terça-feira, 24 de abril de 2012

Oi… Sou seu Orixá!


Eu estou ao seu lado e sou aquele que nunca desacredita dos seus sonhos.

Sou eu que as vezes altero seu itinerário, e até atraso seus horários para evitar acidentes ou encontros desagradáveis.
Sim, sou eu que falo ao seu ouvido aquelas “inspirações” que você acredita que acabou de ter como “grande idéia”.
Sou eu quem te causa aqueles arrepios quando você se aproxima de lugares ou situações que vão te fazer mal.
E sou eu quem chora por você quando você com a sua teimosia insiste em fazer tudo ao contrário só para desafiar o mundo.
Quantas noites passei na cabeceira de sua cama velando por sua saúde, cuidando de sua febre e renovando suas energias.
Quantos dias eu te segurei para que você não entrasse naquele ônibus, carro e até avião?
Quantas ruas escuras eu te guiei em segurança? Não sei, perdi a conta, e isso não importa.
O que realmente importa, e o que me deixa triste e preocupado, é quando você assume a postura de vítima do mundo.
Quando você não acredita na sua capacidade de resolver os problemas, quando você aceita as situações como insolúveis
Quando você pára de “lutar” e simplesmente reclama de tudo e de todos
Quando você desiste de ser feliz e culpa outra pessoa pela sua infelicidade
Quando você deixa de sorrir e assume que não há motivos para rir, quando o mundo está repleto de coisas maravilhosas
Quando se esquece até de mim, seu Orixá, aquele que Olorum deu a honra de auxiliar nessa missão tão difícil que é viver e progredir.
Já que me deixaram falar diretamente com você, gostaria de te lembrar,
Que estou ao seu lado sempre, mesmo quando você acredita estar totalmente só e abandonado,
Até nesse momento eu estou segurando a sua mão, eu estou consolando seu coração,
Eu estou te olhando, e por te amar demais, fico triste com a sua tristeza, mas, como eu sei que você nasceu para brilhar,
Eu agradeço a Olorum a oportunidade bendita de te conhecer e cuidar de você, porque você é realmente muito especial.
Seu Orixá, que acredita em você!
Ore, Agradeça, Peça, ele está ai contigo te ouvindo.


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A Origem do Ogan



oganPor isso, nas festas que se realizavam no orun (céu), ele tocava tambores e cantava, para trazer alegria e animação a todos.
Sempre foi assim, até que um dia os orixás acharam que o som dos tambores e dos cânticos estavam muito altos, e que não ficava bem tanta agitação.
Então, eles pediram a Exú, que parasse com aquela atividade barulhenta, para que a paz voltasse a reinar.
Assim foi feito, e Exú nunca mais tocou seus tambores, respeitando a vontade de todos.
Um belo dia, numa dessas festas, os orixás começaram a sentir falta da alegria que a música trazia. As cerimônias ficavam muito mais bonitas ao som dos tambores.
Novamente, eles se reuniram e resolveram pedir a Exú que voltasse a animar as festas, pois elas estavam muito sem vida.
Exú negou-se a fazê-lo, pois havia ficado muito ofendido quando sua animação fora censurada, mas prometeu que daria essa função para a primeira pessoa que encontrasse.
Logo apareceu um homem, de nome Ogan. Exú confiou-lhe a missão de tocar tambores e entoar cânticos para animar todas as festividades dos orixás. E, daquele dia em diante, os homens que exercessem esse cargo seriam respeitados como verdadeiros pais e denominados Ogans.


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