quinta-feira, 9 de junho de 2011

Covardia é crime hediondo

Eu sei que sou um pouco nervoso, digamos temperamental. Às vezes, permito que os sentimentos sobressaiam à razão. Quando isso acontece, não somente comigo, não conseguimos mensurar as consequencias de nossos atos. Invariavelmente, quem acaba sofrendo com isso são nossos familiares e amigos.

Mas o que você faria se flagrasse uma pessoa agredindo seu filho? Isso, agredindo seu filho, aquele pequeno ser que dá todo significado a sua vida. Aquele pequeno ser indefeso que você confiou a uma pessoa que deveria cuidar dele, protegê-lo, alimentá-lo.

Temos visto nos noticiários de várias emissoras de TV e em vários sites da web que os casos de agressão à criança tem aumentado assustadoramente. São crianças sendo violentadas, espancadas, mortas por pessoas que, geralmente, acreditamos ser de confiança.

Babás, familiares e até pais e mães descontam nas crianças uma culpa que não deveria ser atribuída a elas. A violência contra crianças deveria ser punida com severas penas (talvez com pena capital, dependendo do ato).

Pergunto-me como uma pessoa pode agredir um bebê, que chora por ter fome ou por dor de barriga? Como uma pessoa pode agredir uma criança com deficiência, já que ela não consegue dizer ou mostrar o que se passa com ela? Como uma pessoa pode agredir um idoso que deu sua vida para criar e cuidar de uma família e que não possui mais forças se defender? Como uma pessoa pode agredir um cachorro (ou gato, ou qualquer outro animal) que está nas ruas, em sua maioria, porque algum irresponsável o adotou quando filhote e o colocou “nas ruas” quando não o queria mais?

Que tipo de seres humanos estamos nos tornando? Como assim o cachorrinho que trazia felicidade para a casa não “serve” mais? Como assim bater em um bebê que chora por querer colo? Como assim agredir uma criança deficiente? Como assim maltratar um idoso? Como assim achar tudo isso normal e não fazer nada?

Ver este tipo de situação e não se indignar é preocupante. Considerar que esta situação é corriqueira é preocupante. Achar que só porque não está acontecendo em nossas casas não devemos nos manifestar é preocupante. Resumindo: ficar calado é preocupante.

Não podemos culpar “as oportunidades da vida” e nos conformar com estas situações. Alguns intelectuais diriam que estes fatos acontecem por falta de educação, que isto é culpa do governo, que não possuíam estrutura familiar... eu chamo isso de covardia, ignorância, maldade...

Má índole existe em qualquer camada social e está na hora de parar de falar que só filho de pobre não dá certo na vida ou que lhe falta oportunidade e que isso deixa as pessoas revoltadas. E por isso elas descontam em quem não pode se defender?

Não sou exemplo a ser seguido. Não sou perfeito. Estou muito longe disso. Tenho muitos defeitos, talvez incontáveis. Mas a covardia não é uma palavra que faz parte de meu dicionário. Pense duas vezes antes de cometer atos de covardia. E lembre-se: somos responsáveis, unicamente, pelos nossos próprios atos.


Martim Barbosa
Jornalista
Pós Graduado em Gestão da Comunicação
Professor de Karate

Vai ter multa mesmo? E as eleições ano que vem?

Vendo a edição de hoje (09/12) do Bom dia Brasil (TV Globo), recebi com satisfação a notícia de que está proibido o uso do farol de xenon. Para os motoristas que utilizam as rodovias precárias de nosso país a notícia é muito boa. Para aqueles que usam os carros como acessório, a notícia é ruim.

Quem não tinha o farol no carro se viu obrigado a colocar, já que estes faróis cegam o motorista que vem no sentido contrário. Para os motociclistas, então, a notícia é ótima, já que voltarão a poder trafegar sem medo durante a noite.

Me preocupa só uma coisa, até bem simples: existem modelos de automóveis que vem com este farol de fábrica, ou oferecem-no como item a ser adicionado no carro. Pois bem. Aqueles que compraram deveram arcar com seu prejuízo, já que esta decisão sobre o uso do farol estava sub judice. Mas e aqueles que compraram os carros já com o farol como item de série? A montadora será obrigada a trocar? Isto é um fato para se pensar.

Mas a minha maior preocupação é com relação às multas. Entendo e compreendo quando as polícias dizem que o efetivo é pequeno. Entendo e compreendo quando as polícias dizem que seu salário é pequeno para o risco. Mas será que vão multar mesmo?

Ano que vem é ano eleitoral. A corrida aos cargos públicos costumam inibir medidas “anti-votos”. E todos concordamos que multas não dão votos a ninguém.  Será que esta decisão vai valer na prática, ou só no papel? Vamos ficar atentos e, se você colocou farol de xenon no seu carro, corra e vá trocar, ou se arrisque a ganhar uma multa de R$127 mais cinco pontos na carteira.