terça-feira, 18 de outubro de 2011

Câmara de Ubá vai devolver cerca de R$ 1 milhão para Prefeitura

Enquanto algumas cidades sofrem com a corrupção na política, Ubá segue como exemplo para municípios de todo o país. Na última semana, a cidade foi destaque no jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte, que mostrou a diferença nos gastos de diversas câmaras de cidades mineiras.
Segundo o jornal, a média de gastos per capita das Câmaras de Vereadores Mineiras é de R$ 61, enquanto em Ubá, que tem hoje 102 mil habitantes, é de apenas R$20.
Em 2011, a Câmara irá devolver mais de R$ 1 milhão aos cofres da Prefeitura, que poderá utilizar em obras e melhorias para toda a cidade.
A Presidente da Câmara Rosangela Alfenas (PSDB) afirmou que economizam em tudo. “Aqui não temos gastos com diárias, viagens, assessores e outras despesas”. Para ela, não tem porque a Câmara ficar com este dinheiro sendo que a cidade está precisando de diversas obras que poderão ser feitas com ele.
Para o Prefeito Vadinho Baião (PT) “esta atitude da vereadora Rosângela Alfenas nos mostra que a política não é feita só de escândalos e mau uso do dinheiro público. São recursos públicos que poderiam ter sido gastos com atividades parlamentares e que agora serão transformados em obras para a população”.
A Câmara de Ubá deverá devolver até o final do ano cerca de 40% do orçamento anual que é de R$ 3 milhões e meio.
A solenidade de entrega acontece na próxima segunda-feira (24/10), a partir das 18 horas, no plenário da Câmara Municipal de Ubá. Todos estão convidados.

sábado, 15 de outubro de 2011

Olha a chuva aí gente!!!

A Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais, CEDEC-MG, alerta para a possibilidade de eventos adversos, conforme segue:
PANCADAS DE CHUVAS ACOMPANHADAS DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS E VENTOS FORTES
Uma frente fria chega a partir de hoje em Minas Gerais e deverão causar chuvas acumuladas acima de 100 mm, entre sexta-feira e domingo, nas regiões Oeste, Triângulo e Sul. Na tarde de sábado á possibilidades de ocorrência de temporais, raios e rajadas de ventos nas regiões Sul, Central, Zona da Mata e Metropolitana.
RECOMENDAÇÕES:
As Coordenadorias Municipais de Defesa Civil, COMDEC, deverão desencadear as ações previstas em seus planos de contingência, com vistas à redução de desastres.
A população deverá ser orientada quanto ao maior risco de alagamentos, quedas de árvores e destelhamentos, além de evitar a permanência em áreas de risco ou locais que ofereçam pouca proteção.
Para mais informações acesse: www.defesacivil.mg.gov.br

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Redes sociais são mais ágeis que SAC como canal de reclamação

O problema de Allan Panossian, 26, começou em 3 de setembro. O empresário comprou um Motorola Xoom no site do Magazine Luiza e, após cinco dias, recebeu o produto com o lacre violado.

Resolveu trocar o aparelho e, depois de 19 dias, ainda não tinha conseguido. Panossian pôs a boca nas redes sociais: criou um blog e uma conta no Twitter para divulgar sua história.

Em menos de nove horas, um motoboy entregou um Xoom com 3G (ele havia comprado uma versão mais barata, sem a tecnologia) na sua casa -a equipe de monitoramento de redes sociais do Magazine Luiza identificou seu caso e solucionou a questão.

"Fiz o blog porque não sabia mais o que fazer. Já tinha tentado todos os canais", diz.

Panossian é um exemplo de algo cada vez mais comum: clientes que usam a internet para reclamar de falhas de empresas são atendidos mais prontamente.

"Quando só existiam os canais tradicionais de SAC [serviço de atendimento ao consumidor], muitos casos não eram resolvidos", diz Elizangela Grigoletti, 33, gerente de inteligência e marketing da Miti, empresa que faz monitoramento de redes sociais. "As empresas agem mais rapidamente, porque acabam expostas. E o consumidor explora essa oportunidade."

"Aconselhamos a empresa a tratar o usuário das redes sociais com maior urgência", diz Alessandro Barbosa Lima, 40, executivo-chefe da E.life, outra empresa de monitoramento. "Quando procura as redes sociais, a pessoa já está descrente. Não dá para ter o mesmo atendimento."

Barbosa diz que os SACs eram vistos sem relevância pelas empresas, algo obrigatório por causa das leis do consumidor. "Hoje são tão importantes quanto a área de marketing. Em cinco anos, as redes sociais vão ultrapassar o atendimento do 0800."

Para o especialista em redes Augusto de Franco, 61, aumentou a capacidade de controle e fiscalização das pessoas porque agora elas têm liberdade e instrumentos. "As empresas não querem que a reputação da marca seja comprometida."

TRANSPARÊNCIA E RAPIDEZ

A internet mudou completamente a forma como clientes e empresas se relacionam.

Enquanto a interação no SAC ainda é unidirecional, as redes sociais deram poder aos usuários. "Antes você reclamava para seus amigos e nada acontecia. Nas redes sociais você escancara essa situação", afirma Renato Shirakashi, cofundador da Scup, empresa de monitoramento de redes sociais.

Shirakashi fala em "tirania da transparência", uma nova realidade para as empresas se adaptarem. "Você é obrigado a ser transparente, a ser rápido e a se comunicar de uma forma não corporativa com o cliente. As empresas não têm mais escolha. É mais fácil para o cliente e dá mais resultado."

Juliana Rios, superintendente do SAC do Santander, concorda. "Não existe mais a opção de não estar nas redes sociais. O efeito avassalador atinge todo mundo."

Ela diz que a expectativa de resposta é totalmente diferente nesse novo SAC: "A própria rede não permite responder no dia seguinte".

No Santander, há três metas: protestos que chegam via Twitter têm de ser atendidos em até duas horas; via Facebook, em 24 horas; via telefone, em até cinco dias úteis. Outras empresas trabalham com prazos similares.

DISCRIMINAÇÃO

Para órgãos de defesa do consumidor, o tempo de resposta deveria ser um só. "Qualquer tentativa da empresa de facilitar o contato é uma alternativa válida, mas isso não pode virar uma forma de discriminação para um tipo de público", diz a gerente de relacionamento do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), Karina Alfano.

"As empresas dão prioridade para esse canal de comunicação, porque a marca está sendo exposta de forma negativa. Um canal telefônico deveria ter o mesmo atendimento de um on-line", avalia a gerente do Idec.

Para o instituto, trata-se de uma estratégia de marketing, e não de uma real preocupação com o consumidor.

Assim como Santander, Magazine Luiza e outras empresas, a Whirlpool, das marcas Brastemp e Consul, também têm um núcleo para monitorar redes sociais.

"Quando vem uma menção negativa [nas redes], nossa primeira missão é entrar em contato e resolver o problema do cliente", diz a diretora de marketing da empresa para a América Latina, Cláudia Sender.

"Nosso prazo de resposta é no mesmo dia, mas o ideal é responder aos clientes em, no máximo, uma hora."

Ela afirma que mídias sociais vão ser um dos grandes canais de comunicação com o cliente. "Os meios tradicionais ainda são fortes, mas precisamos pensar no futuro. O consumidor não quer mais comunicação unilateral com a empresa."

*Fonte: uol.com 

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Sarney afirma que colocará PEC 33/09 na pauta dos trabalhos do Senado


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB/AP) assumiu, em sessão extraordinária da Casa nesta quarta-feira (05/10), o compromisso de colocar a PEC 33/09, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE), na pauta de votações do plenário. Durante todo o dia, representantes da FENAJ, dos Sindicatos de Jornalistas e da Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma realizaram trabalhos de sensibilização parlamentar pela aprovação, também, da PEC 386/09, do deputado Paulo Pimenta (PT/RS). Às 18h, foi reinstalada a Frente Parlamentar em Defesa do Diploma.
A comitiva composta por representantes da FENAJ, do GT da Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma e de representantes dos Sindicatos dos Jornalistas de Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo cumpriu extensa agenda de mobilização. Às 9h, participaram de audiência com o senador José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso. O parlamentar se dispôs a colaborar nas articulações para acelerar a votação das matérias e sugeriu que o movimento procure o diálogo com as lideranças de bancadas.
Posteriormente, a comitiva se dividiu para contato com os parlamentares por região, buscando mais apoios para a votação das PECs 386/09 e 33/09, que tramitam na Câmara e no Senado, respectivamente, bem como novas adesões à Frente Parlamentar em Defesa do Diploma. “Foram contatos produtivos, onde obtivemos ampla aceitação de nossa proposta de aprovação das PECs, como também muitas novas adesões à Frente Parlamentar”, conta o presidente da FENAJ, Celso Schröder.
Na sessão extraordinária no plenário do Senado, iniciada às 12h, o relator da PEC 33/09, Inácio Arruda (PCdoB/CE), e o autor da proposta, Antônio Carlos Valadares (PSB/SE) apelaram ao presidente da Casa, José Sarney (PMDB/AP), para que coloque a matéria na ordem do dia, lembrando que todos os líderes já assinaram o pedido de que ela venha à discussão. Sarney destacou que ela está incluída na pauta do Senado, que está ocupada com o debate da reforma política. Diante de nova solicitação de Arruda, Sarney sentenciou: “V. Exª será atendido: eu vou mandar incluí-la na pauta normal dos nossos trabalhos”.
Parlamentares de diversas bancadas prestigiaram o ato de lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Diploma de Jornalista, realizado às 19h, no Plenário 5 da Câmara dos Deputados. No entanto, como paralelamente ocorriam reuniões de bancadas e atividades no plenário do Senado, a deputada Rebecca Garcia (PP/AM), que convocou o ato, articulou a convocação de nova atividade para o dia 19 de outubro, quando será eleita a mesa coordenadora da Frente Parlamentar.
A Frente já conta com a adesão de 207 parlamentares. O gabinete da deputada Rebecca Garcia explica que já recebeu muitas outras fichas de adesão, mas como elas ainda não estão devidamente assinadas pelos respectivos deputados e senadores, ainda não foram computadas.
Satisfeito com o saldo das atividades, Celso Schröder considera que o dia de mobilização dos jornalistas contribuiu para acelerar a tramitação das PECs. Para ele, o lançamento da Frente foi a concretização de um espaço formal de articulação dos parlamentares que apoiam a luta em defesa do diploma “em sintonia com os jornalistas e com a sociedade e opondo-se à desastrosa decisão do STF que extinguiu com este requisito para o exercício profissional do Jornalismo”.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

As mulheres não fazem a história! Elas SÃO a história!!!

O Brasil está fazendo história. Nossa Presidenta foi a primeira mulher da história a fazer o discurso de abertura de uma assembleia da ONU. Em suas palavras, a primeira mulher eleita Presidente do país do futebol falou da importância da mulher na política e na sociedade.

Todos concordamos que em uma sociedade mais justa e igual, a mulher desempenha um papel fundamental. Vamos recordar de nossas mães, na educação que elas nos deram, nos abraços, nos beijos, nos carinhos.

A mulher exerce papel primordial na sociedade, desde que o mundo existe. Até para um mundo mais conservador e mais machista a mulher exercia o papel mais importante: o de gerar a vida.

Não quero exaltar a Dilma ou o seu discurso. Um bom governo começa através de seu primeiro escalão, e... prefiro entrar neste assunto. Até porque alguns petistas inundaram a internet frases e textos de exaltação, e eu não concordo com a grande maioria dos comentários.

Quero falar da mulher, da minha mulher, das suas mulheres, amigas, irmãs, tias, sobrinhas, afilhadas, avós... Quero ressaltar a sua importância em nossa sociedade, em nossas vidas, no nosso crescimento. Sem as mulheres, os homens não existiriam.

O mundo está mudando, a sociedade está se modernizando, alguns valores estão se perdendo, embora o papel da mulher só cresça. São elas que impulsionam, que nos valorizam, que nos corrigem, que nos dão educação, que nos permitem ser quem somos.

Um viva às mulheres do mundo! 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

KARATE de Luto: Van envolvida em acidente na BR-277 levava competidores

A van com 16 passageiros que se envolveu em acidente com um caminhão na manhã deste sábado (10) levava alunos, instrutores e acompanhantes para um campeonato de caratê em Foz do Iguaçu.
Por volta das 6h15, os veículos bateram de frente no km 653 da BR-277, no município de Matelândia, deixando cinco pessoas mortas. Segundo o Instituto Médico-Legal (IML) de Cascavel , uma menina de 10 anos, dois adolescentes de 13 e 14, a mãe de um dos jovens, e o motorista da van morreram no momento do acidente. Os três menores participariam da competição.
Os feridos foram encaminhados para hospitais de municípios da região. Em Cascavel estão quatro vítimas, sendo três delas em estado grave. Já em Medianeira, as oito pessoas internadas não correm risco de morrer.
Sul-Americano
A equipe de caratê representaria o município de Balsa Nova (PR) no campeonato sul-americano em Foz. Eles saíram de Balsa Nova, na região de Curitiba, às 22h de sexta-feira (9). O motorista era dono da van e já tinha levado a equipe para uma competição em Cascavel este ano.
O técnico da equipe, Hélcio Bertoleti, não viajou com os demais integrantes, pois se recupera de uma cirurgia. Em entrevista à RPC TV, ele afirmou que foi a primeira vez em 28 anos que não acompanhou uma viagem de seus atletas. "Fizemos uma reunião ontem no tatame, eu falei pelo amor de Deus gente. Não importa a medalha, só importa que vocês vão e voltem bem", contou Bertoleti.
Em Foz, a competição transcorreu sem música em homenagem às vítimas do acidente. Alguns dos 500 atletas que participam do evento representaram a equipe de Balsa Nova na abertura.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Funakoshi e características do Karate Shotokan


O mestre Funakoshi começou a praticar o karatê sob os auspícios do mestre Anko Asato — experto no estilo Shuri-te, de caratê, e Jigen-ryu, de ken-jutsu — que fora discípulo do grande mestre Bushi Matsumura, por volta de 1880.[1]
Não muito depois, Funakoshi passa a treinar com mestre Anko Itosu,[2] com quem aprende as principais técnicas. Por outro lado, o aprendizado se deu com outros mestres de renome, com os quais, além de obter novos conhecimentos, também foi influente, como Kenwa Mabuni, Kanryo Higaonna, Chojun Miyagi.[1]
O mestre Itosu empreendera sérios esforços para popularizar a arte marcial, não sendo muito bem-sucedido, pelo que passou a chamá-la dekara-te, pois naquela época, fim do século XIX, ainda era chamada de to-de. Funakoshi parte daqueles movimentos e despende novos esforços. E, em 6 de março de 1921, o príncipe herdeiro Hirohito assiste a uma demonstração encabeçada por Gichin Funakoshi, no castelo de Shuri, ajudado por seus discípulos e pelo mestre Miyagi.
Depois, em 1922, no instituto Kodokan, a convite do mestre Jigoro Kano — criador do judô — foi feita uma demonstração pública do caratê, permanecendo em Tóquio por mais algum tempo.
Por volta de 1935, tem início um movimento de alguns discípulos de Gichin Funakoshi, para ver um lugar próprio de treino de caratê e, em1936, esse esforço dá resultados e é finalmente construído um dojô (em japonês: 道場 sítio de treinot) em sua homenagem e o chamaram de Shotokan, ou "casa de Shoto", colocando uma placa com tal inscrição nos umbrais da entrada. Infelizmente, o prédio original foi destruído durante um bombardeio na II Guerra Mundial.
Gichin Funakoshi não acreditava na diversificação de estilos, e sim que todo o caratê deveria ser um só, mesmo com as diferenças naturais de ensino que variam entre os professores.[3]
No desenvolvimento do estilo, Sensei Yoshitaka Funakoshi[4] teve muita importância, pois dava o exemplo de afinco ao treinamento e influenciou sobremaneira na introdução de outras técnicas, como os chutes laterais e o emprego de bases mais baixas que as costumeiras do Shuri-te e derivados, como Shorin-ryu.
A forma ensinado por Funakoshi era tradicional, tendo como base a filosofia do Budo, em cujo conteúdo há a consciência da busca constante pelo aperfeiçoamento pessoal, sempre contribuindo para a harmonização do meio onde se está inserido, por intermédio de muita dedicação ao trabalho, treinamento rigoroso e vida disciplinada. O praticante do caratê radicional caminha em direção dessas metas, formando seu caráter, aprimorando sua personalidade.
Nesse sentido, pode-se afirmar que arte marcial contribui para a formação integral do ser humano, não podendo, portanto, ser confundido com uma prática puramente esportiva. "Tradição é um conjunto de valores sociais que passam de geração à geração, de pai para filho, de mestre para discípulo, e que está relacionado diretamente com o crescimento, maturidade, com o indivíduo universal."
A famosa expressão do mestre Gichin Funakoshi - Karate ni sente nashi (em japonês: 空手に先手なし? No caratê não existe atitude ofensiva) - define claramente o propósito anti-violência.
Se o adversário é inferior a ti, então por que brigar?
Se o adversário é superior a ti, então por que brigar?
Se o adversário é igual a ti, compreenderá, o que tu compreendes...
então não haverá luta.
Honra não é orgulho, é consciência real do que se possui.
O verdadeiro valor do caratê não está em sobrepujar os outros pela força física. Nesta arte marcial não existe agressão, mas sim nobreza de espírito, domínio da agressividade, modéstia e perseverança. E, quando for necessário, fazer a coragem de enfrentar milhões de adversários vibrar no seu interior. É o espírito dos samurais.
Quando mudou-se para Tóquio, mestre Funakoshi admitiu como aluno o já experiente lutador de jiu-jitsu Hironori Otsuka, que ficou impressionado com as proezas que os caratecas faziam em suas demonstrações.[5]
Eventualmente, Otsuka tornou-se instrutor de caratê shotokan, mas, em 1930, as divergências sobre a condução da arte tornaram-se mais acentuadas, pelo que os mestres chegaram ao consenso de seguirem caminhos diferentes. Dessa primeira cisão nasceu o estilo Wado-ryu, que incorpora técnicas de jiu-jitsu e gotende ao repertório do caratê, dando mais ênfase à pratica de kumite.
Após a morte de Gichin Funakoshi, outras dissensões tornaram-se evidentes. Alguns defendiam a participação em torneios e disputas e outros mantinham-se arraigados à proposição inicial de proibir quaisquer tipo de embate, devendo a arte ser desenvolvida principalmente por meio do treinamento reiterado de kata. Apartada, veio a lume a linhagem Shotokai.
A linhagem Shotokan foi assumida por Masatoshi Nakayama, e permaneceu única (isto é, sob a direção da JKA) até 1977, quando o mestreHirokazu Kanazawa[6] formou outra dissensão. Nesta última, ao longo do tempo pequenas diferenças foram-se acumulando, principalmente quanto à execução de katas. E, no início do século XXI, outros katas passaram ser treinados, o que acentua ainda mais o distanciamento.
O estilo Shotokan caracteriza-se por bases fortes e golpes no corpo inteiro.[7] Os giros sobre o calcanhar em posição baixa dão fluidez ao deslocamento e todo movimento começa com uma defesa. Este é um estilo em que as posições têm o centro de gravidade muito baixo, e em que a técnica de um "simples" soco direto, dificil de ser dominada, quando a técnica é dominada o seu poder é incrível e quase sobre-humano.
Alguns tendem a classificá-lo como uma evolução do estlio Shuri-te ou Shorin-ryu. Entretanto, há divergências porque as bases do shotokan são precipuamente baixas, enquanto que em shuri-te são altas. Ademais, há golpes como mae geri e ushiro geri, que não são comuns nos estilos shorin, mas estão presentes no estilo de Funakoshi.
Neste estilo são levados a sério fatos como: a concentração e o estado de espírito, pois sem concentração e um estado de espirito leve porem determinado a técnica de pouco servirá, devendo estes dois atributos expandirem-se com a pratica e determinação.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A história do Karatê a partir de Gishin Funakoshi

Shotokan (em japonês: 松涛館?) é um dos estilos de karatê que surgiu dos ensinamentos ministrados pelo mestre Gichin Funakoshi e por seu filho, Yoshitaka Funakoshi. O repertório técnico do estilo foi baseado no do Shorin-ryu, mas, devido aos estudos empreendido pelo filho do mestre e sua influência, várias técnicas foram incorporadas e/ou modificadas, de modo a refletir o escopo almejado, que era o de valorizar mais o lado desportivo e físico como forma de promover o desenvolvimento pessoal.

Mestre Funakoshi em princípio não nomeou seus ensinamentos como um estilo próprio, mas, antes de tudo, afirmava que ensinava karatê, de acordo com seu entendimento, é verdade, mas também dizia que vários professores ensinariam uma mesma disciplina de modos diferentes. Entretanto, alguns de seus alunos, como forma de o homenagear, manufaturaram uma placa com a inscrição Shotokan, eis que Shoto era a alcunha que o mestre assinava suas obras, pelo que o dojô passou a ser conhecido como "casa de Shoto".

A despeito de outros mestres tentarem antes e contemporaneamente, foi o estilo de mestre Funakoshi que logrou êxito em vencer as barreiras culturais opostas a Oquinaua e difundir o karatê pelo resto do Japão, modificando nomes de técnicas e adaptando outras.

 

Formação

O mestre Funakoshi começou a praticar o karatê sob os auspícios do mestre Anko Asato — experto no estilo Shuri-te, de karatê, e Jigen-ryu, de ken-jutsu — que fora discípulo do grande mestre Bushi Matsumura, por volta de 1880.

Não muito depois, Funakoshi passa a treinar com mestre Anko Itosu, com quem aprende as principais técnicas. Por outro lado, o aprendizado se deu com outros mestres de renome, com os quais, além de obter novos conhecimentos, também foi influente, como Kenwa Mabuni, Kanryo Higaonna, Chojun Miyagi.

O mestre Itosu empreendera sérios esforços para popularizar a arte marcial, não sendo muito bem-sucedido, pelo que passou a chamá-la de kara-te, pois naquela época, fim do século XIX, ainda era chamada de to-de. Funakoshi parte daqueles movimentos e despende novos esforços. E, em 6 de março de 1921, o príncipe herdeiro Hirohito assiste a uma demonstração encabeçada por Gichin Funakoshi, no castelo de Shuri, ajudado por seus discípulos e pelo mestre Miyagi.

Depois, em 1922, no instituto Kodokan, a convite do mestre Jigoro Kano — criador do judô — foi feita uma demonstração pública do karatê, permanecendo em Tóquio por mais algum tempo.

Por volta de 1935, tem início um movimento de alguns discípulos de Gichin Funakoshi, para ver um lugar próprio de treino de caratê e, em1936, esse esforço dá resultados e é finalmente construído um dojô (em japonês: 道場 sítio de treino?) em sua homenagem e o chamaram de Shotokan, ou "casa de Shoto", colocando uma placa com tal inscrição nos umbrais da entrada. Infelizmente, o prédio original foi destruído durante um bombardeio na II Guerra Mundial.

Gichin Funakoshi não acreditava na diversificação de estilos, e sim que todo o caratê deveria ser um só, mesmo com as diferenças naturais de ensino que variam entre os professores.

No desenvolvimento do estilo, Sensei Yoshitaka Funakoshi teve muita importância, pois dava o exemplo de afinco ao treinamento e influenciou sobremaneira na introdução de outras técnicas, como os chutes laterais e o emprego de bases mais baixas que as costumeiras do Shuri-te e derivados, como Shorin-ryu.

 

Karatê tradicional

A forma ensinado por Funakoshi era tradicional, tendo como base a filosofia do Budo, em cujo conteúdo há a consciência da busca constante pelo aperfeiçoamento pessoal, sempre contribuindo para a harmonização do meio onde se está inserido, por intermédio de muita dedicação ao trabalho, treinamento rigoroso e vida disciplinada. O praticante do karatê tradicional caminha em direção dessas metas, formando seu caráter, aprimorando sua personalidade.

Nesse sentido, pode-se afirmar que arte marcial contribui para a formação integral do ser humano, não podendo, portanto, ser confundido com uma prática puramente esportiva. "Tradição é um conjunto de valores sociais que passam de geração à geração, de pai para filho, de mestre para discípulo, e que está relacionado diretamente com o crescimento, maturidade, com o indivíduo universal."

A famosa expressão do mestre Gichin Funakoshi - Karate ni sente nashi (em japonês: 空手に先手なし? No karatê não existe atitude ofensiva) - define claramente o propósito anti-violência.

Se o adversário é inferior a ti, então por que brigar?

Se o adversário é superior a ti, então por que brigar?

Se o adversário é igual a ti, compreenderá, o que tu compreendes... então não haverá luta.

Honra não é orgulho, é consciência real do que se possui.

O verdadeiro valor do caratê não está em sobrepujar os outros pela força física. Nesta arte marcial não existe agressão, mas sim nobreza de espírito, domínio da agressividade, modéstia e perseverança. E, quando for necessário, fazer a coragem de enfrentar milhões de adversários vibrar no seu interior. É o espírito dos samurais.

 

Cisão

Quando mudou-se para Tóquio, mestre Funakoshi admitiu como aluno o já experiente lutador de jiu-jitsu Hironori Otsuka, que ficou impressionado com as proezas que os karatecas faziam em suas demonstrações.

Eventualmente, Otsuka tornou-se instrutor de karatê shotokan, mas, em 1930, as divergências sobre a condução da arte tornaram-se mais acentuadas, pelo que os mestres chegaram ao consenso de seguirem caminhos diferentes. Dessa primeira cisão nasceu o estilo Wado-ryu, que incorpora técnicas de jiu-jitsu e gotende ao repertório do karatê, dando mais ênfase à pratica de kumite.

Após a morte de Gichin Funakoshi, outras dissensões tornaram-se evidentes. Alguns defendiam a participação em torneios e disputas e outros mantinham-se arraigados à proposição inicial de proibir quaisquer tipo de embate, devendo a arte ser desenvolvida principalmente por meio do treinamento reiterado de kata. Apartada, veio a lume a linhagem Shotokai.

A linhagem Shotokan foi assumida por Masatoshi Nakayama, e permaneceu única (isto é, sob a direção da JKA) até 1977, quando o mestre Hirokazu Kanazawa formou outra dissensão. Nesta última, ao longo do tempo pequenas diferenças foram-se acumulando, principalmente quanto à execução de katas. E, no início do século XXI, outros katas passaram ser treinados, o que acentua ainda mais o distanciamento.

O estilo Shotokan caracteriza-se por bases fortes e golpes no corpo inteiro. Os giros sobre o calcanhar em posição baixa dão fluidez ao deslocamento e todo movimento começa com uma defesa. Este é um estilo em que as posições têm o centro de gravidade muito baixo, e em que a técnica de um "simples" soco direto, difícil de ser dominada, quando a técnica é dominada o seu poder é incrível e quase sobre-humano.

Alguns tendem a classificá-lo como uma evolução do estlio Shuri-te ou Shorin-ryu. Entretanto, há divergências porque as bases do shotokan são precipuamente baixas, enquanto que em shuri-te são altas. Ademais, há golpes como mae geri e ushiro geri, que não são comuns nos estilos shorin, mas estão presentes no estilo de Funakoshi.

Neste estilo são levados a sério fatos como: a concentração e o estado de espírito, pois sem concentração e um estado de espírito leve porem determinado a técnica de pouco servirá, devendo estes dois atributos expandirem-se com a pratica e determinação.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O KARATE E A SAÚDE


Como as demais atividades físicas, a prática do karate requer uma avaliação médica preliminar, prescrevendo as indicações e cuidados necessários. O treinamento esportivo é eminentemente anaeróbio, sendo restrito a pessoas com cardiopatias e hipertensão, sem o devido acompanhamento médico.
Portadores de outras patologias devem ser tratados com o controle devido, o que indica que a prática deve ser conduzida por profissional habilitado e competente, a fim de minimizar os riscos de acidente ou de lesão, assim como os riscos de uma rivalidade hostil e principalmente elevar os benefícios à saúde.
Os limites da prática são os limites individuais que devem ser respeitados pelo praticante e pelo professor, que deve estimular a superação dos limites pessoais com a devida moderação.
Primeiros Passos
Ao contrário do que pensam alguns, não é necessária uma preparação física prévia para se iniciar no karate. Embora os movimentos não sejam os naturais, tenham sido construídos para aumentar a eficácia dos golpes, a flexibilidade, força, resistência e habilidade motora do praticante são os seus limites. A atividade possui particularidades que só serão superadas praticando. Assim, o mais importante é começar.
Dicas e os cuidados para iniciantes no esporte
Após a avaliação médica, procurar uma academia ou escola devidamente registrada e com profissional habilitado, deve ser o primeiro passo.
Assistir algumas aulas, procurando observar se os procedimentos didáticos adotados pelo professor possibilitam o aprendizado garantindo a integridade dos alunos; Observar se o nível de exigência das atividades da aula é adequado às possibilidades de realização dos alunos;
Verificar se no início da aula existe uma preparação física e psicológica para as atividades de maior intensidade, bem como se ao final da mesma realizam-se exercícios de relaxamento ou de compensação das atividades desenvolvidas anteriormente, são os passos seguintes.
Após a iniciação, o praticante pode treinar as técnicas aprendidas sozinho e em outros espaços diferentes da academia. Seguir os passos aprendidos na academia tais como o aquecimento e alongamento antes das atividades de maior intensidade e o relaxamento ao final do treino devem ser considerados.
Respeitados estes passos, podemos usufruir da prática do karate como lazer e melhoria da aptidão física. Praticar com amigos em praças e bosques são momentos propícios para a integração social e com o meio ambiente. Pode-se treinar o kata (seqüência de movimentos de ataque e defesa pré estabelecidos que simulam uma luta contra vários adversários) e o kumite (luta contra um ou mais oponentes) com alguns cuidados: O treinamento do kata é adequado para a prática individual ou em grupo, sem confronto direto entre os praticantes. Os golpes de luta também podem ser treinados individualmente, mas quando a luta é treinada com opositores, o autocontrole e o respeito mútuo são fundamentais para evitar acidentes. Deve-se evitar o treinamento de luta sem a presença de um mediador.
Nas primeiras aulas, o aluno aprende algumas técnicas que o capacitam a evitar ataques causados por agressores leigos. Ao perseverar nos treinamentos, o praticantes passa a conhecer os seus próprios limites e o poder adquirido, o que o leva a controlar a sua agressividade e a evitar as situações de confronto. A auto defesa é uma conseqüência do treinamento regular, da disciplina, do autocontrole, de uma formação não apenas física, mas, ao mesmo tempo, mental e social.
Os frutos colhidos nas práticas, transformam-se em sementes que germinarão e florescerão, renovando o Homem e a Arte ao longo da vida. 

A PRÁTICA E OS BENEFÍCIOS DO KARATE

A prática de exercícios físicos no karate é um componente essencial nos cuidados com a saúde. A atividade física em suas peculiaridades pode contribuir para a prevenção e a recuperação dos males orgânicos, psicológicos e sociais (Carvalho, 2004; Stember et al, 2006).
O karate é uma atividade que auxilia no desenvolvimento integral dos praticantes, ao mesmo tempo em que atua na manutenção da saúde. O nível de intensidade e a complexidade das técnicas praticadas podem variar conforme a idade, gênero e outras dificuldades e potencialidades dos praticantes, não se restringindo a um perfil pré-estabelecido.
A prática pode contribuir na prevenção de quedas e melhoria do equilíbrio em indivíduos da terceira idade (Yamaguchi, 2004), na elevação da auto-estima, auto controle e auto realização em adultos (Madden, 1990), na modificação da orientação motivacional de jovens em situação de risco (Palermo, 2006; Vianna, 1997; 2007), na modificação do estilo de vida de jovens obesos ou com obesidade mórbida (Fritzsche e Raschka, 2007), na regulação dos estados mentais e de humor (Palermo et al, 2006), no desenvolvimento da concentração, na integração social, entre outros benefícios que podem ser estendidos a todos os praticantes, não se restringindo a um determinado público alvo.
Portadores de necessidades especiais também podem praticar, havendo, inclusive competições esportivas para cadeirantes e portadores de outras deficiências.
A prática controlada do karate direcionada a educação, ao lazer, ao fitness e a qualidade de vida, pode favorecer a melhoria das grandes funções, a resistência muscoloesquelética e a amplitude articular e a coordenação motora geral e específica. O indivíduo torna-se mais ativo, perspicaz, forte e resistente nas atividades cotidianas.
Alguns estudos têm demonstrado que a prática do karate está relacionada a melhorias nos sistemas cardiovascular (Padilla et al, 2000), melhoria da força, resistência, potência e flexibilidade (Neto et al, 2008; Stemberg et al, 2006) mudança na composição corporal (Fritzsche e Raschka, 2007) e perda de peso (Artioli et al, 2006). A prática do karate tem sido relatada como um componente auxiliar na modificação do estilo de vida e na adoção de um estilo de vida mais ativo e saudável, combatendo os diversos males associados à hipocinesia, próprios da vida contemporânea.
O karate trabalha com o peso do próprio corpo, o que favorece uma formação corporal harmoniosa e segura. O uso de implementos ou aparelhos não é fundamental ao praticante sem finalidades esportivas. As pernas e cintura pélvica integradas são fundamentais no processo de ação e reação decorrentes da aplicação dos golpes de ataque e defesa, exercendo a função de base para o equilíbrio, a estabilidade, a resistência, a velocidade de deslocamento e de reação e de outras qualidades necessárias à prática. Por se tratar de uma atividade praticada eminentemente de pé, as pernas são trabalhadas constantemente. Uma das características corporais do praticante de karate, são as pernas fortes, ágeis e flexíveis.
Quem pratica artes marciais seja ela qual for sabe dos inegáveis benefícios que estas trazem para sua vida de uma forma global.
Principais benefícios: Fortalecimento muscular; melhora da função cardiovascular; ganho de massa corporal; perda de calorias; tonificação dos músculos; aumento da coordenação motora; e aumento da percepção geral.
Voltando um pouco os cinco primeiros são mais fáceis de obter em muitas atividades.  Os dois últimos são benefícios mais específicos das artes marciais, principalmente o último.  Se bem orientado em uma arte marcial séria, e sendo conduzida por sensei sério e capacitado também.
Há muito tempo o pessoal de educação física está de olho no público que freqüenta ou procura as artes marciais e seus benefícios.  Que são indiscutivelmente amplos como falado anteriormente. Muita gente não se contenta com a repetibilidade das aulas de ginástica aeróbica ou de musculação.
Não existe nada na vida, nenhum resultado, sem dedicação e trabalho contínuo. Sem suor. Seja no trabalho, seja na ginástica, arte marcial ou qualquer coisa.
O maior desafio que se tem é chegar ao verdadeiro público das artes marciais, que tem um perfil muito característico. Ele é perseverante, não está preocupado em luta ou defesa pessoal somente, mas no beneficio global, tem consciência dos benefícios diretos e indiretos da arte marcial (ou tem alguma vaga noção disso) e sabe que abraçar uma arte marcial é uma mudança de estilo de vida e não apenas a procura somente dos seus benefícios citados acima. Estes são conseqüências.