terça-feira, 28 de julho de 2015

10 coisas fascinantes que, provavelmente, ninguém te contou sobre os samurais

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Os samurais e o seu código de lealdade sempre exerceram um fascínio muito grande, principalmente no mundo ocidental. Porém, algumas peculiaridades históricas dessas figuras lendárias ainda são desconhecidas e obscuras. Veja agora alguns fatos curiosos que cercaram a vida e a rotina desses guerreiros japoneses tão famosos.
1. Mulheres podiam ser “samurais” (onna-bugeishas)
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Nas famílias de samurais, era tradição que as mulheres recebessem treinamento em artes marciais e estratégias de guerra, para que pudessem defender suas famílias quando o não estivesse presente. Conhecidas como onna-bugeishaselas participavam de batalhas ao lado dos homens e lutavam usando as naginatas (lanças com uma lâmina curvada na ponta). O arco e flechas também era uma arma bastante utilizadas pelas “mulheres-guerreiras”.
Apesar das habilidades bélicas, elas se vestiam com quimonos luxuosos de seda fina e estavam sempre maquiadas, com os cabelos impecáveis, demonstrando cuidado especial na preservação de sua feminilidade.
Os textos históricos contêm poucas referências à essas guerreiras, mas é possível que elas tenham sido mais numerosas do que se imagina. Análises feitas no local onde ocorreu a batalha de Senbon Matsubaru, no ano de 1580, mostraram que dos 105 corpos encontrados, 35 eram de mulheres.
Tomoe Gozen foi uma das guerreiras mais famosas cuja história ficou registrada. Ela era esposa deMinamoto Yoshinaka, do clã Minamoto. Nascida em 1157 numa família samurai, ela foi treinada para manusear a naginata e proteger a família. Lutou nas Guerras Genpei (1180 – 1185), uma disputa que durou 5 anos entre os clãs Taira e Minamoto pelo controle do Japão.
2. As armaduras não limitavam os movimentos
Foto: Felice Beato

As armaduras dos samurais, cujo peso poderia variar de 5 a 40 kg, eram confeccionadas com placas de couro, madeira ou metal e cobriam todo o corpo do guerreiro. Elas sofreram mudanças de acordo com o período histórico, o clã e a classe do samurai. Porém, ao contrário do que parece, elas eram pensadas para também preservar a liberdade de movimentos, tão essencial para as lutas e o manuseio das armas.
O capacete, chamado de Kabutoera desenhado para proteger o pescoço das flechas e dos ataques de espada, vindos de vários ângulos. Eles eram também um símbolo do poder e do status do samurai. Há quem defenda a tese de que o kabuto dos samurais inspirou a máscara utilizada por Darth Vader em Star Wars.
Já a aparência demoníaca das máscaras servia a um duplo propósito: proteger o rosto do guerreiro e assustar os inimigos.
3. Existiu, pelo menos, um samurai negro…
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No final do século 16, Oda Nobunaga, o mais poderoso senhor da guerra do Japão, tinha um escravo africano que não era apenas uma curiosidade cultural, mas também seu guarda-costas e que alcançou bastante prestígio entre os japoneses daquele tempo.
Ele ficou conhecido como Yasukemas ninguém sabe ao certo seu nome verdadeiro. Consta em um dos relatos que Yasuke teria cerca de um 1.90 de altura e, se assim foi, a sua estatura teria sido muito impressionante para os japoneses da época. Nobunaga não acreditou que a aquela pele negra fosse real e suspeitava que os jesuítas, com os quais o africano chegou ao Japão, estivessem tentando pregar-lhe uma peça.
Mandou que seus vassalos lavassem Yasuke e, só depois de ver que nada se alterava na pele do africano,Nobunaga se convenceu de que ali não havia nenhuma enganação. Encantado com a descoberta, conseguiu dos jesuítas que Yasuke se colocasse ao seu serviço. Os rumores eram de que o escravo ia ser feito um Daimyo (senhor feudal japonês).
Concretamente, porém, os registros dos jesuítas revelam que Nobunaga deu a Yasuke uma casa e uma espada katana, arma que somente os samurais manuseavam. Nobunaga também lhe atribuiu o distinção de carregar a sua lança pessoal e vestir uma armadura, privilégio que era reservado apenas para os nascidos em famílias de samurais.
4. …e alguns estrangeiros
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Os registros históricos indicam que, pelo menos, quatro ocidentais tiveram a honra de se tornar samurais: o aventureiro inglês William Adams e seu companheiro holandêsJan Joosten van Lodensteijn; o oficial da marinha francesa Eugene Collache e o comerciante de armas Edward Schenell, proveniente da Prússia.
O Filme O Último Samurai, protagonizado por Tom Cruise em 2003, baseou-se na história de dois homens que realmente existiram, mas que não chegaram a se tornar samurais. Eles eram Frederick Townsend Ward eJules Brunet.
5.  Eles eram muito numerosos
Divulgação: O Último Samurai

Nos tempos de ouro dos samurais, eles chegaram a representar cerca de 10% da população do Japão.Em virtude de serem tão numerosos, existe uma teoria de que cada cidadão japonês tenha, pelo menos, um pouco de “sangue samurai”.
Esse fato tornou-se um problema quando a classe dos samurais foi erradicada, por volta de 1870. Sem emprego, alguns foram obrigados pela necessidade a se tornar comerciantes, uma classe que sempre foi considerada inferior por eles mesmos.
6. As roupas eram elegantes, mas práticas
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As roupas dos samurais deveriam refletir o respeito que lhes era devido pelas outras classes sociais. Porém, aliado a isso, elas deveriam também facilitar combates repentinos. As calças, chamadas de hakamaseram largas e permitiam uma mobilidade ilimitada. O cumprimento impedia que o inimigo pudesse ver a posição das pernas do guerreiro, o que garantia o “elemento surpresa” nas lutas.
Há dois tipos de hakama: o umanori e oandon. O umanori, feito para ser usado ao cavalgar, parece uma calça comum, mas com as pernas bem separadas. O andon não tem as pernas separadas e era usado durante os tempos de paz.
Uma outra curiosidade sobre o hakama é que ele apresenta sete dobras: cinco na frente e duas atrás. As dobras representam as sete virtudes do Bushido (bushi=guerreiro e do=caminho): Retidão (gi), coragem (yu), benevolência (jin), respeito (rei), honestidade (shin), honra (meiyo) e lealdade (chugi).
kimononormalmente usado por baixo da hakama, era feito de seda, tecido nobre, leve e maleável. Nos pés, eles usavam as sandálias warajique eram feitas de palhas de arroz trançadas. Também usavam as tabi que eram meias com separação nos dedos, para facilitar o uso das waraji.
As meias de dedos separados são amplamente usadas no Japão dos dias atuais. As hakama também são utilizadas com frequência nas apresentações de artes marciais modernas.
7. Não carregavam só a espada, mas diversos tipos de armas
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Os samurais não usavam apenas a katana, espada tradicional e mais comumente associada à imagem do guerreiro. A gama de armas que eles carregavam variava de punhais a lanças e as mais conhecidas são:
Waikisashi, uma espada curta que variava de 30 a 60 cm de lâmina que, quando usada em conjunto com akatana chamava-seDaishoe identificava que seu portador era um samurai; Tanto era um punhal que completava o conjunto de armas utilizadas pelo samurai. Era empregado em tarefas mais simples ou para o ritual do sepakku (suicídio).
Uma série de outras armas mais específicas e sofisticadas eram utilizadas pelos guerreiros no seu dia-a-dia e nos campos de batalha. 
8. Eram muito cultos, estudavam diversas artes
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O código Bushidoprevia que os samurais deviam estudar diversos assuntos que não tinham relação direta com as batalhas. Eles precisavam estar preparados para qualquer eventualidade ou adversidade e o conhecimento adquirido permitia que se destacassem na sociedade.
Eram iniciados em artes como literatura, poesia, pintura , música, jardinagem e arranjos florais. Além disso, tinham profundo conhecimento de matemática, história e prática impecável da caligrafia.
9. Eram de baixa estatura

Segundo os diversos registros históricos, os verdadeiros samurais que viveram no século 16 tinham, em média, entre 1,60m e 1,65m de altura. Em comparação com os cavaleiros europeus, que tinham estatura média de 1,80m a 1,96m isso representava uma grande diferença, mas garantia também muita agilidade nas lutas corporais.
Também se acredita, baseado nos registros históricos, que muitos samurais descendiam do grupo étnico ainuEssa etnia tinha a característica de possuir mais pelos no corpo e pele mais clara do que a maioria da população japonesa da época.
10. O sepukku, ritual de suicídio, podia ser bastante longo
Cena do filme Harakiri, de Masaki Kobayashi

Como forma de recuperar a honra perdida, o samurai poderia praticar osepukku ou, como é vulgarmente conhecido no ocidente, harakiriO ritual fazia parte de uma cerimônia bastante elaborada e, normalmente, executada na frente de espectadores.
De maneira mais informal, o guerreiro poderia cortar a própria barriga com sua espada e, em seguida, ser decapitado por um companheiro ou amigo, para diminuir o sofrimento. Na versão mais clássica, o guerreiro se vestia de branco, comia uma última refeição especialmente preparada e escrevia um poema antes de se matar.
seppuku era um processo extremamente lento e doloroso de suicídio que servia para demonstrar a coragem, o auto-controle e a forte determinação do samurai, que escolhia morrer de forma gloriosa ao invés de cair nas mãos dos inimigos. Em razão disso, não era raro que o ritual demorasse longas horas como prova dessa coragem.
Oficialmente, a prática do sepukku foi abolida em 1868.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Você conhece o iaijutsu?

O Iaijutsu (居合術), também chamado de Battôjutsu (抜刀術), Saya-no-uchi 鞘ノ内, Nuki 抜き・居合 e Yore 乱曲, é a arte marcial japonesa do desembainhar da espada. Consiste em conjuntos de Katas, técnicas ou movimentos que permitem ao praticante reagir de forma apropriada a determinadas situações.
O Iaijutsu faz parte do Kobudo, ou Koryu Budo, as artes marciais genuinamente samurais, criadas por estes guerreiros . Como toda arte do Kobudo, o Iaijutsu se encontra dividido em diferentes estilos (em japonês ryu), que se fragmentaram ao longo dos séculos.
Aspectos
Os katas são divididos em quatro partes básicas: o desembainhar (nukitsuke), o(s) corte(s) (kiritsuke), a limpeza do sangue da lâmina (chiburi) e o re-embainhar (noto).
Além dos katas, que normalmente são praticados com espadas sem fio, chamadas de Iaito, alguns estilos praticam também técnicas executadas com espadas desembainhadas (geralmente chamadas de kumitachi 組太刀). Outros estilos praticam também o tameshigiri 試し斬り ou o suemonogiri 据え物切り, que é o corte de rolos de palha de larguras equivalentes a partes do corpo humano.
Além do estudo das técnicas, existe também o aspecto filosófico que envolve cada um dos diversos estilos de iaijutsu, influenciando inclusive na forma como as técnicas são executadas. Um praticante de um estilo tradicional de iaijutsu deve conhecer tais influências.
Estilos
As técnicas de saque da espada são bastante antigas, mas a maior parte das técnicas de Iai conhecidas atualmente foram (re)concebidas por Hayashizaki Jinsuke Minamoto-no-Shigenobu no século XVI. Assim sendo, é comum se aceitar que Hayashizaki foi o "criador" do Iaijutsu, mas o mais correto seria afirmar que ele é o Chûkô no So 中興の祖, um "revitalizador" da arte.
Dentre estilos anteriores Hayashizaki que possuem técnicas de Iaijutsu merece destaque o Tenshin Shoden Katori Shinto Ryu, o mais antigo estilo existente de Kobudo. A existência de técnicas no Katori Shinto Ryu atesta sua antiguidade e importância ainda antes do período Edo. Porém a importância de Hayashizaki não pode ser desprezada, fato evidenciado pela grande quantidade de estilos derivados diretamente do Muso Hayashizaki Ryu, seu estilo original.
Graduações
A graduação no Iaijutsu varia muito dependendo do estilo. Cada estilo possui um currículo diferente de técnicas e a graduação representa o grau de conhecimento das técnicas. Os nomes variam, mas não é incomum encontrar a progressão Shoden 初伝 - Chûden 中伝 - Okuden 奥伝 - Menkyo Kaiden 免許皆伝 para a graduação.
Embora seja incomum, algumas escolas adotam o sistema de graduações modernas ("kyu" e "dan"). Existem estilos que possuem as duas formas de graduações coexistindo.
Iaijutsu e Iaidô
Após a Segunda Guerra Mundial, a Federação Japonesa de Kendô (ZNKR - Zen Nihon Kendo Renmei) criou o chamado Seitei Iai, sendo atualmente um conjunto padronizado de 12 (doze) katas de iaijutsu de variados estilos, com ênfase nos estilos Musô Jikiden Eishin Ryu e Muso Shinden Ryu, com o intuito de estimular a prática do iaijutsu. Paralelamente, existe a Zen Nihon Iaido Renmei, que possui um conjunto de 5 (cinco) katas de iaijutsu de variados estilos, mas com um conteúdo bastante diferente do Seitei Iai.
Alguns praticam exclusivamente o Iaijutsu, outros, exclusivamente ao seitei iai.Sendo estes últimos a maioria.

Iaijutsu no mundo
Os diversos de Iaijutsu de encontram difundidos não só no Japão, mas ao redor do mundo, sobretudo nas Américas e na Europa, pertencentes a diversas federações e associações.
Na América do Sul há grupos conhecidos na prática em países como Argentina, Brasil e Chile. Entre os estilos praticados se destacam Suio Ryu, Sekiguchi Ryu, Tenshin Shoden Katori Shinto Ryu, Muso Shinden Ryu e Muso Jikiden Eishin Ryu.
Iaijutsu no Brasil
O Iaijutsu foi provavelmente introduzido pelos colonos japoneses que chegaram ao longo da primeira metade do século XX, pois não há menções de grupos abertos de prática ou da vinda de praticantes reconhecidos de estilos tradicionais.
A partir da década de 1970 surgem os primeiros praticantes. A grande difusão começa, entretanto, a partir da segunda metade de década de 1990. Surgem grupos de prática em todas as regiões do país, sobretudo ligados à Confederação Brasileira de Kobudo. Há também grupos ligados à associações de Aikido, Kendo, e outras artes de origem Samurai.

Dentro da Confederação Brasileira de Kobudo, o Iaijutsu foi introduzido por seu presidente e fundador, Sensei Jorge Kishikawa. Os principais estilos praticados atualmente são Suio Ryu, Muso Shinden Ryu, Tenshin Shoden Katori Shinto Ryu ,Sekiguchi Ryu e outros. De acordo com a Confederação Brasileira de Kobudo, existem cerca de 800 praticantes de Iaijutsu no Brasil (dados de abril de 2007).

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Sanshou ou Sanda é o Kick Boxing Chinês!

Semelhante no nível técnico, acrescentando-lhe apenas a possibilidade de projetar o adversário, as técnicas utilizadas nos combates derivam dos sistemas tradicionais de Kung Fu.
Sanshou (散手) que também é conhecido por Sanda (散打), é uma arte marcial que foi originalmente desenvolvida pelos militares chineses, baseada em técnicas tradicionais do Kung Fu e também técnicas de combate modernas. É um eficiente sistema de defesa pessoal além de um esporte de combate.O Sanshou é composto por aplicações de técnicas de artes marciais chinesas como socos, chutes, cotoveladas e joelhadas misturadas com agarrões, quedas, rasteiras e projeções. O combate do Sanshou é bem parecido com uma luta de Kickboxing ou Muay Thai com os acréscimos de técnicas de quedas.
O Sanshou surgiu a partir das famosas lutas sobre o Lei Tai (擂臺 ), que eram plataformas elevadas aonde ocorriam lutas tanto com armas brancas como de “mãos livres” (exatamente o significado de Sanshou em chinês). Sobre o Lei Tai ocorriam as lutas que tinham um árbitro sobre a plataforma e juízes nos lados. Os lutadores perdiam se ficassem incapacitados, se rendessem, fossem atirados ou forçados para fora da plataforma. O vencedor ficaria no lei tai (como seu “dono”) até que surgisse outro lutador mais forte. Se não aparecesse nenhum desafiante, ele seria declarado o “campeão”. Muitas vezes se desafiava mestres em artes marciais através de cartas e inclusive algumas vezes eles faziam acordos de lutas sem regras podendo inclusive fazer lutas até a morte. Essa forma de Lei Tai existe na China desde a Dinastia Song (dos anos 960 até 1279), apesar de existirem variações mais antigas que podem ser rastreadas desde a Dinastia Qin (221 A.C. – 206 A.C.), em que eram realizadas lutas entre soldados imperiais em que o campeão era oferecido o cargo de guarda-costas do Imperador ou instrutor de artes marciais para o exército imperial. Em 1928 o governo Nacionalista proibiu esse tipo de competição por apresentar sérios riscos. Durante esses anos de proibição os militares chineses desenvolveram as técnicas de Sanshou e começaram a competir entre eles para testar e melhorar suas habilidades marciais. Regras foram desenvolvidas e o uso de luvas protetoras passou a ser obrigatório nos combates. Em 1979 o Comitê de Esportes Nacional da China resolveu em conjunto com algumas academias transformar o Sanshou em esporte. Então em 1982 as primeiras regras oficiais do Sanshou foram criadas e o primeiro campeonato nacional foi organizado.
As lutas de Sanshou ocorrem em ringues como os de Boxe ou em pequenos Lei Tai. Os mais iniciantes lutam usando luvas, protetor bucal, caneleiras, capacete, protetor de corpo e coquilha, já os mais avançados só com os dois primeiros. A luta pode ser vencida tirando o adversário do ringue ou lei tai, por knock out ou por pontos de acordo com os golpes (a queda é o que mais vale pontos).
O Sanshou tem se destacado cada vez mais no mundo das artes marciais com vários lutadores se destacando como os chineses Liu Hailong e Bao Li Gao; o russo Muslim Salihov que é campeão europeu e mundial de Sanshou e se tornou o primeiro não chinês a ganhar o título de “Rei do Sanshou” na China. Além de outros que tem se destacado em competições do K-1 e principalmente nas competições de Shoot Boxing (em que as regras são bem similares ao Sanshou). Outros tem se destacado em lutas de MMA como os lutadores do UFC KJ Noons, Patrick Barry, Zhang Tiequan e Cung Le.
Este modelo de combate é disputado numa plataforma chamada de Lei tai(擂台), sem cordas e teve a sua origem há centenas de anos atrás, sobre as quais se disputavam combates sem o uso de armas onde não existiam regras, levando muitas vezes os participantes à morte, em busca de honra, fama e dinheiro.
Mais tarde em 1928, durante as eliminatórias do Exame Nacional de Artes Marciais de Nanjing, as lutas foram-se tornando cada vez mais violentas, pelo que os organizadores decidiram por terminar antes mesmo da grande final, com o medo de que algum mestre famoso morresse.
Recentemente o Sanshou desportivo foi promovido pelo governo Chinês. Até à década de 80 não se realizavam competições oficiais, apenas demonstrações eram realizadas. O Sanshou teve o seu ponto de partida como desporto contemporâneo em 1990, ano em que o comité organizador dos XI Jogos Asiáticos incluí-o o Wushu como desporto oficial da competição.
Originalmente era permitido o uso de cotoveladas e joelhadas, mas isto foi retirado desde 1991, quando ocorreu o 1º Campeonato Mundial de Sanshou e estabelecidas as regras oficiais deste desporto. Presentemente decorrem competições oficiais de Sanshou/ Sanda em 75 países.
Nos últimos anos o Sanshou cresceu em todo o mundo. Campeonatos, torneios e lutadores vêm se profissionalizando, principalmente na China e EUA e outros países onde se criaram ligas profissionais. Nestas lutas profissionais, conhecidas como “sanda” as regras são diferentes e não há o uso de protetores de cabeça e tórax nem caneleira. Já as lutas sem serem profissionais usam protetores de cabeça, tórax e caneleira.
No Brasil, o Sanda é uma modalidade em franca expansão, sendo uma das provas dos campeonatos nacionais, estaduais e regionais de Kung Fu e cada vez mais surgem outros torneios extraordinários desta modalidade.

Indicado para todas as idades.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

BUDÔ – O CAMINHO DO GUERREIRO

Muitos guerreiros dos dias de hoje estão “disfarçados”de operários, professores, médicos, empresários, jornalistas, advogados, comerciantes, pedreiros, administradores etc. Muitas vezes estes chamados “guerreiros”fazem do seu campo de batalha seu trabalho e usam o BUDO como forma e estilo de vida. Nunca desanimar, e aprender com os desafios formam a base do praticante de karate, por exemplo que utiliza preceitos de ensinamentos dirários dentro do tatame no campo da vida pessoal. Assim usam estes ensinamentos como pontos motivadores para o crescimento físico e mental. Vamos conhecer aqui um pouco mais do significado do BUDO, mas nunca esqueçam que isso é para ser praticado, vivenciado e não somente apreciado.
Existe uma capacidade de assumir as duas posturas, ataque e defesa, de acordo com as circunstâncias que pode ser chamada, atualmente, de Budô, filosofia que inspirou todas as artes marciais japonesas atuais, como Aikido, Judo, Jukendo, Karate do, Kendo, Kyudo, Naguinata, Shorinji-kempo e Sumo. Formada pelos ideogramas “bu”, que significa “guerreiro”, e “do”, que significa “caminho”, essa filosofia tem forte influência do zen-budismo, uma vez que estipula como meta final a iluminação do ser.
Portanto, pode-se dizer que a prática do Budô vai muito além das lutas nos tatame. Ela é a bússola para o caminho espiritual do budoka, praticantes dessa arte. Aos olhos de todas as artes marciais japonesas modernas, o Budô é compreendido como a relação entre a ética e a cultura japonesas. Não desanimar diante das adversidades, mas sim aprender com os desafios, ser disciplinado e respeitar o oponente são alguns dos ensinamentos do Budô.
Os grandes budokas dizem que é com o espírito em harmonia que a pessoa criará uma percepção para agir com energia e coragem a diversas situações que a vida lhe apresentar. “A missão do Budô é fazer com que cada praticante, por meio das boas maneiras, se torne um cidadão melhor para a sociedade”, acredita Fuminori Nakiri, presidente do Budo Gakkai, instituição japonesa que pesquisa essa filosofia.
Pensando assim, não só um praticante de artes marciais, como qualquer pessoa pode utilizar os ensinamentos do Budô para controlar suas emoções e impulsos, tornando-se assim, um verdadeiro guerreiro iluminado.
História
O Budô foi uma derivação do antigo bujutsu, conjunto de disciplinas que eram colocadas em prática nas batalhas durante o período Sengoku-jidai, que durou cerca de 150 anos, entre a metade do século 15 e início do século 17. “No Sengoku-jidai, os samurais lutavam por sobrevivência.
Ao contrário do conturbado período de guerras do Sengoku-jidai, o período Edo (1603 - 1867), também conhecido como Período Tokugawa, foi marcado pela paz no arquipélago. Com o fim das guerras, as técnicas de lutas que os guerreiros travavam foram ensinadas às pessoas comuns. Criou-se, então, um código oral em que o “espírito da esgrima” (ken-no-kokoro), considerado a base do Bushidô (caminho do samurai), foi transmitido para os praticantes. E como não havia um inimigo, as lutas ganharam características de competição. Para que o caráter competitivo não tomasse conta dos treinamentos, o Budô foi introduzido para ser o caminho espiritual por meio do qual o praticante das lutas de artes marciais atingiria a iluminação.   
Pode-se então dizer que os objetivos do Budô estão intimamente ligados ao objetivo definitivo da filosofia Zen, que consiste na eliminação do ego, dos preconceitos e ilusões criadas pela mente humana, apegada aos prazeres da Terra.
Durante o Período Edo, surgiram centenas de escolas e modalidades de bujutsu (práticas de combate) com diferentes técnicas, definições e métodos. Essas novas lutas se caracterizaram nas atuais artes marciais japonesas que tem como fonte principal o Budô.

Assim como a técnica requer prática, para um budoka atingir suas metas, ele precisa praticar incessantemente as premissas do Budô. Aliada à prática, o estudo teórico também é importante para atingir a serenidade diante das situações complicadas da vida.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Karatecas de Ubá e região conquistam medalhas no Campeonato Brasileiro

Ubá e região tem se destacado cada vez mais no mundo das artes marciais. Em várias modalidades e nos principais campeonatos, nossos atletas tem garantido posições de destaque.
Entre os dias 12 e 14 de junho, foi realizado em Palmas (TO) a 1ª Etapa do Campeonato Brasileiro de Karatê. A seleção de Minas Gerais convocou mais 20 atletas da nossa região. Entretanto, por falta de patrocínio, poucos puderam participar.
Os alunos da Tatsu Karatê Shotokan (Ubá e Juiz de Fora), Projeto Campeões do Futuro (Dores do Turvo) e Projeto Karatê Cidadão (Ubá) representaram bem a nossa região e trouxeram várias medalhas. Além de Minas Gerais ficar em primeiro lugar no ranking geral da competição, nossos atletas trouxeram oito medalhas.
Paula Fayer (Tatsu Karate Shotokan) Ouro em kumite e prata em kata cadetes e sênior;
Arlene Almeida (Projeto Campeões do Futuro) Ouro em kumite 16/17 anos feminino até verde; Keteni Dias (Tatsu Karate Shotokan) prata em kumite 16/17 anos feminino até verde;
Reynaldo Carvalho (Projeto Campeões do Futuro) Ouro em kumite sub 21 e sênior.
Yuri Martins (projeto Karate Cidadão) Ouro em kumite 10/11 anos - 58kg;
Washington Luiz Sudré Silva Jr (Projeto Campeões do Futuro) Bronze em Kumite categoria 16/17 anos;
Wanderley Cardoso (Tatsu Karate Shotokan) prata em kata Master;

Daniele Danielle Glicerio (Projeto Karate Cidadão) bronze em kumite 14/15 anos até verde feminino.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Significado do Tigre no Karatê Shotokan

Significado do Tigre no Karatê Shotokan - O tigre foi pintado por Hoan Kosugi, um dos homens que ajudaram o Mestre Gichin Funakoshi na difícil missão de divulgar o Karatê por todo o Japão.
Hoan Kosugi foi um grande artista japonês e um dos responsáveis por convencer o Mestre Funakoshi a transmitir seus conhecimentos sobre o Karatê. Além de convencer o Mestre Funakoshi a permanecer em Tóquio e ensinar suas técnicas, também o convenceu a escrever um livro para que ficasse registrado seus conhecimentos.
Em 1922 a pedido do artista Hoan Kosugi, Funakoshi publicou seu primeiro livro, Ryukyu Kempo Karatê. Com um grande terremoto em 1923, foi destruída as placas de seu livro. Este livro foi revisado e reeditado quatro anos após seu lançamento, pois teve grande popularidade, com o título alterado para Rentan Goshin Karatê Jutsu. E em 1935, foi publicado mais um livro, Karatê-do Kyohan.
É neste Livro Karatê-do Kyohan, que Hoan Kosugi pinta o tigre para servir de ilustração na capa do livro e as letras junto à cauda do tigre são a assinatura do artista.
Conta-se que o significado está relacionado com o costume de Funakoshi, que tinha o hábito depois dos treinos e do trabalho, de querer estar só e relaxar no Monte Torao, perto de Shuri. O monte quando visto de longe, dava a impressão de ser a “cauda de Tigre”, pois era muito fechado pelas árvores. Era onde escutava a brisa passar sobre os pinheiros, daí a escolha do seu pseudônimo literário.

O tigre representa força e coragem. É um animal felino, de aproximação lenta, estuda suas presas e também seus inimigos. Capaz de percorrer distâncias para perseguir suas presas, possui uma força muscular enorme, audição fora do comum, olfato aguçado e tem uma visão seis vezes maior que o ser humano, principalmente à noite.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Shorinji Kempo: arte marcial japonesa inspirada no Kung Fu Shaolin

A palavra kempo, ou kenpo, é usada no Japão para designar os estilos marciais cuja origem é o Kung Fu chinês. Existem diversos estilos de Kempo, vamos falar aqui de um deles, o Shorinji Kempo, cujos praticantes são chamados de kenshis.
Shorinji Kempo (shorinji= “shaolin”; kempo= “caminho do soco”) é uma arte marcial japonesa inspirada no Kung Fu Shaolin. Foi criado em 1947, por Doshin So, um japonês que estudou artes marciais na China por quase 20 anos. Em sua volta ao Japão, após a II Guerra Mundial, Doshin encontrou um país arrasado e humilhado, com a autoestima muito baixa. Com o objetivo de ajudar a reconstruir o Japão, Doshin resolveu ensinar a filosofia budista que havia aprendido na China. Ele achou que seria mais fácil chamar a atenção dos jovens para o budismo através das artes marciais como faziam os monges do Templo Shaolin. Sintetizando as técnicas que conhecia e adicionando uma filosofia religiosa ele desenvolveu uma nova arte marcial, a qual chamou de Shorinji Kempo.
Por ter recebido diversas influências e ter sido adaptado a defesa pessoal eficiente, o Shorinji Kempo difere bastante dos estilos mais conhecidos de artes marciais orientais. Emprega tanto técnicas duras quanto suaves, seus movimentos, posições, deslocamentos e sua parte filosófica raramente são encontrados juntos em outra arte marcial. Possui técnicas de agarramento e projeção que lembram o Aikido, os socos do Shorinji Kempo lembram os do Boxe, mas são mais versáteis; os chutes são simples e rápidos, pois a preocupação é mais com a eficácia do que com a plasticidade, e nas defesas são evitados os bloqueios desnecessários, preferindo-se os desvios e as esquivas.

Suas técnicas podem ser divididas em Goho (métodos duros) e Juho (métodos suaves). Goho são técnicas para bloquear um golpe, chute ou ataque similar de um oponente com uma defesa, e contra atacar com um chute, soco ou algum outro golpe do tipo; enquanto que Juho são técnicas para quanto um atacante agarra o braço ou uma parte da roupa, e quando é necessário escapar ou então imobilizar o oponente.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Crime contra as artes marciais

A deputada federal Maria do Rosário (PT) em reunião da Comissão de Segurança Pública para discutir a onda de violência nas cidades brasileiras pediu a criminalização do uso de defesa pessoal contra qualquer cidadão que esteja assaltando o outro.
A deputada petista diz que "reagir a um assalto é temerário, pois pode não só colocar em risco a sua vida, mas também daquele cidadão desassistido que está cometendo o crime! Nossa proposta é que o uso da defesa pessoal, caso o cidadão comum consiga ter a oportunidade de usá-la é de, por lei, coibir tal prática contra o outro cidadão que se encontra na condição de desassistido”.
Em linhas gerais; a deputada diz que é probido reagir, caso o cidadão seja agredido, pois a condição dele saber defesa pessoal coloca em desvantagem o meliante. Nas pautas da proposta escrita e que está sendo avaliada pela Comissão de Segurança Pública da Câmara é de proibir o ensino em academias das seguintes lutas: Jiu-Jitsu, Krav-Magá, Muay Thay, Karatê, Judô, Boxe, Taekwondô e Kung-Fu.
Cidadão desassistido senhora deputada? Algumas pessoas entram para o submundo do crime devido à falta e amparo do governo sim (governo, este, da qual a senhora faz parte e recebe uma boa quantia mensal). Mas ninguém mata uma pessoa por ser desassistido. O médico carioca que foi morto por um “desassistido” já havia entregado a bicicleta, o celular e a carteira. Esse “desassistido”, como a senhora insiste em chamá-lo, é um marginal.
A onda de insegurança nas ruas das cidades brasileiras é causada pelo desaparelhamento do estado, do sucateamento das Polícias Militares e Civis, pela corrupção instaurada em alguns setores do governo (dos últimos 500 anos). A senhora deveria buscar informações reais do que são as artes marciais.  
As artes como karatê, Judô, Jiu-Jitsu, entre outras, são baseadas em filosofias de vida, mantidas até hoje no Oriente (curiosamente mais desenvolvido e racional que o Ocidente). A senhora deputada sabia que os policiais e militares israelitas passam por treinamentos de Krav Magá? Não vou mencionar outros exemplos.
Quem é a senhora ou o que a senhora já fez de concreto para mudar a situação de um único “desassistido” nesse país, senhora deputada? As artes Marciais tiram milhares de jovens e crianças da marginalidade ensinando-lhes valores que seus pares insistem em derrubar.
Não existe qualquer identificação na testa de um ser humano se ele é marginal ou se é praticante de artes marciais. Roubar, furtar, estuprar, matar é proibido, mas nem por isso esses “desassistidos” deixam de fazê-lo.
Se a senhora tivesse um pouco de hombridade e sobriedade, iria procurar conhecer os valores repassados pelos mestres aos seus discípulos. Mas talvez a senhora só esteja falando isso para causar repercussão e aparecer na mídia, talvez devido à proximidade do período eleitoral.
Enquanto houver um aluno interessado em Karate, eu resistirei, pois o meu conhecimento e os valores repassados por Gishin Funakoshi estarão sempre firmes e presentes em minha vida e meu caráter.


OSS!!!

terça-feira, 19 de maio de 2015

História dos Kimonos

Originalmente, "Kimono" é a palavra japonesa para roupa. Mas, há questão de alguns anos, a palavra passou a ser usada para se referir especificamente a uma tradicional roupa japonesa.
Os Kimonos, como conhecemos hoje, surgiram durante o período Heian (794-1192). Desde o período Nara (710-794), até então, os japoneses usaram basicamente conjuntos para separar as peças de cima e as de baixo (calças ou saias), ou peças únicas. Mas no período Heian, uma nova técnica de confecção do kimono foi desenvolvida. Conhecido como o método de corte em linha reta, envolveu o corte de peças de tecido em linhas retas e a costura em uma peça única. Com esta técnica, os fabricantes de kimono não precisavam se preocupar com a forma do corpo dos diferentes usuários.
O método de corte em linha reta ofereceu muitas vantagens aos kimonos. Eles eram fáceis de pregar e muito adequados para qualquer temperatura: poderiam ser usados em camadas para aquecer no inverno, e poderiam ser feitos em tecidos leves, tornando-se confortáveis para o verão. Essas vantagens ajudaram os Kimonos a fazer parte do cotidiano dos japoneses.
Com o passar do tempo, conforme o hábito de usar kimonos em camadas virou moda, os japoneses começaram a prestar atenção no modo como Kimonos de diferentes cores ficariam unidos e desenvolveram uma grande sensibilidade para cores. Basicamente, as combinações de cores representam tanto as cores da estação quanto as classes políticas às quais cada um pertencia. Foi durante esse tempo, que o que conhecemos como “combinação de cores tradicional japonesa” foi criada.
Durante os períodos Kamakura (1192 - 1338) e Muromachi (1338 - 1573), tanto homens como mulheres usaram kimonos brilhantemente coloridos. Os guerreiros vestiam-se com cores que representavam seus líderes e, algumas vezes, o campo de batalha era tão ostentoso quanto um desfile de moda.
Durante o período Edo (1600 - 1868), o clã do guerreiro Tokugawa reinou sobre o Japão. O país estava dividido entre os domínios, liderado pelos senhores feudais. Os samurais de cada domínio eram identificados pelas cores e modelos de seus "uniformes", que eram constituídos por: um kimono, uma peça sem mangas conhecida como kamishimo, usada sobre o kimono, e um hakama, uma calça parecida com uma saia dividida. O kamishimo era feito de linho, engomado para definir melhor os ombros.
Com tantas roupas para samurais precisando ser feitas, os fabricantes de kimono foram aperfeiçoando sua destreza e sua fabricação transformou-se em uma forma de arte. Os kimonos tornaram-se cada vez mais valiosos e os pais começaram a guardá-los para seus filhos, como uma herança de família.
Durante o período Meiji (1868 - 1912), o Japão foi fortemente influenciado por culturas estrangeiras. O governo encorajou as pessoas a adotarem os hábitos e o estilo de se vestir do Oeste Americano. O governo oficial e os militares foram obrigados por lei a usarem esse estilo de roupa para as funções oficiais (essa lei não tem mais efeito atualmente). Para os cidadãos comuns, era uma exigência usar kimono nas ocasiões formais com peças decoradas que trouxessem o escudo da família, para identificar sua procedência.
Nos dias de hoje, os japoneses raramente usam kimonos no dia-a-dia, reservando-os para ocasiões como casamentos, funerais, cerimoniais, ou outros eventos especiais, como festivais de verão.
O uso do kimono para prática do karate ou outras artes marciais que o adotam como vestimenta é expressamente importante para o boa apresentação da arte. Claro que não podemos esquecer de que os kimonos de hoje em dia são confeccionados exatamente para tal prática, portanto já testado e aprovado para facilitar a mobilidade do praticante durante os exercícios específicos. No karate em especial pode-se encontrar diferentes tipos de tecidos e materiais utilizados para confeccionar os kimonos. Poliéster, algodão, diferentes tipos de lona, microfibra, enfim, uma imensa variedade que permite ao próprio praticante escolher qual a melhor opção e em que tipo de material ele melhor se adapta.

O KIMONO DE KARATE
Aos praticantes iniciantes, em suas primeiras aulas, propõe-se o uso de uma roupa confortável e leve que não apresente nenhum tipo de restrição aos movimentos de membros inferiores e superiores, deixando assim o aluno tranqüilo e despreocupado com sua roupa, concentrando-se apenas nos movimentos e técnicas propostas pelo professor e ou treinador. Após algumas aulas e na certeza da continuidade do aprendizado, o aluno deverá providenciar o Kimono de cor branca específico para a prática de karate. Lembre-se de que para a prática do Karate existem tipos e modelos de kimono que o mercado oferece, porém peça ajuda na sua escolha ao seu professor ou a algum aluno graduado, pois às vezes, pela falta de informação os alunos acabam adquirindo um kimono pensando no baixo custo e se esquecem da sua qualidade.
Um kimono de qualidade, quando cuidado, dura em média entre cinco a sete anos de treinamento. Porém, para crianças deve-se levar em consideração o crescimento físico e o menor desgaste pelo suor e substâncias liberadas pelo corpo diante aos treinamentos diários. Os tipos mais comuns de kimonos são de tecido mais grosso (conhecido por lona K10 e meddium canvas) e os mais leves start e standart. Tecidos como o brim, brim médio, lona, canelado e microfibra são exemplos de uma grande infinidade de materiais utilizados na confecção de um kimono.
Existem kimonos que oferecem maior mobilidade principalmente para as pernas, confeccionados em tecido mais leve e com elástico na cintura, o que facilita principalmente para as crianças.
O mercado esportivo oferece diferentes marcas e modelos, procure elembre-se de que você é o maior interessado em praticar o karate sem nenhum detalhe que dificulte sua concentração, então prove, pesquise e pergunte tudo que julgar necessário no momento da escolha da sua roupa de treinamento.
VOU COMPRAR UM KIMONO, O QUE DEVO OBSERVAR?
CARACTERÍSTICAS
Antigamente encontravam-se somente tecidos de lona e mais pesados, tradicionalmente usavam-se esses tipos de kimonos que além de apresentarem maior durabilidade, moldavam-se melhor à definição das bases. Porém, com o passar do tempo, kimonos grossos e pesados foram cedendo lugar aos kimonos mais leves e que permitissem maior facilidade na movimentação dos membros superiores e inferiores.
APRESENTAÇÃO
O praticante deve sempre apresentar-se com seu kimono em perfeito estado de higiene; limpo e, sobretudo sem mal cheiro causado pela ausência de lavagem por muito tempo.
MANUTENÇÃO
A boa manutenção do kimono também poderá aumentar a durabilidade dele. Um kimono de boa qualidade pode durar de cinco a sete anos em bom estado de uso quando bem cuidado.
CUSTOS    
Os preços podem variar de acordo com a qualidade e o tipo de tecido. No mercado nacional você poderá encontrar kimonos entre 50 até 150 reais, enquanto que os kimonos importados de excelente qualidade podem chegar até 350 reais.
ESCOLHA
Na hora da escolha do seu kimono ou do seu filho (a) lembre-se sempre de que o material deve ser confortável como qualquer outra roupa, além de atentar-se para o tamanho, pois geralmente os kimonos possuem um percentual de encolhimento entre 3% e 5% do tamanho total. Lembre-se também que é um investimento que você estará fazendo, portanto tenha calma pesquisando e, caso necessário, pedindo ajuda a um profissional da área ou seu professor. Pesquise e escolha o kimono de acordo com suas condições e gosto e BONS TREINOS!