sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Dicionário de Karatê - parte III


Acessórios

Gi - Uniforme.
Kimono - Roupa.
Uwagui - Casaco. Também chamado Dogi.
Obi - Faixa.
Zubon - Calças.
Hakama - Calças.
Zori - Sandálias de palha.
Geta - Sandálias de madeira.
Tabi - Meias japonesas.
Yoroi - Armadura Samurai.
Kabuto - Capacete Samurai.

Local de Treino
Dojo - Local de treino.
Machi-dojo - Dojo privado reservado ao treino de uma ou várias artes marciais.
Tatami - Solo de treino.
Jo - Área de combate.
Kamidana - Altar dos Kami (Deuses Shinto).
Kamiza - Assento dos Kami. Lugar onde se encontram as fotos de antepassados ou caligrafias e é onde se senta o mestre, também denominado Joza (Assento Superior). Situado à frente.
Joseki - Lugar de saudação, de assento e de entrada ao Tatami dos mais graduados. Situado à direita.
Shimoseki - Assento e entrada ao Tatami dos menos graduados. Situado à esquerda.
Shimoza - Assento Inferior. Lugar de saudação para os menos graduados. Situado em frente ao Kamiza.

Saudações
Reigisa-ho - Conjunto de regras que formam o ritual de saudação.
Rei - Cortesia, etiqueta, saudação.
Ritsu rei - Saudação em pé.
Za rei - Saudação em Seiza (sentado de joelhos).
Shinden ni rei - Saudação ao Altar, Dojo.
Sensei ni rei - Saudação a Mestre.
Shidoin ni rei - Saudação ao aluno mais avançado.
Otagai ni rei - Saudação entre companheiros.
Onegai shimasu - Por favor, vamos praticar juntos.
Oshiete Kudasai - Por favor, ensina-me.
Domo Arigato Gozaimashita - Muito obrigado. Também Domo arigato gozaimasu.
Douitashimashite - De nada.
Gomen nasai - Desculpe.
Dozo - Adiante, por favor.

Graduações / Títulos / Praticantes
Kyudan - Conjunto de graus inferiores e superiores nas Artes Marciais.
Kyu - Graduações inferiores.
Rokkyu - 6º Kyu - Faixa Branco (Obi Shiroi).
Gokkyu - 5º Kyu - Faixa Amarelo ( Obi Kiroi).
Shikyu - 4º Kyu - Faixa Laranja (Obi Aka).
Sankyu - 3º Kyu - Faixa Verde ( Obi Midori).
Nikyu - 2º Kyu - Faixa Azul (Obi Aoi).
Ikkyu - 1º Kyu - Faixa Marron (Obi Chairo).
Dan - Graduações Superiores.
Shodan - 1º Dan.
Nidan - 2º Dan.
Sandan - 3º Dan.
Yodan - 4º Dan. Renshi
Godan - 5º Dan. Renshi.
Rokudan - 6º Dan. Renshi.
Sishidan - 7º Dan. Kyoshi.
Hashidan - 8º Dan. Kyoshi.
Kyudan - 9º Dan. Hanshi.
Judan - 10º Dan. Hanshi.
Nyumonsha - Aprendiz aceite num Ryu.
Kohai - Principiante, novato.
Dohai - Companheiro do mesmo nível num Bugei.
Deshi - Aluno. Também Montei.
Gaijin - Budoka Ocidental.
Mudansha - Praticante de Kyu.
Yudansha - Praticante de Dan.
Kodansha - De 5º Dan acima.
Meijin - Mestre Superior. O grau mais elevado das Artes Marciais Tradicionais.
Uchi-deshi - Aluno especial.
Monjin - Discípulo.
Juku-gashira - Discípulo ao qual é transmitido todo o segredo. Podia ser um filho ou um aluno.
Ruysha - Discípulo de um Mestre de um Ryu que segue a disciplina ensinada por este.
Kyohan - Instrutor, Mestre.
Senpai - É o aluno mais veterano do Sensei, também se pode atribuir ao Mestre de um Dojo.
Sensei - Literalmente um nascido antes que um. Mestre Principal, às vezes utiliza-se como Mestre criador de um Ryu.
Waka-sensei - Jovem Mestre, título dado ao filho ou sucessor jovem do criador de um Dojo.
O-Sensei ou Dai-Sensei - Grande Mestre, só se concede a alguns mestres. (Gishin Funakoshi, Shigeru Egami, Morihei Ueshiba...)
Renshi - Expert. De 4º a 6º Dan. O que tem domínio de si.
Kyoshi - Perfeição Interior. De 7º a 8º Dan.
Shihan - Título Superior. A mais alta graduação, aplicada de 9º a 10º Dan.

Arte Marcial
Do - Via, Caminho. Conceito que se aplica à parte Espiritual como disciplina para a formação do caráter e do corpo mediante a prática de uma Arte Marcial.
Jutsu - Técnica. Conceito que se aplica à parte Material das Artes Marciais, dirigido principalmente à eficiência das técnicas de uma Arte Marcial e em segundo plano à sua filosofia.
Bugei - Arte Marcial. Bu - marcial /guerra e Gei - arte.
Bujutsu - Técnicas da Guerra, focando principalmente a eficácia das técnicas da Guerra, mas não desprezando a faceta espiritual.
Budo - A Via da Arte da Guerra, focado em preservar a paz e evitar o conflito, tendo fortemente marcada a influência Budismo Zen e Shinto, e cuja prática principal é ao desenvolvimento interior mediante a prática marcial. Este nome modificou-se para Bujutsu no período Edo.
Gendai Bujutsu - Arte Marcial moderna.
Koryu - Escola tradicional, escola antiga.
Dokkodo -Via que há que seguir sozinho.
Buke-seigi - Código e regulamento militar.
Buki - Utensílios ou ferramentas adaptados como armas de guerra.
Budoka - Artista Marcial. Praticante de uma disciplina marcial.
Budo Mugen - O Budo é infinito.
Budo Ni Chikamichi Nashi - No Budo não há atalhos.
Budo Wa Shusei Geneki - O Budoka deve permanecer ativo durante toda a sua vida, deve treinar, praticar com vontade, investigar para desenvolver as técnicas, aperfeiçoar o caráter e a filosofia, para então orientar os seus sucessores.
Hyodo - Antigo nome dado aos Budo.
Kakuto-bugei - Artes Marciais de combate, conjunto de técnicas Budo em que se utiliza só armas, excluindo as técnicas com as mãos desarmadas.
Nagai-mono - Armas compridas , categoria de armas compridas como os sabres, lanças, etc.
Mijikai-mono - Armas curtas , categoria de armas curtas como punhais, facas, bastões, correntes, etc.
Marubashi - A via da natureza, da liberdade e da energia da vida.
Hiho - Método secreto.
Hiden - Ciência oculta, mistério de uma arte.
Hi-jutsu - Técnicas ocultas.
Oshikiuchi - Artes Militares secretas que eram ensinadas somente aos guerreiros de alta patente (oficiais).
Jiei - Defesa Pessoal. Também Goshinjutsu.
Hyoho - Método da estratégia.
Heido -Via Militar.
Bushi - Guerreiro.
Senshi - Mulher guerreira, costumavam lutar para um Daimyo.
Hei - Arma, guerreiro, exército.
Han - Pelotão, patrulha, corpo.
Ryu - Escola, estilo.

Palavras Comuns no Dojo
Hai - Sim.
Iie - Não.
Joi - Atenção, preparados. Também chamado Kiotsuke.
Hajime - Começar. Também Hashime.
Yoshi - Ide, seguinte, adiante.
Hakke-yoi - Muito bem!
Yame - Alto.
Matte - Esperar.
Yasume - Descanso.
Shugo - Alinhar, formar.
Seiza - Sentar-se de joelhos.
Agura-wo-kaku - Sentar-se com as pernas cruzadas.
Kiritsu - Levantar.
Atatamaru - Pré-aquecimento antes do treino. Também Junan-taisho e Jumbi-undo.
Asiru - Correr.
Junan-shitsu - Flexibilidade, elasticidade. Também Danryoku.
Juho - Treino para a Flexibilidade.
Chui - Advertência.
Mawate - Girar, troca de direção.
Tsugi - A seguir, seguinte, próximo.
Wakare - Separar.

Treinos e Praticas
Hoyo-undo - Estudo dos fundamentos e técnicas de um Budo.
Manabu - Aprender copiando, método de aprendizagem dos movimentos imitando o instrutor.
Keiko - Prática. Estudo e aperfeiçoamento das aplicações e técnicas de um Budo, com o fim de superar (kei) os antigos (ko).
Renshu - Treino físico.
Shugyo - Treino austero.
Kan-geiko - Treino de Inverno.
Asa-geiko - Treino Matinal.
Shinya-geiko - Treino Noturno.
Nohara-geiko - Treino no Campo.
Hatsu-geiko - Treino de ano novo, o qual dura vários dias.
Sute-geiko - Treino especial, reservado a alguns alunos.
Hakuda - Curso de treino.
Taikai - Encontro.
Tandoku-geiko - Prática individual.
Sotai-geiko - Prática com companheiro.
Tandoku-dosa - Estudo e treino de uma técnica individual.
Sotai-dosa - Estudo e treino de uma técnica com um companheiro.
Tameshi - Prova, ensaio, experiência.
Hishigi - Técnica de quebrar madeira, telhas, tijolos...
Siwari - Prática de quebrar no qual se treina e endurece os membros.
Kote kitai - Endurecimento dos antebraços.
Bokinobu - Técnicas com mãos desarmadas contra oponente armado.
Toshunobu - Técnicas com arma contra oponente com mãos desarmadas.
Kakari-geiko - Prática de técnicas básicas de defesa e ataque.
Gokaku-geiko - Treino entre praticantes de um mesmo nível.
Kachinuki - Treino muito especial tipo combate, no qual um praticante enfrenta um oponente atrás de outro, sucessivamente e sem pausas, até ficar esgotado física ou mentalmente e ou ser derrotado.
Kumite - Combate.
Irikumi-kumite - Combate no qual uke se baseia em atacar e tori apenas defende.
Jyu-kumite - Combate livre. Também Jiju-kumite.
Bogu-kumite - Combate com projeções.
Jissen-kumite - Combate real.
Shobu - Combate até à morte entre dois experientes Budokas. Também Shinken-Shobu.
Kakidameshi - Duelos entre escolas, desenrolavam-se secretamente.
Shiai - Luta de destreza, torneio, competição.
Taryu-jiai - Duelos entre distintas escolas ou estilos, realizados para ajudar ao progresso das artes marciais e estabelecer a superioridade do estilo.
Futaridori - Combate contra vários atacantes.
Gonin-gake - Combate contra cinco atacantes.
Junin-gake - Combate contra 10 atacantes.
Hasen-kata - Serie de Katas executadas umas seguidas às outras.
Shinko-kata - Kata superior.
Tokui-kata - Kata preferida.
Tokui-waza - Técnica preferida.
Geki-waza - Técnica de ataque.
To-jin-ho - Quedas particulares executadas sobre uma superfície dura, não sobre Tatami.
Gorei - Prática num grupo de uma arte marcial, sem orientação de um expert. Forma de treino coletivo.
Bunkai - Análise, estudo de uma kata.
Oyo-bunkai - Aplicação de um bunkai.
Enbu - Demonstração.
Shintai - Movimento, formas de deslocar-se.
Shikko - Caminhar de joelhos.
De-ashi - Passo natural.
Okuri-ashi - Passo deslizando a primeira perna e arrastando a outra. Mae frontal e Ato atrás.
Hiraki-ashi - Passo igual a okuri-ashi, mas para os laterais e oblíquos. Mae esquerdo e frontal e Ato direito e atrás.
Tsugi-ashi - Passo deslizando a perna traseira e depois a dianteira. Mae frontal e Ato para trás.
Suri-ashi - Passo deslizante em avanço.
Ayumi-ashi - Passo cruzado. Mae frontal e Ato para trás.
Yori-ashi - Passo com ambos os pés ao mesmo tempo.
Fumi-gaeshi - Troca de guarda sem deslocamento.
Tenkai-ashi - Pivo, rodar a direção do corpo sem deslocação.
Irimi - Esquiva em Tsugi-ashi/okuri-ashi entrando.
Tenkan - Esquiva girando o corpo e retrocedendo a perna.
Irimi-tenkan - Esquiva entrando e girando o corpo para desequilibrar.
Kaiten-ashi - Esquiva em Suri-ashi (irimi) e Tenkan.
Tai-sabaki - Esquiva (kawashi).

Disciplinas e Conceitos Tradicionais
Shitate - Educar, disciplinar.
Dojo-Kun - Regra, código, conduta do Dojo.
Budo-seishin - Formação espiritual e conceitos filosóficos do Budoka.
Sushin-ho - Cultura do espírito e da moral, ao qual se atribui a capacidade de conduzir o homem a autoperfeição mediante um Budo.
Kyudo Mugen - A busca do caminho é ilimitada.
Tanren - Prática assídua pela qual se chega a autoperfeição.
Seishin-tanren - Formação espiritual do homem, cujo espírito, comparável a uma folha de sabre, deve, como esta, ser forjada e purificada de maneira a que alcance a perfeição.
Makoto - Mente pura. Sentimento de sinceridade absoluta. Fidelidade, lealdade.
Gyodo - A verdadeira via. O que leva o Do verdadeiramente no seu coração.
Tsua-mono - Homem de valor, de qualidade. Guerreiro valente.
Otokodate - Homem de espírito cavalheiresco e forte caráter que alcançou o domínio das suas paixões pela prática do Budo que defende os fracos e oprimidos.
Kyokaku - É o equivalente de Otokodate do cavaleiro europeu.
Ki-gai-yuku - O Ki vai-se, estado de fadiga e pouco Ki.
Yuki - Valor, coragem.
Tsuyoki - Vigor, forte, pessoa de grande caráter com um Ki poderoso.
Yowaki - Timidez, débil, pessoa de pouco caráter com um Ki débil.
Michi-o-osameru - Alcançar a Via.
Gokoku-taihei - Defender a Paz.
Nukazu-ni-sumu - Sem desembainhar o sabre, significa que o sabre está para manter a paz e não para fazer a guerra.
Ho - Método, conjunto, lei, regra.
O-moi - Ajudar com carinho e desapego.
Kokoro-e - Verdadeiro espírito de compreensão e conhecimento do Budo.
Magokoro - Sinceridade de coração.
Shoshin-o-wasurezu - Não esqueças o espírito e humildade de um principiante.
Kantan-na-mono-yoku-kachi-o-seisu - O equilíbrio entre a vitória e a derrota muitas vezes depende das coisas simples.
Yamato-gokoro - Coração Japonês.
Furyu - Costumes e crenças das antigas gerações que há que respeitar no treino.
Bushi-no-nasake - Ternura do guerreiro, até os mais fortes e valentes devem mostrar compaixão e carinho a todos os seres, a força e o conhecimento em tempos de paz, não deviam servir mais que para proteger os fracos e ensinar aos ignorantes.
Ahimsa - sânscrito - Não-violência dirigido aos homens e animais. Ideal de origem budista excluindo o ódio, os maus pensamentos e o egoísmo.
Alaya - sânscrito - Depósito da consciência. É o inconsciente que alimenta a consciência.
Mokuso - Meditação (mokko/ meso) em seiza. Momento de silêncio meditativo que geralmente se faz ao iniciar ou ao terminar uma aula. Tem como objetivos libertar a mente, acalmar o espírito e preparar o estudante para o treino.
Higyo hi-za Sammai - Meditação livre que deve conduzir ao vazio completo.
Antei - Harmonia, equilíbrio, firmeza.
Fu-antei - Desequilíbrio, instabilidade.
Gaman - Perseverança, paciência.
I - Vontade.
Jukuren - Habilidade, destreza.
Ichiban - Primeiro em japonês; diz-se de tudo o que é de primeira qualidade, pode aplicar-se tanto às coisas como à técnica.
Enryo - Desprezo da morte, sem medo da morte.
Nyunan-shin - Suavidade do espírito, o praticante deve aceitar com humildade as diretrizes do professor abstraindo-se do seu ego.
Keppan - Juramento do principiante antes de começar numa escola clássica de artes marciais.
Buke - Família guerreira. Nome aplicado à classe dos guerreiros, cuja profissão e cujas técnicas se transmitiam de pais a filhos e de mestres a discípulos.
I-shin-den-shin - Modo de receber um ensinamento segundo a expressão japonesa - Da minha alma à tua alma. Não se transmite verbalmente e dava-se antigamente no Tibet e no Oriente de mestre a discípulo.
Den - Iniciação. Divide-se em 3 fases, Shoden (primária), Chuden (média) e Okuden (secreta ou superior).
Gokuhi - Técnicas particulares que um mestre ensina aos seus alunos mais avançados de graus mais altos, por vezes qualificada de Hiden - ciência oculta, Hijutsu - técnica oculta.
Okuden - Ensinamento Secreto, dada por um mestre a alguns discípulos escolhidos por ele, os quais, por sua vez não devem divulgá-la mais que a Budokas selecionados.
Cho-ichi-ryu - Designação do melhor experiente com sabre, honra perseguida por muitos Bushi.
Dokukodo - Obra escrita por Miyamoto Musashi e dedicada a conselhos de ordem ética aos guerreiros, pondo em evidência o desinteresse, o desprezo pela morte, o sentido de honra, a austeridade e o desprendimento.
Kannagara - Via de intuição que não comporta nem leis nem doutrinas do bem nem do mal. Rege-se pelas leis que governam os fenômenos naturais.
Kototama - Função espiritual dos sons.
Kenshi - Experiente na técnica do sabre.
Bushi - Guerreiro.
Musha-Shugyo - Guerreiro que prova a sua destreza e habilidades com outros guerreiros em duelo ou em Taryu-jiai.
Yaburi-dojo - As escolas de artes marciais eram muito numerosas em todas as épocas, pelo menos desde o século XV, e era normal que mestres e alunos de um Ryu fossem ao Dojo de outro para desafiar os seus praticantes. Quando o mestre desafiado dessa maneira era vencido, perdia o seu prestígio e os seus discípulos alistavam-se debaixo da bandeira do vencedor. Esta prática de desafios ainda existe nos nossos dias entre Dojos de uma mesma disciplina, mas em forma de competição amigável.
Samurai - servidor, vassalo. Soldado que jura lealdade e honra ao seu senhor (daimyo).
Daimyo - Senhor feudal.
Shogun - Governador militar.
Tatsujin - Aquele que alcançou a perfeição do sabre.
Mondo - Reunião formal entre um mestre de artes marciais e os seus alunos ou discípulos (Monjin) no Dojo, durante a qual falam do espírito dos Budo. Na prática do Zen, o mundo é um simples diálogo entre o mestre e um dos seus discípulos, no curso do qual, o mestre dá a este em Koan para que medite. Esta conversa tem como fim superar o processo convencional do pensamento para chegar mesmo ao coração das coisas mediante a compreensão intuitiva. O Koan é uma sentença muito curta sem nenhum significado lógico, mas que esconde uma verdade que o discípulo deve procurar descobrir.
Misogi - Cerimônias e técnicas de purificação.
Tantra - Disciplina espiritual.
Musho-toku - Sem meta nem espírito de proveito. Não desejar alcançar um fim nem desejar proveito ou recompensa por uma ação, sentimento que deve guiar ao que atua o mesmo no Zen como na prática das artes marciais. Só aquele cujo pensamento está purificado pode alcançar este ultimo estado da vida. É a não consciência, a não meditação que situa o espírito em absoluta disponibilidade.
Seishi O Choetsu - Troca de atitude mental do Samurai, confrontado diariamente com o problema da vida e da morte.
Satori - Iluminação espiritual.
Kaigen - Despertar espiritual.
Ri-gi-ittai - Teoria e técnica são uma só.
Shin-gi-ittai - Espírito e técnica são uma só.
Shin-gi-tai - Espírito, técnica e corpo, aplica-se ao desenvolvimento do Budoka em -
Shin - Formação de caráter, domínio do corpo e da mente, filosofia, etc...
Gi - Técnicas, estratégia, formas de treino e conceitos, etc.
Tai - Conhecimento interior do corpo, preparação física, etc.
Rishi - Transcendente, o que encontrou o caminho da verdade.
Ryu-gi - Aprender a dirigir o espírito, um dos segredos das artes marciais.
Shi - Morte. A vida não é mais do que uma passagem transitória entre o material e o espiritual. O Bushido era a via da morte, ganhar ou morrer.

Conceitos da Técnica
Aiki - União com o Ki. Estado de impassibilidade de espírito do combatente, no qual toda a sua força está concentrada no Hara. O seu espírito deve estar livre de qualquer intenção de agressão e permanecer alerta. É o estado estático do Kiai, da mesma maneira que esta seja a forma dinâmica expressa silenciosamente ou não, do Aiki. Dele precede a faculdade de vencer moral e espiritualmente um adversário sem recorrer a armas. É o estado psicológico que não exige vencer sem atingir.
Aiki-ho - Doutrina baseada na não resistência ao empurrão, ao peso ou atração de um adversário, como o ramo de salgueiro que se dobra debaixo da neve e faz com que esta caia, e adotada por muitas escolas.
Sei-Ryoku-Zen-Yo - Mínimo esforço e máxima eficácia/resultado.
Rakka - Força contra força.
Aiki-no-Sen - Tirar proveito da postura do adversário.
Ai-nuke - Situação na qual dois potenciais adversários tendo chegado à união dos seus respectivos Ki, quer seja antes ou durante um confronto, não podem combater e cuja conseqüência é que não pode haver vencedor nem vencido. Os dois adversários chegam então a uma mútua compreensão que supera o materialismo do combate e unem-se espiritualmente, acima dele, em perfeita harmonia.
Antei - Harmonia, equilíbrio, firmeza.
Ato-no-Sen - Iniciativa defensiva, ação de iniciar um movimento de defesa quando se percebe a intenção de ataque do adversário, de maneira que se possa bloquear e contra-atacar imediatamente, às vezes, inclusive, de atacar antes do adversário.
Bonno - Paixão perturbadora. Momento, durante o qual o espírito de um Budoka se fixa e perde a sua serenidade. Se o seu adversário sabe aproveitar-se de este trânsito para o vazio, obterá facilmente a vitória. Portanto, é de uma importância vital que o Budoka tenha sempre o espírito desperto (Hontai), em alerta sereno, com o fim de não dar ocasião ao seu adversário de aproveitar esta lacuna.
Chikara - Força, potência. A ação Chikara (in/yin) acompanhada de Ki (yo/yang) dá uma ação completa perfeita.
Chimei - Golpe decisivo e perigoso que pode ser mortal se dado verdadeiramente a fundo.
Ikken-hissatsu - matar de um só golpe. Também Ichigeki-hisatsu.
De-ai - Ataque realizado ao mesmo tempo em que o adversário.
Debana - Ação de desanimar o adversário.
Ensan-no-Metsuke - Arte de olhar sem ver e ver sem olhar. Não há que se fazer escravo do objeto que se olha, há que captar toda a sua esfera numa visão total.
Enshin - Posição de preparação no combate.
Fudoshin - Espírito imutável. O domínio da mente, o estado no qual o espírito não está perturbado por nada exterior. Ignora o medo face ao perigo, face a uma agressão e face a um acontecimento imprevisto. É a impassibilidade total face aos riscos da vida. Este conceito, exposto por Takuan, foi desenvolvido por Miyamoto Musashi, que o denominou Iwa-no-mi, (Corpo-como-uma-rocha). Diz-se de um combatente que permanece imperturbável e sereno em qualquer circunstância.
Genshin - Pressentir. Sentido de alerta face à ação de um adversário, que permite a um combatente pressentir o seu ataque e que não adquire senão depois de longos anos de prática. Quem o possui pode também prever um ataque uma fração de segundo antes que se produza, e contra-atacar imediatamente com a maior eficácia.
Hangeki - Defesa e contra-ataque simultâneo.
Happo-moku - Técnica de fixar o olhar no vazio de maneira que se enquadre todo o campo visual nas oito direções sem ter que mover a cabeça e sem fixar-se em nenhum objeto em particular.
Heijo-shin - Estado de espírito firme, tranqüilo e desprovido de emoção que deve ter aquele que é objeto de um ataque. Este estado de espírito deve ir acompanhado por uma atitude tranqüila, um ritmo de respiração normal e uma confiança total em si mesmo, sem medo algum.
Hen-O - Conceito da percepção correta dos movimentos do adversário com a resposta técnica apropriada.
Hikia-U - Ser proveitoso, vantajoso.
Hontai - Estado de vigília e de alerta permanente do combatente em combate, no qual o espírito não se fixa, senão que permanece claro e controla todas as faculdades. É o domínio perfeito do corpo, da vontade e do espírito, adquirido após um longo treino. Segundo o monge Zen Takuan, é a Sabedoria que reflete o espírito imóvel que não se fica em nenhuma parte.
Irimi - É a forma positiva de toda a técnica defensiva, a não resistência deixando que a força do adversário se vire contra ele, e que deve originar um movimento simultâneo de contra-ataque.
Jû-joku-go-o-sei-suru - A suavidade controla a força. Conceito que se encontra na base de todos os Budo e que teria sido enunciado pela primeira vez pelo filósofo chinês Lao-Tse.
Jukuryo-danko - Reflexivo, mas rápido na ação.
Ju-No-Ri - Principio de suavidade e de flexibilidade que consta de uma postura adequada e de uma ação sem brutalidade nas quais Tori não deve opor-se à força de Uke, mas pelo contrário, servir-se dela para desequilibrar o adversário conservando sempre o seu próprio equilíbrio.
Kan-ken-futatsu-no-koto - Expressão do guerreiro na sua aplicação do Bujutsu significando a sua possibilidade de ver com os olhos e a mente, dando-lhe a oportunidade de pressentir o perigo.
Kikai - Instante que separa dois movimentos de ataque ou defesa no decurso de um combate (durante o qual um dos adversários se encontra em estado de incerteza) e, portanto vantajoso para o seu oponente.
Kobo-ichi - Unidade no ataque e na defesa. Fenômeno pelo qual a ação defensiva e ofensiva é uma só.
Iki-ai - Coordenação.
Kogeki - Ataque real (em karate).
Kakedameshi - Ataque forte.
Kussin - Expansão e contração do corpo.
Kanzyo - Pensamento concentrado para levar as energias numa mesma direcção.
Todome - Rematar.
Kokoro-no-mizu - Espírito como a água. Estado ideal de espírito, calmo e alerta. Disponível como a superfície da água tranqüila que se molda ao receber um tufo de erva. Este deve ser o estado do Samurai e do Budoka.
Miru-no-kokoro - Espírito de visão. Visão global do adversário, do que o rodeia e avaliação do seu espaço-tempo.
Mizu-no-kokoro - Coração como a água, expressão que indica a calma perfeita do espírito, a sua não agressividade e a sua resistência passiva. A quem o possui, o Mizu-no-kokoro é então sensível a todas as percepções e o seu Ki está em sintonia com todos os seres.
Mushin - Pensamento original, sem fixação de qualquer tipo, aberto a todas as coisas e refletindo-as como se fosse um espelho. É o contrário de Ushin, pensamento temporariamente fixado, consequentemente superficial. O Munen-mushin (Muso) é o estado de vazio (Shunya), de disponibilidade total do espírito que, não estando fixado (Mushin), não se preocupa nunca com a aparência das coisas.
Muso-ken - Movimento atacante ou defensivo, que resulta espontâneo e sem a intervenção do pensamento, antecipando as ações do oponente. O Musoken representa um tipo de sexto sentido.
Mutekatsu - Vitória sem combate.
Ma-ai - Distância, espaço, significa a distância / tempo que separa duas coisas. Existem três distâncias básicas em - Chika-ma curta distância, To-ma longa distância, e Issoku-Itto-No-Maai intermédia entre estas duas. Esta última significa, literalmente, distância de um passo/golpe.
Nuki - Esquiva.
Nuki-waza - Técnica evasiva. Geralmente consiste num passo atrás ou uma rotação destinada a esquivar um ataque, o que ocasiona que o mesmo encontre o vazio e com isto se aproveita o momento de equilíbrio do oponente para contra-atacar.
Donto - Respiração Normal.
Kokyu - Controlo respiratório. Respiração profunda que tem origem no Hara e que ativa o movimento do Ki. É a coordenação entre a respiração e o movimento, acumulando o Ki e dirigindo-o e redirecionando-o com o golpe ou técnica. Também chamado Yo-ibuki.
Nogare - Respiração. Faz-se inspirando pelo nariz e expirando (ibuki) pela boca.
Fukushi-kokyu - Prática de respiração e tensão abdominal.
Ibuki - Técnica respiratória sonora a partir do ventre que permite principalmente dominar a dor padecida depois de um atemi ou um hishigi.
Zanshin - Estado de alerta, guarda mental.
Sakki - Sede de sangue/ar de assassinato. Sensação negativa de agressividade. Sentimento instantâneo e intuitivo que tem um praticante de um Budo respectivamente à intenção agressiva de outra pessoa, e que permite contra-atacar antes, inclusive, que o adversário tenha tido tempo de decidir um ataque efetivo.
San-nen-goroshi - Técnica secreta que consiste em atingir o adversário de tal forma que a morte o encontra mais tarde (san-nen=3 anos). Esta técnica pertence mais ao domínio da lenda que da realidade, ainda que alguns traumatismos derivados de um Atemi podem deixar seqüelas que, em longo prazo, podem encurtar a vida normal de um individuo.
Samadhi - Concentração total, perfeita.
Sen-no-sen - Antecipação, iniciativa tomada durante um combate antecipando-se a este.
Go-no-sen - Percepção de um ataque em estado de espera.
Senken - Ataque executado antecipando-se ao de um adversário.
Shashin - Num combate, ou antes, deste abertura deliberada de um dos combatentes destinada a enganar o adversário.
Sahi-te - Mão que entra, técnica defensiva atacante.
Shimei - Ataque que pode chegar a ser mortal.
Shingitai - Valor triplo dos que alcançaram o grau de cinturão negro, sendo Shin o valor moral, o caráter, Gi o valor técnico, e Tai o valor físico. Estes três valores devem ir a par com os dois princípios básicos das artes marciais - o Seiryoku Zen yo ou utilização eficaz da energia e o Jitakyoei ou ajuda e cooperação mútuas, princípios extraídos do Bushido. O Yudansha que possui o Shingitai reúne em si mesmo o Céu (shin), a Terra (gi) e o Homem (tai). É então um homem completo.
Shin-gai-muto - o sabre não existe separado do espírito.
Shisei - Posição adotada por um combatente para a defesa ou contra-ataque. Pode ser natural ou defensiva.
Shobu - Antigamente combate até à morte (shinken-shobu) entre dois peritos em artes marciais.
Suki - Abertura, oportunidade no ataque.
Shinkaku - Ângulo cego. Ângulo que dificulta a combinação do ataque do adversário enquanto favorece o nosso.
Sukima - Vazio, estado de vácuo no momento do ataque para ter a resposta adequada de defesa e contra-ataque.
Suki-o-mitsukeru - Esperar e ver vir, atitude de um combatente que observa o seu adversário, à espera do momento propicio para atacar ou contra-atacar.
Tsukuri - consiste em pôr o oponente numa situação adequada para poder realizar a técnica que queremos.
Waza-o-korosu - Controlo da técnica. Ataca-se a técnica do adversário adivinhando as suas intenções, conhecendo os seus pontos fracos.
Yomi - Leitura. Arte de ler o pensamento de um adversário inclusive antes que este tenha tido tempo de idealiza-lo, e, em artes marciais, arte de poder prever assim um ataque. Este Yomi depende por sua vez do conceito de Ma-ai e do Hyoshi. É o equivalente do Ishin-den shin (de um espírito ao outro) que caracteriza as relações correntes entre japoneses, nas quais a palavra resulta-lhes freqüentemente inadequada para transmitir um sentimento difícil de precisar, e cuja expressão não está bem vista pela etiqueta nem pelos convencionalismos. É o ser com uma forma da verdadeira compaixão.
Zen-kwun-do - Técnica de combate cujo principal objetivo consiste em partir o braço ou a perna do adversário ao primeiro ataque. Há bloqueios especiais. Utilizam-se também os dedos nos olhos e na garganta.
Encho-sen - Prolongação do combate.
Ki - Energia vital que se concentra e nasce no Hara ou Saika-Tanden.
Kiai - Concentração da energia, expulsão do Ki acumulado mediante um grito. Também utilizado para paralisar o inimigo.
Kensei - Kiai em silêncio.
Kime - Concentração do Ki num ponto determinado.
Kimochi - Sentimento, sensação do Ki.
Kake-goe - Gritar para obter mais energia.
Hyoshi - Ritmo na execução de uma Kata ou técnica.

Outras palavras
Arashi - Tempestade.
Araso-u - Disputa.
Asahi - Sol. Levante.
Ase - Suar, transpirar.
Ada - Adversário.
Aite - Inimigo, adversário.
Banzai - 10.000 anos de felicidade.
Dai - Superior.
Sho - Inferior.
Gendai - tempo, idade, presente.
Dento - Tradicional, original, autêntico.
Ran - Guerra.
Hon - Origem, raiz, fundamento, lenda.
Chi - Sabedoria, prudência.
Seichushi - Samurai inteligente e leal.
Jotatsu - Progressos.
Make - Derrota.
Kashi - Vencedor.
Kaiso - Fundador.
Kaishi - Inaugurar, abrir, começar.
Kihaku - Espírito vigoroso.
Katai - Duro, rígido.
Yawarakai - Brando, relaxado, flexível.
Mamori - Proteção, defesa.
Mono - Alma.
Monogatari - História, conto.
Mon - Escudo, desenho.
Mugen - Infinito.
Satsui - Intenção de matar, assassinar.
Sei - Natureza, espírito autêntico, vida.
Seien - Estimulo, ajuda.
Jisei - Método.
Yugen - Habilidade misteriosa.
Chushin - Centro.
Shinpan - Juiz, arbitro.
Daki - Abraçar.
Gorei - Ordem.
Gokui - Limite extremo.
Gusuku - Castelo.
Yu-gei - Arte e cultura tradicional.
Wa - Paz.

Dicionário de Karatê - parte II


TERMOS E TÉCNICAS USADAS EM AULAS
01.YOI - Atenção
02.YAME - Descansar
03.MAWATE - Vire
04.USHIRO SAGATE - Volte atrás
05. HANTAI - Contrário, trocar a base
06. KOSHI - Cintura
07. JODAN - Parte alta, cabeça
08. CHUDAN - Parte média, tronco
09. GUEDAN - Parte baixa, ventre, pernas
10. SEITO - Aluno
11. DESHI - Discípulo
12. SEMPAI - Veterano
13. SENSEI - Professor ( 1º ao 3º DAN )
14. SHIHAN - Mestre ( 4º e 5º DAN )
15. RENSHI - Professor Superior ( 6º DAN )
16. KYOSHI - Mestre venerável ( 7º e 8º DAN )
17. HANSHI - Mestre Superior ( 9º DAN )
18. MEIJIN - Grão Mestre ( 10º DAN )
19. KOHAI - Aluno mais novo
20. DOJO - Local de treino
21. KAN - Clube
22. KYOKAI - Associação de clubes
23. RYU - Estilo
24. KANGUEIKO - Treino de inverno
25. SHUGUEIKO - Treinno de verão
26. HANTEI - Decisão (solicitada pelo juiz aos 4 árbitros )
27. REI - Cumprimentar
28. HIKIWAKE - Pélio anulado (empate)
29. IPPON -Um ponto
30. JODAN -Nível alto (rosto, pescoço, nuca)
31. KAMAE - Guarda
32. KATA - Forma ou modelo
33. KATSU - Vencedor
34. KAITE - Voltar, girar
35. KAWASHI - Esquiva
36. KARA - Vazia
37. KENTO - Raiz das falanges das mãos
38. KI-HON - Treino de base
39. OBI - Faixa
40. SHITEI-KATA - Kata indicado
41. TOKUI-KATA - Kata pessoal
42. RENZOKU - Combinação, secessão, série
43. SAGATE - Recuar
44. SOKUTO - Sabre do pé
45. SUKUI - Colherada, puxada com as mãos
46. TE - Mão
47. YASSUME - Descontrair-se
48. WAZA-ARI -Vantagem (1/2 ponto)
49. WAZA-ARI-AWASATE IPPON - Vitória por 2 WAZA-ARI
50. WAZA-ARI-YUSEI-GASHI - Vencedor por WAZA-ARI
51. WAZA - Técnica
52. NOKACHI - Vitória
53. ATOSHIBARAKO - 30 segundos para o término do combate
54. AKA-NOKASHI - Vitória do vermelho
55. SHIRO-NOKASHI - Vitória do branco
56. AIUCHI - Nenhhum ponto, golpe simultâneo
57. HANSOKU - Infração grave
58. CHUI - Adevertência
59. MIENAI - Não vi nada
60. SHOMEN - Mestre ancestral (venerado)
61. OTAGAI - Juízes dirigentes
62. MENJO - Diploma
63. RITSU REI - Cumprimento de pé
64. ZAREI - Cumprimento ajoelhado
65. BUSHIDO - Caminho do guerreiro
66. KIAI - Grito de energia máxima
67. YABURI - Desafio por dinheiro
68. KETO - Desafio por estilo ou por honra
69. KUMITE - Troca de técnica, luta entre companheiros
70. TEGUMI - Luta agarrado pela faixa
71. DAN - Grau
72. DANGAI - Abaixo de preta, faixa colorida
73. KARUI - Leve
74. FUSEN GASHI - Sem adversário
75. JIKAN - Tempo
76. KOTO - Local de competição
77. SENSHU - Atleta
78. TAIKAI - Campeonato
79. SHIMPAI - Juízes
80. FUKUSHIN - Juízes auxiliares
81. TAISO - Ginástica
82. MEYO DAN - Diploma de grau honorário
83. JYTSU RYOKO DAN - Diploma de capacidade efetiva
84. SUI SEN DAN - Mérito de trabalho
85. KUMIUCHI - Lutar agarrado
86. SHIAI - Luta livre fazendo pontos
87. MOKUSO - Meditação ou relaxamento
88. BONENKAI - Reunião de fim de ano, encerramento das aulas
89. GASHUKU - Treino especial
90. KIME - Impacto
91.SOKUDO – Ritmo
PALAVRAS COM GESTOS DO CENTRAL
01. WAZARI ½ ponto
02. IPPON 1 ponto
03. TORIMASSEN Não houve ponto, não foi nada.
04. MIENAI Não vi.
05. DISTÂNCIA Distância insuficente
06. NUKETA Resvalou, passou.
07. HIKIWAKE Empate
08. CHUIKOKU Advertência verbal, chamada de atenção.
09. KEIKOKU ½ Ponto de penalização
10. HANSOKU CHUI 1 Ponto de penalização
11. HANSOKU Desclassificação
12. JOGAI Saída fora da área.
13. AIUCHI Técnicas simultâneas.
14. ATENAYONE Contato excessivo
15. UKE Bloqueio

Dicionário de Karatê - parte I


Age - Levantar
Ai - Harmonia
Aka - Encarnado
Arigato Gozaimashita - Obrigado
Ashi - Pé
Ashi-Barai - Varridela com o pé
Ashi-Waza - Técnicas de Pernas
Atama - Cabeça
Ayumi - Andamento
Barai - Varrer
Bassai - Nome de Kata
Bo - Bastão comprido (1,60m a 2m)
Bokuto - Espada de madeira
Bu - Guerreiro
Budo - Via marcial
Budokan - Grande Centro de Artes Marciais de Tokyo
Bunkai - Aplicação de sequências de Katas
Bunseki - Estudo (investigação) de sequências de Katas
Bushido - Via do Guerreiro
Chado - Via do Chá
Chakugan - Olhar
Chi - Palavra chinesa para energia vital
Chinte - Nome de Kata
Chudan - Nível médio
Chui - Aviso
Dachi - Posição
Dai - Grande
Dan - Nível, grau
Deshi - Aluno
Do - Via, caminho
Dojo - Local de estudo da via (sala)
Eku - Remo, usado como arma em Okinawa
Embusen - Linhas de execução de Katas
Empi - Cotovelo. Nome de Kata
Eri - Pescoço
Fudo-Dachi - Posição de Karate
Fudoshin - Espírito calmo no perigo
Fumikomi - Avançar dentro do campo do adversário. Técnica de pernas
Funakoshi Gichin - Fundador do Karate moderno
Gaeshi - Contra-ataque
Gankaku - Nome de Kata
Gedan - Nível baixo
Gedan-juji-uke - Defesa baixa em cruz
Geiko - Exercício. Treino
Geri - Pontapé
Go - 5
Godan - 5º Dan
Goju-Ryu - Estilo de Karate
Gojushiho Dai - Nome de Kata
Go-no-Sen - Aceitar o ataque e contra-atacar
Goshi - Anca
Goshin-Jitsu - Defesa pessoal
Gyaku - Contrário. Inverso
Hachi - 8
Haishu - Costas da mão
Haito - Anterior lateral do indicador
Hajime - Começar
Hanshi - Categoria de Mestre - a partir de 8º Dan
Hara - Ventre
Hanshin - Mestre superior
Hangetsu - Nome de Kata
Hantei - Decisão
Heian - Nome de Kata
Heiko - Paralelo
Heisoku - Pés unidos (juntos) e paralelos
Hidari - Esquerda
Hiji - Cotovelo
Hikiashi - Retrocesso do pé
Hikite - Retrocesso da mão
Hiraken - 4 dedos dobrados
Hittsui - Joelho
Hiza - Joelho
Hon - Fundamental
Honbu - Sede
Hyoshi – Ritmo
Ibuki - Técnica de respiração ventral
Ichi - 1
Iemoto - Tradição familiar. De Mestre para filhos
Ippon - Um ponto
Ippon-Nukite - Dedo indicador esticado
Ippon-Ken - Indicador dobrado e saído
Iri - Entrar
Irimi - Antecipação. Esquiva avançando dentro do ataque adversário
Jigoro Kano - Fundador do Judo
Ji'in - Nome de Kata
Jitsu - Técnica
Jitte - Nome de Kata
Jion - Nome de Kata
Jo - Bastão curto
Jodan - Nível alto
Jogai - Saída da área de competição
Joseki - Lugar de Honra
Ju - 10. Suave
Ju-Ichi - 11
Juji - Cruz
Jyu - Livre
Kado - Via das flores
Kagami-Biraki - Jantar de Ano Novo (Oriente)
Kaite - Virar
Kai - Associação. União
Kagi-Tsuki - Soco em gancho
Kakato - Calcanhar
Kake Dachi - Posição com pés cruzados
Kakete - Pega
Kakuto - Parte superior do pulso
Kama - Foice pequena usada aos pares em Okinawa
Kamae - Guarda
Kami - Divindades. Por cima
Kamikaze - Vento divino
Kamiza - Local de Honra no Dojo
Kan - Escola
Kangeiko - Treino intensivo de inverno
Kanku - Nome de Kata
Kansetsu-Waza - Técnicas de luxação
Kara - Vazio
Karate - Mãos Vazias
Kata - Forma, figura, modelo, desenho
Katame - Controle
Katana - Sabre. Divide-se em 3 grupos conforme o seu comprimento:
.............30 cm - tantô (punhal), 30 a 61 cm - shotô, mais de 61 cm - daitô, sabre
longo
Katsu - Reanimar
Kaze - Vento
Keage - Pontapé ascendente rápido
Keiko (geiko) - Treino
Keito - Anterior do polegar
Kekomi - Movimento penetrante
Kempo - Forma chinesa de combate
Ken - Punho
Kendo - Esgrima marcial japonesa com Shinai (Sabre de Bambú)
Kenjitsu - Arte da espada
Ki - Energia Vital interna
Kiai - Concentração de Ki. Grito
Kiba-Dachi - Posição de Karate
Ki Hon - Espírito fundamental
Kime - Decisivo. Decisão final
Kiritsu - Levantar (cerimonial)
Ko - Pequeno. Posterior
Kodokan - Sede do Judo no Japão
Kohai - Principiante. Inferior (no Dojo)
Kokutsu-Dachi - Posição de Karate
Kokyu - Respiração
Komi - Dentro. Interior
Konichi-Wa - Bom dia
Kosa Dachi - Pernas cruzadas
Ku - 9
Kuatsu - Técnicas de reanimação
Kumade - Mão semi-fechada
Kumikata - Formas de agarrar
Kumite - Assalto. Combate
Kutsu - Dobrado
Kuzushi - Desiquilíbrio
Kyokushinkai - Estilo de Karate
Kyoshi - Categoria de Mestre - 6º e 7º Dan
Kyu - Categoria. Classe antes dos Dans
Kyudo - Via do arco
Kyusho - Pontos vitais
Mae - Frente
Ma-ai - Distância
Maki - Enrolar
Makiwara - Utensílio de treino (palha enrolada)
Maru - Círculo
Mawashi - Circular
Meikyo - Nome de Kata
Men - Máscara de Kendo. Cara, face
Migi - Direita
Mikazuki - Quarto de Lua crescente
Miyagi, Chojun - Mestre fundador do Goju-Ryu
Mochizuki - Mestre fundador da escola Yoseikan
Mokuso - Palavra de origem budista. Fechar os olhos e meditar
Morote - A duas mãos
Morote-Uke - Defesa com os dois braços. Um apoia o outro
Musubi-Dachi - Calcanhares juntos
Nagashi-Uke - Defesa deslizante
Nage Waza - Técnica de projectar
Naginata - Arma oriental
Naha-Te - Técnicas de combate originárias de Naha - Okinawa
Nambu - Mestre fundador do estilo Sankukai
Neko - Gato
Ne-Waza - Técnicas no solo
Ni - 2
Nidan - 2º Dan
Nidan geri - Pontapé a dois níveis
Ni-ju - 20
Nijushiho - Nome de Kata
Niseishi - Nome antigo de Nijushiho
Nukite - Pontas dos dedos (juntos)
Nunchaku - Arma oriental
O - Grande
Obi - Cinto
Ohtsuka, Hironori - Mestre fundador do estilo Wado-Ryu
Oi-Tsuki - Soco com braço e perna do mesmo lado
Okinawa - A maior das ilhas Ryu-Kyu
Okinawa-Te - Técnicas de combate de Okinawa
Okuri - Os dois
Osae - Imobilizar
Otagai-ni-rei - Saudação mútua
Otoshi - Técnica descendente
Pinan - Nome antigo (chinês) das Katas Heian
Randori - Exercício livre. Combate amigável
Rei - Saudação
Renshi - Categoria de Mestre - 5º Dan
Ritsurei - Saudação em pé
Roku - 6
Ryu - Estilo, método
Ryu-Kyu - Okinawa
Sado - Arte do Chá
Sabaki - Esquiva
Sai - Arma branca em forma de tridente
Saifa - Nome de Kata
Samurai - Guerreiro japonês
San - 3
Sanchin - Nome de Kata. 3 fases
Sandan - 3º Dan
San-ju - 30
Sankaku - Triângulo
Sankukai - Estilo de Karate
Satori - Iluminação
Seiken - Punho fechado
Sensei - Professor
Sensei-ni-rei - Saudação ao professor
Seiza - Sentar (cerimonial)
Sempai - Superior. Senior no dojo. Veterano
Sen - Positivo. Iniciativa
Sen-no-Sen - Iniciativa
Seppuku - Termo elegante para harakiri
Shi - 4
Shiai - Combate de competição
Shian - Grande Mestre
Shichi - 7
Shikaku - Quadrado
Shiko - Equilíbrio
Shime-Waza - Técnicas de estrangulamento
Shinai - Espada de bambú (Kendo)
Shintei - Evolução (andamentos)
Shiro - Branco
Shito-Ryu - Estilo de Karate fundado pelo Mestre Kenwa Mabuni
Shizei - Posição
Shukokai - Estilo de Karate fundado pelo Mestre Tani
Shuriken - Arma Oriental
Sochin - Nome de Kata
Shodan - 1º Dan
Shogun - Governador militar
Shomen-ni-rei - Saudação para o Lugar de Honra no Dojo
Shoto - Pseudónimo do Mestre Funakoshi
Shotokai - Estilo de Karate
Shotokan - Estilo de Karate
Shukokai - Estilo de Karate
Shuri-Te - Técnicas de combate originárias de Shuri - Okinawa
Shuto - Sabre da mão
Shochugeiko - Treino intensivo de verão
Sokutei - Parte anterior dos dedos (pés)
Sokuto - Sabre do pé (cutelo)
Soto - Exterior
Sumo - Luta tradicional japonesa
Taekwondo - Arte marcial coreana
Tai - Corpo
Tai Chi Chu'an - Técnica de combate chinesa
Taikyoku - Nome de Kata
Tatami - Tapete
Tate - Vertical
Te - Mão
Ten - Céu
Teisho - Palma da mão
Teisoku - Planta do pé
Tekki - Nome de Kata
Tettsui - Parte lateral exterior do punho (mão fechada). Martelo
Te Waza - Técnicas de mãos
Tobi - Saltar
Tobi-Geri - Pontapé saltado
Tokui-Waza - Técnica favorita
Tomari-Te - Técnicas de combate originárias de Tomari - Okinawa
Tonfa - Arma oriental
Tori - O que ataca, o que executa
Tsuki - Soco
Tsukite - O braço que executa
Uchi - Interior
Ude - Ante-braço
Ueshiba, Morihei - Mestre criador do Aikido
Uke - O que defende, defesa
Ukemi - Queda
Unsoku - Movimento dos pés. Deslocações
Unsu - Nome de Kata
Ura - Oposto, inverso
Uraken - Costas da mão (mão fechada)
Ushideshi - Discípulo especial
Ushiro - Para trás, rectaguarda
Viet-Vo-Dao - nome contemporâneo do Vo Vietnamiano tradicional
Wado-Ryu - Estilo de Karate
Waza - Técnica
Wazari - Meio ponto
Yama - Montanha
Yama Tsuki - Soco em U
Yamé - Parar
Yassmé - Descontrair, relaxar
Yoi - Atenção, pronto
Yoko - Lateral
Yori-Ashi - Deslizamento dos pés
Yoshitaka Funakoshi - 3º filho do Mestre Gichin Funakoshi
Yubi - Dedo
Zanshin - Atitude Mental. Espírito atento
Zarei - Saudação de joelhos
Zen - Frente
Zenkutsu-Dachi - Posição de Karate
Zoori - Sandálias

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Ogum


Dia Comemorativo: 23 de abril
Sincretismo: São Jorge (Rio de Janeiro)
Dia da Semana: Terça-Feira
Cores: Verde ou Azul-escuro (no candomblé) e Vermelho (na umbanda)
Símbolos: Bigorna, Faca, Pá, Enxada e outras ferramentas
Elementos: Terra (florestas e estradas) e Fogo
Domínos: Guerra, Progresso, Conquista e Metalurgia
Saudação: Ogunhê!!

Ogum é o temível guerreiro, violento e implacável, deus do ferro, da metalurgia e da tecnologia. Protector dos ferreiros, agricultores, caçadores, carpinteiros, escultores, sapateiros, talhantes, metalúrgicos, marceneiros, maquinistas, mecânicos, motoristas e de todos os profissionais que de alguma forma lidam com o ferro ou metais afins.
Orixá conquistador, Ogum fez-se respeitar em toda a África negra pelo seu carácter devastador. Foram muitos os reinos que se curvaram diante do poder militar de Ogum.
Entre os muitos Estados conquistados por Ogum estava a cidade de Iré, da qual se tornou senhor após matar o rei e substituí-lo pelo seu, próprio filho, regressando glorioso com o título de Oníìré, ou seja, Rei de Iré.
Ogum é o filho mais velho de Odudua, o herói civilizador que fundou a cidade de Ifé. Quando Odudua esteve temporariamente cego, Ogum tornou-se seu regente em Ifé.
Ogum é um orixá importantíssimo na África e no Brasil. Ogum é o último imolé.
Os Igba Imolé eram os duzentos deuses da direita que foram destruídos por Olodumaré após terem agido mal. A Ogum, o único Igba Imolé que restou, coube conduzir os Irun Imole, os outros quatrocentos deuses da esquerda.
Foi Ogum quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele tem um molho de sete instrumentos de ferro: alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza.
Em todos os cantos da África negra Ogum é conhecido, pois soube conquistar cada espaço daquele continente com a sua bravura. Matou muita gente, mas matou a fome de muita gente, por isso antes de ser temido Ogum é amado.

Características dos filhos de Ogum

Fisicamente, os filhos de Ogum são magros, mas com músculos e formas bem definidas. Compartilham com Exu o gosto pelas festas e conversas que não acabam e gostam de brigas. Se não fizerem a sua própria briga, compram a dos seus camaradas.
Sexualmente os filhos de Ogum são muito potentes; trocam constantemente de parceiros, pois possuem dificuldade de se fixar a uma pessoa ou lugar.
São do tipo que dispensa um confortável colchão de molas para dormir no chão; gostam de pisar a terra com os pés descalços. São pessoas batalhadoras, que não medem esforços para atingir os seus objetivos, são pessoas que mesmo contrariando a lógica lutam insistentemente e vencem.
Não se prendem à riqueza, ganham hoje, gastam amanhã. Gostam mesmo é do poder, gostam de comandar, são líderes natos. Essa necessidade de estar sempre à frente pode torná-los pessoas egoístas e desagradáveis, mas nem sempre.
Geralmente, os filhos de Ogum são pessoas alegres, que falam e riem alto para que todos se divirtam com suas histórias e que adoram compartilhar a sua felicidade.

Qualidades de Ogum no Candomblé:

Ògún Meje – ou Mejeje, aquele que toma conta das sete entradas da cidade de Irê, ligado a Exú, o guardião das casas de Ketu.
Ògún Je Ajá ou Ogúnjá como ficou conhecido – Um de seus nomes em razão de sua preferência em receber cães (só na África) como oferenda, tem ligação com Oxaguiã e Ìyemonjá .
Ògún Àmènè ou Ominí – tem ligação com Oxun, ligado aos Ijexás, sua conta é verde clara.
Ògún Lebede (Alagbede) – É o Ògún dos ferreiros, o ferramenteiro, da ancestralidade, tem ligação com Yemanjá.
Ògún Akoró – É o Ogun que usa o mariwò como coroa, sua roupa é o mariwò, toma conta da casa de Oxalá, muito ligado a Oxóssi e não come mel.
Ògún Oniré – É o título de Ògún filho de Oniré, quando passou a reinar em Ire, o Senhor de Irê.
Ogun Wàrí: é o dono dos metais dourados, ligado a Oxun, por isso o mais requintado dentre todos os Oguns.
Há vários nomes de Ògún fazendo alusão a cidades onde houve o seu culto, como Ògún Ondo da cidade de Ondo, Ekiti onde também há seu culto, etc. O orixá possui vários nomes na África como no Brasil e com isso ganha as suas particularidades e costumes. Teremos títulos em Damassá, Lonan, Oluponã, Igbô-Igbô, Erotò, etc.
Fonte: Qualidades de Ogun no Candomblé: http://ocandomble.wordpress.com/2008/09/05/qualidades-do-orixa-ogun

Qualidades de Ogum na Umbanda

Ogum Beira-Mar: Trabalha em sintonia com Iemanjá
Ogum Megê: Trabalha na linha das Almas
Ogum de Ronda ou Naruê: Trabalha em sintonia com Exú
Ogum Matinata: Trabalha em sintonia com Oxalá
Ogum Dilei ou Delê: Trabalha em sintonia com Xangô
Ogum Iara: Trabalha em sintonia com Oxum
Ogum Rompe-Mato: Tabalha em sintonia com Oxoce

Lendas de Ogum

Ogum dá ao homem o segredo do ferro.
Na Terra criada por Obatalá, em Ifé, os orixás e os seres humanos trabalhavam e viviam em igualdade. Todos caçavam e plantavam usando frágeis instrumentos feitos de madeira, pedra ou metal mole. Por isso o trabalho exigia grande esforço. Com o aumento da população de Ifé, a comida andava escassa. Era necessário plantar uma área maior.
Os orixás então se reuniram para decidir como fariam para remover as árvores do terreno e aumentar a área de lavoura. Ossain, o orixá da medicina, dispôs-se a ir primeiro e limpar o terreno. Mas seu facão era de metal mole e ele não foi bem sucedido. Do mesmo modo que Ossain, todos os outros Orixás tentaram, um por um, e fracassaram na tarefa de limpar o terreno para o plantio. Ogun, que conhecia o segredo do ferro, não tinha dito nada até então. Quando todos os outros Orixás tinham fracassado, Ogun pegou seu facão, de ferro, foi até a mata e limpou o terreno. Os Orixás, admirados, perguntaram a Ogun de que material era feito tão resistente facão. Ogun respondeu que era o ferro, um segredo recebido de Orunmilá. Os Orixás invejaram Ogun pelos benefícios que o ferro trazia, não só à agricultura, como à caça e até mesmo à guerra.
Por muito tempo os Orixás importunaram Ogun para saber do segredo do ferro, mas ele mantinha o segredo só para si. Os Orixás decidiram então oferecer-lhe o reinado em troca do que ele lhes ensinasse tudo sobre aquele metal tão resistente. Ogun aceitou a proposta. Os humanos também vieram a Ogun pedir-lhe o conhecimento do ferro. E Ogun lhes deu o conhecimento da forja, até o dia em que todo caçador e todo guerreiro tiveram sua ança de ferro. Mas, apesar de Ogun ter aceitado o comendo dos Orixás, antes de mais nada ele era um caçador. Certa ocasião, saiu para caçar e passou muitos dias fora numa difícil temporada. Quando voltou da mata, estava sujo e maltrapilho. Os Orixás não gostaram de ver seu líder naquele estado. Eles o desprezaram e decidiram destituí-lo do reinado. Ogun se decepcionou com os Orixás, pois, quando precisaram dele para o segredo da forja, eles o fizeram rei e agora dizem que não era digno de governá-los. Então Ogun banhou-se, vestiu-se com folhas de dendezeiro desfiadas (mariô), pegou suas armas e partiu. Num lugar distante chamado Irê, construiu uma casa embaixo da arvore de Acoco e lá permaneceu. Os humanos que receberam de Ogun o segredo do ferro não o esqueceram. Todo mês de dezembro, celebravam a festa de Uidê Ogun. Caçadores, guerreiros, ferreiros e muitos outros fazem sacrifícios em memória de Ogun.  Ogun é o senhor do ferro para sempre.  [ Lenda 31 do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]
Ogum torna-se o rei de Irê
Quando Odudua reinava em Ifé, mandou seu filho Ogun guerrear e conquistar os reinos vizinhos. Ogun destruiu muitas cidades e trouxe para Ifé muitos escravos e riquezas, aumentando de maneira fabulosa o império de seu pai. Um dia, Ogun lançou-se contra a cidade de Irê, cujo povo o odiava muito. Ogun destruiu tudo, cortou a cabeça do rei de Irê e a colocou num saco para dá-la a seu pai. Alguns conselheiros de Odudua souberam do presente que Ogun trazia para o rei seu pai. Os conselheiros disseram a Odudua que Ogun desejava a morte do próprio pai para usurpar-lhe a coroa. Todos sabem que um rei deve ver a cabeça decaptada de outro rei. Ogun não conhecia esse tabu. Odudua imediatamente enviou uma delegação para encontrar Ogun fora dos portões da cidade. Após muitas explicações, Ogun concordou em entregar a cabeça do rei de Irê aos mensageiros de Odudua. O perigo havia acabado. Ogum fora encontrado antes de chegar ao palácio de seu pai. Como Odudua queria recompensar o seu filho mais querido, presenteou Ogun com o reino de Irê e todos os prisioneiros e riquezas conquistadas naquela guerra.
Assim Ogun tornou-se o Onirê, o rei de Irê. [ Lenda 32 do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]
Ogum livra um pobre de seus exploradores
Um pobre homem peregrinava por toda parte, trabalhando ora numa, ora noutra plantação. Mas os donos da terra sempre o despediam e se apoderavam de tudo o que ele construía. Um dia esse homem foi a um babalawo, que o mandou fazer um ebó na mata. Ele juntou o material e foi fazer o despacho, mas acabou fazendo tal barulho que Ogun, o dono da mata, foi ver o que ocorria. O homem, então, deu-se conta da presença de Ogun e caiu a seus pés, implorando seu perdão por invadir a mata. Ofereceu-lhe todas as coisas boas que ali estavam. Ogum aceitou e satisfez-se com o ebó. Depois conversou com o peregrino, que lhe contou por que estava naquele lugar proibido. Falou-lhe de todos os seus infortúnios. Ogun mandou que ele desfiasse folhas de dendezeiro, mariwo, e as colocasse nas portas das casas de seus amigos, marcando assim cada casa a ser respeitada, pois naquela noite Ogun destruiria a cidade de onde vinha o peregrino. Seria destruído até o chão. E assim se fez.
Ogun destruiu tudo, menos as casas protegidas pelo mariwo. [ Lenda 43 do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]
Ogum chama a Morte para ajuda-lo numa aposta com Xangô
Ogun e Xangô nunca se reconciliaram. Vez por outra  digladiavam-se nas mais absurdas querelas. Por pura satisfação do espírito belicoso dos dois. Eram, os dois, magníficos guerreiros. Certa vez Ogun propôs a Xangô uma trégua em suas lutas, pelo menos até que a próxima lua chegasse.
Xangô fez alguns gracejos, Ogun revidou, mas decidiram-se por uma aposta, continuando assim sua disputa permanente. Ogun propôs que ambos fossem a praia e recolhessem o maior número de búzios que conseguissem. Quem juntasse mais, ganharia. e quem perdesse daria ao vencedor o fruto da coleta. Puseram-se de acordo.
Ogun deixou Xangô e seguiu para a casa de Oiá, solicitando-lhe que pedisse a Iku que fosse à praia no horário que tinha combinado com Xangô. Oiá aceitou, mas exigiu uma quantia em ouro como pagamento, que recebeu prontamente. Na manhã seguinte, Ogun e Xangô apresentaram-se na praia e imediatamente o enfrentamento começou. Cada um ia pegando os búzios que achava. Vez por outra se entreolhavam. Xangô cantarolava sotaques jocosos contra Ogun. Ogun, calado, continuava a coleta. O que Xangô não percebeu foi a aproximação de Iku. Ao erguer os olhos, o guerreiro deparou com a morte, que riu de seu espanto. Xangô soltou o saco da coleta, fugindo amedrontado e escondendo-se de Iku.  À noite Ogun procurou Xangô, mostrando seu espólio. Xangô, envergonhado, abaixou a cabeça e entregou ao guerreiro o fruto de sua coleta. [ Lenda 44 do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]


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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Significado das Cores das Velas


Antes de acender qualquer vela, para qualquer fim é muito bom energizá-la.
Esfregue as suas mãos, até que forme um “calorzinho” rsrsrs* pegue a vela e segure firme passando a sua energia para a vela. Vá alisando a vela e se concentrando naquilo que você quer. Logo depois acenda e faça seus pedidos.
Eu gosto de lembrar sempre para que tomem cuidado quanto ao local que for acender; Não acenda as velas onde tenha o perigo do lugar pegar fogo, como muito perto de janelas, porque pode ventar, a vela virar e queimar cortinas, armários e etc…
Cuidado ao acender em matas, para que não queime tudo. Tomem sempre muito cuidado.
Então vamos lá:

CORES DAS VELAS

Brancas: é a cor universal. Pode ser usada para todas as finalidades. Está ligado a Saturno e à Lua, por isso, atrai intuição, harmoniza o lado espiritual e a reconquista do otimismo e esperança. Quando realizar ritos que tem a finalidade de canalizar as energias mais superiores, use velas brancas.
Preta: não é uma cor negativa como muitos pensam. Está ligada a Saturno, à Lua e Plutão. O preto é uma cor extremamente poderosa que deve ser usada sempre que quisermos respostas concretas aos nossos objetivos. É a cor do conhecimento do bem e do mal, por isso está ligado à bruxaria em todas as suas manifestações. O preto é a única cor que não tem finalidade específica, pois é sempre usada para atrair aquilo que queremos, sobre nós ou sobre outras pessoas, sejam coisas boas ou ruins, seja a vida ou a morte, a saúde ou a doença, o sucesso ou o fracasso. A vela preta é usada para neutralizações de energias, absorção de negatividade, pedidos materiais, proteção, devolver negatividade e poder. É comum acender velas pretas durante uma doença fatal para absorver sua negatividade.
Rosa: usada em rituais para atrair a felicidade amorosa ao lado da pessoa amada. Harmoniza os laços matrimoniais e os casamentos que estão abalados. Por ser uma cor ligada à Vênus, equilibra os relacionamentos entre as pessoas; família; colegas de trabalho; intensifica a auto-estima; a beleza e o amor incondicional e a capacidade de se relacionar; acalma as emoções.
Amarela: as velas amarelas devem ser acesas quando queremos conquistar a alegria; alcançar sucesso profissional e financeiro, riqueza; conquista da criatividade; inteligência; sucesso na área de administração. Também para vender a própria imagem, poder de persuasão. Também ajuda nos estudos.
Laranja: está ligada ao Sol. Atraem o sucesso, as honrarias, a fama, a popularidade, a sorte, a prosperidade. A vela laranja é usada para dar graças por tudo recebido pelo Pai. Usada também para buscar e pedir alegria, a paz e a tranqüilidade; para incentivar a criatividade, as diversões e os prazeres e as atividades artísticas e desportivas; para proteger em viagens longas, para resguardar o casamento e o noivado; para reforçar a vitalidade e a energia criadora; para as novas empresas e esotericamente para receber LUZ e alimentar o poder mental e o espírito.A vela laranja afasta o azar, o comodismo e o conformismo, fazendo com que as pessoas tomem consciência de seus direitos e possibilidades na vida e ajudando as mesmas a concretizarem seus objetivos.
Marrom: está ligada a Mercúrio. Faz com que as pessoas coloquem “os pés no chão” e se centrem na vida. Devem ser usadas em rituais preparados para pessoas que ainda não conquistaram o sucesso material, pois, ajudam na conquista de bens, propriedades, realização pessoal e seu objetivo de vida. Usada em feitiços ligados à justiça, a verdade e os acordos. A vela marrom deve sempre ser acesa em homenagem aos gnomos protetores da casa, para que estes não perturbem a paz dos moradores e para que possam nos presentear com sorte e prosperidade.
Vermelha: é a cor ligada à Marte. Tem função de afastar energias negativas de todas as ordens. Quando um feitiço é mandado contra nós, devemos nos proteger acendendo velas vermelhas para que ele seja quebrado. O vermelho é a cor da guerra e da vitória. Por isso, quando estiver lutando para conquistar algo realize feitiços com velas vermelhas. O sucesso será certo!Também é usada em feitiços para dar coragem, sexualidade, dinheiro, ações rápidas, força física; protege dos acidentes principalmente daqueles que podem afetar ou deixar vestígios na cabeça; protege-nos, também, dos cortes, das armas de fogo. É indicada principalmente para evitar ou para ajudar nas intervenções cirúrgicas.
Roxo ou Púrpura: está relacionada a Júpiter e Netuno. Tem poder de transmutar o karma, trazer equilíbrio espiritual e harmonizar os altos e baixos que a vida pode proporcionar a um indivíduo. Ajuda nos estudos profissionais e superiores. A vela púrpura ou roxa é a Chama da Iniciação, e não existe chama grande ou pequena que não tenha de passar pelos seus domínios. A sua chama sempre nos impulsionará em nosso progresso e desenvolvimento empresarial, comercial e espiritual.
Azul: o azul-claro está ligado a Vênus e Urano; o azul-marinho está ligado a Júpiter. A azul-claro tem a finalidade de inspirar carisma e harmonia familiar, atrai paz e equilíbrio e devem sempre ser usadas para atrair tranqüilidade, uma situação favorável ou a concórdia entre as pessoas, pois, esta vela provoca mudança brusca na mente das pessoas. Também é usada em feitiços de cura, para trazer paz, paciência e alegria. Se acesa antes de dormir ajuda a conciliar o sono.A azul-escuro tem como função básica a virtude de trazer prosperidade, êxito profissional e boas oportunidades, empréstimos bancários e para pedir ajuda de pessoas influentes; atrair a expansão de todas as coisas, boas ou ruins, por isso é uma cor que deve ser usada com muita cautela.
Verde: É a cor sagrada de Vênus. Usada em feitiços para atrair abundância, fartura, prosperidade, conquista de bens materiais, emprego, saúde, cura, crescimento, sorte, metas pessoais, estabilidade, solidez, constância, responsabilidade, profundidade dos pensamentos e das ações, a longevidade, a sabedoria, a Alta Magia, o triunfo e o êxito na profissão. Essa vela é capaz de nos proporcionar a verdadeira fortuna, sem termos por isso de renunciar ao Espírito.
Cinza: está ligada a Saturno. É uma cor de vela que deve ser evitada, pois seu maior atributo é trazer a tristeza, a depressão e o luto. No entanto pode ser usada sobre o altar para representar aquilo que nos restringe, reprime ou nos prejudica. Geralmente quando usamos uma vela cinza para essa função, ela é quebrada ao final do ritual, simbolizando a quebra do mal que nos limita.
Prateada: É a energia da Lua.
Dourada: É a energia do Sol. Quando unimos as forças do Sol e da Lua, trabalhamos com a plenitude de luz e vibrações positivas, atraindo paz, prosperidade, riqueza, saúde.


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