sexta-feira, 18 de março de 2011

A história das artes marciais e o surgimento do Karatê

A necessidade de defender-se para sobreviver fez com que o homem desenvolvesse diversos gêneros de luta, em diferentes épocas e regiões do mundo. No entanto, um momento e uma região, em especial, marcaram historicamente as artes marciais.
Em meados do século V, Bodhidarma, monge indiano, caminhou para a China a fim de fundar um mosteiro budista. Seguidor do budismo de contemplação, ele desenvolveu técnicas de luta sem armas chamadas Shao-lin-su-kempo. O objetivo era a manutenção da saúde e a auto defesa em que, através de exercícios penosos, pretendiam o fortalecimento do corpo para dar morada a paz de espírito e a verdade religiosa. Essas técnicas foram difundidas pelo território chines.
O intercâmbio comercial e cultural entre a China e as ilhas vizinhas, possibilitou, especialmente em Okinawa, que na época pertencia à China, a introdução das técnicas de lutas chinesas. Ao final, da dinastia Ming, Okinawa passou ao domínio japonês que para evitar a reação do povo nativo, proibiu uso de armas. Sob pressão militar, a população obteve nos utensílios de uso cotidiano e no próprio corpo, como cadeiras, cordas, mãos, joelhos e etc., meios de defesa. Esses utensílios e corpo se transformaram em armas (Nakayama, 1987).
O isolamento japonês no período medieval, nos séculos IX a XIX, contribuiu para que o povo nativo criasse um estilo próprio de luta, diferente de sua origem chinesa. A perseguição exercida pela classe dominante japonesa era tal, que Okinawa (1885) chegou a compará-la a perseguição sofrida pela capoeira no Brasil Imperial.
No inicio do século XIX, com a ruptura do isolamento japonês, surgiram as armas de fogo, inibindo a utilização das lutas de corpo a corpo que quase desapareceram como arte de guerra. O século XX trouxe consigo o ressurgir das artes marciais, deslocando o enfoque de luta para a sobrevivência, para educação física, com fundamentação espiritual.
Considerado o pai do Karate-do moderno, Funakoshi modificou o karate literal e filosoficamente de "Mãos Chinesas" para "Mãos Vazias", mãos de liberdade, em que KARA e TE passaram a ter a conotação de defender-se desarmado e ter a mente livre do egoísmo e da maldade. O karate passou a representar a busca de um caminho (DO) ou disciplina a ser seguida por toda a vida, na construção da personalidade (Nakayama, 1987; Silvares, 1987) dos seus praticantes, fossem novos ou velhos, doentes ou saudáveis.
Cada geração, cada grupo cultural e o estudo científico pelos quais passou, participaram do processo de construção do Karate-do, transformando-o na arte que conhecemos hoje, com uma característica mais esportiva, cujo objetivo maior é que os efeitos da prática transcendam os limites do dojo (sala de treinamento), formando o indivíduo saudável, humilde, cortês, crítico, justo e corajoso, capaz de perceber os fatos e agir objetiva e equilibradamente nas variadas situações da vida. 

quinta-feira, 17 de março de 2011

Dúvidas e esclarecimentos

            Algumas pessoas me pediram para que eu voltasse a escrever, publicasse minhas ideias. Como não atender ao pedido de minha mãe e minha esposa (autoras do pedido), minhas leitoras fieis e favoritas.

            Aí fiquei pensando: vou falar de que neste primeiro post? Pensei em várias coisas: pensei no flamengo! Sou rubro-negro apaixonado, o clube está invicto... mas todo mundo fala do flamengo. Este não seria o melhor momento para colocar no ar apenas mais um texto de um flamenguista fanático.

            Pensei em falar de religião! Mas do que eu falaria? Iria fazer um ctrl+c e ctrl+v em algum texto de alguém com mais sabedoria e estudo? Não. Farei isso com certeza (citando a fonte, claro), mas ainda não é o momento, afinal minhas duas leitoras não queriam ler as minhas considerações, dúvidas ou incertezas neste primeiro texto.

            Cogitei falar dos acontecimentos recentes no Japão. Mais uma vez, seria um trabalho de recorta e cola dos mais variados sites da internet, já que eu não conheço o país pessoalmente (algo que vou providenciar assim que possível).

            Falarei, então, de Karatê. Afinal, pratico esta arte marcial há 22 anos, tenho alguns alunos, conheço algumas coisas. Entretanto, este também não é o momento. Ainda tenho muito o que aprender e poderia soar de forma errônea, soberba, ou algo do tipo.

            Política também passou pela minha cabeça. Falar dos primeiros meses do governo Dilma, dos seus “desencontros” com o PT. Falar do Itamar Franco, Aécio Neves e de outros senadores, bem como de deputados como Antônio Carlos Magalhães Neto, Romário ou o Tiririca. Mas acreditei ser melhor dar tempo aos nossos representantes, para que possamos apresentar um conceito mais maduro.

Depois de tanto pensar no tema, comecei a entender que eu precisava de uma série de respostas em minha vida, antes de emitir qualquer opinião sobre qualquer assunto. E, só desta forma, percebi que são muitas as possibilidades de texto, mas que, neste primeiro momento, é melhor deixar claro que não somos os donos da verdade. Estamos aqui para contribuir com o crescimento de todos, mas não criar paradigmas ou estereótipos de tal maneira a manipular o pensamento da população.

Pensemos antes de escrever, jornalistas são formadores de opinião e, por mais que tenhamos somente dois leitores, faremos alguém pensar no conteúdo escrito.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Sejam bem vindos

Sejam todos bem vindos.
Aqui vou tentar expressar algumas ideias, sobre vários assuntos. Falaremos de tudo por aqui: profissão, Karatê, política, comunicação, cotidiano, enfim...
Este será o espaço dedicado a aqueles que sempre tem uma opinião que diverge da maioria, até por que "toda unanimidade é burra".
Vamos lá... mãos à obra.