tal revolta que o diretor da instituição solicitou ao professor torná-la facultativa. Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante.
O mesmo Skapinker lembra uma emblemática matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can’t write”. Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos. Para Sheils, o sistema educacional, da escola fundamental à faculdade, desovava na sociedade uma geração de semianalfabetos. Com o tempo, explicou a autora, as habilidades de leitura pioraram, as habilidades verbais se deterioraram e os norte-americanos tornaram-se capazes de usar apenas as mais simples estruturas e o mais rudimentar vocabulário ao escrever, próprios da tevê.

Entre as diversas faixas etárias, os adolescentes eram os que mais sofriam para produzir um texto minimamente coerente e organizado. E o mundo corporativo também acusou o golpe, pois parte de sua comunicação formal exige precisão e clareza, características cada vez mais difíceis de encontrar. Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!
Quase 40 anos depois, os iletrados trópicos parecem sofrer do mesmo flagelo. Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. O resultado é ora constrangedor, ora cômico. Nas empresas, muitos profissionais parecem tentar tapar o sol com uma peneira de powerpoints, abarrotados de informação e vazios de sentido. 
Na academia, multiplicam-se textos caudalosos, impenetráveis e ocos. Se aprender a escrever é aprender a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais.
Fonte: Revista Carta Capital

terça-feira, 6 de maio de 2014

Brasil: uma tragédia anunciada!

Eu pensei em escrever várias coisas sobre o assassinato de uma mulher após a divulgação de um boato por uma página do facebook. Covardia? Barbárie? Penso que é um fato difícil de acreditar. Em virtude disso, eu queria dar parabéns aos "jornalistas" da página que divulgaram uma informação sem pesquisar, um retrato falado feito em 2012 e uma série de outros erros.
Jornalismo sério é feito por jornalistas que possuem formação! Você iria a uma consulta com uma pessoa que se diz médico? Você trataria de dente com uma pessoa que se diz dentista? Você se deixaria defender por uma pessoa que se diz advogado?
Pois bem. Acreditaram em informações de uma pessoa (ou um grupo) que se dizem jornalistas. Vejam o que aconteceu. E viva o Brasil, o país da Copa, das Olimpíadas e das tragédias anunciadas!!!

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

DOJÔ, SEUS LEMAS E PROCEDIMENTOS


O Dojô é o lugar onde se pratica o Karate-Do. Esta palavra é oriunda do Budismo e significa “Lugar da Iluminação”. São de suma importância à hierarquia existente nos Dojôs e as normas e procedimentos necessários para seguir um caminho de evolução dentro dele.
Com o estabelecimento de normas e procedimentos teremos um ensino de qualidade, embasados em profundos conceitos filosóficos. O Dojo-Kun são os princípios, os lemas que norteiam e dirigem o karateca dentro de seu aprendizado. O Dojo-Kun deve ser colocado por escrito no Kamiza,  na parte frontal do Dojô, ao lado direito do Kamizama ou abaixo dele. O Kamizama é o nome do templo, geralmente feito de madeira, que representa a nossa ligação com o Oriente, a linhagem do Karate, o espírito das artes marciais.
Devemos colocá-lo no Kamiza, região frontal e central do Dojô. Deve ficar de preferência longe da porta de entrada para não ter contato com influências negativas que venham a adentrar ou se posicionar na entrada do Dojô. É recomendável que, durante a saudação final da aula, depois do Mokussô, o aluno mais graduado depois do Sensei ou um dos alunos, escolhido pelo Sensei, deve falar o Dojo-Kun em voz alta, clara e pousada para auxiliar a concentração e facilitar a reflexão sobre os princípios. Cada lema deve ser repetido por todos os alunos. São eles:

Dojô-Kun
ESFORÇAR-SE PARA A FORMAÇÃO DO CARÁTER
CRIAR O INTUITO DO ESFORÇO
RESPEITAR ACIMA DE TUDO
CONTER O ESPÍRITO DE AGRESSÃO
FIDELIDADE PARA COM O VERDADEIRO CAMINHO DA RAZÃO

Procedimentos para a Aula no Dojô
Pontualidade: A aula deve começar sempre pontualmente. Isso demonstra responsabilidade e comprometimento. O aluno que chegar depois do ritual do cumprimento deve se colocar em posição seiza na entrada do Dojô e fazer zazen até o professor autorizá-lo a entrar.
Posicionamento no Dojô: Os alunos, sob o comando de início da aula do professor, devem se posicionar pela hierarquia do Dojô em posição Seiza:
Kamiza: O Sensei que comandará a aula se posicionará em frente ao Kamizama. Este lugar é denominado Kamiza e é destinado ao mestre e seus convidados de honra.
Joseki: Os Professores Assistentes devem se posicionar entre a porta de entrada e o Kamizama. São os homens de confiança do Sensei e possuem conhecimentos para substituí-lo numa eventual necessidade. Este lugar é denominado Joseki.
Shimoza: Os karatecas deverão perfilar na posição seiza, em ordem hierárquica, no lado em frente ao mestre, olhando para ele, sendo que os alunos mais graduados devem ficar mais a esquerda do mestre. Este lado é chamado de Shimoza.
Shimoseki: os alunos menos graduados sentarão do lado à direita do mestre chamado shimoseki.
Obs.: Aqueles que porventura tenham alguma lesão que o impeçam de ficar na posição Seiza(ajoelhados, sentados sobre os calcanhares) devem adotar a posição Agura ( pernas cruzadas).
Cumprimentos Iniciais: Após o Zazen iniciam-se os cumprimentos seguindo a ordem de comandos:
SHOMEN NI REI ou KAMIZAMA NI REI: referendando a saga do Karate-DO, os ancestrais da arte e os deuses do templo Kamizama no altar
SENSEI NI REI: referendando, saudando o Sensei que ministrará a aula.
Zazen: Deve-se iniciar o Zazen após o término da saudação inicial com a duração média de um minuto. Se no início da aula, o professor notar alguma agitação ou turbulência pode-se adotar um tempo maior de Zazen.
Mokussô: Os alunos sob o comando do professor de fim da aula devem se posicionar do mesmo modo que do início da aula. Deve-se se iniciar o Mokussô com a duração média de um minuto. Após o Mokussô iniciam-se os mesmos cumprimentos do início da aula.
Cumprimentos Finais: Após o Mokussô iniciam-se os cumprimentos seguindo a ordem de comandos:
SHOMEN NI REI ou KAMIZAMA NI REI: referendando a saga do Karate-DO, os ancestrais da arte e os deuses do templo Kamizama no altar
SENSEI NI REI: referendando, saudando o Sensei que ministrou a aula.

Cumprimento de Todos: No final da aula, os alunos se posicionam em fila em frente ao professor, que estará no Kamiza e se cumprimentam dos modos japonês ( inclinação de tronco )e brasileiro ( aperto de mão ). Após cumprimentar o Sensei deverão retornar aos seus lugares iniciais, até todos se cumprimentarem. Ao término dos cumprimentos o Sensei comanda o cumprimento final com “OSS!” e o comando de “Dispensados”.

O desenvolvimento do Kata no Karatê

Kata (, forma) é uma sequência de movimentos — técnicas de ataque e defesa — cujo fito é proporcionar ao praticante o aprendizado mais aprofundado da arte e, simultaneamente, experiência de luta. Também é conhecido por "balé da morte". Antes do advento do karatê moderno, e da criação de métodos mais básicos e simplificados de transmissão do conhecimento, a arte marcial era ensinada somente pela prática ostensiva de kata.
O kata possui outras facetas além do treinamento físico. Cada forma possui, também, um componente psicológico, pois prepara o karateca para um combate real, e um componente filosófico, que busca transmitir valores e pensamentos críticos, para avaliar as situações serenamente, situações essas não limitadas a embates físicos.
Teoricamente: Sequência de técnicas, em simulação de luta.
Sabe-se que o te, a arte marcial autóctone de Okinawa, já era estabelecida quando se deu a majoração da influência chinesa, mas, não se tem como precisar como era exatamente transmitida, devido aos escaços registros. A arte marcial chamada de Okinawa-te foi justamente, e grosso modo, a evolução das técnicas locais insulares sob influência de mestres de chuan fa, e é o kata a exata marca dessa evolução.
Sabe-se que os mestres chineses faziam a transmissão de seus conhecimentos por intermédio de exercícios pré-estabelecidos, de origem vetusta e que eram uma expressão do Tao. O Tao, de forma bem simples, quer dizer caminho e que por essa via as coisas devem ser aprendidas como se fossem uma consequência natural, então os mestres transmitiam seus conhecimentos por esses "caminhos", esses "taos".
Antes da influência chinesa no te não há recordações de haverem sido praticados os kata. Em todo caso, o ensino por meio dos kata aprofundou a tal modo que os mestres tradicionais chegam a repudiar qualquer outro.
No karatê tradicional não há lembrança também de Dojôs, um estabelecimento dedicado à transmissão e ao ensino da arte marcial, mas, por outro lado, havia apenas um esquema de mestre-aprendiz muito simples, no qual o mestre repassava somente para quem de confiança, ou ainda somente da família. E tudo sob o mais velado segredo. Ou seja, o que um mestre sabia somente aqueles venturosos discípulos tinham a honra de lhes ser ensinado.
A despeito de os kata terem sua origem na China, não se lhes pode retirar a originalidade nascida em Okinawa, pois são claras as modificações desenvolvidas pelos mestres do te. Não se pode esquecer que o karatê surgiu como uma necessidade de defesa com as mãos nuas contra agressores portando punhais e/ou espadas e, às vezes, usando armadura. Por conseguinte, aqueles movimentos considerados supérfluos ou ineficientes nesse tipo de embate, foram ou suprimidos ou adaptados: os movimentos acrobáticos (saltos) praticamente sumiram.
No karatê moderno, que é praticado em escolas, até, sentiu-se a necessidade de uma simplificação do aprendizado, pois alguns katas são ainda muito complexos, pelo que foram introduzidos os kihon, por Anko Itosu e Gichin Funakoshi.


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Entendendo o Dojo Kun

Dojo Kun é o código de honra do karateca. São os princípios estabelecidos para contribuir na formação moral do praticante.
1. “Esforçar-se para a formação do caráter”
O caráter de uma pessoa é aquilo que a distingue diante das outras: é aquilo que lhe é próprio. Nosso caráter é desenvolvido pela educação recebida dos pais, professores, pela cultura de nosso povo e pelos padrões de comportamento veiculados pelos meios de comunicação, que tão grande impacto tem exercido no desenvolvimento da pessoa humana.
No entanto, nosso caráter, isto é, nossa propriedade, aquilo que nos define diante dos demais, pode ser desenvolvido não apenas como reflexo de uma educação externa, mas também com a nossa participação consciente. O Karatê é um processo de autoconhecimento e de investimento no crescimento pessoal e, como tal, resulta em frutos que podem ser de grande valia para o indivíduo.
O “caminho do karatê” é o autoconhecimento, e você terá de estudá-lo com a maior seriedade desde o princípio. O Karateca deve sempre manter atitudes corretas. Utilizar as técnicas apenas como último recurso, como autodefesa, em causa nobre. O maior tesouro de um indivíduo é sua honra, e para ser uma pessoa respeitável, é preciso disciplina.
Tente falar menos e ouvir mais, procure “aprender a aprender”. Nossa forma de encarar a vida determina nosso destino. Seja honesto, calmo, sereno, simpático, alegre, sábio, sincero e otimista. Um karateca de verdade mantém sua palavra, e honra seus compromissos.
2. “Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão”
Fidelidade tem dois significados: Em primeiro lugar, quer dizer que nós acreditamos em um determinado princípio. Em segundo lugar, significa que somos fiéis a esse princípio. Na realidade, o sentido da fidelidade só é encontrado naqueles que são fiéis, não naqueles que apenas afirmam que acreditam no princípio.
Quanto à razão, afirma um grande pensador que ela é o maior bem distribuído entre os homens. Com ela é possível diferenciar as coisas e adquirir conhecimento. No entanto, ser dotado de razão não quer dizer que se vive de acordo com a razão: “não basta ter espírito bom, é necessário dirigi-lo bem”.
O espírito do homem é rico em possibilidades, mas se for mal dirigido, acabará por negar a sua própria riqueza. A prática do Karatê nos proporciona o maior fruto do espírito: “o equilíbrio”.
O verdadeiro caminho da razão é sempre fazer e desejar às outras pessoas o que gostaria que também fizessem a você. O Karateca deve ignorar o que não é bom, e adotar o bom. Sem que percebamos, a lei da ação e reação determina nossa vida: tudo o que fizer ou pensar, voltará para você como experiência. Talvez de uma maneira diferente, mas voltará. Seja a recompensa, o amor, a felicidade, o castigo, o ódio ou a desgraça. São nossas ações e pensamentos que atraem os acontecimentos, para o bem ou para o mal.
3. “Criar o espírito de esforço”
Quando vemos uma pessoa apresentando esforço no rosto, ou algum movimento do corpo, podemos ir mais além e verificar que o esforço, na realidade, não está no corpo, mas no sentimento interior, no espírito e no pensamento das pessoas.
Uma pessoa que alimenta ideias de persistência e de otimismo é alguém que desenvolve o espírito de esforço. Esse espírito pode ser visto, por outro lado, em rostos e corpos que não aparentem o menor movimento, porque o espírito tranquilo gera energias, enquanto o espírito exaltado e agitado as consome.
No Karatê, aprende-se a lidar na vida com calma, porém com firmeza, e é nisto que consiste o espírito de esforço: não no esgotamento da força, mas no estágio mais desenvolvido de nosso espírito, na sua conservação e na geração de serenidade e de tranquilidade.
Onde há esforços não há violência. Este esforço pode ser traduzido na sentença de Funakoshi: “Nós não aprendemos para lutar, nós lutamos, isto é, nos esforçamos, para aprender”. O espírito de esforço é a força do espírito. O intuito de esforço e persistência nos mostra que tudo é possível. Você precisa acreditar que, se outros podem, você também pode.
Se você tem um sonho, não importa o tamanho dele, ele pode ser alcançado. Precisamos nos esforçar da maneira correta e persistir muito, a ponto de nunca desistir diante dos obstáculos. A principal diferença entre as pessoas de sucesso e as que sempre fracassam está na persistência: “Caia dez vezes, e levante-se onze”. Nunca desista, e será um vencedor! O sucesso não ocorre por acaso, existem razões bem mais sólidas do que a sorte para realizarmos os nossos sonhos.
O grande segredo é sabermos exatamente “aquilo” que desejamos, então definimos metas e objetivos a serem executados; definimos um plano de ação. “Quem não sabe para onde vai, não chega a lugar nenhum”. Devemos sempre escrever nossos objetivos. Por exemplo: Em 2016 serei Faixa Preta de Karatê (ou campeão mundial, farei faculdade, terei minha casa própria, serei saudável, vou me casar, etc.).
Agora, devemos colocar a imaginação para funcionar; A imaginação aliada à força de vontade chama-se fé. A fé é capaz de realizar qualquer feito, transformar qualquer sonho em realidade. Precisamos imaginar nosso objetivo já concretizado. Isto é ensinado há muitos anos pelos  grandes mestres: Quando você decide ser ou ter algo, precisa ter certeza de que já conseguiu, antes mesmo de começar.
Em um combate, vencerá aquele que estiver determinado a lutar totalmente: “Ouse fazer, e o poder lhe será dado”.
4. “Respeito acima de tudo”
Apesar dos Códigos legais imporem penas aos que desrespeitam seus semelhantes, eles não têm possibilidade de alcançar o interior das pessoas e influenciá-las, isto é tarefa dos educadores. O Karatê como atividade educativa, tem como princípio levar o indivíduo a perceber a si mesmo e o seu semelhante, não só isso, mas, também, conscientizá-lo do valor do Respeito, não só ao semelhante, mas a si mesmo. O Respeito pelo outro não significa uma anulação do próprio ego e o respeito por si não quer dizer a anulação do outro.
Uma pessoa pode desrespeitar a si mesma, adotando comportamentos agressivos para com seu próprio corpo, ou para com seu espírito: é sempre adequado indagar qual a finalidade das decisões que tomamos em relação ao nosso bem estar e ao nosso desfrute sadio da vida. Podemos evitar maus alimentos, más conversas, maus ambientes, más leituras e maus hábitos. Assim, estaremos conservando o respeito por nós mesmos.
Por outro lado, uma pessoa pode também respeitar a seu próximo, não porque os Códigos Legais são punidores, mas porque todo ser humano tem um valor como pessoa e porque a “boa vontade” é uma virtude do espírito que pode ser desenvolvida e aperfeiçoada. O Karatê é uma maneira de se chegar a ela e ao respeito. Desse ponto de vista, o Karatê apresenta uma grande utilidade para o desenvolvimento humano e a paz social e política, não só entre os cidadãos de um mesmo país, mas entre todos os homens e todos os países.
O Karatê começa e termina com cortesia. O respeito deve ser uma atitude contínua do estudante do Karatê. Do cumprimento dos lutadores, no início e final de uma luta, até as regras de etiqueta e convivência social. As boas maneiras são o melhor exemplo para todos, nenhuma palavra vale mais do que atitudes. O karateca deve manter o mesmo padrão de comportamento dentro e fora do Dojô.
5. “Conter o espírito de agressão”
Se por um lado, o espírito tranquilo gera energias e serenidade, o espírito exaltado e agitado gera agressividade, contra a própria pessoa e contra os outros. O lutador de Karatê é ponderado e prudente. Ele aprende que os Kata começam com defesas e que no Karatê não há golpes de agressão. O principal objetivo da arte do Karatê não é o outro como alvo, mas a própria pessoa. Isto vai provocar uma caminhada para a consciência de si mesmo e para a superação de aspectos negativos do comportamento e da mente.
Na realidade o Karatê é uma reeducação da mente e dos padrões de comportamento. Quando se diz: “Conter”, afirma-se que o homem é capaz de mudar os padrões de pensamentos agressivos em pensamentos de respeito e equilíbrio. A prática do Karatê vai aos poucos, modificando os padrões de pensamentos e substituindo os pensamentos de agressão por pensamentos de harmonia.
Os Kata iniciam sempre com defesas. Assim, o Karateca deve adotar a “não-violência”, sempre dominando sua agressividade. O bem e o mal existem, mas vencerá aquele que você mais alimentar. A paz está em seu interior, e vencer a si mesmo é mais difícil do que vencer os outros.

Você precisa buscar o autoconhecimento: lendo livros, assistindo palestras, ouvindo CDs de relaxamento e praticando Zazen (meditação – esvaziar a mente). Somente o treinamento físico não é suficiente, pois se assim fosse, um praticante de qualquer outro esporte seria uma pessoa altamente desenvolvida espiritualmente. O karatê é um caminho, não o único, mas um dos melhores para a revelação interior, para transcender os dualismos. O treinamento físico é um meio de educação e disciplina, o caminho da paz.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A felicidade

Sim, eu sou feliz. Faço o que gosto e mantenho por perto quem gosta de mim. Não, isso não é privilégio. É opção de vida. Problemas? Todo mundo tem. Os meus não são piores ou melhores que os de ninguém. Opinião? Vivo com a minha, até que consigam (e não é fácil) me convencer do contrário.
Vamos recorrer ao dicionário Priberam: fe·li·ci·da·de: (latim felicitas, -atis) substantivo feminino 1. Concurso de circunstâncias que causam ventura. 2. Estado da pessoa feliz. 3. Sorte. 4. Ventura, dita. 5. Bom êxito.
Novamente voltando ao dicionário, vamos explicitar o significado de feliz. fe·liz (latim felix, -icis) adjetivo de dois gêneros. 1. Que tem ou revela felicidade, contentamento. = ALEGRE, CONTENTE, RADIANTE ≠ TRISTE 2. Que causa felicidade. ≠ TRISTE 3. Que tem muita sorte. = AFORTUNADO, DITOSO, SORTUDO ≠ AZARADO 4. Que se sente satisfeito, realizado. = CONTENTE ≠ DESCONTENTE, INSATISFEITO 5. Que é favorável. ≠ DESFAVORÁVEL 6. Abençoado, bendito. 7. Que foi bem imaginado ou bem executado. = CONSEGUIDO 8. Que teve sucesso. = BEM-SUCEDIDO, PRÓSPERO.
Vivo em estado de felicidade por ser feliz, por alcançar os meus objetivos, por entender que dependo única e exclusivamente de mim para que minhas metas sejam obtidas. Feliz, por ser bem casado, por ser formado, por continuar estudando, por ter cachorros, por ser um eterno aprendiz.’., por ter amigos, por ter família, por ter saúde...
Sei que você que está lendo tem problemas. Sei que, neste momento, os seus problemas são os piores do mundo (pelo menos para você). Sei que você acredita, piamente, que seus problemas não tem solução.
Você já experimentou agradecer por ter problemas? É! Agradecer! Simples assim! Não é um discurso religioso, não. Ficamos tão preocupados em pedir, que nos esquecemos de agradecer o que temos.
Tens dívidas? Ótimo, teve oportunidade de comprar. Problemas no casamento? Ótimo, você conheceu o amor e passou pelo inesquecível momento do casamento. Problemas no trabalho? Quantas pessoas estão desempregadas? Problema, todo mundo tem. Uns sabem lidar com eles e aprendem. Outros ficam apenas remoendo.
O que eu faço nesses casos? Vou andar de bicicleta, passear com minha mulher, rir com meus amigos, brincar com meus cachorros, coloco o kimono e treino como um louco, vou pra academia malhar, escrevo... não existe uma fórmula. Aliás, existe sim. Enfrente seus problemas de peito aberto. A vida é um aprendizado constante. Solucionaremos alguns e outros aparecerão.

Quer agradar a todos? Nem Jesus conseguiu. Não gostou do texto? Leu até agora... Seja firme e siga em frente. Assim seja.’..