domingo, 5 de fevereiro de 2017

O Petista



É o cara que se escandaliza com Bolsonaro, mas não vê problema algum em Graça Foster, em Dilma, em Lula.

É o cidadão que se preocupa com os centavos da passagem de ônibus, mas ignora os milhões da Petrobras.

É a moça que defende o aborto, mas considera a palmada um crime hediondo.

É aquele que odeia os judeus e quer a destruição do Estado de Israel, mas faz campanha contra o racismo e xinga os adversários de nazistas.

É aquele que acusa Bolsonaro de ser apologista do estupro, mas ignora o professor que defendeu o estupro de Rachel Sherazade.

É aquele que chama empresário de sonegador, mas aceita a maquiagem fiscal da Dilma.

É aquele que protesta quando morre um traficante, mas festeja quando morre um policial militar.

É aquele que não se importa em destruir a vida do adversário, se isso for importante para a causa.

É aquele que passa a odiar sua cidade quando a maioria não vota em sua candidata.

É aquele que chama o caso Celso Daniel de "crime comum"

É aquele que usa a expressão "ação penal 470" para se referir ao mensalão.

É aquele que prega a estatização do financiamento eleitoral.

É aquele que usa a palavra "estadunidense".

É aquele que tem uma grande simpatia pelos nanicos da linha auxiliar do PT.

É aquele que não vê nada demais no fato de o PIB per capita da Coreia do Sul ser de 32 mil dólares e o da Coreia do Norte, de 1.800 dólares. Afinal, a Coreia comunista é mais igualitária.

É aquele que apoia o movimento gay, mas também apoia o regime cubano, que já fez campos de concentração para homossexuais.

É aquele que acredita em governo grátis, mesmo quando o País trabalha até maio só para pagar impostos.

É aquele que odeia a censura, mas quer o controle social da mídia.

É aquele que faz tudo para acabar com a família e a igreja, pois sabe que elas são os principais focos de resistência ao poder do Estado e dos movimentos sociais.

No fundo ele sabe que o país está sendo saqueado, exaurido, violentado - mas diz que o problema é o Bolsonaro.

É aquele que nunca perdoa.

É aquele que apoiou o impeachment de Collor e acha que foi legitimo, mas falar no impeachment de Dilma é golpismo.

Publicado originalmente no Jornal de Londrina.

Se você não é do PT e concorda com o texto, repasse, compartilhe, para o bem de todos.
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quinta-feira, 12 de maio de 2016

Entre mortos e feridos, que salvem o Brasil!


O que aconteceu na madrugada de hoje (12/05) foi histórico: vimos o segundo processo de impeachment ser autorizado pelo Senado Federal. Não pretendo discutir o mérito do processo, mas considero fundamental visualizarmos o momento do país.
A economia brasileira está entregue às moscas, temos uma máquina inchada, ministérios inoperantes, políticas públicas estagnadas, e um infindável processo corruptível da classe política a ser investigado.
Não está na hora de chorar pelo leite derramado. Está na hora de  nos unirmos pelo Brasil. Precisamos juntar forças para erguer o que restou de nossa pátria, voltar às ruas e exigir a investigação de todos os políticos envolvidos em corrupção. Caíram Dilma Rousseff, Eduardo Cunha e Delcídio do Amaral. Foi aberto processo de investigação contra Aécio Neves. Que venham todos os processos e que caiam todos os corruptos.
Quero o meu Brasil de volta. Quem tem o coração valente é o povo, que não tem direito a altos salários e verbas de gabinetes para manter suas famílias. Na verdade, há quem o faça com menos de um salário mínimo.
Temos que combater estes privilégios da classe política. Que eles usem o Sistema Único de Saúde  (SUS), que recebam no máximo dois salários, que trabalhem para pagar suas acomodações em Brasília.
Lutemos, todos, pelo nosso país. Este deve ser o nosso maior foco. Políticos vem e vão. E a história nos mostra que seu legado não tem sido tão importante para o nosso povo. Ao lutarmos pelo país, lutamos por aqueles que não possuem mais forças.
Pelos nossos direitos! Salvemos o Brasil!

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

As graduações no Karatê Shotokan

A história das graduações dentro do Karate Shotokan é muito polêmica e com isso, a equipe do site resolveu escrever um pequeno texto contando um pouco da história de como surgiu o sistema de graduações dentro do Karate Shotokan. Boa leitura!
Orgão
Autoridade máxima responsável pelas A.M japonesas.
Primeiramente vale lembra que Gichin Funakoshi Sensei era considerado um “estrangeiro” e não um japonês de fato, por ter nascido em Okinawa, então ele teria que se colocar em uma posição de inferioridade para registrar o Karate como uma arte japonesa, e para isso ele teve que seguir algumas regras que na época eram impostas por uma instituição que controlava as artes marciais japonesas, a Dai Nippon Butoku Kai.
As exigências impostas pela Dai Nippon Butoku Kai eram:
1- Usar o sufixo “DO ()” como parte do nome;
2- Adaptar-se a metodologia de ensino das artes marciais japonesas;
3- Usar o Dogi (que era o uniforme do Judô e que foi imposto a todas as artes);
4- Adotar o sistema de graduação Kyu/Dan existente na época, que era composto da faixa branca para iniciantes, marrom para intermediários, preta para os avançados. Mais tarde incluiu a faixa branca e vermelha (coral) para quem já tivesse uma proficiência de mestre, a faixa vermelha e por ultimo, conta-se, a branca mais larga para fundador de estilo. Esse sistema de graduação era chamado de sistema Kano (pois fora desenvolvido por Jigoro Kano, fundador do Judô, Ministro da Educação, primeiro japonês membro do Comitê Olímpico Internacional e a maior autoridade das artes marciais japonesas da época).
Funakoshi sensei
Funakoshi sensei  com a máxima graduação da época, o 5º Dan
Gichin Funakoshi Sensei possuía a maior graduação possível na época, de 5º Dan. Foi só no início da década de 1960 que foram incluídos os graus de 6º a 10º Dan no sistema Kano, após a morte de Funakoshi. Concluímos, com isso, que o Pai do Karate Moderno nunca usou a faixa coral (inserida no sistema para diferenciar os possuidores de grau Dan –Yudansha- dos peritos que eram antigos no grau Dan –Kodansha- e que era outorgada a partir do 6º Dan). A Japan Karate Association resistiu até o final da década de 1960 para incluir os outros cinco Dan e a Shotokai nunca os incluiu. Esse é o motivo pelo qual ninguém nunca usou a faixa coral no Shotokan. Nenhum grande mestre gostaria de ofender a memória de Funakoshi sensei usando uma faixa que representa um nível superior ao dele (coral ou vermelha), portanto mesmo aqueles graduados 10º Dan, como Masatoshi Nakayama, Hirokazu Kanazawa ou Tetsuhiko Asai sempre usaram a faixa preta.
E as cores das faixas?
Inicialmente no sistema Kano, também usado no Shotokan, haviam só as faixas branca (para iniciantes) e marrom (para intermediários) precedendo a faixa preta (destinada aos especialistas). Foi muito tempo depois que as faixas verde e roxa foram incluídas para ajudar a diferenciar melhor os estágios de aprendizado dos iniciantes. Há muito pouco tempo vem sendo usadas outras faixas coloridas no Japão (amarela, laranja e azul), principalmente para estimular as crianças. Cada país, porém, criou um sistema próprio de classificação dos iniciantes e adotou diferentes cores para esses estágios.
Um dos primeiros sistemas com outras cores surgiu na Inglaterra, em 1927, elaborado por Gunji Koizumi Sensei, que instituiu em Londres as cores para diferenciar os Kyu. Essa ideia se espalhou pelo mundo.
Sistema de cores de Kyo criado por  Mikinosuke Kawaishi .
Sistema de cores de Kyu criado por Mikinosuke Kawaishi .
As escolas de Karate que funcionavam dentro das YMCA (ACM no Brasil) também criaram e adotaram seu sistema. O sistema que parece ter inspirado a classificação de cores mais usada no Brasil, porém, foi o sistema Kawaishi. Nesse sistema (criado pelo instrutor de Judô e Karate Mikinosuke Kawaishi), as cores usadas eram amarelo, laranja, verde, roxo, marrom e, por fim, a preta. Ninguém sabe ao certo, porém, quem inseriu a faixa vermelha, destinada aos detentores de 9º e 10º Dan das outras escolas, entre os Kyu do Shotokan do Brasil. A hipótese que melhor explica a sequência brasileira de cores vem das artes plásticas: nessa área do conhecimento, é um saber comum e banal que amarelo e vermelho unidos dão origem ao laranja, e que verde e roxo misturados dão origem ao marrom. Alguém provavelmente supôs que assim ficaria agradável ao público, mas não há registros dessa criação, a verdadeira razão segue um mistério…
E as faixas com fitas?
Antiga graduação feminina
Antiga graduação feminina no judo
As faixas com uma linha branca bem no meio que alguns estilos usam servem para diferenciar um Kyu pro outro. Originalmente, no Judô, as faixas dos homens eram da cor cheia e a das mulheres era da mesma cor, porém com a fita no meio, pois elas eram menos exigidas em exames de graduação, nos treinamentos e por um tempo não puderam competir. Isso foi uma herança da mentalidade higienista do início do século XX. Com a revolução feminista muitas coisas mudaram e uma das coisas a ser abandonadas no Judô foi a fita no meio da faixa, pois passou a ser vista como uma forma de evidenciar que a mulher era inferior ao homem na arte marcial. Recentemente, com os sistemas incluindo cada vez mais Kyu e a escala de cores das fábricas restritas, vem se usando ou a fita no meio ou faixas com duas cores para a diferenciação das classes.
Outros utilizam fitas para marcar o seu Dan na faixa, mas isso tecnicamente não existe no Karate Shotokan.
Faixas com fitas para identificar o grau do faixa preta
Faixas com fitas para identificar o grau do faixa preta.  NÃO EXISTE ISSO NO SHOTOKAN!
No Judô, usava-se linhas brancas até o 5º Dan para diferenciar os graus. No 6º Dan as cinco linhas eram substituídas por um retângulo com mais uma linha em cima. No Karate de Okinawa e no estilo Kyokushinkai é comum ver o uso dessas fitas. Nesses estilos as fitas ou linhas bordadas brancas simbolizam do 1º ao 5º Dan. Depois de uma 1 a 5 linhas douradas (sem as linhas brancas), simbolizam do 6º ao 10º Dan. Mesmo assim, alguns estilos de Okinawa, como o Shorin, adotaram as faixas coral e vermelha. Isso tudo porém, nunca será observado em um mestre do estilo Shotokan possuidor de graduação 6º a 10 Dan. Nem as fitas, nem as faixas de outras cores, nem faixas de duas cores, nem com linhas no meio, nem camufladas, rosa, etc…
E as graduações ofertadas?
Sim, existem no Karate as graduações ofertadas, que são graduações dadas para alguém por mérito, falecimento ou outro motivo.
Abaixo estão as graduações ofertadas conhecidas pela equipe do site:
1- Meiyo-Dan (名誉段): Um faixa preta honorário, um título que é oferecido à pessoa que contribui para a divulgação do Karate, em sua maioria não são praticantes de karate, neste caso sua graduação não permite examinar ou lecionar;
2- Suisen-Dan (推薦段): Grau por antiguidade do praticante, em que ele treina regularmente, mas não possuindo nível técnico para receber uma faixa preta, mas recebe a faixa preta como reconhecimento ao seu empenho.
Quando um karateca é aprovado oficialmente para a faixa preta, se dá o nome de Jitsuryoku-Dan (実力段). Nas escolas tradicionais apenas um Jitsuryoku Yudansha (有段者)/Kodansha (高段者) pode examinar alunos para novos graus Kyu e Dan, ser instrutor pago para dar aulas e árbitro em competições oficiais.
E os uniformes pretos, coloridos e os apelidos???
O ridículo karategi de Elvis Presley, copiado por muitos picaretas das artes marciais...
O ridículo karategi de Elvis Presley, copiado por muitos picaretas das artes marciais…
Pessoal, essa é a pior parte. Se você encontrar alguém ensinando com um uniforme que não seja branco ou que estiver chamando os alunos Kyu por apelidos conquistados em seu exame de faixas CORRA COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ! O Karate Shotokan, assim como os demais estilos de Karate (sim, isso vale para todos) nunca adotou um uniforme que não seja da cor branca. Karate veste Dogi branco e ponto final, não há discussão para isso. Infelizmente, pelo Brasil, está assim. Você atinge tal Kyu, pode usar calça preta, depois casaco preto, depois (ou antes) ganha um apelido, um nome de guerra, na mais descarada cópia da Capoeira e ferindo horrivelmente a tradição do Budô. Diferenciação no uniforme é usada em algumas escolas de arte marcial coreana, nunca nos estilos e escolas japonesas. Uniformes vermelhos, multicolor, feitos pelo próprio atleta pra uma apresentação… Tudo isso são distorções absurdas do Karate. Fique ligado!
Osu.'.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Conheça os 7 Princípios do Bushido

1.  Gi – Justiça, Retidão e Honestidade
Seja honesto em todas as suas relações. Acredite na Justiça, não a que é dada pelos outros, e sim na sua própria justiça. Para um autêntico samurai não existem tons de cinza em relação à honestidade e justiça. Só existe o certo e o errado. E pra ser justo é necessário fazer o julgamento correto em relação à tudo em sua vida.
2.  Yuu – Coragem, Bravura heroica
Um samurai deve ter coragem heroica. Viver é arriscado e perigoso e esconder-se como uma tartaruga se esconde em sua concha não é a maneira mais adequada de viver. Devemos aprender a viver a vida ao máximo, intensamente. Substitua o medo pelo respeito e cautela. A coragem heroica não é cega, ela é inteligente e forte.
3.  Jin – Compaixão, Benevolência
Através de um treinamento intenso o samurai torna-se rápido e forte, porém ele usa essas habilidades para fazer o bem para as pessoas e tem compaixão por elas. Amor, amizade, solidariedade e nobreza de sentimentos são considerados como os maiores atributos da alma. Ajude seus colegas em todas as oportunidades que houver.
4.  Rei – Respeito, Polidez e Cortesia
O Samurai não tem nenhuma razão para ser cruel. Não há necessidade de provar a sua força. Um samurai é cortês até mesmo para com os seus inimigos. Se não fosse assim, ele não seria melhor do que qualquer animal. Um samurai é respeitado não só por sua coragem, mas também pela forma como eles tratam os outros.
5.  Makoto – Honestidade, sinceridade absoluta
Mentir é um ato considerado covarde e desonroso e portanto quando um samurai diz que vai fazer tal coisa, é como se ele já tivesse feito. Nada no mundo conseguirá impedi-lo de concretizar o que disse. Um samurai não precisa dar a sua palavra e nem precisa prometer nada. Quando um samurai fala, é porque ele vai agir.
6. 名誉 Meiyo – Honra, Glória
O verdadeiro samurai só tem um juiz de sua honra, e este juiz é ele mesmo. As escolhas que você faz e como você trabalha para obtê-las são um reflexo de quem você realmente é. Você não pode se esconder de si mesmo. Muitas das nossas decisões são influenciadas pelos outros, o que nos faz parecer hipócritas.
Dizemos muitas vezes o que os outros querem que digamos, vemos o que os outros querem que vejamos. Ouvimos o que os outros querem que ouçamos. O valor da nossa dignidade pessoal está implícito na palavra honra. “Desonra é como uma cicatriz em uma árvore que o tempo, em vez de curar, só ajuda a aumentar.”
7.  Chuu – Dever e Lealdade
Um samurai é extremamente leal àqueles que estão sob seus cuidados. Por quem ele é responsável, ele permanece fiel. Suas palavras e suas ações pertencem à você, assim como todas as consequências que se seguem a partir delas. “A palavra de um homem deve ser como sua impressão digital: Você deve levá-la aonde quer que vá”.
Seguir o bushido é dar ênfase à lealdade, fidelidade, coragem, justiça, educação, humildade, compaixão, honra e acima de tudo, viver e morrer com dignidade”. Quando aplicamos esses princípios em nossa vida conseguimos melhorar nosso potencial humano. Pra finalizar, uma frase do samurai Miyamoto Musashi:

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O KOBUDO DE OKINAWA

Kobudo-Okinawa

O Kobudo de Okinawa (também conhecido como Ryukyu Kobujutsu, Ryukyu Kobudo, ou apenas Kobu-Do) é um termo japonês que pode ser traduzido como “Caminho das Antigas Artes Marciais de Okinawa” – Ko (koryu) = antigo, Bu (Buguen) = Arte Marcial e Do = Caminho, via. Refere-se, de maneira geral, às armas tradicionais de Okinawa, especialmente o Rokushakubo (mais conhecido como Bo), Sai, Tonfa, Kama e Nunchaku, e também às menos tradicionais, como o Tekko, Tinbe-Rochin e Surujin. Também há as armas menos comuns, como o Tambo e o Eku.
HISTÓRIA
Definir a origem exata do KoBu-Do não é tarefa das mais simples, pois a maior parte dos documentos escritos sobre esta arte marcial foram destruídos em incêndios e bombardeios ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial. Na versão mais aceita pelos historiadores, as restrições impostas aos camponeses de Okinawa, proibindo-os de carregar armas, fez que estes passassem a adaptar ferramentas agrícolas, criando um sistema marcial desenhado para que pudessem se defender de possíveis ataques.Todavia, atuais estudantes de artes marciais não foram capazes de encontrar reforço histórico para esta teoria, e as provas colhidas por vários historiadores ligados às artes marciais apontam para a casta guerreira Pechin (equivalente à dos samurais no Japão) como aquela que praticava e estudava estas artes, diferentemente dos Heimins, ou camponeses.É verdade que o povo de Okinawa, sob regência dos poderes estrangeiros, foi proibido de portar armas ou utilizá-las em público, mas a luta armada que estes praticavam secretamente (e os tipos de armas com as quais praticavam) tinha fortes raízes chinesas, e exemplos de armas similares foram encontrados a China, provenientes de épocas anteriores asa adaptações de Okinawa.As tradições do Kobudo foram desenhadas partindo das técnicas nativas de Okinawa, que nasceram a partir dos ajis, a classe dos nobres, e por métodos importados da China e possivelmente de outros países que comerciavam com os Ryukyus. A maioria das tradições do Kobudo moderno, que sobreviveram aos tempos difíceis durante e depois da Segunda Guerra Mundial, foram preservadas e passadas às gerações seguintes por Taira Shinken e Kenwa Mabuni, e desenvolvidas para um sistema de práticas por Motokatsu Inoue, em conjunto com Taira Shinken. Outros mestres dignos de nota, que tiveram seus nomes adotados em katas de KoBu-Do, são Chotoku Kyan, Shigeru Nakamura e Shinko Matayoshi.O Kobudo é considerado por alguns estudiosos como o precursor do Karate-Do e vários estilos desta arte incluem algum grau de treinamento de Kobudo, como parte de seu currículo. Similarmente, não é incomum ver um chute ou outro golpe de “mãos limpas” em um kata de Kobudo. Em alguns estilos, as técnicas das duas artes são tão fortemente relacionadas, evidenciadas pelo uso de armas e de “mãos vazias” em um determinado kata, por exemplo, Kanku-daí, Kanku-sai Gojushiho e Gojushiho-no-sai; embora estes sejam Katas de Kobudo, não são formas tradicionais deste, mas foram desenvolvidos a partir de katas do Karate-Do. Outros katas do Kobudo demonstram elementos da técnica de “mãos vazias”, mantidos das formas antigas; Soeisi No Daí, uma forma de kata de Bo, é um dos poucos tipos de autêntico kata de Kobudo que utiliza chutes com técnica secundaria.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Armas dos Samurais

 

Armas-japonesas
A origem das artes marciais japonesas está relacionada às tradições e aos costumes dos guerreiros samurais, na medida em que o exercício destas artes permitia que estes guerreiros tivessem uma melhor resistência física e psicológica.
São muitas as armas dos Samurais e eles deviam saber usar todas, independente do seu comprimento ou alcance. Para cada tipo de combate havia uma equipamento ideal. A diversidade de confrontos determinava a conduta a ser adotada e exigia do guerreiro um treinamento das armas e da melhor maneira de utilizá-las.
Seu aprendizado iniciava-se na infância e durava toda a vida e, assim, ele ia sendo versado nas diversas disciplinas marciais tanto com armas, quanto sem elas, ou seja, no combate de mãos nuas. Neste contexto, as artes marciais sem armas eram chamadas de jujutsu, enquanto a aprendizado na luta com armas era chamado de kobudô.
O termo Kobudo significa, em uma tradução literal, “artes marciais antigas”, portanto, o termo é utilizado para descrever as artes marciais praticadas pelos antigos guerreiros samurais.
Normalmente o Kobudo é associado à prática de três modalidades:
Kenjutsu
– Trata-se da arte da espada, ou seja, a arte mais antiga e tradicional do Japão. Sua prática, nos tempos dos samurais era diária e tão importante quanto comer ou dormir, ou seja, algo natural no dia-a-dia do samurai. Naquele tempo, os iniciantes praticavam com o Bokuto e quando atingiam uma fase adulta passavam a praticar com o Kataná.
Iaijutsu
– Neste modalidade, também praticada com o kataná, o samurai treinava o desembainhar da espada; seu princípio consistia em sacar a espada com um rápido e mortal golpe, finalizando a luta de forma rápida e eficaz. Sua criação data do século XV e foi aperfeiçoada durante os séculos seguintes, resultando na criação de diversos estilos.
Jojutsu
– Considerada a arte da paz, o jojutsu consiste na arte do bastão Jô contra a espada Kataná; por se tratar de uma arma – a princípio – não letal ela foi muito utilizada por samurais pacifistas e posteriormente por monges, para se defender de bandidos na estrada. Atualmente é utilizada pela polícia de Tóquio.
Entretanto muitas outras armas completam o arsenal dos guerreiros do Japão, sejam eles Samurais, Ninjas, ou guerreiros da afastada Okinawa (Kobudo de Okinawa).

 Kataná

10510_503728649656877_957095758_nA katana é a espada japonesa utilizada pelos guerreiros samurais. Consiste em um sabre cuja lâmina mede em torno de 70 a 90 centímetros, sendo ligeiramente curva e com gume apenas de um lado.
Registros históricos atestam que surgiu no período Muromachi, contudo, há indícios de que no período Kamakura (1185-1333) já era comum entre os guerreiros este modelo de espada.
O elo que os samurais criaram com esta arma era quase sagrado. Eles acreditavam que a kataná estava ligada a sua própria alma e com isso esta arma passou a ser um símbolo de distinção desta classe, ao ponto que os samurais eram os únicos que poderiam portá-la na cintura.
Waikisashi
A espada curta carregada pelo samurai; seu tamanho variava entre 30 e 60 centímetros de lâmina, sendo essas últimas quase no comprimento de uma kataná. A wakisashi era forjada de forma diferente da kataná e possuía uma seção transversal também diferente.
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Quando portada junto à kataná, o conjunto chamava-se Daisho e significava que seu portador era um samurai.
A wakisashi foi muito utilizada no Japão feudal e contrário do que muitos pensam, a wakisashi não era uma versão pequena da kataná, pois além de se portar como uma arma própria para ambientes fechados, em ambientes abertos poderia ser utilizada sozinha como em conjunto com a kataná; um celebre Samurai que soube fazer uso das duas espadas, como nenhum outro, foi Miyamoto Musashi.
Outra curiosidade sobre a wakisashi é que o samurai, mesmo quando se separava de sua kataná, em reuniões ou ambientes que não permitia a portabilidade da espada, mantinha-se com sua wakisashi na cintura.
Tanto
tanto
Consiste em um punhal ou faca que completa o conjunto de armas portadas pelo samurai. Normalmente utilizada para tarefas mais simples ou para o ritual do sepukku (suicídio ritual). Diferente da Kataná e Wakizashi, o tanto era guardado dentro das vestes do samurai. Podia acompanhar o design da daisho ou ter design próprio.
Yari
O Yari era uma lança, provavelmente originária da China; seu uso data do período Nara (710-794), contudo entre 1334-1400 seu uso se popularizou e grande parte das milícias de samurais a utilizavam.
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Durante a invasão mongol, os samurais conseguiram infringir inúmeras baixas no exército invasor por meio desta arma. Ao longo dos séculos ela foi sofrendo algumas alterações em sua forma e design. Durante o feudalismo japonês foram criados vários modelos (Sankaku Yari, Ryo-Shinogi Yari, Fukuro Yari, Kikuchi Yari, Jumonji Yari e Hoko Yari).
Geralmente suas lâminas eram feitas em aço semelhante ao das katanás e decoradas com motivos naturais e ornadas com pedras preciosas No período do feudalismo japonês
A lenda da criação do Japão, aliás, retrata os deuses Izanami e Izanagui com uma Yari que após revolverem o oceano primordial, com a lança de jade (Ame-no-nuboko), ao retirarem-na as gotas do oceano que pingaram de sua lâmina formaram as ilhas do Japão.
Naginata
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A naginata é basicamente uma lâmina de katana montada em um cabo de lança. Já existia na China Han. Com a proibição de qualquer pessoa, no Japão Medieval, exceto samurais portarem ou treinarem com katanas, mulheres e monges se especializaram no uso destas armas, capazes de desmontar cavaleiros e, ao mesmo tempo, manter uma distância segura do inimigo. Sua desvantagem é que são armas pouco discretas e exigem o uso treinado das duas mãos.
Armas semelhantes são encontradas na China Ming, bem como na Europa medieval.

Tsukubo, Sasumata, Sodegarami
TSUKUBO, SASUMATA, SODEGARAMI
Além das lanças convencionais, os japoneses confeccionaram armas mais sofisticadas com utilidades bastante específicas: A Tsukubo e a Sasumata serviam entre outras coisas, para desmontar um cavaleiro durante um combate, dilacerando partes da armadura e levando-o ao chão ou até a morte.
Já o Sodegarami serve para penetrar a armadura do samurai, se prendendo à carne do adversário e dilacerando suas entranhas. Apesar de sua utilidade não eram muitos os samurais que utilizavas esta arma, sendo mais adequada para a infantaria.

Kanabo
Bastão de madeira com pontas agudas, usado no Japão feudal pelos guerreiros samurais. Ao longo dos séculos, outras armas foram desenvolvidas a partir deste modelo, como o konsaibo, tetsubo, e ararebo.
Havia vários tamanhos e formas de kanabo.
Kanabo (1)
Os mais altos tinham que ser erguidas com as duas mãos, enquanto que os menores eram mais leves e não passavam do comprimento de um antebraço.
O principal propósito da arma kanabo nas guerras era esmagar as armaduras dos inimigos e também quebrar as pernas dos cavalos. A arte de usar kanabo exigia habilidade e equilíbrio nas mãos e nos pés.
Tessen
TENSEN
Os tessen, ou leques de guerra, foram muito utilizados como instrumentos de ataque e defesa por praticantes de artes marciais da China, do Japão e da Coréia. Como uma arma, é feito com hastes de metal afiadas na ponta e seda endurecida. Fechado, pode ser usado como um pequeno punhal e aberto pode ser usado para “esfaquear” o oponente. É normalmente considerado arma de kung-fu na China e no Japão das Kunoishi (mulheres Ninja).
Apesar de atualmente os leques serem mais conhecidos como objetos de decoração, ainda são utilizados como instrumentos em treinos de artes marciais como o Tai Chi Chuan. São também utilizados em artes marciais como o Ninjutsu.
Hichiwari
Consistia em uma barra de metal pontuda e curvada com um gancho perto da manopla. Usada pelo samurai na mão esquerda, enquanto a espada ficava na mão direita. Servia principalmente para furar uma armadura, repartir um capacete ao meio ou servir de arma de esmagamento. Esta arma de batalha, cujo desenho é atribuído ao renomado ferreiro Goro Nyudo Masamune, deu origem ao Jitte.
Jitte (Jutte)
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Parecida com um cassetete esta arma era mais comumente usada pelos oficiais da polícia. Muito parecida com o Hichiwari, o mesmo gancho ou uma forquilha, que servia para prender a lâmina de uma kataná ou wakisashi e até quebrá-la durante um combate. Servia, portanto, para desarmar pessoas, sem o derramamento de sangue. O pai do famoso Samurai Miyamoto Musashi era mestre no combate com esta arma.
Seu uso maio se deu durante o período Edo por oficiais da polícia, a jitte parece ter servido de influência inspiradora para a criação de outras armas, entre elas o Sai, arma utilizada em Okinawa.
Manrikigusari 
MANRIKIGUSARI
Esta arma é composta de uma corrente com peso nas pontas, medindo 70 cm a um metro. Em combate utilizava-se para defesa, enquanto no ataque utilizava-se arremessando para inutilizar a espada do oponente.
A Marinkigusari foi desenvolvida no começo do século 18. Este é um outro exemplo de arma que foi desenvolvida com a preocupação de não ferir o inimigo e sua criação é atribuída ao chefe da segurança do Castelo de Edo.
Seu uso foi adotado por agentes da polícia para pegar criminosos, quando usadas como as boleadeiras gauchas, ou seja, arremessadas para enrolar nas pernas do adversário.
Yumi
Yumi long bow moodboard
Trata-se do arco japonês, ou seja, uma arma de tiro com flecha. Diferente dos seus pares de outras partes do mundo, o arco japonês é enorme, possuindo mais de dois metros de comprimento. Outra diferença é que ele é empunhado pelo arqueiro no ser terço inferior, deixando dois terços livres, fazendo com que a braço que segura a flecha fique acima da cabeça.
De todas as armas a que mais está ligada à nobreza do samurai é o arco. O primeiro imperador Jimmu (500 a.C) era retratado portando um arco.
Os primeiros samurais eram, sobretudo, arqueiros montados, a espada era arma secundaria do samurai. A ética dos arqueiros montados era que cada um deles caído deveria levar muitos inimigos com ele. Isto só se consegue sem combate corpo-a-corpo.
Não por acaso, que uma das cerimônias mais tradicionais dos samurais unia – como os povos das estepes – o uso do cavalo com o arco, na prática chamado Yabusame.
Kusarigama
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Kusarigama é uma arma tradicional japonesa que consiste de uma kama (foice) com uma longa corrente presa ao cabo e um peso de metal na outra extremidade da corrente. Embora o kusarigama seja derivado de uma foice de agricultor, e embora a foice fosse frequentemente usada como arma pelos agricultores durante a era feudal do Japão, é importante notar que esses agricultores não usavam a kusarigama.
Seu uso consistia em balançar a corrente com o peso fazendo um grande círculo sobre a cabeça, e então chicoteia para frente ao enlaçar a arma ou até mesmo imobilizar os braços ou pernas do adversário. Isso permitia ao usuário do kusarigama avançar facilmente e atacar com a foice.
Bo
BO
O Bo consiste em uma espécie de barstão que mede cerca de 1,82 m (Rokushaku Bo), podendo medir também 2,80 m (Kyushaku Bo) e um metro (Sanshaku Bo). Foi desenvolvido provavelmente a partir de uma ferramenta agrícola chamada Tenbin, que era uma vareta, colocada por trás dos ombros, com cestas ou sacos pendurados de cada lado.
O Bo era também usado possivelmente com cabo de ancinho ou de pá. Juntamente com variações mais curtas, como o Jô e o Hanbo, pode também ter sido desenvolvido a partir de bengalas utilizadas por viajantes, especialmente monges.
Costuma-se dizer que o Bo foi uma das primeiras armas de Okinawa, sendo considerado o “rei” de todas elas, e é tradicionalmente feito de carvalho branco ou vermelho.
Jo
JOJUTSU
Criado à partir do bastão Bo, o bastão Jô é menor, medindo 1,28m de comprimento e é feito normalmente de carvalho. Atribui-se a criação desta arma não letal a Muso Gonnosuke.
A tradição oral revela que o Jo surgiu do duelo entre o espadachim Miyamoto Musashi e Muso Gonnosuke, que utilizando-se de uma bastão bô, reforçado com anéis de metal, fora derrotado pelo lendário samurai. Inconformado, Muso Gonnosuke se isolou no alto de uma montanha e supostamente sonhou com um bastão menor (1,28m), qual seria ideal para vencer a kataná. Imediatamente desceu a montanha e fabricou o bastão jô, buscando Musashi por todo o Japão, até que os dois se enfrentaram novamente.
Atualmente o bastão Jo é utilizado pela polícia de Tóquio.
Sai
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Outra prova da criatividade japonesa. A sai é basicamente uma adaga que presta principalmente para golpes de ponta, de baixo para cima ou de cima para baixo, mas é o seu formato de mini-tridente que possibilita aparar uma lâmina de katana e quebrá- la com uma torção do punho do usuário da sai.
O Sai é considerado por alguns estudiosos como uma variação de uma ferramenta utilizada para criar sulcos no solo, porém, o material utilizado para sua confecção, inicialmente era a madeira, serviria desta forma muito melhor aos propósitos dos camponeses, ou Heimins. Somente quando seu propósito passou a ser a guerra é que começou a ser feito em metal
Consiste em uma pequena barra de ferro forjado, com dois grandes ganchos partindo de sua empunhadura, utilizados para defesa contra ataques de sabre. Sua ponta pode também ser afiada e servir como um estilete; sua medida deve ser igual (nunca superior) à do antebraço do usuário. Quando só possui um gancho é conhecido como Jitte ou Jutte.
Tonfa
Tonfas
A criatividade japonesa para armas práticas era imensa. A tonfa é um cassetete que pousando ao longo do antebraço se torna um poderoso escudo e graças a seu cabo ortogonal é capaz de vibrar golpes de ponta e giratórios tão devastadores quanto os de um mangual ou nunchaku.
A tonfa, em seu formato moderno, é facilmente reconhecida devido à sua semelhança com o cassete da polícia, embora seu uso seja diferente. Supostamente, originou-se do cabo de uma pedra mó, utilizada para triturar grãos. É tradicionalmente feita de carvalho vermelho, e pode ser segura tanto pela curta empunhadura perpendicular quanto pelo punho mais longo.
Nunchaku
Nunchaku
O Nunchaku é uma arma feita de dois pedaços de madeira (ou metal, em concepções modernas) ligados por uma corrente ou corda.
Muitas armas surgiram de fins pacíficos. O nunchaku era usado na antiga China para debulhar arroz, trigo e painço. O nun significa numero dois (dois bastões ligados por corrente curta). A versão ferramenta agrícola poderia ter até 3 bastões. Seu conjunto articulado pela corrente amplia a velocidade conseguida na ponta do bastão porque não está seguro na mão do usuário. Assim o golpe é bem mais devastador do que de uma clava de mesmo peso.
Há muita controvérsia sobre suas origens: alguns dizem que é proveniente da China, outros que evoluiu do malho (arma antiga que possuía um cano atado a uma bola de ferro com pontas por uma corrente), enquanto uma das teorias propõe que foi desenvolvido a partir de freios utilizados em cavalos. O Nunchaku chinês tende a ser redondo, enquanto o japonês é octogonal, e originalmente os dois pedaços de madeira eram unidos com crina de cavalo. Há inúmeras variações do Nunchaku, compreendendo desde o cassetete de três secções (san-setsu-kon) até os menores multiseccionados.
O Nunchaku foi popularizado por Bruce Lee, que o utilizou em vários filmes, produzidos tanto em Hong Kong quanto em Hollywood
Kama
Kamas
A última das armas maiores de Okinawa é o Kama (grafado também como Gama), qual também deriva de instrumentos da lavoura. Trata-se de uma foice tradicional, e é considerada como uma das mais difíceis de aprender a manejar, devido ao perigo inerente à prática com tal arma.
Esta arma também pode ser vista em várias partes do mundo como instrumentos de lavoura e mais recentemente de esportes de escalada.
No ponto em que a lâmina se une ao cabo, normalmente, há uma concavidade, destinada à defesa contra ataque de Bo, que pode ali ficar preso; embora esta seja uma das vantagens desta arma, é também um ponto fraco em seu design.
Chukonu 
CHUKONU
As bestas mais antigas são chinesas. O maior know-how deste povo permitiu atacar o principal problema das bestas: recarregá-la. O chukonu era uma besta de repetição. A tentativa da infantaria chinesa superar a cadência de tiro dos arqueiros montados turco-mongóis, seus vizinhos nômades do norte e oeste.
Os japoneses logo introduziram em suas fileiras esta arma que era mais fácil de portar e recarregar que o arco Yumi.
O chukonu era uma arma cara, seu mecanismo era complexo e talvez não pudessem produzir o número necessário, não sendo seu uso, exclusivo dos samurais.

Shuriken
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O shuriken são armas de arremesso utilizadas pelos guerreiros shinobi (ninjas). Podiam ser utilizadas para perfurar ou ferir o adversário e se tornavam ainda mais perigosas se adicionadas a venenos ou nas mãos de arremessadores treinados. Boas na emboscada, mas não em guerra.
Muitos samurais sucumbiram ao ataque por meio destas armas. Cada estrela da morte vinha no formato do emblema do clã, quando não se queria anonimato. Normalmente eram portadas em bolsos escondidos na roupa do shinobi.
Devido ao fascínio que esta arma causou nos ocidentais, seu uso foi frequente em produções cinematográficas.
Tetsubishi
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Os Tetsubishis são objetos pontiagudos, de material natural ou não, com três ou mais pontas afiadas que, conforme deixadas no chão, permaneciam com uma das pontas para cima, pois são jogados no chão em fuga para retardar o oponente perseguidor.
Eram muito usados pelos ninjas, pois tinham a grande vantagem de serem de fácil uso e não necessitarem de técnicas elaboradas. São correspondentes aos estrepes europeus.
Por seu uso ser exclusivo dos ninjas, não há relatos de haver sido usada nas guerras samurais, e atualmente, mesmo no ninjutsu moderno, não se costuma treinar o uso desta arma.
Chigiriki 
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O chigiriki é uma arma japonesa feitas de uma madeira sólida ou oca (às vezes de bambu) ou bastão de ferro com um peso de ferro e uma corrente no final, as vezes retrátil.
O chigiriki é uma variação mais agressiva da arma kusarigama. Ele pode ser usado para atacar ou embaraçar o adversário, bem como para esquivar dos golpes e capturar ou neutralizar a arma dos adversários.
Na foto vemos uma variação que se assemelha as maças europeias.

Kunai
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Kunai é uma arma ninja que consiste em uma lâmina de ferro com um grande furo na base, destinado a amarrar cordas, originário da era Tensho no Japão. Eram destinadas ao arremesso com ou sem corda, a fim de ferir o inimigo à grande distância. Muito utilizada por ninjas em casos de assassinatos.
Kunai é uma arma muito eficiente e que pode ser destinada para diversos fins. Os ninjas utilizavam-na para arremesso, servir de uma espécie de pinos de escalada, para fazer armadilhas, etc.
Assim como a shuriken, a kunai poderia assumir diversos formatos, conforme o clã.
Shakuhachi
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Trata-se de uma arma alternativa, assim como o leque; a princípio uma simples flauta, que para muitos era um instrumento musical tradicional, nas mãos de uma guerreiro treinado se tornava uma arma moral.
Seu uso – como instrumento musical – geralmente estava associado ao zen-budismo e à meditação, porém, logo passou a ser usada por ronins no período Edo. Muitos desses samurais errantes se juntaram os monges Komusô para pregar a doutrina do vazio e do nada.
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Diversas disputas entre clãs e a proibição aos monges do uso de armas, levou os komusô a uma inteligente alternativa. Sendo um de seus poucos direitos civis o uso da flauta, reza a lenda que os monges a redesenharam, usando a raiz do bambu, para fazê-la maior, mais resistente e longa, passando a usá-la como uma espécie de cassetete.
Não se pode considerar propriamente como uma arma samurai, mas um objeto que em situação de perigo poderia ser convertida em arma de defesa.
Kansashi
Esta arma foi adaptada dos antigos pinos utilizados para prender o cabelo das mulheres de Samurais do Japão feudal.
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O Kansashi, portanto, tratava-se de pinos de 15 cm que se escondiam na forma de adereços para os penteados das mulheres de samurais e serviam em caso de luta para perfurar o pescoço ou tórax do agressor.
Muitas Kunoishi (mulheres samurais) utilizavam esta arma escondida em seus cabelos, e ao se aproximar pelo jogo de sedução de um samurai, ou nobre, utilizavam o Kansashi para matar suas vítimas.
Tanegashima
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Trata-se das armas de fogo utilizadas no século XV a XVII no Japão. Esta arma significou para o povo japonês uma mudança nas estratégias de guerra. Sua introdução no país se deu com a chegada dos primeiros comerciantes portugueses em 1543, e pouco tempo depois já havia se espalhado por todo o arquipélago.