sexta-feira, 10 de julho de 2015

Sanshou ou Sanda é o Kick Boxing Chinês!

Semelhante no nível técnico, acrescentando-lhe apenas a possibilidade de projetar o adversário, as técnicas utilizadas nos combates derivam dos sistemas tradicionais de Kung Fu.
Sanshou (散手) que também é conhecido por Sanda (散打), é uma arte marcial que foi originalmente desenvolvida pelos militares chineses, baseada em técnicas tradicionais do Kung Fu e também técnicas de combate modernas. É um eficiente sistema de defesa pessoal além de um esporte de combate.O Sanshou é composto por aplicações de técnicas de artes marciais chinesas como socos, chutes, cotoveladas e joelhadas misturadas com agarrões, quedas, rasteiras e projeções. O combate do Sanshou é bem parecido com uma luta de Kickboxing ou Muay Thai com os acréscimos de técnicas de quedas.
O Sanshou surgiu a partir das famosas lutas sobre o Lei Tai (擂臺 ), que eram plataformas elevadas aonde ocorriam lutas tanto com armas brancas como de “mãos livres” (exatamente o significado de Sanshou em chinês). Sobre o Lei Tai ocorriam as lutas que tinham um árbitro sobre a plataforma e juízes nos lados. Os lutadores perdiam se ficassem incapacitados, se rendessem, fossem atirados ou forçados para fora da plataforma. O vencedor ficaria no lei tai (como seu “dono”) até que surgisse outro lutador mais forte. Se não aparecesse nenhum desafiante, ele seria declarado o “campeão”. Muitas vezes se desafiava mestres em artes marciais através de cartas e inclusive algumas vezes eles faziam acordos de lutas sem regras podendo inclusive fazer lutas até a morte. Essa forma de Lei Tai existe na China desde a Dinastia Song (dos anos 960 até 1279), apesar de existirem variações mais antigas que podem ser rastreadas desde a Dinastia Qin (221 A.C. – 206 A.C.), em que eram realizadas lutas entre soldados imperiais em que o campeão era oferecido o cargo de guarda-costas do Imperador ou instrutor de artes marciais para o exército imperial. Em 1928 o governo Nacionalista proibiu esse tipo de competição por apresentar sérios riscos. Durante esses anos de proibição os militares chineses desenvolveram as técnicas de Sanshou e começaram a competir entre eles para testar e melhorar suas habilidades marciais. Regras foram desenvolvidas e o uso de luvas protetoras passou a ser obrigatório nos combates. Em 1979 o Comitê de Esportes Nacional da China resolveu em conjunto com algumas academias transformar o Sanshou em esporte. Então em 1982 as primeiras regras oficiais do Sanshou foram criadas e o primeiro campeonato nacional foi organizado.
As lutas de Sanshou ocorrem em ringues como os de Boxe ou em pequenos Lei Tai. Os mais iniciantes lutam usando luvas, protetor bucal, caneleiras, capacete, protetor de corpo e coquilha, já os mais avançados só com os dois primeiros. A luta pode ser vencida tirando o adversário do ringue ou lei tai, por knock out ou por pontos de acordo com os golpes (a queda é o que mais vale pontos).
O Sanshou tem se destacado cada vez mais no mundo das artes marciais com vários lutadores se destacando como os chineses Liu Hailong e Bao Li Gao; o russo Muslim Salihov que é campeão europeu e mundial de Sanshou e se tornou o primeiro não chinês a ganhar o título de “Rei do Sanshou” na China. Além de outros que tem se destacado em competições do K-1 e principalmente nas competições de Shoot Boxing (em que as regras são bem similares ao Sanshou). Outros tem se destacado em lutas de MMA como os lutadores do UFC KJ Noons, Patrick Barry, Zhang Tiequan e Cung Le.
Este modelo de combate é disputado numa plataforma chamada de Lei tai(擂台), sem cordas e teve a sua origem há centenas de anos atrás, sobre as quais se disputavam combates sem o uso de armas onde não existiam regras, levando muitas vezes os participantes à morte, em busca de honra, fama e dinheiro.
Mais tarde em 1928, durante as eliminatórias do Exame Nacional de Artes Marciais de Nanjing, as lutas foram-se tornando cada vez mais violentas, pelo que os organizadores decidiram por terminar antes mesmo da grande final, com o medo de que algum mestre famoso morresse.
Recentemente o Sanshou desportivo foi promovido pelo governo Chinês. Até à década de 80 não se realizavam competições oficiais, apenas demonstrações eram realizadas. O Sanshou teve o seu ponto de partida como desporto contemporâneo em 1990, ano em que o comité organizador dos XI Jogos Asiáticos incluí-o o Wushu como desporto oficial da competição.
Originalmente era permitido o uso de cotoveladas e joelhadas, mas isto foi retirado desde 1991, quando ocorreu o 1º Campeonato Mundial de Sanshou e estabelecidas as regras oficiais deste desporto. Presentemente decorrem competições oficiais de Sanshou/ Sanda em 75 países.
Nos últimos anos o Sanshou cresceu em todo o mundo. Campeonatos, torneios e lutadores vêm se profissionalizando, principalmente na China e EUA e outros países onde se criaram ligas profissionais. Nestas lutas profissionais, conhecidas como “sanda” as regras são diferentes e não há o uso de protetores de cabeça e tórax nem caneleira. Já as lutas sem serem profissionais usam protetores de cabeça, tórax e caneleira.
No Brasil, o Sanda é uma modalidade em franca expansão, sendo uma das provas dos campeonatos nacionais, estaduais e regionais de Kung Fu e cada vez mais surgem outros torneios extraordinários desta modalidade.

Indicado para todas as idades.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

BUDÔ – O CAMINHO DO GUERREIRO

Muitos guerreiros dos dias de hoje estão “disfarçados”de operários, professores, médicos, empresários, jornalistas, advogados, comerciantes, pedreiros, administradores etc. Muitas vezes estes chamados “guerreiros”fazem do seu campo de batalha seu trabalho e usam o BUDO como forma e estilo de vida. Nunca desanimar, e aprender com os desafios formam a base do praticante de karate, por exemplo que utiliza preceitos de ensinamentos dirários dentro do tatame no campo da vida pessoal. Assim usam estes ensinamentos como pontos motivadores para o crescimento físico e mental. Vamos conhecer aqui um pouco mais do significado do BUDO, mas nunca esqueçam que isso é para ser praticado, vivenciado e não somente apreciado.
Existe uma capacidade de assumir as duas posturas, ataque e defesa, de acordo com as circunstâncias que pode ser chamada, atualmente, de Budô, filosofia que inspirou todas as artes marciais japonesas atuais, como Aikido, Judo, Jukendo, Karate do, Kendo, Kyudo, Naguinata, Shorinji-kempo e Sumo. Formada pelos ideogramas “bu”, que significa “guerreiro”, e “do”, que significa “caminho”, essa filosofia tem forte influência do zen-budismo, uma vez que estipula como meta final a iluminação do ser.
Portanto, pode-se dizer que a prática do Budô vai muito além das lutas nos tatame. Ela é a bússola para o caminho espiritual do budoka, praticantes dessa arte. Aos olhos de todas as artes marciais japonesas modernas, o Budô é compreendido como a relação entre a ética e a cultura japonesas. Não desanimar diante das adversidades, mas sim aprender com os desafios, ser disciplinado e respeitar o oponente são alguns dos ensinamentos do Budô.
Os grandes budokas dizem que é com o espírito em harmonia que a pessoa criará uma percepção para agir com energia e coragem a diversas situações que a vida lhe apresentar. “A missão do Budô é fazer com que cada praticante, por meio das boas maneiras, se torne um cidadão melhor para a sociedade”, acredita Fuminori Nakiri, presidente do Budo Gakkai, instituição japonesa que pesquisa essa filosofia.
Pensando assim, não só um praticante de artes marciais, como qualquer pessoa pode utilizar os ensinamentos do Budô para controlar suas emoções e impulsos, tornando-se assim, um verdadeiro guerreiro iluminado.
História
O Budô foi uma derivação do antigo bujutsu, conjunto de disciplinas que eram colocadas em prática nas batalhas durante o período Sengoku-jidai, que durou cerca de 150 anos, entre a metade do século 15 e início do século 17. “No Sengoku-jidai, os samurais lutavam por sobrevivência.
Ao contrário do conturbado período de guerras do Sengoku-jidai, o período Edo (1603 - 1867), também conhecido como Período Tokugawa, foi marcado pela paz no arquipélago. Com o fim das guerras, as técnicas de lutas que os guerreiros travavam foram ensinadas às pessoas comuns. Criou-se, então, um código oral em que o “espírito da esgrima” (ken-no-kokoro), considerado a base do Bushidô (caminho do samurai), foi transmitido para os praticantes. E como não havia um inimigo, as lutas ganharam características de competição. Para que o caráter competitivo não tomasse conta dos treinamentos, o Budô foi introduzido para ser o caminho espiritual por meio do qual o praticante das lutas de artes marciais atingiria a iluminação.   
Pode-se então dizer que os objetivos do Budô estão intimamente ligados ao objetivo definitivo da filosofia Zen, que consiste na eliminação do ego, dos preconceitos e ilusões criadas pela mente humana, apegada aos prazeres da Terra.
Durante o Período Edo, surgiram centenas de escolas e modalidades de bujutsu (práticas de combate) com diferentes técnicas, definições e métodos. Essas novas lutas se caracterizaram nas atuais artes marciais japonesas que tem como fonte principal o Budô.

Assim como a técnica requer prática, para um budoka atingir suas metas, ele precisa praticar incessantemente as premissas do Budô. Aliada à prática, o estudo teórico também é importante para atingir a serenidade diante das situações complicadas da vida.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Karatecas de Ubá e região conquistam medalhas no Campeonato Brasileiro

Ubá e região tem se destacado cada vez mais no mundo das artes marciais. Em várias modalidades e nos principais campeonatos, nossos atletas tem garantido posições de destaque.
Entre os dias 12 e 14 de junho, foi realizado em Palmas (TO) a 1ª Etapa do Campeonato Brasileiro de Karatê. A seleção de Minas Gerais convocou mais 20 atletas da nossa região. Entretanto, por falta de patrocínio, poucos puderam participar.
Os alunos da Tatsu Karatê Shotokan (Ubá e Juiz de Fora), Projeto Campeões do Futuro (Dores do Turvo) e Projeto Karatê Cidadão (Ubá) representaram bem a nossa região e trouxeram várias medalhas. Além de Minas Gerais ficar em primeiro lugar no ranking geral da competição, nossos atletas trouxeram oito medalhas.
Paula Fayer (Tatsu Karate Shotokan) Ouro em kumite e prata em kata cadetes e sênior;
Arlene Almeida (Projeto Campeões do Futuro) Ouro em kumite 16/17 anos feminino até verde; Keteni Dias (Tatsu Karate Shotokan) prata em kumite 16/17 anos feminino até verde;
Reynaldo Carvalho (Projeto Campeões do Futuro) Ouro em kumite sub 21 e sênior.
Yuri Martins (projeto Karate Cidadão) Ouro em kumite 10/11 anos - 58kg;
Washington Luiz Sudré Silva Jr (Projeto Campeões do Futuro) Bronze em Kumite categoria 16/17 anos;
Wanderley Cardoso (Tatsu Karate Shotokan) prata em kata Master;

Daniele Danielle Glicerio (Projeto Karate Cidadão) bronze em kumite 14/15 anos até verde feminino.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Significado do Tigre no Karatê Shotokan

Significado do Tigre no Karatê Shotokan - O tigre foi pintado por Hoan Kosugi, um dos homens que ajudaram o Mestre Gichin Funakoshi na difícil missão de divulgar o Karatê por todo o Japão.
Hoan Kosugi foi um grande artista japonês e um dos responsáveis por convencer o Mestre Funakoshi a transmitir seus conhecimentos sobre o Karatê. Além de convencer o Mestre Funakoshi a permanecer em Tóquio e ensinar suas técnicas, também o convenceu a escrever um livro para que ficasse registrado seus conhecimentos.
Em 1922 a pedido do artista Hoan Kosugi, Funakoshi publicou seu primeiro livro, Ryukyu Kempo Karatê. Com um grande terremoto em 1923, foi destruída as placas de seu livro. Este livro foi revisado e reeditado quatro anos após seu lançamento, pois teve grande popularidade, com o título alterado para Rentan Goshin Karatê Jutsu. E em 1935, foi publicado mais um livro, Karatê-do Kyohan.
É neste Livro Karatê-do Kyohan, que Hoan Kosugi pinta o tigre para servir de ilustração na capa do livro e as letras junto à cauda do tigre são a assinatura do artista.
Conta-se que o significado está relacionado com o costume de Funakoshi, que tinha o hábito depois dos treinos e do trabalho, de querer estar só e relaxar no Monte Torao, perto de Shuri. O monte quando visto de longe, dava a impressão de ser a “cauda de Tigre”, pois era muito fechado pelas árvores. Era onde escutava a brisa passar sobre os pinheiros, daí a escolha do seu pseudônimo literário.

O tigre representa força e coragem. É um animal felino, de aproximação lenta, estuda suas presas e também seus inimigos. Capaz de percorrer distâncias para perseguir suas presas, possui uma força muscular enorme, audição fora do comum, olfato aguçado e tem uma visão seis vezes maior que o ser humano, principalmente à noite.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Shorinji Kempo: arte marcial japonesa inspirada no Kung Fu Shaolin

A palavra kempo, ou kenpo, é usada no Japão para designar os estilos marciais cuja origem é o Kung Fu chinês. Existem diversos estilos de Kempo, vamos falar aqui de um deles, o Shorinji Kempo, cujos praticantes são chamados de kenshis.
Shorinji Kempo (shorinji= “shaolin”; kempo= “caminho do soco”) é uma arte marcial japonesa inspirada no Kung Fu Shaolin. Foi criado em 1947, por Doshin So, um japonês que estudou artes marciais na China por quase 20 anos. Em sua volta ao Japão, após a II Guerra Mundial, Doshin encontrou um país arrasado e humilhado, com a autoestima muito baixa. Com o objetivo de ajudar a reconstruir o Japão, Doshin resolveu ensinar a filosofia budista que havia aprendido na China. Ele achou que seria mais fácil chamar a atenção dos jovens para o budismo através das artes marciais como faziam os monges do Templo Shaolin. Sintetizando as técnicas que conhecia e adicionando uma filosofia religiosa ele desenvolveu uma nova arte marcial, a qual chamou de Shorinji Kempo.
Por ter recebido diversas influências e ter sido adaptado a defesa pessoal eficiente, o Shorinji Kempo difere bastante dos estilos mais conhecidos de artes marciais orientais. Emprega tanto técnicas duras quanto suaves, seus movimentos, posições, deslocamentos e sua parte filosófica raramente são encontrados juntos em outra arte marcial. Possui técnicas de agarramento e projeção que lembram o Aikido, os socos do Shorinji Kempo lembram os do Boxe, mas são mais versáteis; os chutes são simples e rápidos, pois a preocupação é mais com a eficácia do que com a plasticidade, e nas defesas são evitados os bloqueios desnecessários, preferindo-se os desvios e as esquivas.

Suas técnicas podem ser divididas em Goho (métodos duros) e Juho (métodos suaves). Goho são técnicas para bloquear um golpe, chute ou ataque similar de um oponente com uma defesa, e contra atacar com um chute, soco ou algum outro golpe do tipo; enquanto que Juho são técnicas para quanto um atacante agarra o braço ou uma parte da roupa, e quando é necessário escapar ou então imobilizar o oponente.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Crime contra as artes marciais

A deputada federal Maria do Rosário (PT) em reunião da Comissão de Segurança Pública para discutir a onda de violência nas cidades brasileiras pediu a criminalização do uso de defesa pessoal contra qualquer cidadão que esteja assaltando o outro.
A deputada petista diz que "reagir a um assalto é temerário, pois pode não só colocar em risco a sua vida, mas também daquele cidadão desassistido que está cometendo o crime! Nossa proposta é que o uso da defesa pessoal, caso o cidadão comum consiga ter a oportunidade de usá-la é de, por lei, coibir tal prática contra o outro cidadão que se encontra na condição de desassistido”.
Em linhas gerais; a deputada diz que é probido reagir, caso o cidadão seja agredido, pois a condição dele saber defesa pessoal coloca em desvantagem o meliante. Nas pautas da proposta escrita e que está sendo avaliada pela Comissão de Segurança Pública da Câmara é de proibir o ensino em academias das seguintes lutas: Jiu-Jitsu, Krav-Magá, Muay Thay, Karatê, Judô, Boxe, Taekwondô e Kung-Fu.
Cidadão desassistido senhora deputada? Algumas pessoas entram para o submundo do crime devido à falta e amparo do governo sim (governo, este, da qual a senhora faz parte e recebe uma boa quantia mensal). Mas ninguém mata uma pessoa por ser desassistido. O médico carioca que foi morto por um “desassistido” já havia entregado a bicicleta, o celular e a carteira. Esse “desassistido”, como a senhora insiste em chamá-lo, é um marginal.
A onda de insegurança nas ruas das cidades brasileiras é causada pelo desaparelhamento do estado, do sucateamento das Polícias Militares e Civis, pela corrupção instaurada em alguns setores do governo (dos últimos 500 anos). A senhora deveria buscar informações reais do que são as artes marciais.  
As artes como karatê, Judô, Jiu-Jitsu, entre outras, são baseadas em filosofias de vida, mantidas até hoje no Oriente (curiosamente mais desenvolvido e racional que o Ocidente). A senhora deputada sabia que os policiais e militares israelitas passam por treinamentos de Krav Magá? Não vou mencionar outros exemplos.
Quem é a senhora ou o que a senhora já fez de concreto para mudar a situação de um único “desassistido” nesse país, senhora deputada? As artes Marciais tiram milhares de jovens e crianças da marginalidade ensinando-lhes valores que seus pares insistem em derrubar.
Não existe qualquer identificação na testa de um ser humano se ele é marginal ou se é praticante de artes marciais. Roubar, furtar, estuprar, matar é proibido, mas nem por isso esses “desassistidos” deixam de fazê-lo.
Se a senhora tivesse um pouco de hombridade e sobriedade, iria procurar conhecer os valores repassados pelos mestres aos seus discípulos. Mas talvez a senhora só esteja falando isso para causar repercussão e aparecer na mídia, talvez devido à proximidade do período eleitoral.
Enquanto houver um aluno interessado em Karate, eu resistirei, pois o meu conhecimento e os valores repassados por Gishin Funakoshi estarão sempre firmes e presentes em minha vida e meu caráter.


OSS!!!

terça-feira, 19 de maio de 2015

História dos Kimonos

Originalmente, "Kimono" é a palavra japonesa para roupa. Mas, há questão de alguns anos, a palavra passou a ser usada para se referir especificamente a uma tradicional roupa japonesa.
Os Kimonos, como conhecemos hoje, surgiram durante o período Heian (794-1192). Desde o período Nara (710-794), até então, os japoneses usaram basicamente conjuntos para separar as peças de cima e as de baixo (calças ou saias), ou peças únicas. Mas no período Heian, uma nova técnica de confecção do kimono foi desenvolvida. Conhecido como o método de corte em linha reta, envolveu o corte de peças de tecido em linhas retas e a costura em uma peça única. Com esta técnica, os fabricantes de kimono não precisavam se preocupar com a forma do corpo dos diferentes usuários.
O método de corte em linha reta ofereceu muitas vantagens aos kimonos. Eles eram fáceis de pregar e muito adequados para qualquer temperatura: poderiam ser usados em camadas para aquecer no inverno, e poderiam ser feitos em tecidos leves, tornando-se confortáveis para o verão. Essas vantagens ajudaram os Kimonos a fazer parte do cotidiano dos japoneses.
Com o passar do tempo, conforme o hábito de usar kimonos em camadas virou moda, os japoneses começaram a prestar atenção no modo como Kimonos de diferentes cores ficariam unidos e desenvolveram uma grande sensibilidade para cores. Basicamente, as combinações de cores representam tanto as cores da estação quanto as classes políticas às quais cada um pertencia. Foi durante esse tempo, que o que conhecemos como “combinação de cores tradicional japonesa” foi criada.
Durante os períodos Kamakura (1192 - 1338) e Muromachi (1338 - 1573), tanto homens como mulheres usaram kimonos brilhantemente coloridos. Os guerreiros vestiam-se com cores que representavam seus líderes e, algumas vezes, o campo de batalha era tão ostentoso quanto um desfile de moda.
Durante o período Edo (1600 - 1868), o clã do guerreiro Tokugawa reinou sobre o Japão. O país estava dividido entre os domínios, liderado pelos senhores feudais. Os samurais de cada domínio eram identificados pelas cores e modelos de seus "uniformes", que eram constituídos por: um kimono, uma peça sem mangas conhecida como kamishimo, usada sobre o kimono, e um hakama, uma calça parecida com uma saia dividida. O kamishimo era feito de linho, engomado para definir melhor os ombros.
Com tantas roupas para samurais precisando ser feitas, os fabricantes de kimono foram aperfeiçoando sua destreza e sua fabricação transformou-se em uma forma de arte. Os kimonos tornaram-se cada vez mais valiosos e os pais começaram a guardá-los para seus filhos, como uma herança de família.
Durante o período Meiji (1868 - 1912), o Japão foi fortemente influenciado por culturas estrangeiras. O governo encorajou as pessoas a adotarem os hábitos e o estilo de se vestir do Oeste Americano. O governo oficial e os militares foram obrigados por lei a usarem esse estilo de roupa para as funções oficiais (essa lei não tem mais efeito atualmente). Para os cidadãos comuns, era uma exigência usar kimono nas ocasiões formais com peças decoradas que trouxessem o escudo da família, para identificar sua procedência.
Nos dias de hoje, os japoneses raramente usam kimonos no dia-a-dia, reservando-os para ocasiões como casamentos, funerais, cerimoniais, ou outros eventos especiais, como festivais de verão.
O uso do kimono para prática do karate ou outras artes marciais que o adotam como vestimenta é expressamente importante para o boa apresentação da arte. Claro que não podemos esquecer de que os kimonos de hoje em dia são confeccionados exatamente para tal prática, portanto já testado e aprovado para facilitar a mobilidade do praticante durante os exercícios específicos. No karate em especial pode-se encontrar diferentes tipos de tecidos e materiais utilizados para confeccionar os kimonos. Poliéster, algodão, diferentes tipos de lona, microfibra, enfim, uma imensa variedade que permite ao próprio praticante escolher qual a melhor opção e em que tipo de material ele melhor se adapta.

O KIMONO DE KARATE
Aos praticantes iniciantes, em suas primeiras aulas, propõe-se o uso de uma roupa confortável e leve que não apresente nenhum tipo de restrição aos movimentos de membros inferiores e superiores, deixando assim o aluno tranqüilo e despreocupado com sua roupa, concentrando-se apenas nos movimentos e técnicas propostas pelo professor e ou treinador. Após algumas aulas e na certeza da continuidade do aprendizado, o aluno deverá providenciar o Kimono de cor branca específico para a prática de karate. Lembre-se de que para a prática do Karate existem tipos e modelos de kimono que o mercado oferece, porém peça ajuda na sua escolha ao seu professor ou a algum aluno graduado, pois às vezes, pela falta de informação os alunos acabam adquirindo um kimono pensando no baixo custo e se esquecem da sua qualidade.
Um kimono de qualidade, quando cuidado, dura em média entre cinco a sete anos de treinamento. Porém, para crianças deve-se levar em consideração o crescimento físico e o menor desgaste pelo suor e substâncias liberadas pelo corpo diante aos treinamentos diários. Os tipos mais comuns de kimonos são de tecido mais grosso (conhecido por lona K10 e meddium canvas) e os mais leves start e standart. Tecidos como o brim, brim médio, lona, canelado e microfibra são exemplos de uma grande infinidade de materiais utilizados na confecção de um kimono.
Existem kimonos que oferecem maior mobilidade principalmente para as pernas, confeccionados em tecido mais leve e com elástico na cintura, o que facilita principalmente para as crianças.
O mercado esportivo oferece diferentes marcas e modelos, procure elembre-se de que você é o maior interessado em praticar o karate sem nenhum detalhe que dificulte sua concentração, então prove, pesquise e pergunte tudo que julgar necessário no momento da escolha da sua roupa de treinamento.
VOU COMPRAR UM KIMONO, O QUE DEVO OBSERVAR?
CARACTERÍSTICAS
Antigamente encontravam-se somente tecidos de lona e mais pesados, tradicionalmente usavam-se esses tipos de kimonos que além de apresentarem maior durabilidade, moldavam-se melhor à definição das bases. Porém, com o passar do tempo, kimonos grossos e pesados foram cedendo lugar aos kimonos mais leves e que permitissem maior facilidade na movimentação dos membros superiores e inferiores.
APRESENTAÇÃO
O praticante deve sempre apresentar-se com seu kimono em perfeito estado de higiene; limpo e, sobretudo sem mal cheiro causado pela ausência de lavagem por muito tempo.
MANUTENÇÃO
A boa manutenção do kimono também poderá aumentar a durabilidade dele. Um kimono de boa qualidade pode durar de cinco a sete anos em bom estado de uso quando bem cuidado.
CUSTOS    
Os preços podem variar de acordo com a qualidade e o tipo de tecido. No mercado nacional você poderá encontrar kimonos entre 50 até 150 reais, enquanto que os kimonos importados de excelente qualidade podem chegar até 350 reais.
ESCOLHA
Na hora da escolha do seu kimono ou do seu filho (a) lembre-se sempre de que o material deve ser confortável como qualquer outra roupa, além de atentar-se para o tamanho, pois geralmente os kimonos possuem um percentual de encolhimento entre 3% e 5% do tamanho total. Lembre-se também que é um investimento que você estará fazendo, portanto tenha calma pesquisando e, caso necessário, pedindo ajuda a um profissional da área ou seu professor. Pesquise e escolha o kimono de acordo com suas condições e gosto e BONS TREINOS!


quinta-feira, 14 de maio de 2015

10 curiosidades sobre o Jiu-Jitsu.

1- Com 15 anos de idade Carlos Gracie, começou a aprender Jiu-Jitsu;
2- Os 5 irmãos Gracie que iniciaram o Jiu-Jitsu no Brasil, foram Carlos, Oswaldo, Gastão, George e Hélio;
3- O Jiu-Jitsu japonês, privilegiava as quedas, enquanto o Jiu-Jitsu Brasileiro privilegia a luta de Chão e os golpes de finalização;
4- Devido as diferenças entre o Jiu-Jitsu Japonês e Brasileiro, foi necessária a mudança das regras internacionais, e com isso o Jiu-Jitsu foi o primeiro esporte da historia mundial do qual se mudou a nacionalidade. Ou seja, aquela que era uma arte marcial japonesa, passou a ser considerada Brasileira sendo denominada "Jiu-Jitsu Brasileiro", sendo exportada para o mundo todo, inclusive para o Japão;
5- O UFC (Ultimate Fight Championship) maior evento de lutas do mundo, foi criado por Rorion Gracie (faixa vermelha 9º grau) filho mais velho de Helio Gracie;
6- O Jiu-Jitsu de Helio Gracie visava estritamente a defesa pessoal (lutar até pegar). O grande mestre era contra a limitação de tempo, as pontuações;
7- Carlos Gracie teve 21 filhos, enquanto Hélio Gracie teve 9 filhos;
9- A primeira academia Gracie de Jiu-Jitsu, foi inaugurada por Carlos em 1925;

10- Rickson Gracie, é o maior vitorioso da família, afirma ter vencido mais de 500 lutas entre Vale-tudo e Jiu-Jitsu, e o mais impressionante, TODAS por finalização.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

20 coisas que o jornalista não pode perder

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1. O celular com os contatos das fontes.
2. O bloquinho com as anotações.
3. A cara de pau.
4. O horário da coletiva.
5. A dignidade (mesmo que tentem pagar muito bem por ela).
6. O tesão.
7. O deadline.
8. O texto (quando der pau no computador).
9. O jabá (principalmente se for dos bons).
10. A paciência com entrevistados que não abrem a boca.
11. A paciência com entrevistados que falam demais.
12. A noção do perigo.
13. O emprego (porque vai ser duro encontrar outro).
14. A voz durante o link.
15. O instante da foto.
16. O controle emocional (quando pegar o contracheque).
17. A chance de rir do concorrente quando der um furo.
18. A pastinha com os recortes das antigas matérias.
19. A esperança.
20. A graça de ser jornalista.
Fonte: http://portal.comunique-se.com.br/index.php/artigos-colunas/77152-20-coisas-que-o-jornalista-nao-pode-perder-info