quinta-feira, 30 de abril de 2015

Criada a Liga Shingitai de Karate Do


Com, aproximadamente, 500 atletas liga é criada para fortalecer o Karate da Zona da Mata Mineira

A Zona da Mata Mineira é um polo de karatecas. Estima-se que são mais de três mil pessoas que praticam a Arte Marcial Japonesa somente nesta região de Minas Gerais. E com o intuito de fortalecer os laços entre os praticantes do Karate Do, foi criada, em reunião ocorrida ontem (29/04), no plenário da Câmara Municipal de Ubá, a Liga Shingitai de Karate Do da Zona da Mata.
Promover, apoiar e/ou divulgar eventos de amplitude regional, nacional ou internacional de interesse de seus associados; promover a integração dos graduados na arte marcial Karate Do, com a vida acadêmica, científica, política e cultural; estimular a produção de eventos que possam se traduzir em contribuições inovadoras e relevantes para o ensino e a treinamento do Karate Do; contribuir para o progresso social e crescimento da arte marcial Karate Do mediante o desenvolvimento de ações de interesse público e social, com a participação de graduados e não graduados, são alguns dos objetivos da Liga.
A reunião contou com a presença do Delegado da Federação Mineira de Karate – Regional Zona da Mata, Wagner Gomes. “Todo movimento de união em prol do Karate é muito fundamental. O objetivo de todos é valorizar os ensinamentos e preservar esta arte marcial milenar tão importante no desenvolvimento de nossas crianças”, disse o Sensei que, além de Diretor da Academia Tatsu (Ubá e Juiz de Fora), coordena o Projeto Karate Cidadão (Ubá/MG).
Para o Sensei Martim Barbosa, a criação da Liga Shingitai irá valorizar cada vez mais o Karate. “Nossa intenção é agregar valor às academias da nossa região. Queremos trocar experiências, fazer treinamentos conjuntos (Gashuku), valorizar nossos karatecas e professores. Não podemos permitir que fiquemos isolados em academias. A arte marcial que praticamos é muito importante para ser limitada ao Dojo”, explicou.
Entre os presentes à reunião, foi eleita a primeira diretoria da Liga:
Diretor Presidente: Sensei Martim Barbosa
Diretor Vice Presidente: Sensei Josiel Vieira Albuquerque
Diretor Tesoureiro: Sensei Hildewargo Clewerton
Diretor Jurídico: Sensei Túlio Cesar Lucca Pereira
Secretário Geral: Sensei Alexandre Souza

quarta-feira, 22 de abril de 2015

O que é isso, seu juiz!?

Foi nos dias 18 e 19 de abril que aconteceu a 10ª edição do Campeonato Brasileiro Militar e Copa Ary Barroso de Karatê. O evento, que aconteceu no ginásio do Sesi/Ubá(MG), contou com a presença de atletas de São Paulo, Pará, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.

No sábado (primeiro dia), o evento foi exclusivamente dedicado aos militares. Marinha, Exército, Aeronáutica e Polícia Militar enviaram seus representantes. Dividido em suas modalidades (Kata e Kumite), os atletas desfilaram um karatê de auto nível, demonstrando toda sua técnica ao público presente. Já no domingo coube aos atletas civis mostrar sua performance. Mais de 200 atletas mostraram todo seu conhecimento e seu espírito guerreiro (Zanshin).

Único fator destoante foi a arbitragem. À cargo de árbitros do Rio de Janeiro, muitos resultados foram contestados. Reclamações até mesmo dos árbitros laterais.
Que o assunto arbitragem é alvo de polêmica, isso é fato. Independente da modalidade esportiva praticada. Nas Artes Marciais não é diferente. Mas vamos entender:
No Karatê, são cinco árbitros, sendo quatro laterais (um em cada “ponta” do koto/tatame) e um central. Como no futebol que possui auxiliares (bandeirinhas), a decisão majoritária é sempre do árbitro central (ou do “juiz”). Não é permitido interferência em momento algum na decisão do árbitro, correto?
Infelizmente, não foi o que se viu. Vimos árbitros centrais invertendo pontuação e permitindo interferência externa, sem mencionar consultas a menos graduados. Eu fui um dos árbitros laterais que se ausentaram do koto por não concordar com a conduta de uma árbitra central.
Sabemos que o karatê exige contato, mas fico preocupado quando crianças (categoria 9 e 10 anos) se machucam por excesso de força e quando é possível observar a irresponsabilidade de uma arbitragem que não permite que os professores/técnicos orientem seus alunos/atletas para que não tenham este comportamento.
Sob a bandeira da Federação de Karatê Interestilos do Rio de Janeiro, esta árbitra desrespeitou todo o ensinamento do Shihan Ginchin Funakoshi (Esforçar-se para formação do caráter! Criar o intuito de esforço! Respeito acima de tudo! Conter o espírito de agressão! Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão!).

Temos a certeza de que a ação de uma única pessoa não vai apagar todo o brilhantismo do evento. Esperamos que, em 2016, a organização tenha critérios quanto aos árbitros e sua conduta dentro e fora dos kotos. Que venha o próximo Campeonato Brasileiro Militar e Copa Ary Barroso de Karatê.
Só mais uma pergunta? Qual é qual?

terça-feira, 7 de abril de 2015

Basta! Queremos Jornalismo por formação e vocação.

Mais um dia... esperamos ser o último. Atentado à democracia ser contrário a um mandatário? Atentado à democracia é ver milhões de reais investidos, talentos desperdiçados, famílias desvalorizadas. Eu não estou falando da política econômica. Falo dos jornalistas brasileiros.

Mas falo dos jornalistas por formação, aqueles que foram aprender os preceitos éticos, as técnicas, o verdadeiro jornalismo. E não este tão comum em cidades interioranas (mesmo sendo grandes capitais), que adotam falsos profissionais como os “donos da verdade”, em sua maioria emitindo opiniões, manipulando as informações, distorcendo realidades.
“Ah, mas a globo...”. A globo não me interessa. O SBT, a Record ou qualquer que seja a emissora. Sua opinião editorial nunca vai agradar a todos. Particularmente, eu assisto há vários canais, leio vários jornais, vários websites, procuro informações nas mais variadas fontes. Eu tenho senso crítico. Consumo, filtro, critíco.

Você iria a um médico que não fez medicina? Faria consultas com um dentista que não passou pela universidade? Contrataria um advogado que não conhece a faculdade de direito?
Com o jornalismo é a mesma coisa. Quem não estudou, não conhece. “Ah, fulano trabalha na rádio há mais de 20 anos...”. Você não tem culpa se o dono da rádio não quer contratar um jornalista. Basta trocar a estação.
Temos preceitos éticos, reportamos fatos, possuímos técnicas. Não elaboramos um texto de qualquer maneira ou extraímos fragmentos de texto e assinamos como se fosse nosso (o famoso plágio).
Passamos quatro anos na universidade nos preparando para levar à sociedade informação de qualidade, com isenção, ouvindo todos os lados envolvidos, mostrando os fatos como são, e não de acordo com o interesse (escuso) de alguém.
Hoje é dia do jornalista (07 de abril) e queremos respeito!
Informação não tem preço, tem consequências. 
Jornalismo é com Jornalistas. 
Eu sou Jornalista por formação e vocação.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Karatê da Paz é sucesso

O campeonato “Karatê da Paz”, realizado pela Tatsu Karatê Shotokan, em parceria com a Comissão Especial de Combate ao uso de Crack e outras drogas, da Câmara Municipal de Ubá, foi um sucesso. Ocorrido no domingo (21/12), o evento contou com a participação de várias associações de todo o estado. Cerca de 200 atletas participaram do evento.
Para o Sensei Wagner Gomes, Delegado da Federação Mineira de Karatê – regional Zona da Mata, fortalecem o esporte. “O ano foi muito bom para os atletas. Foram muitas competições e encerrar o ano, fazendo o que mais gostamos, não tem preço”, disse.
A arrecadação de alimentos também foi considerado um ponto alto do evento. “Conseguimos arrecadar uma grande quantidade de alimentos que foram doados ao Lar João de Freitas. Além de fazermos aquilo que mais gostamos, conseguimos contribuir com esta instituição que realiza um trabalho tão importante para a comunidade”, disse o Sensei Martim Barbosa.
O Presidente da Câmara Municipal de Ubá, Vereador Samuel Gazolla Lima entregou às associações vencedoras. Ao final de um dia inteiro de competições, o resultado oficial ficou assim:
1º lugar Geral: Associação Josué Rocha – Cataguases/MG (15 medalhas de ouro; 4 medalhas de prata e 7 medalhas de bronze);
2º lugar Geral: Projeto Karatê Cidadão – Ubá/MG (12 medalhas de ouro; 21 medalhas de prata e 23 medalhas de bronze);
3º lugar Geral: Projeto Karatê do Futuro – Dores do Turvo/MG (8 medalhas de ouro; 3 medalhas de prata e 12 medalhas de bronze).
Na categoria especial (Karatê adaptado para portadores de necessidades especiais), o primeiro lugar geral ficou com o Projeto Karatê do Futuro, de Dores do Turvo.

As fotos do evento podem ser acessadas através do link Campeonato Karatê da Paz.
Entrega simbólica de alimentos ao Lar João de Freitas

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

O significado das cores das faixas do Karatê


Branca (Mukyu): A Pureza. Trata-se da cor que reflete todas as cores. Demostra a ingenuidade do iniciante, e a mente limpa para receber todo o aprendizado que virá.
O branco reflete todas as cores. A própria cor dessa faixa indica que o seu portador ainda possui a ingenuidade e deve procurar manter a mente limpa. Entretanto, ele tem em potencial, todas as cores das demais faixas posteriores e, assim como o fogo está na pedra, cabe a ele, fazê-lo brotar através da fricção do treino árduo.
A busca nesse grau é pela purificação e transformação, diante do infinito conhecimento que tem diante de si. Essa faixa nos diz que o iniciante deve buscar a humildade e a imaginação criativa, através da limpeza e da claridade dos pensamentos. É a cor síntese do arco-íris e a mais associada ao sagrado, pois simboliza paz, pureza, perfeição e especialmente o absoluto.
Ela nos diz que devemos buscar a pureza, sinceridade e a verdade. Repelindo os pensamentos negativos, procurando elevá-los, para que encontremos o equilíbrio interior, segurança e desenvolvamos o instinto e a memória.
O branco simboliza uma espécie de coringa, para todos os propósitos, é o substituto para qualquer cor, assim como uma tela em branco esperando para ser pintada.
Amarela (6º Kyu): O Sol. Da mesma forma que o sol nasce todos os dias, o seitôwa (aluno) dessa graduação nasce para o Karate dando inicio a longa caminhada em seu aprendizado.
Essa faixa, pela sua vibração, dá mais energia física, mostrando que agora, mais do que nunca é necessária força de vontade para não desistir da conquista dos seus ideais. Persistência, força física, estímulo e poder são seus traços típicos.
Assim como o sol nascente, o conhecimento começa a aflorar para o iniciante. Agora ele pode vislumbrar um pouco da iluminação da descoberta e da realidade do que é o Karatê. Entretanto, assim como o amarelo é uma cor primária, isto é, não pode ser formado pela mistura de outras cores, ele também deve manter-se puro dentro da escola de Karatê que escolheu ainda evitando misturar outras coisas aos conhecimentos que está recebendo para não se confundir dentro do verdadeiro Karatê.
Laranja (5ºKyu): Após o final da tarde, onde o Sol nasce o Sol deve se pôr.
Nesta Graduação nos mostra que com o despertar do amarelo (Sol) há o progresso e ordem natural da natureza que tudo que se aflora como uma flor também murcha. Mostra principalmente que o laranja seria o segundo passo numa longa jornada que depende de voce continuar repeitando as regras da natureza. Mostra o convívio de todos e com todos ser sempre vivo como sua cor significa, ativo e resplandecente é cor yang que provém do vermelho. A cor laranja mostra ao praticante que ele deve fortalecer as energias e a sua vontade de vencer. A cor laranja está situada entre o elemento fogo e o elemento terra, portanto, carrega um pouco das características dos dois elementos. Também é uma cor Yang.
Azul (4º Kyu): O Céu. Vasto e sem limites, ao mesmo tempo que indica tranquilidade, paz e segurança, mostra o quanto de conhecimento ainda se pode obter. Não há um limite.
Nos diz que devemos procurar o sucesso no treino diário, agilidade, adaptabilidade, estimulação, atração e plenitude.
Essa cor também simboliza aquilo que o praticante deve buscar: o encorajamento, estimulação, robustez, atração, gentileza, cordialidade e tolerância, pois o azul traz calma e paciência se olharmos ao horizonte um dia ensolarado.
Esta é a cor da comunicação, do calor afetivo, do equilíbrio, da segurança e da confiança. Quem chega nessa faixa deve acreditar que agora tudo é possível, pois essa cor estimula o otimismo, generosidade, entusiasmo e o encorajamento.
A cor azul mostra ao praticante que ele deve fortalecer as energias e a sua vontade de vencer. A cor azul está situada entre o elemento fogo e o elemento terra, o céu divide estes elementos portanto, carrega um pouco das características dos dois elementos. Porém é uma cor Yin.
Verde (3º Kyu): A Natureza. Representa o crescimento e desenvolvimento do aluno. Este deve procurar amadurecer seu conhecimento e aprofundar-se na consciencia que têm de si próprio, deixando de lado definitivamente hábitos de arrogância e orgulho.
O verde é uma cor que representa Esperança e a Fé. É a cor mais harmoniosa e calmante de todas. Ela simboliza harmonia e equilíbrio.
Essa cor, que nos chega depois das cores quentes iniciais, nos dá a impressão de que chegamos a um oásis, depois de atravessar um árduo deserto, mas devemos saber que ainda há mais deserto a vencer.
Ela também representa as energias da natureza, esperança, perseverança, segurança e satisfação, fertilidade. O portador deve procurar desenvolver a sua sensibilidade para se comunicar com a natureza interna e externa a si mesmo.
Significa também a harmonia em que devemos estar com ela, junto com o ar, a água e o fogo, elementos da vida que proporcionam bem-estar ao ser humano.
Essa cor simboliza uma vida nova, a energia, a fertilidade, o crescimento e a saúde. Por outro lado, quando em mau aspecto, mostra um orgulho excessivo, superioridade e arrogância.
O verde é ligado ao elemento madeira e a primavera.
Representa o crescimento, desenvolvimento, natureza e saúde. Também significa a etapa da juventude, estando relacionado a este estado emocional, mostrando assim, que os conhecimentos ainda não se encontram bem claros ou maduros para os praticantes. Ainda lhes falta amadurecer mais e delineá-los melhor.
Roxa (2º Kyu): A Humildade. Mistura de vermelho e azul, os karate-kas que atingem esse nível devem ter plena consciencia do significado da humildade, sinceridade e devoção ao caminho do guerreiro. Devem ser capazes de dominar o ego.
Ela gera sentimentos como respeito próprio, dignidade e auto-estima.
Esta é uma cor metafísica. É também a cor da alquimia, das transformações e da magia. Ela é vista como a cor da energia cósmica e da inspiração espiritual.
A cor violeta é excelente para purificação e cura dos níveis físico, emocional e mental.
Simboliza: dignidade, devoção, piedade, sinceridade, espiritualidade, purificação e transformação. Quando em mau aspecto determina manias e fanatismo.
Representa o mistério, expressa a sensação de individualidade, influenciando emoções e humores, mas também simboliza a dignidade, a inspiração e justiça. Gera tensão, poder, tristeza, piedade, sentimentalidade.
Tendo isso tudo em mente, a cor desta graduação nos indica que devemos encontrar novos caminhos e elevar nossa intuição espiritual.
Marrom (1º Kyu): A terra. É a cor da solidificação. Onde o praticante finca as raízes de todo o conhecimento adquirido até aqui e o torna sólido como uma rocha.
É a cor da solidificação. Representa a constância, a disciplina, a uniformidade adquirida e a observação das regras mantidas até aqui. Representa a conexão do praticante com o patrono do estilo que lhe foi passado, representado por seus mestres.
Para criar essa cor, você precisa misturar o vermelho com o preto e, portanto, ela tem alguns dos seus atributos. Também representa a autocrítica e a dependência dos mestres para chegar até aqui. Significa que se está completando o processo de amadurecimento, tanto nos conhecimentos técnicos quanto no aspecto mental, neste caso simboliza a mistura do vermelho (o sangue que voce dedicou seus treinamentos) com a cor preta que é a mistura de todas, nos diz da necessidade de aprender sempre mesmo alcançando o objetivo  neste caso a faixa preta, ou seja ter sempre em mente a vontade de ser faixa preta como se voce fosse um eterno faixa marron.
Essa faixa, pela sua cor, emana a impressão de algo maciço e denso, compacto.
Sugere segurança e isolamento. Representa também uma poluição que deve sempre ser limpa, através da prática fiel aos princípios do Budô.
Uma pessoa que gosta de vestir-se com marrom por certo é extremamente dedicada e comprometida com o seu trabalho, sua família e seus amigos.
A cor marrom gera organização e constância, especialmente nas responsabilidades do cotidiano. As pessoas que gostam de usar essa cor são capazes de ir “à raiz das coisas” e lidar com questões complicadas de forma simples e direta. São pessoas “sensatas”.
Preto (Yudansha – 1º Dan e consequintes): É a mistura de todas as cores, representando humildade, autocontrole, maturidade, serenidade, disciplina, responsabilidade, dignidade e conhecimento. É o karateka que conseguiu dominar os conhecimentos da arte e introduzir a filosofia e ensinamentos em seu espírito.
É a junção de todas as cores. Enfim o corpo e a mente chegaram ao final de uma jornada e ao início de outra mais elevada. A faixa na cor preta, representa humildade, autocontrole, maturidade, serenidade, disciplina, responsabilidade, dignidade e conhecimento. É a cor do poder, induz a sensação de elegância e sobriedade. Onde o que está fora não entra e o que está dentro não sai.
Observa-se que na maioria das sociedades ocidentais, o preto quase sempre é a cor da morte, do luto e da penitência, mostrando assim o estado mental de quem atingiu essa graduação.
Em geral, essa cor é usada por pessoas que rejeitam as regras convencionais ou são regidos por outras normas sociais, como é o caso dos padres ou dos guerreiros que seguem o Budô.
Essa cor também nos dá uma noção de tradição e responsabilidade. É a ausência de vibração da “não cor” que dá a sensação de proteção ou afastamento.
Por outro lado, absorve, transmuta e devolve as energias negativas, transformadas em positivas.
A meditação nessa cor permite a introspecção, favorece a auto-análise e permite um aprofundamento do indivíduo no seu processo existencial.
Remove obstáculos, vícios e emoções não desejadas. O excesso traz melancolia, depressão, tristeza, confusão, perdas e medo. A cor preta relaciona-se ao elemento água que adapta-se a todas as formas e contorna todos os obstáculos. É o símbolo do máximo Yin.

Conselho de Comunicação aprova exigência do diploma de jornalista

Da Redação

Fernando César: "Novas mídias precisam de muita atenção e cuidado"

O Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional (CCS) aprovou, nesta quarta-feira (6), parecer favorável apresentado pelo conselheiro Celso Augusto Schröder às Propostas de Emenda à Constituição 33/2009 e 386/2009, que determinam a exigência de diploma para exercício da profissão de jornalista.
Item mais polêmico da pauta, o parecer recebeu seis votos favoráveis e quatro contrários. O assunto já havia sido debatido na Comissão Temática da Liberdade de Expressão do Conselho de Comunicação Social, que se manifestou contra a obrigatoriedade do diploma, baseando-se em argumentação apresentada pelos conselheiros Alexandre Jobim e Ronaldo Lemos.
O exercício profissional do jornalismo é regulamentado peloDecreto-Lei 972/69, por sua vez regulamentado peloDecreto 83.284/79. A regulamentação da profissão previa a formação de nível superior específica em Jornalismo como requisito para o exercício profissional, mas foi modificada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou a exigência inconstitucional.
Segundo Schröder, que preside a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), enquanto foi norma no Brasil, a exigência da formação nunca impediu o direito à opinião e à livre manifestação do pensamento, nem a colaboração, especializada ou não, nos meios de comunicação social.
- Vale ressaltar, ainda, que os parlamentares estão exercendo a função para a qual foram eleitos: legislar, inclusive modificando a Constituição Federal, naquilo que for necessário para o ordenamento constitucional e infraconstitucional, com vistas ao aperfeiçoamento da democracia brasileira – afirma.
Favorável à exigência do diploma, o vice-presidente do conselho, Fernando César Mesquita, atua no jornalismo desde os 15 anos de idade, antes mesmo da regulamentação da profissão. Ele argumentou que a formação é um instrumento importante, inclusive para ampliar os horizontes do profissional.
- Até porque as novas mídias precisam de muita atenção e cuidado – ponderou.
As Propostas de Emenda à Constituição 33 e 386/2009 ainda aguardam aprovação na Câmara dos Deputados.
Agência Senado

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Origem e História do Hapkido no Mundo

Hapkido - A origem
O significado de HAP (união), KI (força, espírito) e DO (caminho), formou o significado de Hapkido em: “O caminho da união da força e do espírito da arte marcial coreana”.

A luta pela sobrevivência fez com que o homem adotasse diferentes e variadas formas de combates com ou sem armas, em algumas ocasiões de criação própria ou então através de imitação a animais ou de lutadores mais peritos.

No inicio, o hapkido não era para ser utilizado como uma forma de defesa, seus movimentos eram treinados apenas para o desenvolvimento do “KI”, (força interior, energia vital), pelos monges budistas vindos da Índia para China em 67 a.C.

Introduzido na Coréia em junho do ano 372 d.C. em tempos de Goryo, os monges descobriram que alguns dos movimentos utilizados em seus treinamentos físicos, serviam para sua auto defesa, servindo de arma contra agressores que encontravam em seu caminho de levar o budismo aos povos que viviam na região do Oriente.

Não sabemos ao certo se os monges indianos já utilizavam as armas brancas como: Dan guon (faca pequena), Jang guon (faca longa-espada), Dan boung (bastão curto), Jang boung (bastão longo), Yi (bengala), Kun (corda) e Tu sook (estrela). Porém sabemos que estas armas eram propicias para a época e existem até hoje dentro do hapkido. Estes dois fatos históricos comprovam a existência do hapkido e não esta descartada a hipótese de que a arte tenha dado origem a outras artes marciais.

Logo que os monges chegaram da Coréia, começaram a catequizar os povos que viviam naquela região com o budismo, porém, as técnicas de auto defesa que descobriram, só eram passadas para os nobres e para a guarda imperial. Os pobres sendo a maior parte da população, não tinham o conhecimento e nem acesso a estas técnicas. Devido à necessidade terem que se defender, os nobres começaram a mesclar o que aprenderam com os monges indianos às técnicas rudimentares que já utilizavam. Já os pobres continuaram sem ter acesso às técnicas do então nomeado hapkido. O fato de que os pobres continuaram sem ter acesso às técnicas do hapkido, quase o levou á extinção.

O hapkido acompanhando o crescimento do budismo desde os tempos de Goryo, passou por três reinos: SILA (pronuncia-se chila em português), BAEK JE, e KOGURYO. Por ser o menor dos três reinos, SILA sofria constantes invasões de salteadores que viviam pela região e de seus vizinhos KOGURYO e BAEK JE. Durante o reinado de Chin Heung, vigésimo quarto rei de SILA, um grupo de jovens aristocratas, todos descendentes de famílias nobres, criaram um corpo de oficiais denominado de HWARANG, onde treinavam forte e tinham uma sólida formação moral e ética.

Em pouco tempo, muitos lutadores se uniram ao HAWRANG, formando uma força militar invejável, que para a época, foram denominados e conhecidos como os HWARANG DO.
O reino de SILA começou a destacar-se por ser um grupo menor e sempre vitorioso nas suas batalhas, fazendo com que os reinos de KOGURYU e BAEK JE fossem unificados a SILA, em 935 d.C. Com isso, foi fundada a dinastia KORYO.

Foi no período dos três reinos, SILA, BAEK JE e KOGURYO, que o budismo começou a perder força por causa do YUGUIO, uma forte seita que se instalou na Coréia espalhando-se rapidamente, afetando o povo coreano em seus costumes.

O yuguio dava importância somente ao conhecimento da mente e desprezava o da arte marcial. Com isso o hapkido foi praticamente esquecido e só não foi extinto por causa das múltiplas gerações de alguns nobres que deram continuidade às técnicas da arte marcial.


Young Sool Choi  - O grande nobre que não deixou o hapkido morrer
De 1909 à 1945 as práticas das artes marciais foram expressamente proibidas para o povo coreano, devido à ocupação japonesa na segunda guerra mundial. Alguns mestres, de forma secreta, continuaram a trabalhar suas técnicas para não serem esquecidas. O HAPKIDO, praticamente extinto na Coréia, conseguiu sobreviver a esta época graças ao Grão mestre Young Sool Choi.

Nascido em 1904, Choi ficou órfão logo aos nove anos de idade. Foi levado ao Japão e adotado como aluno por um dos maiores mestres daquele país na época, Sokaku Takeda.
Takeda era o grande Mestre do estilo Daito Ryu Aikijujutsu (praticado, conduzido e difundido até hoje pela família Takeda).

Muitos pesquisadores afirmam que Mestre Choi ficou sob a tutela de Mestre Takeda por aproximadamente 30 anos, tendo participado das inúmeras viagens e seminários daquele Mestre.

Com a morte de seu Mestre em 1943 e a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, em 1945, a situação tomou-se insustentável naquele país e Yoshida resolveu retornar à Coréia, após mais de 30 anos de treinamento, levando em sua bagagem todo seu aprendizado.

Com a rendição japonesa, em 1945, a península coreana é dividida em duas zonas de ocupação: uma norte-americana, ao sul, e outra, soviética, ao norte. As negociações de unificação das Coréias fracassam e em 1948, são criados dois Estados distintos: Coréia do Norte e Coréia do Sul, separadas por uma linha imaginária, chamada de paralelo 38, sendo constantemente vigiada.

De volta à Coréia, tentou ensinar a arte que havia aprendido. Embora sua habilidade fosse fenomenal, alguns historiadores afirmam que ele cobrava muito caro por suas aulas e não conseguiu um lugar para ministrá-las. Mestre Choi levantou capital suficiente, vendendo bolinhos de arroz, para iniciar uma pequena criação de porcos. Para alimentá-los, ele se levantava ao amanhecer e se dirigia à Adega Suh, onde ajudava os operários a retirar água de uma fonte subterrânea em troca de grãos para alimentar seus porcos.

Foi nesse local que, por volta de 1947, conheceu seu primeiro aluno Bok Sub Suh, faixa preta em Judô e gerente da Adega Suh, o qual montou um pequeno Dojang (mesmo significado de dojo) nos fundos de seu escritório.

Essa primeira escola se chamou Yu Kwan Sool Hapki Dojang. Com o passar do tempo o nome da arte foi se alterando até chegar ao HAPKIDO em 1958, juntamente com acréscimos de chutes e armas ao arsenal de torções de sua arte.

Poucos alunos mais se juntaram ao seu grupo, destacando-se entre eles boa parte dos Grãos-Mestres coreanos de artes marciais do século XX. Seu modo de ensinar era muito rigoroso, chegando a chicotear seus alunos quando não atingiam os resultados previstos.

Apesar disso, os poucos alunos que teve mantiveram seus laços por muito tempo e sempre se orgulharam de terem sido seus estudantes.

Mestre Young Sool Choi, fundador do hapkido, foi aluno de Daito-Ryu Alkijutsu (pronunciado Dae-¬Dong-Ryu Hap-Ki Sool, em coreano) do grande Sokaku Takeda, no Japão. Nessa época a sua arte se chamava Yoo Sool (pronúncia coreana para Jiu-jitsu) e era ensinado quase exatamente o que Mestre Choi aprendeu do Grande Mestre Takeda.

Com o passar do tempo, Mestre Choi acrescentou algumas técnicas de artes marciais coreanas, como chutes e técnicas com armas. Mas o nome Yoo Sool era também utilizado para designar o Judô na Coréia, o que poderia causar grande confusão.

Suh sugeriu ao seu Mestre que mudasse o nome da arte para Yoo Kwon Sool, que significaria “Arte dos Punhos Suaves”. Muita gente ainda acredita que o hapkido venha do judô pela confusão com o Yoo Sool.

Após a Guerra da Coréia Mestre Choi se tornou guarda-costas e chefe de segurança do pai de Sub, então alto elemento do governo.

Esse trabalho rendeu inúmeros frutos, pois a fama do hapkido como arte marcial, eficiente em combates reais, se espalhou por todo lado gerando grande interesse pela arte.

Em 1951 Mestre Choi abriu um pequeno Dojang nos fundos de sua casa, chamado Dae Hanyu Kwan Sool hap Ki Dojang (“Dae Han” significa coreano), e passou a ensinar alguns alunos além do fiel Bok Sub Suh.

Em 1958 o mestre Choi e seu aluno Suh concordaram em abreviar o nome do estilo para hapkido. Existe também uma outra versão que possui muitos adeptos. Segundo ela, o mestre Ji Han Jae, um aluno do mestre Choi, chamou a arte que aprendeu de Hapki Yu Kwon Sool, mas achou o nome muito longo, abreviando-o para hapkido em 1957. Isso foi confirmado pelo Mestre Ji, em uma entrevista.

Mestre Choi faleceu em 1987, aos 83 anos.


Grão mestre Ji Han Jae
O grão mestre Ji Han Jae nasceu em Andong, Coréia do Sul, em 1936. Aos 13 anos, Ji começou a treinar por tempo integral o "Yu Kwon Sool" com o Grão Mestre Choi e continuou com ele até 1956. Aos 18 anos, sob a orientação de um homem chamado Taoist Lee, aprendeu técnicas de armas, Tae Kyon, jang-bong (bastão longo), o dan-bong (bastão curto) e meditação.

Em 1959, o Grão Mestre Ji, abriu sua primeira escola e foi o primeiro a usar o termo Hapkido.

Em 1962, o nome foi mudado para Kido. Ji fundou a "Kido Association", onde Choi se juntou como membro.

Entre 1962 e 1979, Ji Han Jae trabalhou como guarda costas do presidente coreano Park Chung Hee, no castelo presidencial Blue House. Por este motivo, Ji tem muitas influências políticas. Foi também treinador de arte marcial dos guardas secretos do presidente, da polícia coreana, da academia de soldados e da Korean Special Forces. Em 1969, Ji foi convidado pelo governo norte-americano a ensinar o Hapkido aos guarda-costas do presidente Nixon e aos agentes do FBI.

Nos EUA, durante o programa de intercâmbio, Jhoon Rhee (mestre de Taekwondo) apresentou Ji, o artista marcial e ator, Bruce Lee, que era um admirador dos conhecimentos do mestre do Hapkido e pediu que fosse seu instrutor.

No inicio dos anos 70, Mr. Wong, presidente da "Golden Harvest Film Co" (produtora dos filmes de Bruce Lee), contratou o Grão Mestre Jin Han Jae para ser o treinador de artes marciais, conselheiro-supervisor técnico e treinador das estrelas de filmes de artes marciais e ainda trabalhar em alguns filmes como ator.

Bruce Lee quis que no filme "Game of Death" (Jogo da Morte) o mestre Ji usasse uma faixa dourada enquanto lutava contra Bruce lee. A faixa dourada representaria o mais alto grau alcançável nas artes marciais.

Existem linhas divergentes quando se pergunta quem foi o fundador do Hapkido. Alguns atribuem a Yong Sul Choi e outros a Ji Han Jae. É importante dizer que Choi foi professor de Ji, porém, podemos observar a situação de diferentes ângulos. O maior estudioso de Artes Marciais Coreanas, Dr. Kimm He-Young, após anos de pesquisa nos disse o seguinte:
"Podemos aceitar as duas posições dizendo que Choi acendeu o palito de fósforo, mas quem fez a fogueira foi Ji".


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- SITE: Confederação Brasileira de Hapkido -http://confederacaobrasileiradehapkido.com/
- SITE: Federação Brasileira de Hapkido Tradicional - http://www.hkdbrasil.com.br/
- SITE: Federação Coreana de Hapkido - http://www.koreahapkidofederation.net/
- SITE: Federação Riograndense de Hapkido Olímpico - http://www.hapkidors.es.tl/
- SITE: Federação Internacional de Hapkido - http://www.itatkd.com/ihf.html
- SITE: Associação Nacional de Hapkido Tradicional -http://www.hapkidotradicional.com.br/

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Quadrilha usa o nome da Maçonaria para aplicar golpe de R$ 4 milhões

Investigação identificou, no mínimo, 20 vítimas; chefe do grupo já foi preso.

Falsa sede da Maçonaria também usava a internet e programas de televisão para conseguir novos integrantes (Foto: Reprodução)Falsa sede da Maçonaria também usava a internet e programas de televisão para conseguir novos integrantes (Foto: Reprodução)
Mandados de busca e apreensão e de prisão são cumprindo nesta quarta-feira (21) pela Polícia Civil do Paraná para desarticular uma quadrilha que utilizava irregularmente o nome da Maçonaria para aplicar golpes em Curitiba e em Campo Largo, na Região Metropolitana. Os suspeitos, de acordo com a polícia, angariaram cerca de R$ 4 milhões, com a promessa de que os contribuintes teriam retorno financeiro. A quadrilha mantinha a Grande Loja Mista do Rito Memphis-Misraim, um luxuoso templo em forma de castelo, em Campo Largo, como a suposta  sede da Maçonaria. O grupo também utilizava programa televisivo e também uma página na internet para conquistar novos participantes. Já foram identificadas 20 vítimas, mas a polícia acredita que mais pessoas tenham sido enganadas.
Com o nome de Castelo de Areia, a operação é fruto de dois meses de investigação. Segundo o delegado chefe da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas de Curitiba, Marcelo Lemos de Oliveira, o golpe era aplicada há anos. “Eles montaram uma maçonaria, mas era tudo golpe para atrair pessoas e angariar dinheiro com as adesões. As pessoas faziam adesão e começavam a contribuir com determinado valor”, explicou o delegado, que preferiu não dar detalhes sobre a investigação enquanto os mandados são cumpridos.
Falsa sede da Maçonaria ficava em Campo Largo (Foto: Reprodução)Falsa sede da Maçonaria ficava em Campo Largo
(Foto: Reprodução)
A Maçonaria não convida ninguém para participar da ordem, entretanto, no site utilizado pelos suspeitos, existe um espaço para os interessados preencherem uma ficha. Também há divulgação de um conta bancária para doações.

Segundo a polícia, o grupo criminoso era bem articulado, com a divisão clara de funções. Prova disso, complementou o delegado, é que foram expedidos mandados de prisão preventiva. O homem apontado como o chefe da quadrilha e a esposa dele já foram presos. Ele tem antecedentes criminais por estelionato e por apropriação indébita.
O número exato de lesados só será conhecido após a análise de todo o material que está sendo apreendido por meio dos mandados. A polícia orienta que as pessoas que suspeitam terem sido vítimas, procurem a Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas.

Serviço
Delegacia de Estelionaro e Desvio de Cargas
Telefone: (41) 3261-6600
Enderenço: Rua Professora Antonia Reginato Vianna, 1177, Capão da Imbuia - Curitiba
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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Analfabetismo funcional

A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que, mesmo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição limita severamente o desenvolvimento pessoal e profissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos.

Uma variação do analfabetismo funcional parece estar presente no topo da pirâmide corporativa e na academia. Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta a muitos profissionais da média gerência a capacidade de interpretar de forma sistemática situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada. Não se trata apenas de usar corretamente o vernáculo, mas de saber tratar informações e dados de maneira lógica e expressar ideias e proposições de forma inteligível, com começo, meio e fim.
Na academia, o cenário não é menos preocupante. Colegas professores, com atuação em administração de empresas, frequentemente reclamam de pupilos incapazes de criar parágrafos coerentes e expressar suas ideias com clareza. A dificuldade afeta alunos de MBAs, mestrandos e mesmo doutorandos. Editores de periódicos científicos da mesma área frequentemente deploram a enorme quantidade de manuscritos vazios, herméticos e incoerentes recebidos para publicação. E frequentemente seus autores são pós-doutores!
O problema não é exclusivamente tropical. Michael Skapinker registrou recentemente em sua coluna no jornal inglês Financial Times a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana. O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alunos, futuros administradores e advogados. Passava-lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. Pois a atividade causou tal revolta que o diretor da instituição solicitou ao professor torná-la facultativa. Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante.
O mesmo Skapinker lembra uma emblemática matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can’t write”. Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos. Para Sheils, o sistema educacional, da escola fundamental à faculdade, desovava na sociedade uma geração de semianalfabetos. Com o tempo, explicou a autora, as habilidades de leitura pioraram, as habilidades verbais se deterioraram e os norte-americanos tornaram-se capazes de usar apenas as mais simples estruturas e o mais rudimentar vocabulário ao escrever, próprios da tevê.

Entre as diversas faixas etárias, os adolescentes eram os que mais sofriam para produzir um texto minimamente coerente e organizado. E o mundo corporativo também acusou o golpe, pois parte de sua comunicação formal exige precisão e clareza, características cada vez mais difíceis de encontrar. Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!
Quase 40 anos depois, os iletrados trópicos parecem sofrer do mesmo flagelo. Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. O resultado é ora constrangedor, ora cômico. Nas empresas, muitos profissionais parecem tentar tapar o sol com uma peneira de powerpoints, abarrotados de informação e vazios de sentido. 
Na academia, multiplicam-se textos caudalosos, impenetráveis e ocos. Se aprender a escrever é aprender a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais.
Fonte: Revista Carta Capital