segunda-feira, 29 de junho de 2015

BUDÔ – O CAMINHO DO GUERREIRO

Muitos guerreiros dos dias de hoje estão “disfarçados”de operários, professores, médicos, empresários, jornalistas, advogados, comerciantes, pedreiros, administradores etc. Muitas vezes estes chamados “guerreiros”fazem do seu campo de batalha seu trabalho e usam o BUDO como forma e estilo de vida. Nunca desanimar, e aprender com os desafios formam a base do praticante de karate, por exemplo que utiliza preceitos de ensinamentos dirários dentro do tatame no campo da vida pessoal. Assim usam estes ensinamentos como pontos motivadores para o crescimento físico e mental. Vamos conhecer aqui um pouco mais do significado do BUDO, mas nunca esqueçam que isso é para ser praticado, vivenciado e não somente apreciado.
Existe uma capacidade de assumir as duas posturas, ataque e defesa, de acordo com as circunstâncias que pode ser chamada, atualmente, de Budô, filosofia que inspirou todas as artes marciais japonesas atuais, como Aikido, Judo, Jukendo, Karate do, Kendo, Kyudo, Naguinata, Shorinji-kempo e Sumo. Formada pelos ideogramas “bu”, que significa “guerreiro”, e “do”, que significa “caminho”, essa filosofia tem forte influência do zen-budismo, uma vez que estipula como meta final a iluminação do ser.
Portanto, pode-se dizer que a prática do Budô vai muito além das lutas nos tatame. Ela é a bússola para o caminho espiritual do budoka, praticantes dessa arte. Aos olhos de todas as artes marciais japonesas modernas, o Budô é compreendido como a relação entre a ética e a cultura japonesas. Não desanimar diante das adversidades, mas sim aprender com os desafios, ser disciplinado e respeitar o oponente são alguns dos ensinamentos do Budô.
Os grandes budokas dizem que é com o espírito em harmonia que a pessoa criará uma percepção para agir com energia e coragem a diversas situações que a vida lhe apresentar. “A missão do Budô é fazer com que cada praticante, por meio das boas maneiras, se torne um cidadão melhor para a sociedade”, acredita Fuminori Nakiri, presidente do Budo Gakkai, instituição japonesa que pesquisa essa filosofia.
Pensando assim, não só um praticante de artes marciais, como qualquer pessoa pode utilizar os ensinamentos do Budô para controlar suas emoções e impulsos, tornando-se assim, um verdadeiro guerreiro iluminado.
História
O Budô foi uma derivação do antigo bujutsu, conjunto de disciplinas que eram colocadas em prática nas batalhas durante o período Sengoku-jidai, que durou cerca de 150 anos, entre a metade do século 15 e início do século 17. “No Sengoku-jidai, os samurais lutavam por sobrevivência.
Ao contrário do conturbado período de guerras do Sengoku-jidai, o período Edo (1603 - 1867), também conhecido como Período Tokugawa, foi marcado pela paz no arquipélago. Com o fim das guerras, as técnicas de lutas que os guerreiros travavam foram ensinadas às pessoas comuns. Criou-se, então, um código oral em que o “espírito da esgrima” (ken-no-kokoro), considerado a base do Bushidô (caminho do samurai), foi transmitido para os praticantes. E como não havia um inimigo, as lutas ganharam características de competição. Para que o caráter competitivo não tomasse conta dos treinamentos, o Budô foi introduzido para ser o caminho espiritual por meio do qual o praticante das lutas de artes marciais atingiria a iluminação.   
Pode-se então dizer que os objetivos do Budô estão intimamente ligados ao objetivo definitivo da filosofia Zen, que consiste na eliminação do ego, dos preconceitos e ilusões criadas pela mente humana, apegada aos prazeres da Terra.
Durante o Período Edo, surgiram centenas de escolas e modalidades de bujutsu (práticas de combate) com diferentes técnicas, definições e métodos. Essas novas lutas se caracterizaram nas atuais artes marciais japonesas que tem como fonte principal o Budô.

Assim como a técnica requer prática, para um budoka atingir suas metas, ele precisa praticar incessantemente as premissas do Budô. Aliada à prática, o estudo teórico também é importante para atingir a serenidade diante das situações complicadas da vida.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Karatecas de Ubá e região conquistam medalhas no Campeonato Brasileiro

Ubá e região tem se destacado cada vez mais no mundo das artes marciais. Em várias modalidades e nos principais campeonatos, nossos atletas tem garantido posições de destaque.
Entre os dias 12 e 14 de junho, foi realizado em Palmas (TO) a 1ª Etapa do Campeonato Brasileiro de Karatê. A seleção de Minas Gerais convocou mais 20 atletas da nossa região. Entretanto, por falta de patrocínio, poucos puderam participar.
Os alunos da Tatsu Karatê Shotokan (Ubá e Juiz de Fora), Projeto Campeões do Futuro (Dores do Turvo) e Projeto Karatê Cidadão (Ubá) representaram bem a nossa região e trouxeram várias medalhas. Além de Minas Gerais ficar em primeiro lugar no ranking geral da competição, nossos atletas trouxeram oito medalhas.
Paula Fayer (Tatsu Karate Shotokan) Ouro em kumite e prata em kata cadetes e sênior;
Arlene Almeida (Projeto Campeões do Futuro) Ouro em kumite 16/17 anos feminino até verde; Keteni Dias (Tatsu Karate Shotokan) prata em kumite 16/17 anos feminino até verde;
Reynaldo Carvalho (Projeto Campeões do Futuro) Ouro em kumite sub 21 e sênior.
Yuri Martins (projeto Karate Cidadão) Ouro em kumite 10/11 anos - 58kg;
Washington Luiz Sudré Silva Jr (Projeto Campeões do Futuro) Bronze em Kumite categoria 16/17 anos;
Wanderley Cardoso (Tatsu Karate Shotokan) prata em kata Master;

Daniele Danielle Glicerio (Projeto Karate Cidadão) bronze em kumite 14/15 anos até verde feminino.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Significado do Tigre no Karatê Shotokan

Significado do Tigre no Karatê Shotokan - O tigre foi pintado por Hoan Kosugi, um dos homens que ajudaram o Mestre Gichin Funakoshi na difícil missão de divulgar o Karatê por todo o Japão.
Hoan Kosugi foi um grande artista japonês e um dos responsáveis por convencer o Mestre Funakoshi a transmitir seus conhecimentos sobre o Karatê. Além de convencer o Mestre Funakoshi a permanecer em Tóquio e ensinar suas técnicas, também o convenceu a escrever um livro para que ficasse registrado seus conhecimentos.
Em 1922 a pedido do artista Hoan Kosugi, Funakoshi publicou seu primeiro livro, Ryukyu Kempo Karatê. Com um grande terremoto em 1923, foi destruída as placas de seu livro. Este livro foi revisado e reeditado quatro anos após seu lançamento, pois teve grande popularidade, com o título alterado para Rentan Goshin Karatê Jutsu. E em 1935, foi publicado mais um livro, Karatê-do Kyohan.
É neste Livro Karatê-do Kyohan, que Hoan Kosugi pinta o tigre para servir de ilustração na capa do livro e as letras junto à cauda do tigre são a assinatura do artista.
Conta-se que o significado está relacionado com o costume de Funakoshi, que tinha o hábito depois dos treinos e do trabalho, de querer estar só e relaxar no Monte Torao, perto de Shuri. O monte quando visto de longe, dava a impressão de ser a “cauda de Tigre”, pois era muito fechado pelas árvores. Era onde escutava a brisa passar sobre os pinheiros, daí a escolha do seu pseudônimo literário.

O tigre representa força e coragem. É um animal felino, de aproximação lenta, estuda suas presas e também seus inimigos. Capaz de percorrer distâncias para perseguir suas presas, possui uma força muscular enorme, audição fora do comum, olfato aguçado e tem uma visão seis vezes maior que o ser humano, principalmente à noite.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Shorinji Kempo: arte marcial japonesa inspirada no Kung Fu Shaolin

A palavra kempo, ou kenpo, é usada no Japão para designar os estilos marciais cuja origem é o Kung Fu chinês. Existem diversos estilos de Kempo, vamos falar aqui de um deles, o Shorinji Kempo, cujos praticantes são chamados de kenshis.
Shorinji Kempo (shorinji= “shaolin”; kempo= “caminho do soco”) é uma arte marcial japonesa inspirada no Kung Fu Shaolin. Foi criado em 1947, por Doshin So, um japonês que estudou artes marciais na China por quase 20 anos. Em sua volta ao Japão, após a II Guerra Mundial, Doshin encontrou um país arrasado e humilhado, com a autoestima muito baixa. Com o objetivo de ajudar a reconstruir o Japão, Doshin resolveu ensinar a filosofia budista que havia aprendido na China. Ele achou que seria mais fácil chamar a atenção dos jovens para o budismo através das artes marciais como faziam os monges do Templo Shaolin. Sintetizando as técnicas que conhecia e adicionando uma filosofia religiosa ele desenvolveu uma nova arte marcial, a qual chamou de Shorinji Kempo.
Por ter recebido diversas influências e ter sido adaptado a defesa pessoal eficiente, o Shorinji Kempo difere bastante dos estilos mais conhecidos de artes marciais orientais. Emprega tanto técnicas duras quanto suaves, seus movimentos, posições, deslocamentos e sua parte filosófica raramente são encontrados juntos em outra arte marcial. Possui técnicas de agarramento e projeção que lembram o Aikido, os socos do Shorinji Kempo lembram os do Boxe, mas são mais versáteis; os chutes são simples e rápidos, pois a preocupação é mais com a eficácia do que com a plasticidade, e nas defesas são evitados os bloqueios desnecessários, preferindo-se os desvios e as esquivas.

Suas técnicas podem ser divididas em Goho (métodos duros) e Juho (métodos suaves). Goho são técnicas para bloquear um golpe, chute ou ataque similar de um oponente com uma defesa, e contra atacar com um chute, soco ou algum outro golpe do tipo; enquanto que Juho são técnicas para quanto um atacante agarra o braço ou uma parte da roupa, e quando é necessário escapar ou então imobilizar o oponente.