terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

FENAJ retoma a luta pelo piso nacional de jornalistas



Nos dias 7 e 8 de fevereiro a Executiva da FENAJ debaterá encaminhamentos relativos Projeto de Lei 2960/11, do deputado Andre Moura (PSC-SE), que fixa em R$ 3.270 o piso salarial nacional dos jornalistas. Saiba mais, também, sobre o Seminário Regional Sul de Campanha Salarial, que envolverá os Sindicatos de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Londrina, o repúdio do Sindicato de Minas Gerais às restrições impostas pela FMF aos jornalistas nas coberturas em arenas esportivas do estado e sobre a preparação do relatório de violências contra jornalistas relativo a 2011.

A decisão de retomar a luta pelo estabelecimento de um piso nacional para os jornalistas ocorreu no XXXIV Congresso Nacional da categoria, realizado em Porto Alegre, em 2010. Segundo o deputado André Moura, a proposta se aproxima da reivindicação histórica da FENAJ de um piso de seis salários mínimos. O projeto prevê o reajuste anual do piso pelo INPC.

“Já havíamos conversado com o parlamentar anteriormente e vamos retomar o contato após os encaminhamentos de nossa reunião da próxima semana”, conta o presidente da FENAJ, Celso Schröder.

A categoria já esteve próxima da conquista de um piso unificado nacionalmente. Em 1985 o Congresso Nacional aprovou o PL 128/8, mas o então presidente da República, José Sarney, vetou a matéria.

Florianópolis sediará Seminário Regional Sul de Campanha Salarial

Nos dias 3 e 4 de março, em Florianópolis, haverá o Seminário Regional Sul de Campanha Salarial e Negociação Coletiva dos Jornalistas. Promovido pelos Sindicatos de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Londrina, o evento – que pretende reunir aproximadamente 30 participantes, entre dirigentes sindicais e convidados - visa permitir a troca de conhecimentos e experiências locais, aproximar as direções sindicais, reconhecer e definir reivindicações comuns e desenhar as bases de uma campanha salarial unificada. Entre os temas em debate estarão “Conjuntura econômica e negociações coletivas”, “O quadro das negociações salariais dos jornalistas brasileiros”, o quadro das negociações, a situação das principais empresas, a mobilização dos jornalistas de redação e assessoria nas bases dos quatro Sindicatos, “Pauta de lutas e estratégias de negociação nas redações e assessorias” e Estratégias de comunicação, organização, mobilização e negociação salarial conjunta”.

Sindicato de Minas Gerais repudia restrições impostas pela FMF aos jornalistas

Em 
nota oficial  emitida no dia 1º de fevereiro, o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais (SJPMG) considera as normas anunciadas pela Federação Mineira de Futebol (FMF) para a cobertura nas arenas esportivas do Estado um abuso de poder e o cerceamento do direito ao trabalho dos profissionais de imprensa que não pertencem à emissora detentora dos direitos de transmissão dos campeonatos Mineiro e Brasileiro. “A suposta organização limita o trabalho dos demais jornalistas à tribuna de imprensa, impede o acesso livre ao gramado, proíbe o contato com os jogadores nos vestiários e dá plenos poderes à assessoria de imprensa da FMF e à emissora detentora dos direitos de transmissão para escolher quem entrevistar, quando e como, o que vai provocar total prejuízo às edições esportivas de jornais e às coberturas das rádios e outras TVs. Tal despropósito vilipendia o direito à informação de leitores, ouvintes e telespectadores dos demais veículos de comunicação”, diz o documento. Para o Sindicato de Minas Gerais, que se solidarizou com os jornalistas da área esportiva, tais normas são um desrespeito à pluralidade das transmissões e das reportagens esportivas, pois se destinam a beneficiar apenas um veículo de comunicação em detrimento da qualidade do jornalismo.

FENAJ prepara relatório de violências contra jornalistas

A FENAJ inicia, em fevereiro, a elaboração de seu relatório anual da violência contra jornalistas referente a 2011. Com esse objetivo a entidade solicitou informações dos 31 Sindicatos de Jornalistas do país relativas aos casos registrados em cada base contra liberdades de imprensa e expressão no ano passado, incluindo desde censuras veladas e/ou explícitas até quaisquer outras formas de impedimento do pleno exercício do Jornalismo.

Fonte: Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Nota de repúdio e pedido de esclarecimentos

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), por intermédio de sua presidenta abaixo assinada, vem a público, solicitar ao Sr. Presidente da Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte, Vereador Léo Burguês esclarecimentos sobre os fatos ocorridos no dia 1º de fevereiro de 2012, durante a coletiva de abertura dos trabalhos legislativos.

Chegou ao conhecimento desse Sindicato que o diretor da Câmara Municipal de Belo Horizonte, José Lincoln Campolina Magalhães, depois de tentar impedir o trabalho dos profissionais jornalistas, que ali estivam em estrito cumprimento do seu dever de informar, tumultuou a entrevista com palavras de ordem e, não contente com sua performance, agrediu repórteres que o inquiriram.

O SJPMG, legítimo representante da categoria, repudia todas as formas de cerceamento do trabalho dos jornalistas e, com maior veemência, repudia a agressão aos profissionais no exercício de seu genuíno direto ao trabalho. 
A ação truculenta contra repórteres demonstra o quão despreparada é a pessoa que ocupa o cargo de diretor da Câmara Municipal, local que deveria se prezar pelo decoro, a transparência e o exercício da democracia e da cidadania.

Não bastasse a casa do povo belo-horizontino ser objeto de chacota e palco de denúncia contra malversação do dinheiro público, vem se somar a esse triste rol de fatos burlescos a denúncia de agressão aos trabalhadores que tem por tarefa perguntar, inquirir, investigar e por missão informar, esclarecer, denunciar.
Por fim, o SJPMG se serve desta para lamentar as declarações do Presidente da Câmara, vereador Léo Burguês, que, para justificar os injustificáveis aumentos de salários dos vereadores tentou banalizar a desfaçatez dos seus pares comparando seus ganhos à laboriosa categoria dos jornalistas.

A referência aos salários dos jornalistas, além de ser uma inverdade, é extremamente lamentável e de mau gosto visto que foi proferida exatamente no dia da abertura das negociações salariais com o patronato, reivindicando um piso salarial de R$ 2.400,00, que significa uma sexta parte dos salários pretendidos pelos vereadores e praticamente uma quarta parte do salário percebido atualmente. 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Projeto fixa piso salarial nacional de jornalistas em R$ 3.270

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2960/11, do deputado Andre Moura (PSC-SE), que fixa em R$ R$ 3.270 o piso salarial nacional dos jornalistas, com jornada de trabalho de 30 horas semanais.


Pela proposta, os proventos serão reajustados anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). De acordo com o autor, a proposta se aproxima da reivindicação histórica da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) de um piso de seis salários mínimos (R$ 3.732, atualmente).

Situação atual


Segundo o deputado, hoje os valores dos pisos desses profissionais variam de um estado para outro. “Dentro de um mesmo estado, há ainda variações no piso de acordo com cada veículo”, explica. Nas capitais predominam os maiores pisos.

“Pesquisas da Fenaj apontam que o piso dos jornalistas alagoanos (R$ 2.114) é o maior do País, seguido pelos dos jornalistas do Paraná (R$ 2.049,11) e de São Paulo (R$ 2.075,78)”, afirma Moura. “Os menores pisos da categoria são os do Rio Grande do Norte (R$ 850,00) e de Sergipe (R$ 954,80)”, complementa.

O deputado acrescenta ainda que estados como Amapá, Amazonas, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e os municípios de Juiz de Fora (MG) e Rio de Janeiro não têm definidos os salários-base para jornalistas, conforme divulgado pela Fenaj.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Renan promete votar a favor da PEC dos jornalistas no 2º turno

O senador Renan Calheiros garantiu votar pela aprovação da PEC 33/2009, que estabelece a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Além do voto, o senador alagoano promete, como líder da maior bancada partidária no Senado, o PMDB, empenhar-se para que a votação, em 2º turno, ocorra no início dos trabalhos legislativos deste ano, no mês de fevereiro.

A posição do senador em relação à PEC foi confirmada em resposta a uma carta da presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal), Valdice Gomes, pedindo para ele manter o compromisso que havia assumido com a categoria, em Alagoas e no Brasil, em defesa do diploma, apesar de seu voto no 1º turno ter sido contrário à aprovação da matéria.

Renan argumentou que sua reação na 1ª votação foi uma resposta, na condição de líder partidário, à falta de entendimento para que a matéria fosse colocada na ordem do dia. Segundo ele, sem que houvesse qualquer acordo entre os líderes, a PEC surpreendeu a todos quando foi posta em votação, gerando um clima de descontentamento geral entre os líderes partidários.

Para o líder do PMDB, a aprovação da PEC é praticamente consenso entre os senadores, como foi demonstrado na 1ª votação, apesar de alguns líderes, pelo motivo exposto no parágrafo acima, terem dado seu voto pessoal contra. “Na segunda votação, não haverá qualquer dificuldade para aprovar a PEC, com o meu voto e empenho para que isso ocorra o mais rápido possível”, concluiu.

Pressão no Congresso pela votação da PEC do Diploma em 2º turno é transferida para 7 e 8 de fevereiro

A Executiva da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) transferiu para os dias 7 e 8 de fevereiro a mobilização no Congresso para pressionar pela rápida votação, em segundo turno, da PEC do diploma no Senado. Todos os diretores da Executiva estarão presentes e os sindicatos vão enviar representação.

A transferência da data, inicialmente prevista para 1º de fevereiro, foi definida após avaliação de que o retorno dos parlamentares é maior na segunda semana pós recesso, e então pode ocorrer uma pressão mais efetiva para a votação em segundo turno aconteça dentro do próximo mês. 

As entidades estaduais devem se organizar  para levar o máximo de dirigentes e de apoiadores ao Congresso na data em que ocorrer a votação em segundo turno.

Os sindicatos, diretores e apoiadores intensificam, neste mês, os contatos com os senadores, já que os parlamentares estão nos seus estados. O objetivo é reafirmar os votos favoráveis; buscar os que votaram contra para reverter seus votos e garantir a presença dos ausentes na primeira votação.

Os jornalistas e sindicatos que organizam blocos carnavalescos, além disso, devem, como já aconteceu em outras folias, aproveitar para marcar a luta pela volta do diploma.

A Fenaj volta a pedir empenho na formação do fundo de recursos para a campanha (além da contribuição de cada sindicato, é necessário que eles busquem contribuições de apoiadores). Os dados para depósito são: Banco do Brasil, Agência: 0452-9, Conta Corrente: 186.112-3.  Os sindicatos devem comunicar à federação, enviando o comprovante de depósito pelo e-mail fenaj@fenaj.org.br.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

1º de fevereiro: Dia Nacional de Mobilização em Brasília pela votação em segundo turno da PEC do Diploma

Para garantir, no próximo mês, a votação da PEC 33/2009 em segundo turno no Senado, a diretoria executiva da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) instituiu o dia 1º de fevereiro, data de retorno dos trabalhos no Congresso, como o Dia Nacional de Mobilização no Senado. Todos os diretores da executiva da entidade estarão em Brasília e os sindicatos devem enviar representantes para o Senado.

Diretores dos sindicatos de jornalistas e apoiadores devem aproveitar o mês de janeiro, quando os parlamentares retornam aos seus estados, para insistir no contato com os senadores. Todo este esforço é para que a votação em segundo turno aconteça em fevereiro; para reafirmar os votos favoráveis; buscar os que votaram contra para reverter os votos; e garantir a presença no plenário do Senado dos ausentes no primeiro turno.

A Fenaj volta a pedir empenho na formação do fundo de recursos para a campanha (além da contribuição de cada sindicato, é necessário que eles busquem contribuições de apoiadores). Os dados para depósito são: Banco do Brasil, Agência: 0452-9, Conta Corrente: 186.112-3.  Os sindicatos devem comunicar à federação, enviando o comprovante de depósito pelo e-mail fenaj@fenaj.org.br

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A íntegra da proposta de emenda constitucional 33/2009 que foi aprovada pelo Senado

“Proposta de Emenda à Constituição nº 33, de 2009

Acrescenta o art. 220-A à Constituição federal, para dispor sobre a exigência do diploma de curso superior de Comunicação Social, habilitação jornalismo, para o exercício da profissão de jornalista.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:

Art. 1º A Constituição federal, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 220-A:

Art. 220-A O exercício da profissão de jornalista é privativo do portador de diploma de curso superior de Comunicação Social, com habilitação em jornalismo, expedido por curso reconhecido pelo Ministério da Educação, nos termos da lei.

Parágrafo único. A exigência do diploma a que se refere o caput é facultativa:

I – ao colaborador, assim entendido aquele que, sem relação de emprego, produz trabalho de natureza técnica, científica ou cultural, relacionado com a sua especialização, para ser divulgado com o nome e qualificação do autor;

II – aos jornalistas provisionados que já tenham obtido registro profissional regular perante o Ministério do Trabalho e Emprego.
Art. 2º Esta emenda constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

Muitos dos que defendem o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista apelam para o direito inalienável de comunicar, que deve ser estendido a todas as pessoas, e não só aos jornalistas formados. Sem dúvida alguma, a comunicação é um direito de todos, e qualquer pessoa pode e deve fazê-lo.

O ser humano se comunica desde tempos imemoriais, quer através de desenhos nas pedras, em tabuletas, papiros, quer bradando no alto das montanhas. Dizer a sua palavra é pressuposto fundamental da liberdade do ser.

O jornalismo é uma das tantas formas de se comunicar alguma coisa a alguém, só que embutida num conjunto de regras que extrapolam o elemento primordial de simplesmente dizer a palavra. O jornalismo é um modo de narrar que pressupõe análise, conhecimento histórico, impressão, focos narrativos, contexto, conhecimento sobre linguagem, signos etc... Coisas que a gente precisa aprender em relações de educação formal que extrapolem o desejo criador e criativo do ser sozinho (Cfr. Em defesa do diploma. Mas não só. Elaine Tavares, in http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=502DAC002).
Para Beth Costa, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, a defesa da regulamentação profissional do jornalista e do surgimento de cursos qualificados aparece já no primeiro congresso dos jornalistas, em 1918, e teve três marcos iniciais no século passado: a primeira regulamentação, em 1938; a fundação da Faculdade Cásper Líbero, em 1947 (primeiro curso de jornalismo do Brasil); e o reconhecimento jurídico da necessidade de formação superior, em 1969, aperfeiçoado pela legislação de 1979.

Foi no século passado que se reconheceu no jornalismo – seja no Brasil, nos Estados Unidos, em países europeus e muitos outros – um ethos profissional. Em outras palavras, validou-se, socialmente, um modo de ser profissional, que procura afastar o amadorismo e vincular a atividade ao interesse público e plural, fazendo do jornalista uma pessoa que dedica sua vida a tal tarefa.

Nesse contexto, evoluíram e se consolidaram princípios teóricos, técnicos, éticos e estéticos profissionais, disseminados por diferentes suportes tecnológicos, como televisão, rádio, jornal, revista, internet. E em diferenciadas funções, do pauteiro ao repórter, do editor ao planejador gráfico, do assessor de imprensa ao fotojornalista. Para isso, exigem-se profissionais multimídia que se relacionem com outras áreas e com a realidade a partir da especificidade profissional; que façam coberturas da ciência à economia, da política aos esportes, da cultura à saúde, da educação às questões agrárias com qualificação ética e estética, incluindo concepção teórica e instrumental técnico a partir de sua área. Tais tarefas incluem responsabilidade social, escolhas morais profissionais e domínio da linguagem especializada, da simples notícia à grande reportagem.

Ninguém ignora que a informação jornalística é um elemento estratégico das sociedades contemporâneas. Por isso é que o Programa de Qualidade de Ensino da Federação Nacional dos Jornalistas – debatido, aperfeiçoado e apoiado pelas principais entidades da área acadêmica (como Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação; Abecom – Associação Brasileira de Escolas de Comunicação; Enecos-Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação; Compós - Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação; e Fórum de Professores de Jornalismo) – defende a formação tanto teórica e cultural quanto técnica e ética. Tal formação deve se expressar seja num programa de TV de grande audiência ou numa TV comunitária, num jornal diário de grande circulação ou num pequeno de bairro, num site na internet ou num programa de rádio, na imagem fotojornalística ou no planejamento gráfico (Diploma em jornalismo: uma exigência que interessa à sociedade, in http://www.fenaj.org.br/interesse.htm).

Uma consequência óbvia da não obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão seria a rápida desqualificação do corpo de profissionais da imprensa do país. Empresas jornalísticas de fundo de quintal poderiam se proliferar contratando, a preço de banana, qualquer um que se declare como jornalista. Era assim no passado, e resquícios desse período ainda atormentam a classe jornalística de tempos em tempos. Uma pesquisa de 1997, feita pelo Sindicato de Jornalistas de São Paulo, revelou que 19 profissionais reconhecidos pelo próprio sindicato como jornalistas eram analfabetos.

Não se podem desconsiderar os benefícios que advieram para a profissão com a exigência da formação universitária específica na área de comunicação. Um jornalista não é um mero escritor, um mero emissor de opiniões. Isso é papel dos articulistas, contratados pelos órgãos de imprensa para esse fim específico, e dos quais não se exige, nem nunca se exigirá, diploma de jornalista. A principal atividade desenvolvida por um jornalista, no sentido estrito do termo, é a apuração criteriosa de fatos, que são então transmitidos à população segundo critérios éticos e técnicas específicas que prezam a imparcialidade e o direito à informação. Isso, sim, exige formação, exige estudo, exige profissionalismo.

Exigir formação acadêmica para a realização de uma atividade profissional específica, sensível e importante como o jornalismo, não é cercear a liberdade de expressão de alguém. É razoável exigir que as pessoas que prestam à população esse serviço sejam profissionais graduados, preparados para os desafios de uma atividade tão sensível e fundamental, que repercute diretamente na vida do cidadão em geral.

Pelas razões expostas, estamos convencidos de que a iniciativa merecerá o acolhimento e os aperfeiçoamentos que se fizerem necessários por parte dos ilustres membros do Congresso Nacional.”

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A aprovação da PEC do Diploma no Senado é uma vitória dos jornalistas e da sociedade brasileira

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), os Sindicatos de Jornalistas e os jornalistas brasileiros saúdam o Congresso Nacional pela votação, ocorrida no dia 30 de novembro, no Senado, da PEC 33/2009, que restabelece a obrigatoriedade da formação de nível superior específica para o ex...ercício da profissão.



A FENAJ identifica neste ato soberano do Senado brasileiro uma identidade indiscutível entre o parlamento nacional e a opinião pública do país, que reconhece a importância do jornalismo e da profissão de jornalista.



Em favor do fortalecimento da profissão, da qualidade do jornalismo e da democracia, a FENAJ agradece o esforço da Mesa do Senado em conduzir a votação, que foi fruto da disposição de partidos, do acordo de líderes e da mobilização de parlamentares.



A FENAJ destaca a iniciativa do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) em propor a emenda constitucional e distingue o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), por seu relatório que encaminhou para esta decisão histórica, e os líderes dos partidos que compreenderam a necessidade do restabelecimento da obrigatoriedade do diploma para o exercício profissional.



A FENAJ agradece, ainda, a Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Diploma, presidida pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e criada pela deputada Rebecca Garcia (PP-AM), que aglutinou parlamentares -- deputados e senadores -- e constituiu o ambiente para esse desenlace altamente positivo para a qualidade do jornalismo no Brasil.



A FENAJ identifica na mobilização dos jornalistas e na condução dos seus sindicatos a força que derrotou a tentativa conservadora e obscurantista de acabar com a profissão organizada e regulamentada. Esta articulação garantiu a vitória no Senado assentando, de vez, o fazer jornalístico numa profissão validada pelas instituições de ensino superior.



A FENAJ destaca, ainda, a participação dos professores, estudantes e cursos de jornalismo que aderiram a este movimento e possibilitaram a retomada da obrigatoriedade da formação universitária, algo que consideramos, sem dúvida, irreversível.



É preciso manter a mobilização para a votação do segundo turno no Senado e a continuação do processo na Câmara dos Deputados. A FENAJ, portanto, convoca seus sindicatos, os jornalistas brasileiros, as centrais sindicais e sindicatos parceiros, os cursos de jornalismo e todos aqueles que acreditam no conhecimento como forma de qualificação profissional, para um último esforço de mobilização, de forma a garantir um jornalismo de qualidade, assentado na pluralidade, na verdade e na ética profissional.



Brasília, 1º de dezembro de 2011.

Diretoria da FENAJ

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Café Parlamentar rende apoio e propostas de ação pela aprovação das PECs do Diploma

O Sindicato dos Jornalistas conquistou o apoio de deputados federais e estaduais, vereadores, do movimento sindical e das universidades para a Campanha do Diploma no Café Parlamentar realizado na manhã do dia 7 de novembro, na sede do SJPMG. Dezenas de pessoas - ex-presidentes da entidade, estudantes, professores e coordenadores de cursos de comunicação da UNA, da PUC-Minas, Uni-BH e Fumec participaram do evento.
Durante o debate, foram apresentadas propostas para mobilizar a sociedade e sensibilizar deputados federais e senadores a aprovar as PECs 386/09 e 33/09, que tramitam na Câmara e Senado, respectivamente, e preveem a restituição da obrigatoriedade da formação em nível superior específica para o exercício da profissão de jornalista.
Compareceram os deputados federais Jô Moraes (PCdoB) e Fábio Ramalho (PV); os deputados estaduais Luiza Ferreira (PPS) e Fred Costa (PHS); além dos vereadores Arnaldo Godoy (PT) e Carlúcio Gonçalves (PR). Enviaram representantes ou mensagens de apoio Jairo Lessa, Tarcísio Caixeta, Júlio Delgado, Eros Biondini, André Quintão, Elaine Matozinhos, Saraiva Felipe, Aelton Freitas, Dalmo Ribeiro, Paulo Lamac e Eduardo Azeredo, entre outros.
Senadores
O coordenador do debate do Café Parlamentar, o diretor de Relações Institucionais do Sindicato, ex-presidente da entidade e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Luis Carlos de Assis Bernardes, revelou que os senadores Aécio Neves (PSDB), Clésio Andrade (PR) e Zezé Perrella (PDT) se manifestaram a favor da aprovação da PEC 33/09. “Quando estivemos, eu e a Vera Godoy (diretora de Imagem e Direito Autoral do SJPMG), em Brasília, conversamos com os senadores e eles, pessoalmente ou por intermédio de assessores, se comprometeram em votar favoravelmente à exigência da obrigatoriedade do diploma”, disse Bernardes.
Segundo o deputado federal Fábio Ramalho (PV), o ambiente no Congresso Nacional é totalmente favorável à aprovação das PECs. “Tenho conversado com os deputados e senadores e noto que a maioria, como eu, é a favor do diploma. Para mim, para exercer a profissão, tem que ser diplomado. E temos que lutar para aprimorar ainda mais os cursos. Podem contar comigo, com minha articulação. Eu sempre reúno deputados e senadores na minha casa e posso ajudar a buscar votos para as PECs.”
Para a deputada federal Jô Moraes (PCdoB), o diploma é instrumento de independência do profissional. “A comunicação é um assunto estratégico. O país pode ser dominado por quem domina os meios de comunicação. Os meios de comunicação precisam ser regulamentos para que os órgãos de imprensa exerçam o direito de falar e o povo o direito de se informar e o diploma tem papel preponderante neste cenário”, avaliou.
O vereador Arnaldo Godoy recomendou o máximo de divulgação possível e mais encontros como o desta segunda-feira. “É preciso divulgar ao máximo, usar todas as redes sociais para mostrar à sociedade quem está apoiando a Campanha do Diploma, como os três senadores mineiros”, afirmou. Godoy cobrou maior comprometimento das escolas de jornalismo. “As universidades têm que se envolver mais, têm que se empenhar mais na empreitada, que é dos estudantes.”
Movimento Sindical
O presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-Minas), Gilson Reis, propôs uma campanha direcionada à questão do diploma feita em conjunto pela sua entidade, SJPMG, movimento estudantil e coordenadores de cursos de jornalismo. “Precisamos envolver todos numa campanha maciça e levar para as ruas a causa do diploma. A participação das universidades nesta campanha é fundamental para que o debate seja levado á sociedade e que a opinião pública influencie no voto dos deputados”, disse Gilson Reis, que vai agendar uma reunião ainda nesta semana com todos os setores para articular a campanha.
De acordo com Jô Moraes, a Campanha do Diploma pode ganhar maior repercussão no Congresso com a elaboração de um manifesto, assinado pelos deputados e senadores. “O manifesto traria maior visibilidade para a causa, pois seria amplamente divulgado nas mídias do Congresso e nos meios de comunicação.”
Ações políticas
O deputado estadual Fred Costa se comprometeu a coletar assinaturas na Assembleia Legislativa para criar uma Frente Parlamentar em Defesa do Diploma. “É uma forma de criar um fato político”, disse. Fred Costa colocou seu mailing com mais de 400 mil e-mails para massificar a campanha pela volta do diploma. “O engajamento da sociedade é imprescindível e, para isso, precisamos divulgar ao máximo a campanha e buscar o apoio da população. Assim, vamos pressionar o Congresso a aprovar as PECs.”
Luiza Ferreira lembrou que, quando presidiu a Câmara Municipal, trabalhou pela aprovação de projeto do vereador Adriano Ventura (PT) que obriga o Legislativo e o Executivo municipais a contratar apenas jornalistas formados. “O projeto foi aprovado e sancionado. Belo Horizonte foi uma das cidades pioneiras no assunto”, disse a deputada estadual. “Eu me comprometo a repercutir o debate de hoje na tribuna da Assembleia Legislativa.” Luiza Ferreira disse que vai buscar informações do projeto do deputado Alencar da Silveira que propõe que os órgãos do Estado também só contratem jornalistas diplomados.
Para os parlamentares presentes no evento, a Campanha do Diploma vai depender não apenas do esforço dos jornalistas, mas de uma ação articulada no Congresso Nacional. “A campanha precisa ser assumida por um grupo, um bloco dentro do Congresso, que vai montar uma estratégia no dia de votação. É necessário trabalhar nas comissões e um grupo pode desenvolver este trabalho”, afirmou Ronan Ramos, representante do deputado Eduardo Azeredo (PSDB).

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ogum Rogai por Nós.


OgumOgum Rogai por Nós.
Nunca ficara sem resposta àquele que nele crer…Ogunhe meu Pai!
Eu andarei vestido e armado com as armas de OGUM para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.
Glorioso OGUM, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
Que assim seja, amém