segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Conhecimentos Basicos para todos os Estilos de Karatê

A FAIXA
                                                     
Simboliza o ciclo do aprendizado de uma pessoa nas diversas etapas da vida. Cada arte marcial de acordo com o país de origem e personalidade do fundador, assim como as dos seus seguidores interpreta da maneira diferente o significado da faixa e os conhecimentos técnicos de cada um de seus graus. Todos esses graus são obtidos através de exames técnicos, realizados diante de bancas examinadoras convocadas pela respectiva Federação. A partir do quinto Dan desaparecem os exames e entram outros valores méritos; somente a título póstumo se outorga  o décimo Dan, porque a perfeição  é considerada inalcançável em vida. A finalidade prática da faixa é segurar o traje para evitar uma folga excessiva e permite uma melhor manipulação do praticante durante os treinos. A  técnica é de identificar  o grau de conhecimento de cada atleta.   A cor das faixas suas graduações correspondentes estão abaixo, a seguir: Kyu (ordem de graduação decrescente) vai escurecendo com os anos de dedicação e pratica até chegar a  faixa preta – 1° Dan (ordem crescente), que representa maior idade técnica do praticante; militarmente corresponde ao grau de oficial. No estilo Shotokan são adotadas as seguintes faixas: Branca, Amarela, Vermelha, Laranja, Verde, Roxa, Marrom e Preta e Rajada.

SIGNIFICADO DAS FAIXAS

Branca
Ingenuidade, limpeza

Amarela
Descoberta

Vermelha
Realismo


Laranja
Ilusão

Verde
Fé, esperança

Roxa
Idealismo, pureza

Marrom
Iniciação, conhecimento

Preta 1º e 2º Dan
Diplomado, atleta

Preta 3º, 4º e 5º  Dan
Sensei, professor

Rajada 6º Dan
Mestre

7º 8º 9º Dan
Grão-Mestre e grão-mestre Superior

10º Dan
Título póstumo, porque a perfeição é inalcançável


PROGRAMAÇÃO GERAL

   FAIXA BRANCA  (7º Kyu)
A faixa branca é o primeiro nível básico, onde o aluno inicia seus estudos no karate, a disciplina, a origem, os fundamentos e enfim entrará neste imenso mundo do karate.
Nas técnicas cobradas, é bom lembrar que o mais importante é avaliar o espírito e disciplina do iniciante de karate, mas sem deixar de avaliar também o seu desempenho técnico. Abaixo estão todas as técnicas cobradas no exame de Faixa.
Técnicas de base  Zenkutsu-dachi, kiba-dachi, kokutsu-dachi. Todas estas bases paradas e em deslocamento.
Técnicas de Ataque: Oizuki, nidan zuki, sambom zuki.
Técnicas de Defesas: Gedan-barai-uke, Jodan age-uke, Chudan Soto-ude-uke, Chudan Uchi-ude-uke e shuto-uke.
Técnicas de chute > Mae-geri, mawashi-geri, yoko-geri.
Avaliação do kihon > No kihon é avaliado a eficácia dos golpes assim como a defesa., São exigidos, três ataques e três defesas.
Técnicas de luta imaginária > Para o faixa branca é exigido o primeiro kata, Heian-Shodan, onde é avaliado o movimento, base, eficácia de golpes, assim como a concentração e a explosão nos golpes.
 FAIXA AMARELA (6º Kyu)
   O segundo estágio, o faixa amarela deverá permanecer nesta faixa durante 3 meses desenvolvendo as técnicas aprendidas e claro aprendendo novas técnicas, como o segundo kata básico do estilo shotokan, a avaliação será um pouco mais rígida em relação ao faixa branca, uma vez que as técnicas serão realizadas em movimento, exigindo mais da base e equilíbrio. Abaixo segue o que é exigido para o exame de faixa.
Técnicas de base  Zenkutsu-dachi, kiba-dachi, kokutsu-dachi, Todas estas bases paradas e em deslocamento.
Técnicas de Ataque: Oizuki, nidan zuki, sambom zuki.
Técnicas de Defesas: Gedan barai, Jodan age-uke, Chudan Soto-ude-uke, Chudan Uchi-ude-uke e shuto-uke
Técnicas de chute  Mae-geri, mawashi-geri, yoko-geri.
Avaliação do kihon No kihon é avaliado a eficácia dos golpes assim como a defesa. São exigidos: técnicas de ataque e defesa de mão e perna, sendo que chutes, são três ataques, em três alturas diferentes.
Técnicas de luta imaginária (kata) > Para o faixa vermelha é exigido o primeiro kata, Heian-Shodan, bunkai (explicação do movimento, o que ele está executando em determinado movimento, qual o nome do golpe e ainda, o que o seu adversário imaginário está executando para que ele aplique o movimento do kata) para avaliação de equilíbrio e performance de base e eficácia de golpes, e o segundo kata, Heian-Nidan, o segundo kata básico do estilo Shotokan, tem como ponto, as bases Kokutsu-dachi, e Zenkutsu-dachi, assim como técnicas em conjunto, de defesa e ataque ao mesmo tempo.
Kumite: Kihon gohon Kumite (educativo de luta com 05 passos):  Existem varias classes de kumite, a medida de evoluímos no aprendizado do Karate. Começamos com o básico que é o Gohon Kumite (avançando cinco passos) com ataques e defesas com velocidade e força moderadas. Geralmente realiza-se uma só técnica (ataque Oi tsuki jodan e defesa Jodan Age Uke por exemplo). Recuando e defendendo o ataque cinco vezes, na última defesa contra-ataca (Gyaku Zuki (soco contrário direto) sem avançar, e com Kiai (grito. Ambos voltam a Yoi (preparação) e trocam, quem atacava agora defende.
Tori (o atacante) • Jodan (alto) (5 vezes), Chudan (meio) (5 vezes) ou Mae geri (chute de frente) (5 vezes)
Uke (o defensor) • Age uke (defesa alta) (5 vezes) + Gyaku zuki (soco contrário à base), Soto ude uke (defesa do exterior para o interior) (5 vezes) + Gyaku zuki ou Gedan barai (5 vezes) + Gyaku zuki 

 FAIXA VERMELHA (5º Kyu)
    Terceiro nível, a faixa vermelha irá exigir agora 6 meses de treinamento do aluno, para estar apto a prestar exame de faixa, o faixa vermelha tem que estar com maior desempenho em bases, saber novas técnicas de mão e maior criatividade em golpes em luta real (Kumite), assim a partir de agora o aluno já é avaliado também na aplicação de golpes, tanto em luta imaginária (kata) como em luta real (kumite). Abaixo segue o que é exigido para o exame faixa.
Técnicas de base  Zenkutsu-dachi, kiba-dachi, kokutsu-dachi, Todas estas bases paradas e em deslocamento.
Técnicas de Ataque: Oizuki, nidan zuki, sambom zuki e guiaku zuki, Uraken, empi-uchi, Shuto-uchi .
Técnicas de Defesas: Gedan barai, Jodan age-uke, Chudan Soto-ude-uke, Chudan Uchi-ude-uke e shuto-uke
Técnicas de chute > Mae-geri, mawashi-geri, yoko-geri, Ushiro-geri.
Avaliação do kihon > No kihon é avaliado a eficácia dos golpes assim como a defesa. São exigidos,  técnicas de ataque e defesa de mão e perna. Aqui é importante avaliar a criatividade, em defesas, em ataques, o aluno não poderá repetir sempre os mesmos movimentos, é importante também ter força, eficácia nos golpes (Kime), o Kyai também é muito importante.
Técnicas de luta imaginária (kata) > Para o faixa vermelha é exigido o segundo kata, Heian-Nidan, “bunkai” (explicação do movimento, o que ele está executando em determinado movimento, qual o nome do golpe e ainda, o que o seu adversário imaginário está executando para que ele aplique o movimento do kata) para avaliação de equilíbrio e performance de base e eficácia de golpes, e o terceiro kata, Heian-Sandan, o terceiro kata básico do estilo Shotokan, tem como ponto, as bases Kiba-dachi, e Zenkutsu-dachi, assim como técnicas em conjunto, de defesa e ataque ao mesmo tempo.
Kumite: Kihon gohon Kumite (educativo de luta com 05 passos):  Existem varias classes de kumite, a medida de evoluímos no aprendizado do Karate. Começamos com o básico que é o Gohon Kumite (avançando cinco passos). Geralmente realiza-se uma só técnica (Age Uke por exemplo). recuando e defendendo o ataque cinco vezes, na última defesa contra-ataca (Gyaku Zuki (soco contrário direto) por exemplo) sem avançar, e com Kiai (grito). Ambos voltam a Yoi (preparação) e trocam, quem atacava agora defende.
Tori (o atacante)
• Jodan (alto) (5 vezes), Chudan (meio) (5 vezes) ou Mae geri (chute de frente) (5 vezes)
Uke (o defensor) • Age uke (defesa alta) (5 vezes) + Gyaku zuki (soco contrário à base), Soto ude uke (defesa do exterior para o interior) (5 vezes) + Gyaku zuki ou Gedan barai (5 vezes) + Gyaku zuki 
Técnicas de luta real (Kumite) > A partir de agora será exigido também a avaliação de luta real, sendo que neste ponto é importante ao aluno, mostrar coragem, e aplicar todo o ensinamento para ter uma boa luta.
 FAIXA LARANJA (4º Kyu)
    A faixa laranja é o intermédio de técnicas básicas para o avançando, a partir de agora o faixa laranja terá um desafio ainda maior tendo que aprender a nomenclatura dos movimentos, no exame não mais existe exemplo de movimentos e sim, somente voz de comando, o faixa laranja terá que mostrar toda sua criatividade, todo seu esforço em luta, em demonstração de movimentos, sem força não haverá definição, nem mesmo eficácia. O tempo mínimo exigido é de 6 meses para estar apto a prestar exame para a o próximo kyu. Abaixo segue o que é exigido para o exame de faixa.
Técnicas de base  Zenkutsu-dachi, kiba-dachi, kokutsu-dachi, Nekoashi-dachi, Fudo-dachi.  Todas estas bases paradas e em deslocamento.
Técnicas de Ataque com as mãos: Oizuki, nidan zuki, sambom zuki e guiaku zuki, Uraken, empi-uchi, Shuto-uchi .
Técnicas de Defesas: Gedan barai, Jodan age-uke, Chudan Soto-ude-uke, Chudan Uchi-ude-uke e shuto-uke.
Técnicas de chutes > Mae-geri, mawashi-geri, yoko-geri, Ushiro-geri, Ura-Maw-ashi-Geri
Avaliação do kihon > No kihon é avaliado a eficácia dos golpes assim como a defesa. São exigidos,  técnicas de ataques e defesas de mão e perna. É importante avaliar a criatividade nas defesas e nos ataques, o aluno não poderá repetir sempre os mesmos movimentos, é importante também ter força, eficácia nos golpes (Kime), o Kyai também é muito importante. Não existe demonstração de golpes, somente voz de comando, é importante o aluno não errar os movimentos, não trocar o que foi pedido para execução.
    Técnicas de luta imaginária (Kata) > Para o faixa laranja, é exigido o terceiro kata do estilo Shotokan, Heian-Sandan, “bunkai” (explicação do movimento, o que ele está executando em determinado movimento, qual o nome do golpe e ainda, o que o seu adversário imaginário está executando para que ele aplique o movimento do kata) para avaliação de movimentos básicos, e o quarto kata Heian-Yondan.
Kihon sanbon Kumite (educativo de luta com 03 passos):  No Sanbon Kumite (avançando três passos) introduz um elemento a mais de dificuldade, é realizado três ataques em três níveis diferentes, Jodan, Chudan e Gedan , e defendem os ataques com três defesas diferentes, realizando o Kiai na última defesa (velocidade e força submáxima). Regressando em Yoi igual ao Gohon Kumite.
Tori (o atacante) • Jodan + Chudan + Mae geri Uke (o defensor) • Age uke + Soto ude uke + Gedan barai + Gyaku zuki
Técnicas de luta real (Kumite) > Para o faixa Laranja, é cobrado mais de uma luta, e o bom desempenho é muito importante, pois assim estará mostrando tudo que aprendeu em aula, e o que está sabendo de aplicação de técnicas.
 FAIXA VERDE (3º Kyu)
   A faixa verde, já é considerada uma faixa alta dentro dos ensinamentos, um nível avançado onde o aluno já com um bom tempo de treinamentos e com técnicas apuradas em luta já será considerado um forte oponente, e em técnicas terá de mostrar experiência, força e muita garra em aplicação, a criatividade em luta será seu ponto forte, não poderá se estacionar apenas no básico, se não desenvolver seus reflexos e seu corpo para adaptação em golpes mais difíceis, o aluno não conseguira executar os movimentos, nesta fase terá 1 ano de treinamento. Exigindo assim ao final de um ano estará apto para prestar exame do próximo kyu. Abaixo segue o que é exigido para o exame de faixa.
Técnicas de base  Zenkutsu-dachi, kiba-dachi, kokutsu-dachi, Nekoashi-dachi, Fudo-dachi, Yori Ashi.  Todas estas bases paradas e em deslocamento.
Técnicas de Ataque: Oizuki, nidan zuki, sambom zuki e guiaku zuki, Uraken, Shuto-uchi, Kizami-zuki, Mawashi Zuki, Ura Zuki, Mae Empi-uchi Tate Empi-uchi Mawashi Empi-uchi, Ushiro Empi-uchi.
Técnicas de Defesas: Gedan-barai, Jodan age-uke, Chudan Soto-ude-uke, Chudan Uchi-ude-uke e shuto-uke.
Técnicas de chute > Mae-geri (keague e kekomi), mawashi-geri, yoko-geri (keague e kekomi), Ushiro-geri, Ura-Maw-ashi-Geri, Tobi geri: mae, Maw e Yoko (chute com salto), Kansetsu Gueri, Fumikomi, Nidan Gueri, Mikasuki Gueri, , Mae Ashi Gueri, kizame Mawashi Gueri, Ashi Barai.
 Avaliação do kihon > No kihon é avaliado a eficácia dos golpes assim como a defesa. São exigidos,   técnicas de ataque e defesa de mão e perna. Aqui é importante avaliar a criatividade, em defesas, em ataques, o aluno não poderá repetir sempre os mesmos movimentos, é importante também ter força, eficácia nos golpes (Kime), o Kyai também é muito importante. Não existe demonstração de golpes, somente voz de comando, é importante o aluno não errar os movimentos, não trocar o que foi pedido para execução.
    Técnicas de luta imaginária (kata) > Para o faixa Verde é exigido como kata básico o quarto kata Heian-Yodan, “bunkai” (explicação do movimento, o que ele está executando em determinado movimento, qual o nome do golpe e ainda, o que o seu adversário imaginário está executando para que ele aplique o movimento do kata) sendo este o seu kata para explicações de técnicas, é exigido do aluno um bom desempenho em bases, equilíbrio, definição de golpes, defesas, e Kime em todas as posições, o kata ao qual será avaliado o que foi desenvolvido como técnica nova será o quinto kata Heian-Godan, este terá um peso grande caso haja falha poderá ter peso de pendência em técnicas, o aluno terá uma preocupação ainda maior, pois agora terá alguns pontos de dificuldades, como salto, e velocidade de execução, o Heian-Godan, é o último kata básico, por isso é super importante o aluno ter todos os Katás em mente e em boas condições de execução.
Kihon ippon Kumite (educativo de luta com 01 passo):  Aqui começa a realizar o verdadeiro kumite, com algumas regras que devem ser respeitadas. Inicia-se com um dos elementos (um em frente ao outro) em Yoi, o atacante recua a perna direita e fica na posição Zenkutsu Gedan Barai, anuncia o nível do ataque e a técnica a executar, o outro elemento que defende permanece em Yoi e desta posição, recuando realiza a defesa e imediatamente contra-ataque. Ambos permanecem em Kime alguns segundos, depois voltam a Yoi ao mesmo tempo.
Tori (o atacante) Uke (o defensor) • Jodan Oi zuki (soco em deslocamento tipo perseguição) • Age uke + Gyaku zuki • Chudan Oi zuki • Soto ude uke + Gyaku zuki • Chudan Mae geri • Gedan barai + Gyaku zuki • Yoko geri kekomi • Soto ude uke + Gyaku zuki • Mawashi geri (chute semicircular) • Uchi ude uke + Gyaku zuki • Ushiro geri (chute para trás, tipo coice) • Gedan uke + Gyaku zuki

    Técnicas de luta real (Kumite) > Para o faixa verde é cobrado mais de uma luta, e o bom desempenho é muito importante, pois assim estará mostrando tudo que aprendeu em aula, e o que está sabendo de aplicação de técnicas.
   Técnicas Especiais > A partir de agora entrará como técnicas especiais, uma prova escrita sobre técnicas, fundamentos e história do karate, o aluno não poderá ser reprovado nesta parte uma vez que tem um peso muito grande, podendo ser reprovado caso não consiga ter esse conhecimento extra, é bom lembrar que entra também parte de arbitragem de kumite. Nesta parte ainda será cobrado a parte prática da arbitragem.
 FAIXA ROXA (2º kyu)
   Um aluno que chegou até aqui já terá cerca de 3 anos e 1/2 de treinamentos, caso ele não tenha deixado de fazer nenhum exame de faixa, mais importante ainda é que já terá acumulado muito conhecimento, considerado já um graduado, entre os Dangais (faixas básicas), o faixa roxa já será visto como um aluno de alto nível tendo que mostrar em seu exame muita técnica, muito Kime, muita força de definição e além disso todo o conhecimento em nomenclaturas, mostrar aos examinadores, seu conhecimento em disciplina, e também ensinar aos seus colegas de treino o respeito do karate, já não mais é visto como um principiante, então terá de mostrar a partir de agora como se fosse o exemplo. É exigido do faixa Roxa 1 ano de treinamentos para estar apto a prestar exame de faixa. Abaixo segue o que é exigido para o exame de faixa:
Técnicas de base  Zenkutsu-dachi, kiba-dachi, kokutsu-dachi, Nekoashi-dachi, Fudo-dachi, Yori Ashi.  Todas estas bases paradas e em deslocamento.
Técnicas de Ataque: Oizuki, nidan zuki, sambom zuki e guiaku zuki, Uraken, Shuto-uchi, Kizami-zuki, Mawashi Zuki, Ura Zuki, Mae Empi-uchi Tate Empi-uchi Mawashi Empi-uchi, Ushiro Empi-uchi.
Técnicas de Defesas: Gedan-barai, Jodan age-uke, Chudan Soto-ude-uke, Chudan Uchi-ude-uke e shuto-uke.
Técnicas de chute > Mae-geri (keague e kekomi), mawashi-geri, yoko-geri (keague e kekomi), Ushiro-geri, Ura-Maw-ashi-Geri, Tobi geri: mae, Maw e Yoko (chute com salto), Kansetsu Gueri, Fumikomi, Nidan Gueri, Mikasuki Gueri, , Mae Ashi Gueri, kizame Mawashi Gueri, Ashi Barai.
Avaliação do kihon > No kihon é avaliado a eficácia dos golpes assim como a defesa. São exigidos,   técnicas de ataque e defesa de mão e perna, aqui é importante avaliar a criatividade, em defesas, em ataques, o aluno não poderá repetir sempre os mesmos movimentos, é importante também ter força, eficácia nos golpes (Kime), o Kyai também é muito importante. Não existe demonstração de golpes, somente voz de comando, é importante o aluno não errar os movimentos, não trocar o que foi pedido para execução. Acrescentando muito não poderá o aluno executar simplesmente alguns golpes deverá ser avaliado técnicas de diversos pontos inclusive técnicas de queda, de ataques em situações diversas, defesas com precisão, e execução de chutes com controle total de ida e volta, observando sempre a postura, e os fundamentos para execução.
   Técnicas de luta imaginária (kata) > Para o faixa roxa será cobrado como kata base o quinto kata shotokan, Heian-Godan, “bunkai”  (explicação do movimento, o que ele está executando em determinado movimento, qual o nome do golpe e ainda, o que o seu adversário imaginário está executando para que ele aplique o movimento do kata) e como kata de desenvolvimento o Primeiro kata Tekki, Tekki-shodan, vale a pena ressaltar que as técnicas deste kata até agora não foram vistas, passando agora para desenvolvimentos avançados de técnicas apuradas, de bases com a melhor performance possível. Além destes dois katás exigidos, ainda é bom lembrar ao aluno de que poderá ser cobrado mais um kata para ser aplicado, ser mostrado as técnicas e explicar os movimentos, esse kata poderá ser qualquer um dos katás básicos anteriores.
KUMITE:
. Jiu ippon kumite (ataque real em um passo)
· Jiu Sanbom kumite (três ataques reais livres)
· Shiai kumite (Luta competitiva)
Jiyu Kumite:  É o combate livre, Aqui ambos lutadores aplicam livremente as técnicas que apreenderam em seus treinamentos diários. É necessário ter um bom controle das técnicas para evitar lesões, que nos tirariam de nossos treinamentos cotidianos.
Pontos principais a verificar na execução de kumite   
ATITUDE  1. Mostrar o devido respeito  2. Mostrar boa educação

MENTAL 1. Manter as emoções estáveis  2. Manter um espírito forte ( Ki “energia mental”)
KAMAE ( Posição inicial )  1. Postura corporal correta.  2. Maai (distância ) correta  3. Posição correta dos olhos  4. Manter uma energia potencial
OFENSIVA  1. Maai apropriada para executar a técnica pedida  2. Forte intenção de atingir o alvo  3. Atacar o adversário na área do alvo (foco)  4. Técnica básica correta e forte
DEFENSIVA  Esquiva corporal  1. Movimento apropriado  2. "Timing" (tempo) apropriado  3. Distância (Maai) apropriada
Defesas  1. "Timing" correto  2. Técnicas básicas de defesas fortes e corretas  3. Pontos de contato corretos para a defesa contra o adversário  4. Usar a área de contato correta para as defesas
Contra-Ataque  1. Distância ( Maai ) apropriada para apanhar o alvo  2. Apanhar o adversário no alvo correto  3. Técnica de ataque definitiva forte e correta (Ippon)
ZANSHIN ( Após a técnica )  1. Manter-se física e mentalmente preparado para o movimento seguinte
RESPIRAÇÃO  1. Coordenar a respiração com a técnica
Técnicas de luta real (Kumite) > Para o faixa Roxa, é cobrado mais de uma luta, e o bom desempenho é muito importante, pois assim estará mostrando tudo que aprendeu em aula, e o que está sabendo de aplicação de técnicas. O detalhe importante é que as lutas poderão ser feitas com golpes mais fortes respeitando sempre a integridade do aluno, e do atleta, porém será avaliado muito o desempenho em soltar maior número de golpes, maior técnica, enfim, para o grau maior mais exigencia.
 Técnicas Especiais > Aqui será cobrado, uma prova escrita de técnicas, fundamentos e história, uma prova escrita de arbitragem, prova prática de arbitragem, como juiz central e como juiz auxiliar, é observado como comporta o aluno sendo agora a autoridade máxima dentro de uma luta. Estas técnicas tem um peso enorme nesta fase, por isso o aluno deve sempre estar atualizado e fazendo cursos, para poder ter um bom desempenho. Nesta fase não é permitida falha, a pendência é muito comum, pois no exame será um conjunto, se algo estiver errado não será permitida a passagem para outro grau.


FAIXA MARRON (1º Kyu)
    Agora realmente terá uma avaliação maior. terá de ser muito preciso em seus movimentos, em suas explicações, enfim, será necessário ter muito anos de treinamento para passar para o nível superior,   é exigido no mínimo de 2 anos de registro junto à Federação Candanga de Karate do Distrito Federal, além disso os exames de faixa são realizados sempre pelos examinadores da federação que são professores de grau elevado (Mestres).
Técnicas de base  Zenkutsu-dachi, kiba-dachi, kokutsu-dachi, Nekoashi-dachi, Fudo-dachi, Yori Ashi.  Todas estas bases paradas e em deslocamento.
Técnicas de Ataque: Oizuki, nidan zuki, sambom zuki e guiaku zuki, Uraken, Shuto-uchi, Kizami-zuki, Mawashi Zuki, Ura Zuki, Mae Empi-uchi Tate Empi-uchi Mawashi Empi-uchi, Ushiro Empi-uchi.
Técnicas de Defesas: Gedan-barai, Jodan age-uke, Chudan Soto-ude-uke, Chudan Uchi-ude-uke e shuto-uke.
Técnicas de chute > Mae-geri (keague e kekomi), mawashi-geri, yoko-geri (keague e kekomi), Ushiro-geri, Ura-Maw-ashi-Geri, Tobi geri: mae, Maw e Yoko (chute com salto), Kansetsu Gueri, Fumikomi, Nidan Gueri, Mikasuki Gueri, , Mae Ashi Gueri, kizame Mawashi Gueri, Ashi Barai.
Avaliação do kihon > No kihon é avaliado a eficácia dos golpes assim como a defesa. São exigidos,   técnicas de ataque e defesa de mão e perna, aqui é importante avaliar a criatividade, em defesas, em ataques, o aluno não poderá repetir sempre os mesmos movimentos, é importante também ter força, eficácia nos golpes (Kime), o Kyai também é muito importante. Não existe demonstração de golpes, somente voz de comando, é importante o aluno não errar os movimentos, não trocar o que foi pedido para execução. Acrescentando muito não poderá o aluno executar simplesmente alguns golpes deverá ser avaliado técnicas de diversos pontos inclusive técnicas de queda, de ataques em situações diversas, defesas com precisão, e execução de chutes com controle total de ida e volta, observando sempre a postura, e os fundamentos para execução.
   Técnicas de luta imaginária (kata) > Para o faixa marrom será cobrado como kata base o kata Tekki, Tekki-shodan, “bunkai” (explicação do movimento, o que ele está executando em determinado movimento, qual o nome do golpe e ainda, o que o seu adversário imaginário está executando para que ele aplique o movimento do kata.) Além destes dois katás exigidos, ainda é bom lembrar ao aluno de que poderá ser cobrado mais um kata para ser aplicado, ser mostrado as técnicas e explicar os movimentos, esse kata poderá ser qualquer um dos katás básicos anteriores.
Kumite:
- Jiu ippon kumite (ataque real em um passo)
· Jiu Sanbom kumite (três ataques reais livres)
· Shiai kumite (Luta competitiva)
Jiyu Kumite:  É o combate livre, Aqui ambos lutadores aplicam livremente as técnicas que apreenderam em seus treinamentos diários. É necessário ter um bom controle das técnicas para evitar lesões, que nos tirariam de nossos treinamentos cotidianos.
(Em adição aos pontos requeridos para a  fase anterior) OFENSIVA  1. Calcular a " Maai " apropriada ( Mikiri  “saída de ataque para trás e retorno imediato”)  2. Utilizar o " Timing " apropriado de ataque
DEFENSIVA  1. Calcular a “Maai" (distancia)  apropriada ( Mikiri )  2. Selecionar a defesa ou a esquiva corporal apropriada
CONTRA-ATAQUE  1. "Timing" apropriado após a defesa ou esquiva corporal  2. Selecionar a técnica apropriada para o alvo disponível
Técnicas de luta real (Kumite) > Para o faixa Marrom, é cobrado mais de uma luta, e o bom desempenho é muito importante, pois assim estará mostrando tudo que aprendeu em aula, e o que está sabendo de aplicação de técnicas. O detalhe importante é que as lutas poderão ser feitas com golpes mais fortes respeitando sempre a integridade do aluno, e do atleta, porém será avaliado muito o desempenho em soltar maior número de golpes, maior técnica, enfim, o grau maior, mais se exige.
 Técnicas Especiais > Aqui será cobrado, como na faixa anterior, uma prova escrita de técnicas, fundamentos e história, uma prova escrita de arbitragem, prova prática de arbitragem, como juiz central e como juiz auxiliar, é observado como comporta o aluno sendo agora a autoridade máxima dentro de uma luta. Estas técnicas tem um peso enorme nesta fase, por isso o aluno deve sempre estar atualizado e fazendo cursos, para poder ter um bom desempenho. Nesta fase não é permitida falha, a pendência é muito comum, pois no exame será um conjunto, se algo estiver errado não será permitida a passagem para outro grau.
 FAIXA PRETA (SHO-DAN)
    Agora realmente terá uma avaliação máxima, terá de ser muito preciso em seus movimentos, em suas explicações, enfim, será necessário ter muito anos de treinamento para passar para o nível superior,   é exigido no mínimo de 2 anos de registro junto à Federação Candanga de karate do Distrito Federal, além disso os exames de faixa são realizados sempre pelos examinadores da federação, que são professores de grau elevado (Mestres).
Técnicas de base  Zenkutsu-dachi, kiba-dachi, kokutsu-dachi, Nekoashi-dachi, Fudo-dachi, Yori Ashi.  Todas estas bases paradas e em deslocamento.
Técnicas de Ataque: Oizuki, nidan zuki, sambom zuki e guiaku zuki, Uraken, Shuto-uchi, Kizami-zuki, Mawashi Zuki, Ura Zuki, Mae Empi-uchi Tate Empi-uchi Mawashi Empi-uchi, Ushiro Empi-uchi.
Técnicas de Defesas: Gedan-barai, Jodan age-uke, Chudan Soto-ude-uke, Chudan Uchi-ude-uke e shuto-uke.
Técnicas de chute > Mae-geri (keague e kekomi), mawashi-geri, yoko-geri (keague e kekomi), Ushiro-geri, Ura-Maw-ashi-Geri, Tobi geri: mae, Maw e Yoko (chute com salto), Kansetsu Gueri, Fumikomi, Nidan Gueri, Mikasuki Gueri, , Mae Ashi Gueri, kizame Mawashi Gueri, Ashi Barai.

PROGRAMA BÁSICO:

1.    Avançando, Em Zenkutsu Dachi, Sanbon-zuki.
2.    Recuando, Em Zenkutsu Dachi, Age-uke Com Guiaku-zuki.
3.    Avançando, Em Zenkutsu Dachi, Uchi Uke Seguido De Kizami Zuki E Guiaku-zuki.
4.    Avançando, Em Zenkutsu Dachi, Soto Uke Seguido De Empi Uraken E Guiaku-zuki. (Posições Zenkutsu, Kiba-dachi, Zenkutsu).
5.    Avançando, Em Kokutsu Dachi, Shuto-uke Seguido De Guiaku-nukite Em Zenkutsu Dachi.
6.    Recuando Shuto-uke,  Mais, Kizami Geri Seguido De Guiaku-zuki.
7.    Partindo De Zenkutsu Dachi, Avançar E Recuar Executando Gedan Barai Em Kiba Dachi, Seguido De Guiaku-zuki Em Zenkutsu Dachi.   (Posições Kiba-dachi E Zenkutsu Dachi).
8.    Ringueri (Chutes Consecutivos) - Alternando As Pernas, Executar Mae geri Kekomi Seguido De Mae geri Keage. (3 Vezes).
9.    Executar Com A Mesma Perna, Mae geri Seguido De Mawashi geri.
10. Executar Com A Mesma Perna, Mawashi geri Seguido De Yoko Kekomi.
11. Alternando As Pernas Executar, Yoko geri Keage Seguido De Ushiro geri. (3 Vezes).
12.  Posição De Partida Uma Vez A Esquerda Uma Vez A Direita, Executar Na Seqüência Mae geri, Yoko geri, Mawashi geri, Ushiro geri, Concluindo Com gedan Barai Seguido De Guiaku Zuki.
Avaliação do kihon > No kihon é avaliado a eficácia dos golpes assim como a defesa., São exigidos,   técnicas de ataque e defesa de mão e perna, aqui é importante avaliar a criatividade, em defesas, em ataques, o aluno não poderá repetir sempre os mesmos movimentos, é importante também ter força, eficácia nos golpes (Kime), o Kyai também é muito importante. Não existe demonstração de golpes, somente voz de comando, é importante o aluno não errar os movimentos, não trocar o que foi pedido para execução. Acrescentando muito não poderá o aluno executar simplesmente alguns golpes deverá ser avaliado técnicas de diversos pontos inclusive técnicas de queda, de ataques em situações diversas, defesas com precisão, e execução de chutes com controle total de ida e volta, observando sempre a postura, e os fundamentos para execução.
   Técnicas de luta imaginária (kata) > Para o faixa PRETA será cobrado um dos kata  de base, o kata Tekki, Tekki-shodan, Bassai-Dai “bunkai” (explicação do movimento, o que ele está executando em determinado movimento, qual o nome do golpe e ainda, o que o seu adversário imaginário está executando para que ele aplique o movimento do kata). Além destes dois katás exigidos, ainda é bom lembrar ao aluno de que poderá ser cobrado mais um kata para ser aplicado, ser mostrado as técnicas e explicar os movimentos, esse kata poderá ser qualquer um dos katás básicos anteriores.
1. Apresentar um kata de base, que será sorteado entre os katas básicos característicos de cada estilo.

2. Apresentar Um Kata Superior escolhido entre os katas obrigatórios:
            Kanku Dai e  Jion (Shotokan)
            Seipai e  Saifa (Goju-Ryu)
            Seentin e Bassai-Dai (Shito-Ryu)
            Seishan e Shinto (Wado-Ryu).
KUMITE: Deverá dominar todos os fundamentos de luta anteriores
Jiyu Kumite:  É o combate livre, Aqui ambos lutadores aplicam livremente as técnicas que apreenderam em seus treinamentos diários. É necessário ter um bom controle das técnicas para evitar lesões, que nos tirariam de nossos treinamentos cotidianos.
(Em adição aos pontos requeridos para a  fase anterior) OFENSIVA  1. Calcular a " Maai " apropriada ( Mikiri  “saída de ataque para trás e retorno imediato”)  2. Utilizar o " Timing " apropriado de ataque
DEFENSIVA  1. Calcular a “Maai" (distancia)  apropriada ( Mikiri )  2. Selecionar a defesa ou a esquiva corporal apropriada
CONTRA-ATAQUE  1. "Timing" apropriado após a defesa ou esquiva corporal  2. Selecionar a técnica apropriada para o alvo disponível
ZANSHIN ( após a técnica ) 
· Preparação mental e física no máximo para manter a capacidade de resposta ás ações do adversário, mesmo após desferir uma técnica decisiva (Ippon)
MENTAL · Manter o controle mental do adversário
TÁTICA/ESTRATÉGIA  · Determinar as táticas mais eficazes para controle do adversário
" TIMING "  · Recorrer aos princípios de "timing" apropriados de esquiva ou contra-ataques.
GOLPE  ( IPPON, NIHON E SANBON )  Técnica forte e correta mantendo o equilíbrio e altura correta 
Técnicas de luta real (Kumite) > Para o faixa PRETA, é cobrado mais de uma luta, e o bom desempenho é muito importante, pois assim estará mostrando tudo que aprendeu em aula, e o que está sabendo de aplicação de técnicas. O detalhe importante é que as lutas poderão ser feitas com golpes mais fortes respeitando sempre a integridade do aluno, e do atleta, porém será avaliado muito o desempenho em soltar maior número de golpes, maior técnica, enfim, o grau maior, mais se exige.
    Técnicas Especiais > Aqui será cobrado, como na faixa anterior, uma prova escrita de técnicas, fundamentos e história, uma prova escrita de arbitragem, prova prática de arbitragem, como juiz central e como juiz auxiliar, é observado como comporta o aluno sendo agora a autoridade máxima dentro de uma luta. Estas técnicas tem um peso enorme nesta fase, por isso o aluno deve sempre estar atualizado e fazendo cursos, para poder ter um bom desempenho. Nesta fase não é permitida falha, a pendência é muito comum, pois no exame será um conjunto, se algo estiver errado não será permitida a passagem para outro grau.
FAIXA PRETA (NI-DAN  E  SANDAN)
O Mesmo Kihon De Shodan Mais Os Itens Abaixo Descritos:

  1. Avançando Com Mae geri Seguido De Sanbon Zuki.
  2. Posição De Partida, Kokutsu Dachi Em chudan Uchi Uke, Executar  no Lugar Um  guiaku-zuki Em Zenkutsu Dachi, Avançar Com Maegueri Na Seqüência Executar Um guiaku-zuki, Retornar A Posição Kokutsu Dachi Com chudan Uchi Uke. Executar Na seqüência 3 Vezes.
  3. Posição De Partida Zenkutsu gedan Barai ,Avançar Com Oizuki e no Lugar Executar Shuto-uke Em Kokutsu Dachi,  Seguido De guiaku-zuki No Mesmo Lugar, Concluindo Com gedan Barai. (Posições Zenkutsu, Kokutsu, Zenkutsu).

FAIXA PRETA (YONDAN E GODAN)
O Mesmo Kihon De 1o., 2o. E 3o. Dan,  Mais Os Itens Abaixo Descritos:

  1. Mae geri e Mawashi geri com a mesma Perna, Seguindo Com Uraken Uchi E Guiaku Zuki.
  2. Mawashi geri e Yoko geri Kekomi Com A Mesma Perna, Descendo Em Kiba Dachi, Seguindo Com Yoko Kentsui Uchi E Guiaku Zuki Em Zenkutsu Dachi.
  3. Ura Mawashi geri  E Mawashi geri Com A Mesma Perna, Descendo Com Shuto Uchi Jodan, E Guiaku Zuki.

Kata
1. Um Kata Sorteado Entre Os Katas Da Lista Obrigatória Da W.K.A.:
      Kanku Dai e  Jion (Shotokan)
      Seipai e  Saifa (Goju-Ryu)
      Seentin e Bassai-Dai (Shito-Ryu)
      Seishan e Shinto (Wado-Ryu).
2. Dois  Katas Superiores de livre escolha, fora da lista obrigatória da W.K.A..





KUMITE
Avançado (Em adição aos pontos requeridos para as fases anteriores) MENTAL · Manter o controle mental do adversário
TÁTICA/ESTRATÉGIA  · Determinar as táticas mais eficazes para controle do adversário
"TIMING”   · Recorrer aos princípios de "timing" apropriados de esquiva ou contra-ataques.
GOLPE (IPPON, NIHON, SANBON)  Técnica forte e correta mantendo o equilíbrio e altura correta.

Será a critério da banca examinadora o número de apresentações e o tipo de Kumite.
A PARTIR DO 6º DAN
A CRITÉRIO DA BANCA EXAMINADORA
________________________________________________
Prof. João Alves do Nascimento Filho
CREF-7 001496-G/DF

Brasília-DF., 23 de Maio de 2009.


PROGRAMA DE EXAME DE FAIXAS PRETAS
CONHECIMENTOS BÁSICOS


01 – Quem é o pai de todos os métodos de combate mão a mão, inclusive o Karatê ?
-          Mestre Bodhidharma, conhecido em japonês por (DARUMA DAISHI)
02 – Quem era Daruma Daishi?
-          Era um monge budista indiano
03 – O que trouxe Bodhidharma a China:
-          Foi o conhecimento de que o budismo estava sendo pregado de forma errada
04 – Com que Daruma Daishi se encontrou e o que ocorreu neste encontro?
-          Encontrou-se com o Imperador WU, o qual discordava dele num dos pontos fundamentais do budismo
05 – Qual era o ponto discutido?
-          Que o espírito do Buda era nesta vida ou depois da morte
06 – O que achava Daruma Daishi?
-          Que o espírito devia ser aperfeiçoado para atingir a perfeição nesta vida e dirigiu um ataque ao imperador neste sentido.
07 – O que fez o imperador em Daruma?
-          Expulsou-o do Império Chinês
08 – Para onde partiu Daruma?
-          Para o templo  Shao Lin
09 – Qual o significado de “ Shao Lin”?
-          É o nome de um velho mosteiro budista
10 – Onde está situado o velho mosteiro?
-          Na montanha de Haoshan
11 – Baseado em que livro ensinou os meios de disciplinar o corpo?
-          Daruma trouxe consigo dois livros sobre  as artes militares
12 – Qual o título desses livros?
-          O I- Chin- Ching  e o Hsien sui ching
13 – As técnicas por ele ensinadas com as mais tradicionais técnicas de combate chinês formaram que método?
-          A luta chamada Shao Lin Ssu Kempo
14 – Qual a origem do Shao Lin Ssu ?
-          Indiana
15 – Qual a origem do Shao Lin Ssu Kempo?
-          Chinesa
16 – Quais os métodos de combate desenvolvidos até chegar ao karatê ?
-          I chin ching, Shao Lin ssu, Shao lin ssu kempo, Kang-fa, Taichi chuan, Taikyoko ken, Jou fa, Lung huan chan, yukan ken, jujutsu, bushido, chakuriki, shuku, kempo loretano, okinawa te
17 – O que significa Okinawa te?
-          Mãos em japonês
18 – O que aconteceu de importante par ao desenvolvimento do Okinawa te no ano de 1902 ou 1903?
-          A faculdade de Okinawa adotou o karatê como matéria obrigatória de Educação Física
19 – O que é o Karatê?
-          É sobretudo uma arte marcial que põe a prova o caráter, a personalidade e a alma. Serve como defesa pessoal e se pratica com as mãos vazias.
20 – Qual a origem do karatê?
-          Conforme a história o karatê veio da Índia para a China e da China para Okinawa.
21 – Por quem foi trazida esta arte para China?
-          Pelo monge budista Bodhai – Dharma
22 – Como se chamava essa luta na época?
-          kempô
23 – Em que século foi introduzido o Kempô em Okinawa?
-          No século XVII
24- Como surgiu o Karatê ?
-          Com a fusão do Okinawa te e o Jujutsu
25 – Em que região está localizada Okinawa?
-          Em uma ilha do sudeste japonês
26 – Em quantas escolas ficou dividido o Karatê?
-          Em três escolas
27 – Quais foram elas?
-          Shuri te , Naha te e Tomari te
28 – Em que região está localizada Shuri?
-          Ao norte de Okinawa
29 – Qual era o tipo de karatê praticado em Shuri?
-          O estilo longo e forte
30 – Em ano o okinawa te foi introduzido no Japão?
         - Em 1922 pelo mestre Ginshin Funakoshi
31 – Em que ano  e em que cidade Funakoshi fez a sua primeira demonstração?
-          Em 1916 na cidade de Kioto
32 – Onde nasceu Funakoshi?
-          Na província de Shuiri Okinawa em 1868 e morreu em 1957
33 – Qual o significado de karatê do?
-          Mãos vazias
34 – Quem modernizou, propagou e deu poder de penetração ao karatê?
-          Mestre Gishin Funakoshi
35 – Em que ano foi criado o estilo Shotokan?
-          Em 1936
36 – Com o desaparecimento de Funakoshi quem assumiu o seu lugar?
-          Seu filho Yoshitaka
37 – O que fez Yoshitaka?
-          Criou o Tem No Kata e aperfeiçoou as técnicas de pé
38 – Quem foi o criador do estilo Goju Ryu?
-          Mestre Miagi Chujun
39 – Quem criou o Wado Ryu?
-          Mestre Otsuka
40 – Quem criou o Shito Ryu?
-          Mestre Kenwa Mabuni
41 – Quem criou o Kyokushikai?
-          Young Choi
42 – Quem criou Shorin Ryu?
-          Mestre Chibana
43 – Qual o significado da palavra Shotokan ?
-          Casa de shoto, era o apelido de Funakoshi
44 – O que é Katá?
-          É uma luta imaginaria e uma forma de ginástica rítmica e precisa, onde o karateca desenvolve a técnica de forma que seu corpo adquira os movimentos automáticos.
45 – Em quantas partes se divide o karatê ?
-          Em três partes o Kihon (fundamentos), Kata (forma0 e Jiu Kumite (luta)
46 – Quais os pontos chaves do karatê?
-          Postura, concentração, velocidade, tempo e impacto
47 – Sem a força do Tandem (abdômen) é possível fazer movimentos que exijam força?
-          Não, o Tandem é o centro de todas as forças do corppo.
48 – KIAI significa grito?
-          Não, o grito é a expressão do KIAI
49 – Quais são  os propósitos do grito no KIAI?
-          Encorajar-se psicologicamente aumentando a força
50 – Quem trouxe o karatê para o Brasil e em que ano?
-          Os imigrantes japoneses em 1908
51 – Quem trouxe o karatê para Brasília?
-          Mestre Tetsuma Higashino
52 – Quais são os três principais componentes que controlam os movimentos do corpo durante o soco?
-          Braço que soca, braço que é retraído e movimento dos quadris
53 – Quais são os preceitos práticos que devem guiar os karatecas na sua busca de autocontrole?
-          Esforçar-se para a formação do caráter; Fidelidade ao verdadeiro caminho da razão; Criar o intuito de esforço; Respeitar acima de tudo; Conter o espírito de agressão.
54 – Quando foi criada a CBK?
-          Em 11 de setembro de 1987
55 – Quando foi criada a FCKDF?
-          Em 12 de março de 2004-07-05

terça-feira, 30 de julho de 2013

O significado da expressão "OSS"


OSS
OSS (cuja a transcrição exata do japonês é OSU) é uma expressão fonética formada por dois caracteres. O primeiro caracter "osu" significa literalmente "pressionar", e determina a pronúncia de todo o termo. O segundo caracter "shinobu" significa literalmente "suportar".
A espressão OSS foi criada na Escola Naval Japonesa, e é usada universalmente para expressões do dia-a-dia como "sim", "por favor", "obrigado", "entendi", "desculpe-me", para cumprimentar alguém, etc., bem como no mundo do Karate para quase qualquer situação onde uma resposta seja requerida. Para um karateka, OSS é a palavra mais importante.
A palavra OSS implica em pressionar a si mesmo ao limite de sua capacidade e suportar. OSS significa, de uma maneira mais simples, "perseverança sob pressão". É uma palavra que por si só resume a filosofia do Karate. Um bom praticante de Karate é aquele que cultiva o "espírito de OSS".
OSS não deve ser dito de forma relaxada, usando apenas a garganta, mas, como tudo no Karate, deve ser pronunciado usando o "hara" (tanden). Pronunciado durante o cumprimento, OSS expressa respeito, simpatia e confiança no colega. OSS também diz ao Sensei que as intruções foram compreendidas, e que o estudante irá fazer o melhor para seguí-las.

Fontes consultadas

  • N. Artan e B. Lowe, The Young Lions of Mas Oyama’s Kyokushin Karate Headquarters, Honolulu HI Bobby Lowe, 1985.
  • Schlatt, The Shôtôkan-Karate Dictionary, Schlatt Books, 2001.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

A história do Mestre Gichin Funakoshi

A história do mestre Gichin Funakoshi se confunde com a própria história do Karate, por isso a ele é creditado o título de "Pai do Karate Moderno", devido aos seus esforços em divulgar essa arte para o mundo.

Os primeiros contatos com o Karate

Gichin Funakoshi nasceu em Shuri, Okinawa, em 1868, o mesmo ano da Restauração Meiji.
Funakoshi era filho único e logo após seu nascimento foi levado para a casa dos avós maternos, onde foi educado e aprendeu poesia clássica chinesa. Algum tempo depois ele começou a freqüentar a escola primária, onde conheceu outro garoto de quem ficou muito amigo. Esse garoto era filho de Yasutsune Azato, um dois maiores especialistas de Okinawa na arte do Karate, e membro de uma família das mais respeitadas. Logo Funakoshi começou a tomar suas primeiras lições de Karate.
Como na época a prática de artes marciais era proibida em Okinawa, os treinos eram realizados à noite, no quintal da casa de mestre Azato. Lá ele aprendia a socar, chutar e mover-se conforme os métodos praticados naqueles dias. O treinamento era muito rigoroso. Mestre Azato tinha uma filosofia de treinamento que se chamava "Hito Kata San Nen", ou seja, "um kata em três anos". Funakoshi estudava cada kata a fundo e, só então quando autorizado pelo seu mestre, seguia para o próximo...
Enquanto praticava no quintal de Azato com outros jovens, outro gigante do Karate, mestre Itosu, amigo de Azato, aparecia e observava-os treinando kata, fazendo comentários sobre suas técnicas. Era uma rotina dura que terminava sempre de madrugada sob a disciplina rígida de mestre Azato, do qual o melhor elogio se limitava a uma única palavra: "Bom!". Após os treinos, já quase ao amanhecer, Azato falava sobre a essência do Karate.
Após vários anos, a prática do Karate deu grande contribuição para a saúde de Funakoshi, que fora uma criança muito frágil e doentia. Ele gostava muito do Karate, mas como não pensava que pudesse fazer dele uma profissão, inscreveu-se e foi aceito como professor de uma escola primária em 1888, aos 21 anos, aproveitando toda a cultura adquirida desde a infância quando seus avós lhe ensinavam os Clássicos Chineses. Esta deveria ser sua carreira a partir de então.

O Karate começa a ser ensinado nas escolas de Okinawa

Em 1902, durante a visita de Shintaro Ogawa, que era então inspetor escolar da prefeitura de Kagoshima, à escola de Funakoshi em Okinawa, foi feita uma demonstração de Karate. Funakoshi impressionou bastante devido ao seu status de educador. Ogawa ficou tão entusiasmado que escreveu um relatório ao Ministério da Educação elogiando as virtudes da arte. Foi então que o treinamento de Karate passou a ser oficialmente autorizado nas escolas. Até então o Karate só era praticado atrás de portas fechadas, o que no entanto não significava que fosse um "segredo".
As casas em Okinawa eram muito próximas umas das outras, e tudo que era feito numa casa era conhecido pelas casas adjacentes. Enquanto muitos autores pregam o Karate como sendo um segredo àquela época, não era exatamente isso o que se encontrava na prática. O Karate era "oficialmente" secreto...
Contra os pedidos de muitos dos mestres mais antigos de Karate que não eram a favor da divulgação da arte, Funakoshi trouxe o Karate até o sistema público de ensino, com a ajuda de Itosu. Logo as crianças de Okinawa estavam aprendendo kata como parte das aulas de Educação Física. A redescoberta da herança étnica em Okinawa virou moda, e as aulas de Karate em Okinawa eram vistas como uma coisa legal.
Alguns anos depois, o Almirante Rokuro Yashiro assistiu a uma demonstração de kata. Essa demonstração foi feita por Funakoshi junto com uma equipe composta por seus melhores alunos. Enquanto ele narrava, os outros executavam kata, quebravam telhas, e geralmente chegavam ao limite de seus pequenos corpos. Funakoshi sempre enfatizava o desenvolvimento do caráter e a disciplina nas suas narrações durante essas demonstrações. Quando ele participava, gostava de executar o kata Kanku Dai, o maior do Karate, e talvez o mais representativo. Yashiro ficou tão impressionado que ordenou a seus homens que iniciassem o aprendizado na arte.
Em 1912, a Primeira Esquadra Imperial da Marinha ancorou na Baía de Chujo, sob o comando do Almirante Dewa, que selecionou doze homens da sua tripulação para estudarem Karate durante uma semana.
Foi graças a esses dois oficiais da Marinha que o Karate começou a ser comentado em Tokyo. Os japoneses que viam essas demonstrações levavam as histórias sobre o Karate consigo quando voltavam ao Japão. Pela primeira vez na sua história, o Japão acharia algo na sua pequena possessão de Okinawa além de praias bonitas e o ar puro.

O Karate chega ao Japão

Em 1921, o então Príncipe Herdeiro Hirohito, em viagem para Europa, fez escala em Okinawa e assistiu uma demonstração de Karate, liderada por Funakoshi, e ficou muito impressionado. Por causa disso, no final desse mesmo ano, Funakoshi foi convidado para fazer uma demonstração de Karate em Tokyo, numa Exibição Atlética Nacional. Ele aceitou imediatamente, acreditando ser esta uma ótima oportunidade para divulgar sua arte. Sua demonstração de kata foi um sucesso.
Clique para ampliar!Funakoshi pretendia retornar logo para Okinawa mas, depois da exibição, ele foi cercado de pedidos para ficar no Japão ensinando Karate.
Uma das pessoas que pediu para que ele ficasse foi Jigoro Kano (foto ao lado), o fundador do Judo e presidente do Instituto Kodokan. Funakoshi resolveu ficar mais alguns dias para fazer demonstrações de suas técnicas no próprio Kodokan.
Algum tempo depois, quando se preparava novamente para retornar à Okinawa, foi visitado pelo pintor Hoan Kosugi, que já tinha assistido a uma demonstração de Karate em Okinawa e pediu que ele lhe ensinasse a arte. Mais uma vez sua volta foi adiada.
Funakoshi percebeu então que se ele quisesse ver o Karate propagado por todo o Japão ele mesmo teria que fazê-lo. Por isso resolveu ficar em Tokyo até que sua missão fosse cumprida.
No Japão, Funakoshi foi ajudado por Jigoro Kano, o homem que reuniu vários estilos diferentes de Jujutsu para fundar o Judo. Kano tornou-se amigo íntimo de Funakoshi, e sem sua ajuda nunca teria havido Karate no Japão. Kano o introduziu às pessoas certas, levou-o às festas certas, caminhou com ele através dos círculos sociais da elite japonesa. Mais tarde naquele ano, as classes mais altas dos japoneses se convenceram do valor do treinamento do Karate.
Funakoshi fundou um dojo de Karate num dormitório para estudantes de Okinawa, em Meisei Juku. Ele trabalhou como jardineiro, zelador e faxineiro para poder se alimentar enquanto ensinava Karate à noite.

O primeiro livro

Em 1922, a pedido do pintor Hoan Kosugi, Funakoshi publicou seu primeiro livro: "Ryukyu Kenpo Karate", um tratado nos propósitos e prática do Karate. Na introdução daquele livro ele já dizia que "...a pena e a espada são inseparáveis como duas rodas de uma carroça". O grande terremoto de Kanto em 1º de setembro de 1923 destruiu as placas de seu livro, e levou alguns de seus alunos com ele. Ninguém morreu com o tremor, os incêndios que provocaram as mortes. O terremoto ocorreu durante a hora do almoço, no momento em que cada fogão a gás no Japão estava ligado. Os incêndios que ocorreram a seguir eram monstruosos, e maioria da vidas perdidas se deveu ao fogo. Este livro teve grande popularidade e foi revisado e reeditado quatro anos após o seu lançamento, com o título alterado para: "Rentan Goshin Karate Jutsu".
Em 1925, Funakoshi começou a pegar alunos dos vários colégios e universidades na área Metropolitana de Tokyo e nos anos seguintes esses alunos começaram a fundar seus próprios clubes e a ensinar Karate a estudantes destas escolas. Como resultado, o Karate começou a se espalhar por Tokyo. No início da década de 30 haviam clubes de Karate em cada universidade de prestígio de Tokyo. Mas por que estava Funakoshi conseguindo tantos jovens interessados em Karate desta vez? O Japão estava fazendo uma Guerra de Colonização na Bacia do Pacífico. Eles invadiram e conquistaram a Coréia, Manchúria, China, Vietnã, Polinésia, e outras áreas. Jovens a ponto de irem para a guerra vinham a Funakoshi para aprender a lutar, assim eles poderiam sobreviver ao recrutamento nas Forças Armadas Japonesas. O seu número de alunos aumentou bastante.
Por volta de 1933, Funakoshi desenvolveu exercícios básicos para prática das técnicas em duplas. Tanto o ataque de cinco passos (Gohon Kumite) como o de um (Ippon Kumite) foram usados. Em 1934, um método de praticar esses ataques e defesas com colegas de um modo levemente mais irrestrito, semi-livre (Ju Ippon Kumite), foi adicionado ao treinamento. Finalmente, em 1935, um estudo de métodos de luta livre (Ju Kumite) com oponentes finalmente tinha começado. Até então, todo Karate treinado em Okinawa era composto basicamente de kata. Isso era tudo. Agora, os alunos poderiam experimentar as técnicas dos kata uns com os outros sem causar danos sérios.
Neste mesmo ano de 1935, foi publicado seu próximo livro: "Karate-Do Kyohan". Este livro trata basicamente dos kata.

Uma reforma no Karate

Funakoshi era Taoísta, e ele ensinava Clássicos Chineses, como o Tao Te Ching de Lao Tzu, enquanto ele estava vivendo em Okinawa. Funakoshi era profundamente religioso. Ele tinha muito medo de que o Karate se tornasse um instrumento de destruição, e provavelmente queria eliminar do treinamento algumas aplicações mortais dos kata. Então, ele parou de fazer essas aplicações. Ele também começou a desenvolver estilos de luta que fossem menos perigosos. Funakoshi teve sucesso ao remover do Karate técnicas de quebras de juntas, de ossos, dedos nos olhos, chaves de cotovelo, esmagamento de testículos, criando um novo mundo de desafios e luta em equipe onde somente umas poucas técnicas seriam legais. Ele fez isso baseado nos seus propósitos e com total conhecimento dos resultados.
Em 1936, Funakoshi mudou os caracteres Kanji utilizados para escrever a palavra Karate. O caracter "Kara" significava "China", e o caracter "Te" significava "Mão". Para popularizar mais a arte no Japão, ele mudou o caracter "Kara" por outro, que significa "Vazio". De "Mãos Chinesas" o Karate passou a significar "Mãos Vazias", e como os dois caracteres são lidos exatamente do mesmo jeito, então a pronúncia da palavra continuou a mesma. Além disso, Funakoshi defendia que o termo "Mãos Vazias" seria o mais apropriado, pois representa não só o fato de o Karate ser um método de defesa sem armas, mas também representa o espírito do Karate, que é esvaziar o corpo de todos os desejos e vaidades terrenos. Com essa mudança, Funakoshi iniciou um trabalho de revisão e simplificação, que também passou pelos nomes dos kata, pois ele também acreditava que os japoneses não dariam muita atenção por qualquer coisa que tivesse a ver com o dialeto caipira (interiorano) de Okinawa. Por isso ele resolveu mudar não só nome da arte mas também os nomes dos kata. Ele estava certo, e seus número cresceram mais ainda.
Funakoshi tinha 71 anos em 1939, e foi quando ele deu o primeiro passo dentro de um Dojo de Karate em 29 de Janeiro. O prédio foi feito de doações particulares, e uma placa foi pendurada sobre a entrada e dizia: "Shotokan". "Sho" significa pinheiro. "To" significa ondas ou o som que as árvores fazem quando o vento bate nelas. "Kan" significa edificação ou salão. "Shoto" era o pseudônimo que Funakoshi usava para assinar suas caligrafias quando jovem, pois quando ele ia escrevê-las se recolhia em um lugar mais afastado, onde pudesse buscar inspiração, ouvindo apenas o barulho do pinheiros ondulando ao vento. Esse nome dado ao Shotokan Karate Dojo foi uma homenagem de seus alunos.

A Segunda Guerra Mundial

Com a eminência de uma guerra pairando no ar, a necessidade de treinamento nas artes militares estava em crescimento. Jovens estavam se amontoando nos dojos, vindos de todas as partes do Japão. O Karate foi de carona nessa onda de militarismo e estava desfrutando de uma aceitação acelerada como resultado.
Finalmente, no dia 7 de dezembro de 1941, o Japão comete seu grande erro. O bombardeio das forças navais americanas em Pearl Harbor fora a gota d'água. Numa tentativa de prevenir que as embarcações americanas bloqueassem a importação japonesa de matéria-prima, os japoneses tentaram remover a frota americana e varrer a influência ocidental do próprio Oceano Pacífico. O plano era bombardear os navios de guerra e os porta-aviões que estavam no território do Hawaii. Isto deixaria a força da América no Pacífico tão fraca que a nação iria pedir a paz para prevenir a invasão do Hawaii e do Alasca. Infelizmente, o pequeno Japão não tinha os recursos, força humana, ou a capacidade industrial dos Estados Unidos. Com uma mão nas costas, os americanos destruíram completamente os japoneses na Ásia e no Pacífico.
Uma das vítimas dos ataques aéreos foi o Shotokan Karate Dojo que havia sido construído em 1939. Com a América exercendo pressão em Okinawa, a esposa de Funakoshi finalmente iria deixar a ilha e juntar-se a ele em Kyushu no Sul do Japão. Eles ficaram lá até 1947.
Os americanos destruíram tudo que estava em seu caminho. As ilhas foram bombardeadas do ar, todas as cidades queimadas até o fim, as colinas crivadas de balas pelos cruzadores de guerra de longe da costa, e então as tropas varreram através da ilha, cercando todo mundo que estivesse vivo. A era dourada do Karate em Okinawa tinha acabado. Todas as artes militares haviam sido banidas rapidamente pelas forças americanas.
Primeiro uma, depois outra bomba atômica explodiram sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki. Três dias depois, bombardeiros americanos sobrevoaram Tokyo em tal quantidade que chegaram a cobrir o Sol. Tokyo foi bombardeada com dispositivos incendiários. Descobrindo que o governo do Japão estava a ponto de cometer um suicídio virtual sobre a imagem do Imperador, cartas secretas foram passadas para os japoneses garantindo sua segurança se eles assinassem sua "rendição incondicional". O Japão estava acabado, a Guerra do Pacífico também, mas o pesadelo de Funakoshi ainda havia de acabar.

A morte de Yoshitaka

Clique para ampliar!Foi então que Gigo (foto ao lado), também conhecido como Yoshitaka, dependendo como se pronuncia os caracteres de seu nome, filho de Funakoshi, um jovem e promissor mestre de Karate no seu próprio direito, aquele que Funakoshi estava contando para substituí-lo como instrutor do Shotokan, pegou tuberculose em 1945 e veio a falecer enquanto teimosamente recusa-se a comer a ração americana dada ao povo faminto.
Funakoshi e sua esposa tentaram viver em Kyushu, uma área predominantemente rural, sob a ocupação americana no Japão mas, em 1947, ela morre, deixando Funakoshi retornar a Tokyo para reencontrar seus alunos de Karate que ainda viviam. Depois que a guerra havia acabado, as artes militares haviam sido completamente banidas. Entretanto, alguns dos alunos de Funakoshi tiveram sucesso em convencer as autoridades que o Karate era um esporte inofensivo. As autoridades americanas concederam, mais por causa que naquela época eles não tinham idéia do que Karate fosse. Além disso, alguns homens estavam interessados em aprender as artes militares secretas do Japão, então as proibições foram eliminadas completamente em 1948.
Em maio de 1949, os alunos de Funakoshi movem-se para organizar todos os clubes de Karate universitários e privados numa simples organização, e eles a chamaram de Nihon Karate Kyokai (Associação Japonesa de Karate). Eles nomearam Funakoshi seu instrutor chefe. Em 1955, um dos alunos de Funakoshi consegue arranjar um dojo para a NKK.

Uma lição para o mundo

Em 1957, Funakoshi tinha 89 anos de idade. Ele foi um professor de escola primária e um professor de Karate. Ele se mudou para o Japão em 1922 (o que não é um pequeno ato de coragem) e trouxe consigo o Karate, dando ao Japão algo de Okinawa com seu próprio jeito pacifista. No processo, ele perdeu um filho, sua esposa, o prédio que seus alunos fizeram para ele, seu lar, e qualquer esperança de uma vida pacífica. Ele suportou uma Guerra Mundial que resultou em calamidade nacional, e ele treinou seus jovens amigos e conheceu suas famílias apenas para vê-los irem lutar e serem mortos pelas forças invencíveis dos Estados Unidos. Ele viu o Japão queimar, ele viu os antigos templos e santuários serem totalmente aniquilados, ele viu bombardeiros enegrecerem o Sol, e ele viu como um pilar de fumaça negra subia de cada cidade no Japão e envenenava o ar que ele respirava. Ele viu o Japão cair da glória para uma nação miserável, dependendo de suprimentos de comida e roupas dos seus conquistadores. O cheiro da fumaça e o cheiro dos mortos, os berros daqueles que foram deixados para morrer lentamente, o choro das mães que perderam seus filhos e esposas que nunca mais iriam ver seus maridos, o medo, o ruído ensurdecedor dos B-29's voando sobre sua cabeça aos milhares, os clarões como os de trovões por todo o país quando as bombas explodiam em áreas residenciais, os flashes de luz na escuridão, a espera no rádio para poder ouvir a voz do Imperador pela primeira vez, somente para anunciar a rendição, a humilhação de implorar comida aos soldados. Intermináveis funerais, famílias arruinadas e lares destruídos...
A lição mais importante que ele nos ensinou está expressa na história do modo que ele passou pelo dojo principal de Jigoro Kano, o fundador do Judo. Caminhando pela rua, ele parou e fez uma pequena prece quando passou pelo Kodokan. E, se estivesse dirigindo um carro, ele tiraria seu chapéu quando passasse pelo Kodokan. Seus alunos não entenderam porque ele estaria rezando pelo sucesso do Judo. Ele explicou: "Eu não estou rezando pelo Judo. Eu estou oferecendo uma prece em respeito ao espírito de Jigoro Kano. Sem ele, eu não estaria aqui hoje".
Clique para ampliar!Gichin Funakoshi, o "Pai do Karate Moderno", faleceu no dia 26 de abril de 1957. No seu túmulo está gravada sua célebre frase: "Karate Ni Sente Nashi". O monumento (foto ao lado) está localizado no Templo Engakuji na cidade de Kamakura, Japão.


terça-feira, 18 de junho de 2013

A verdadeira revolução das ruas

Eu havia prometido que não iria escrever sobre as manifestações. Afinal, para um jornalista que já foi chamado de petista e de tucano, qualquer opinião manifestada poderia ser uma catástrofe. Visto, porém, que o país se mobiliza contra uma série de fatos ocorridos na história recente do Brasil, pensei: “não posso ficar de fora. Tenho que contribuir!”

Mas como eu iria contribuir? Indo às ruas? Servindo de escudo para vândalos que se escondem atrás dos manifestantes, aproveitando uma cobrança legítima para promover a destruição das ideias? Não. Um jornalista tem um dever que norteia nossa profissão: reportar fatos e promover a conscientização ideológica.
Minha presença nas ruas não irá fazer falta, afinal a Polícia Militar dirá que tinha mil pessoas no ato, os organizadores dirão que haviam 10 mil participantes, e empresas de recenseamento afirmarão que são mais de 100 mil pessoas. No fim, uma a mais, uma a menos, não fará falta.

Mas posso contribuir no campo das ideias. Posso revigorar a memória de um povo sofrido, que prefere esquecer sua própria história por ter vergonha dela, por entender que podemos avançar sempre, por ter a certeza de que nós somos os donos de nossas ações e, mesmo que tardiamente, podemos cobrar a conta com juros e correção.

Há poucos anos, a população foi às ruas para pedir o impeacheament do então presidente da República, Fernando Collor de Melo. Embora há quem diga que orquestrados (ou não) pela população (oposição e meios de comunicação), os jovens foram às ruas e não saíram de lá enquanto o Congresso não aprovou a cassação do mandato e dos direitos políticos daquele senhor que bloqueou o dinheiro do povo. Ponto para a população. Conseguimos! Vimos que somos capazes.

A história seguiu. E com ela, veio uma série de escândalos (privataria tucana, mensalão petista, entre outros). Mesmo indignados, seguimos com as nossas vidas, aprendendo a entender novas ferramentas. Era chegada a era da informática, a globalização da internet e a forte presença dos jovens nas redes sociais (Orkut, MSN, ICQ, Facebook, etc), demonstrava (aparentemente) que nosso país estava condenado à estagnação intelectual, já que o ambiente virtual era utilizado para difundir quase tudo, menos ideologia.
Veio a escolha para o Brasil ser o país sede da copa e das olimpíadas. Chegaram as eleições novamente, e optamos pela continuidade do projeto de governo que estava no poder. Não importa em quem você votou, o governo escolhido pela maioria é o governo de todos. Importa, sim, aqueles que deixaram de votar, aqueles que optaram por permitir que outros escolhessem seus representantes. Sim! ELES TE REPRESENTAM!

A base da democracia é a escolha de nossos governantes através do voto. Eles foram eleitos representantes da população, através de um sistema eleitoral estabelecido na Constituição Federal de 1988, criada através de uma Assembleia Constituinte, na qual também elegemos os representantes para sua elaboração.
Votar nulo ou em branco é direito garantindo por lei. Mas aceitar que votou sem conhecer, votou porque ganhou um saco de cimento, votou porque participou do churrasco, votou porque ganhou emprego durante a campanha eleitoral, votou porque era bonito, votou porque era mulher, votou porque era filósofo... Temos que valorizar nosso voto. É a principal arma que temos. Já percebemos que nossa justiça é lenta (até bem intencionada, mas lenta). O ficha-limpa não pegou, condenados ainda exercem mandatos, o salário dos deputados cresce, o salário mínimo estagnado, gastam bilhões com estádios para a Copa, desviam bilhões da saúde e educação... Onde está a nossa justiça.
Você recebe bolsa família? Sabe da importância deste programa? Sabia que ele deveria ser temporário e não fonte de renda permanente? Pois é. Somos um país sem informação e nem sempre a culpa é dos jornalistas. Não adianta termos internet 4G nas capitais, se no interior dos estados mal tem acesso discado em algumas cidades.

Vamos mostrar, sim, a nossa indignação e ir às ruas manifestar nossa opinião, direito garantido na Constituição. Mas vamos sem bandeiras de partidos... Os mesmos que apoiam os movimentos hoje, podem nos fazer ir às ruas novamente amanhã. Lembram do Collor? E dos partidos que apoiavam os jovens?
Temos que aprender a participar da democracia brasileira. Ah, eu não gosto de política! Então o que você está fazendo nas ruas? Sim! Você está participando ativamente da vida política do nosso país. Nas próximas eleições, vamos ver o horário eleitoral gratuito (afinal, pagamos por ele). Vamos escolher nossos representantes com hombridade porque, sim, ele te representa (se você votou no tiririca, ninguém pode fazer nada, foi você que escolheu).

Você está percebendo!? Somos capazes de mudanças. Várias. Seja através de cartazes, manifestações, post’s, scrap’s, compartilhamentos... Aprendemos, finalmente, o real sentido de redes sociais. Os protestos começaram nas capitais, mas é o interior que move o país. Vamos pintar novamente as ruas do Brasil (sem bandeiras partidárias). Vamos mostrar que somos um povo capaz de nos indignar, capaz de ter memória, capaz de ter vontade própria, capaz de assumir as rédeas do nosso país...
Eu sou jovem, tenho pouco mais de 30 anos e fui um cara-pintada. Sou capaz de pensar e discutir minhas ideias. Sou capaz de mudar meus pensamentos e meu país. É... mais tarde eu vou pras ruas... #vemprarua

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Políticas públicas: sua implementação, avaliação e monitoramento

Políticas públicas são conjuntos de programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado diretamente ou indiretamente, com a participação de entes públicos ou privados, que visam assegurar determinado direito de cidadania, de forma difusa ou para determinado seguimento social, cultural, étnico ou econômico. As políticas públicas correspondem a direitos assegurados constitucionalmente ou que se afirmam graças ao reconhecimento por parte da sociedade e/ou pelos poderes públicos enquanto novos direitos das pessoas, comunidades, coisas ou outros bens materiais ou imateriais.
As políticas públicas podem ser formuladas principalmente por iniciativa dos poderes executivo, ou legislativo, separada ou conjuntamente, a partir de demandas e propostas da sociedade, em seus diversos seguimentos. A participação da sociedade na formulação, acompanhamento e avaliação das políticas públicas em alguns casos é assegurada na própria lei que as institui.
A Lei Complementar n.º 131 (Lei da Transparência), de 27 de maio de 2009, quanto à participação da sociedade, assim determina:
“I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos”;
“II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público”;
Assim, de acordo com esta Lei, todos os poderes públicos em todas as esferas e níveis da administração pública, estão obrigados a assegurar a participação popular. Esta, portanto, não é mais uma preferência política do gestor, mas uma obrigação do Estado e um direito da população.
As políticas públicas normalmente estão constituídas por instrumentos de planejamento, execução, monitoramente e avaliação, encadeados de forma integrada e lógica, da seguinte forma: planos; programas; ações; e atividades.
Os planos estabelecem diretrizes, prioridades e objetivos gerais a serem alcançados em períodos relativamente longos. Os programas estabelecem, por sua vez, objetivos gerais e específicos focados em determinado tema, público, conjunto institucional ou área geográfica. Ações visam o alcance de determinado objetivo estabelecido pelo Programa, e a atividade, por sua vez, visa dar concretude à ação.
A fim de que possamos melhorar a implementação destas políticas, é necessário vislumbrar uma maneira da população beneficiada não permanecer dependente desta ação, governamental ou não. É necessário que possamos visualizar “uma luz no fim do túnel” de maneira a fornecer aos congratulados pelas políticas públicas que tenham o entendimento que estas ações não são um “favor”, “contribuição” ou “troca de votos”. São maneiras de garantir o direito à cidadania, além de direitos básicos previstos na Constituição Federal.
Para que todos os cidadãos estejam conscientes de que estas ações não são atos eleitoreiros, é necessário que se faça o monitoramento e avaliação destas, para que seja possível que, sobremaneira, apenas os necessitados façam parte destas políticas públicas. Não devemos entender necessitados como “pobreza, segregação ou coisa do tipo”, mas a parcela da população que se encontra em estado de vulnerabilidade socioeconômica que mais necessita de determinada contribuição/intervenção, seja público ou privada.
E como melhorar estes quesitos? Aperfeiçoamento da fiscalização, melhores condições aos servidores e/ou colaboradores para garantir que estas políticas cheguem à parcela da população que realmente precisa de tais ações, aprimorar a comunicação e conscientização da população que se deseja alcançar.
Somente com conscientização poderemos aperfeiçoar programas como o bolsa família, que atende a milhões de famílias em todo o país. Embora o número de agraciados seja grande, existe uma parcela da população que recebe o benefício e não necessita dele. Outra parcela tem apenas este benefício como fonte de renda.
É necessário que todos tenhamos condições de entender que estes programas são para beneficiar uma parte da população menos favorecida. É preciso que o governo entenda que estes programas não devem ser explorados em propaganda eleitoral, já que o motivo da criação desta política pública não foi político eleitoreira. É fundamental que o governo propicie a estas famílias uma forma de não depender mais das políticas públicas, promovendo, desta forma, o engrandecimento da democracia brasileira.
Caso houvesse mais divulgação e vontade política, seria possível informar à população de vagas em cursos profissionalizantes, técnicos e superiores oferecidos pelo governo em todos os estados. Não nos faltam políticas públicas, o que nos falta é uma maneira de não ser dependente do Estado e acreditar que o Estado deve nos prover.

Fontes:
http://www.mp.ce.gov.br/nespeciais/promulher/manuais/MANUAL%20DE%20POLITICAS%20P%C3%9ABLICAS.pdf

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Políticas públicas: agendas e seus interesses

Com o aprofundamento e expansão da democracia, as responsabilidades do Estado se diversificaram. Atualmente, é comum se afirmar que a função do Estado é promover o bem estar da sociedade. Para tanto, ele necessita desenvolver uma série de ações e atuar diretamente em diferentes áreas, tais como saúde, educação, meio ambiente. Para atingir resultados em diversas áreas e promover o bem-estar da sociedade, os governos se utilizam das Políticas Públicas que podem ser definidas da seguinte forma: “(...) Políticas Públicas são um conjunto de ações e decisões do governo, voltadas para a solução (ou não) de problemas da sociedade (...)”.
Então, Políticas Públicas são a totalidade de ações, metas e planos que os governos traçam para alcançar o bem-estar da sociedade e o interesse público. É certo que as ações que os dirigentes públicos selecionam (suas prioridades), são aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade (agenda). Ou seja, o bem-estar da sociedade é sempre definido pelo governo e não pela sociedade.
A agenda seria constituída por assuntos que chamam atenção do governo e dos cidadãos. Esta poderia ser classificada em três tipos: não governamental (assuntos relevantes para a opinião pública, mas não chamam atenção do governo), governamental (problemas que chamam a atenção das autoridades) e a agenda de decisão ou lista dos problemas a serem decididos. A construção da agenda é influenciada pelos atores ativos e pelos processos pelos quais alguns assuntos sobressaem. Os atores ativos seriam os atores governamentais (parlamentares, executivo, funcionários do congresso etc.) e não governamentais (agentes externos, mídia, grupo de pressão, opinião pública etc.).
A inclusão ou exclusão de um determinado assunto na agenda varia de acordo com a participação dos cidadãos e partidos políticos para chamar a atenção das autoridades, com a ideologia social (valores, crenças que favorecem ou não a opinião), com a interação dos atores e a possibilidade de participação democrática. Ou seja, é sempre um grupo restrito que toma a decisão final. As chances das categorias sociais influenciarem a agenda são desiguais, porque o acesso e o controle dos meios de produção, de organização e de comunicação são também desiguais.
O fato de a política não poder ser entendida de forma plena pela lógica dos interesses econômicos não significa que o jogo político seja angelical e desinteressado. A verdade é que o Estado brasileiro, pelo poder de distribuir e atribuir autoridade, e pela capacidade de extrair e distribuir recursos de que dispõe, sempre foi cobiçado e buscado por aqueles cujas ambições de poder, prestígio e riqueza não podiam ser atendidos pela atividade econômica e empresarial enquanto tal.
Ganhar uma eleição requer uma capacidade empresarial distinta da que vigora no ambiente da indústria e do comércio. Os benefícios advindos do cargo político incluem o prestígio e a honra, a possibilidade de atender os interesses econômicos e sociais dos eleitores, a capacidade de distribuir empregos e cargos, e vão até à participação em negócios que se dão através do Estado, na contratação de serviços, na concessão de licenças, na obtenção de privilégios.
Grande parte destes benefícios são econômicos, no sentido de que eles implicam no acesso e na aquisição de bens e de riqueza; mas não derivam da atividade econômica enquanto atividade produtiva, e sim das posições ocupadas na máquina do Estado.
Podemos citar como experiência inovadora na criação de uma agenda de políticas públicas o orçamento participativo (em qualquer que seja a esfera de poder).
O orçamento participativo é um importante instrumento de complementação da democracia representativa, pois permite que o cidadão debata e defina os destinos de uma administração. Nele, a população decide as prioridades de investimentos em obras e serviços a serem realizados a cada ano, com os recursos do orçamento do Executivo. Além disso, ele estimula o exercício da cidadania, o compromisso da população com o bem público e a corresponsabilização entre governo e sociedade sobre a gestão do ente federativo.

Várias cidades do país já utilizaram esta ideia. Embora trabalhosa e em desuso (recentemente) esta é uma iniciativa que deveria voltar a ser aplicada pelos gestores.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Políticas Sociais e as commodities


Commodities (significa mercadoria em inglês) podem ser definidas como mercadorias, principalmente minérios e gêneros agrícolas, que são produzidos em larga escala e comercializados em nível mundial. As commodities são negociadas em bolsas mercadorias, portanto seus preços são definidos em nível global, pelo mercado internacional.
As commodities são produzidas por diferentes produtores e possuem características uniformes. Geralmente, são produtos que podem ser estocados por um determinado período de tempo sem que haja perda de qualidade. As commodities também se caracterizam por não ter passado por processo industrial, ou seja, são geralmente matérias-primas.
O Brasil é um grande produtor e exportador de commodities e no mercado global atual, exportar commodities não é mais uma ação de país subdesenvolvido, sendo uma atividade presente em diversos países independente de seu nível de desenvolvimento.
As principais commodities produzidas e exportadas por nosso país são: petróleo, café, suco de laranja, minério de ferro, soja e alumínio. Se por um lado o país se beneficia do comércio destas mercadorias, por outro o torna dependente dos preços estabelecidos internacionalmente. Quando há alta demanda internacional, os preços sobem e as empresas produtoras lucram muito. Porém, num quadro de recessão mundial, as commodities se desvalorizam, prejudicando os lucros das empresas e o valor de suas ações negociadas em bolsa de valores.

O cientista social Esping-Andersen estudou os arranjos de proteção social de um conjunto de 18 países que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). São eles: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Japão, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Reino Unido, Suécia e Suíça.
Através desta pesquisa, Esping-Andersen concluiu que os modelos se distinguem, ou se assemelham, em três aspectos básicos. São eles:
·                    grau de participação do Estado nas despesas com a proteção social;
·                    grau de abrangência da cobertura aos cidadãos; e
·                    grau de proteção que o sistema oferece ao trabalhador, garantindo-lhe condições básicas de sobrevivência, independentemente de ele possuir ou não um emprego. A esta última variável, ele chamou de “grau de descomodificação da força de trabalho”.
O estudo de apresenta um “índice de descomodificação” calculado a partir de diversos indicadores. Quanto maior o valor deste índice, maior é, segundo esta tese, a capacidade de um sistema de seguridade social de emancipar os indivíduos de sua dependência do mercado (ESPING-ANDERSEN, 1990).
De acordo com Esping-Andersen, Pode-se, então, entender descomodificação como um neologismo derivado da palavra inglesa commodity, que significa, no âmbito do comércio, uma mercadoria barata. Segundo este autor, o capitalismo industrial teria transformado o trabalho assalariado em commodity, na medida em que a sobrevivência do trabalhador dependeria inteiramente dos ganhos obtidos por ele, com sua força de trabalho. Ou seja, do seu salário. (SANTOS, Maria Paula Gomes dos. O Estado e os problemas contemporâneos. Capes, 2009.)

Os direitos sociais são aqueles que têm por objetivo garantir aos indivíduos condições materiais tidas como imprescindíveis para o pleno gozo dos seus direitos, por isso tendem a exigir do Estado uma intervenção na ordem social que assegure os critérios de justiça distributiva, assim diferentemente dos direitos a liberdade, se realizam por meio de atuação estatal com a finalidade de diminuir as desigualdades sociais, por isso tendem a possuir um custo excessivamente alto e a se realizar em longo prazo.  
Tais direitos surgiram nos moldes atuais, em decorrência da Revolução Industrial no século XIX, que passa a substituir o homem pela maquina,gerando, como consequência uma onda de desemprego que resultou em um grande número de indivíduos vivendo na linha da miséria. Por outro lado, a parte extremamente beneficiada pela Revolução Industrial vivia em condições radicalmente diferenciadas, ou seja, houve um aguçamento da desigualdade social. Tudo isso gerou uma evidente desigualdade social, fazendo com que o Estado se visse diante da necessidade de proteção ao trabalho e a outros direitos como: a saúde, a educação, ao lazer, entre outros.
Entretanto, nessa fase inicial, o Estado caminhou junto com movimentos sociais de assistencialismo aos desvalidos. O oferecimento e a prática de serviços que garantissem seguridade social seriam conquistas posteriores. O sociólogo alemão T. H. Marshall argumenta que, na Europa Ocidental, houve uma conquista gradual e consecutiva de direitos. O primeiro deles teria sido o Direito Civil, conquista do século XVIII. O Direito Político teria sido o próximo, pertinente ao século XIX. E o Direito Social teria sido o último deles a ser alcançado, durante o século XX. O somatório dessas três conquista (Direitos Civil, Político e Social) resultaria no que consideramos como Cidadania.
O Direito Social, de fato, é fortemente relacionado com o século XX muito em função dos impactos do marxismo e do socialismo. Essas correntes ideológicas incentivaram movimentos sociais no mundo ocidental criando um cenário no qual os trabalhadores buscavam por seus direitos questionando as questões da divisão do trabalho e do capital. O Estado reagiu ao chamado movimento operário do século XX ofertando proteção social.
Os Direitos Sociais são uma grande conquista dos trabalhadores no século XX, que, embora tenham repercutido com mais notoriedade em tal momento, fazem parte de um processo de longo prazo e que exige alto investimento. Para proporcionar uma vida digna ao cidadão ou, como diz T. H. Marshall, permitir que ele tenha uma vida de ser civilizado, o Estado deve garantir o direito à vida, o direito à igualdade, o direito à educação, o direito de imigração e emigração e o direito de associação.
O artigo 6º da Constituição Federal de 1988 se refere de maneira bastante genérica aos direitos sociais por excelência, como o direito a saúde, ao trabalho, ao lazer entre outros. Partindo desse pressuposto os direitos sociais buscam a qualidade de vida dos indivíduos, no entanto apesar de estarem interligados faz-se necessário, ressaltar e distinguir as diferenças entre direitos sociais e direitos individuais. Portando os direitos sociais, como dimensão dos direitos fundamentais do homem, são prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta ou indiretamente, enunciadas em normas constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a equalização de situações sociais desiguais, são, portanto, direitos que se ligam ao direito de igualdade.
Embora a Carta Magna garanta os direitos sociais, o governo possui dificuldades para garantir a todos os direitos sociais. Uma das alternativas para que estes direitos sejam estendidos a todos são as Organizações Não Governamentais (ONG’s) que atuam nos mais diferentes setores da sociedade.
As ONG’s são organizações formadas pela sociedade civil sem fins lucrativos e que tem como missão a resolução de algum problema da sociedade, seja ele econômico, racial, ambiental, e etc, ou ainda a reivindicação de direitos e melhorias e fiscalização do poder público.
Também chamado “terceiro setor”, embora essa definição não seja muito clara, as organizações sem fins lucrativos são particulares ou públicas, desde que não tenham como principal objetivo a geração de lucros e, que se houver geração de lucros, estes sejam destinados para o fim a que se dedica a organização não podendo este ser repassado aos proprietários ou diretores da organização.
As organizações da sociedade civil são uma forma de suprimir as falhas do governo com relação à assistência e resolução dos problemas sociais, ambientais e até mesmo econômicos podendo também auxilia-lo na resolução desses problemas embora isso seja uma característica um tanto quanto negativa, pois expressa o distanciamento do governo com relação às suas responsabilidades para com a sociedade.
As organizações têm ainda a capacidade de despertar o civismo e a cooperação social nos seus participantes. Constituindo uma forte ferramenta de mobilização social, as organizações da sociedade civil contribuem para a manutenção da democracia uma vez que possibilita a manifestação dos interesses das minorias.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Para refletirmos...

Longe de mim desejar a ditadura militar, mas isso nos faz pensar em algumas coisas...