quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

"REFRI" NUNCA MAIS!

Na verdade, a fórmula 'secreta' da Coca-Cola se desvenda em 18 segundos em qualquer espectrômetro-ótico, e basicamente até os cachorros a conhecem. Só que não dá para fabricar igual, a não ser que você tenha uns 10 bilhões de dólares para brigar com a Coca-Cola na justiça, porque eles vão cair matando.

A fórmula da Pepsi tem uma diferença básica da Coca-Cola e é proposital exatamente para evitar processo judicial. Não é diferente porque não conseguiram fazer igual não, é de propósito, mas próximo o suficiente para atrair o consumidor da Coca-Cola que quer um gostinho diferente com menos sal e açúcar.

Entre outras coisas, fui eu quem teve que aprender tudo sobre refrigerante gaseificado para produzir o guaraná Golly aqui (nos EUA), que usa o concentrado Brahma. Está no mercado até hoje, mas falhou terrivelmente em estratégia promocional e vende só para o mercado local, tudo isso devido à cabeça dura de alguns diretores.

Tive que aprender química, entender tudo sobre componentes de refrigerantes, conservantes, sais, ácidos, cafeína, enlatamento, produção de label de lata, permissões, aprovações e muito etc. e tal. Montei um mini-laboratório de análise de produto, equipamento até para analisar quantidade de sólidos, etc. Até desenvolvi programas para PC para cálculo da fórmula com base nos volumes e tipo de envasamento (plástico ou alumínio), pois isso muda os valores e o sabor. Tivemos até equipe de competição em stock-car.

Tire a imensa quantidade de sal que a Coca-Cola usa (50mg de sódio na lata) e voc ê verá que a Coca-Cola fica igualzinha a qualquer outro refrigerante sem-vergonha e porcaria, adocicado e enjoado. É exatamente o Cloreto de Sódio em exagero (que eles dizem ser 'very low sodium') que refresca e ao mesmo tempo dá sede em dobro, pedindo outro refrigerante, e não enjoa porque o tal sal mata literalmente a sensibilidade ao doce, que também tem de montão: 39 gramas de 'açúcar' (sacarose).

É ridículo, dos 350 gramas de produto líquido, mais de 10% é açúcar. Imagine numa lata de Coca-Cola, mais de 1 centímetro e meio da lata é açúcar puro... Isso dá aproximadamente umas 3 colheres de sopa CHEIAS DE AÇÚCAR POR LATA!...

- Fórmula da Coca-Cola?...

Simples: Concentrado de Açúcar queimado - Caramelo - para dar cor escura e gosto; ácido ortofosfórico (azedinho); sacarose - açúcar (HFCS - High Fructose Corn Syrup - açúcar líquido da frutose do milho); extrato da folha da planta COCA (África e Índia) e poucos outros aromatizantes naturais de outras plantas, cafeína, e conservante que pode ser Benzoato de Sódio ou Benzoato de Potássio, Dióxido de carbono de montão para fritar a língua quando você a toma e junto com o sal dar a sensação de refrigeração.

O uso de ácido ortofosfórico e não o ácido cítrico como todos os outros usam, é para dar a sensação de dentes e boca limpa ao beber, o fosfórico literalmente frita tudo e em quantidade pode até causar decapamento do esmalte dos dentes, coisa que o cítrico ataca com muito menor violência, pois o artofosfórico 'chupa' todo o cálcio do organismo, podendo causar até osteoporose, sem contar o comprometimento na formação dos ossos e dentes das crianças em idade de formação óssea, dos 2 aos 14 anos. Tente comprar ácido fosfórico para ver as mil recomendações de segurança e manuseio (queima o cristalino do olho, queima a pele, etc.).

Só como informação geral, é proibid o usar ácido fosfórico em qualquer outro refrigerante, só a Coca-Cola tem permissão... (claro, se tirar, a Coca-Cola ficará com gosto de sabão).

O extrato da coca e outras folhas quase não mudam nada no sabor, é mais efeito cosmético e mercadológico, assim como o guaraná, você não sente o gosto dele, nem cheiro, (o verdadeiro guaraná tem gosto amargo) ele está lá até porque legalmente tem que estar (questão de registro comercial), mas se tirar você nem nota diferença no gosto.

O gosto é dado basicamente pelas quantidades diferentes de açúcar, açúcar queimado, sais, ácidos e conservantes. Tem uma empresa química aqui em Bartow, sul de Orlando. Já visitei os caras inúmeras vezes e eles basicamente produzem aromatizantes e essências para sucos. Sais concentrados e essências o dia inteiro, caminhão atrás de caminhão! Eles produzem isso para fábricas de sorvete, refrigerantes, sucos, enlatados, até comida colorida e arom atizada.

Visitando a fábrica, pedi para ver o depósito de concentrados das frutas, que deveria ser imenso, cheio de reservatórios imensos de laranja, abacaxi, morango, e tantos outros (comentei). O sujeito olhou para mim, deu uma risadinha e me levou para visitar os depósitos imensos de corantes e mais de 50 tipos de componentes químicos. O refrigerante de laranja, o que menos tem é laranja; morango, até os gominhos que ficam em suspensão são feitos de goma (uma liga química que envolve um semipolímero). Abacaxi é um festival de ácidos e mais goma. Essência para sorvete de Abacate? Usam até peróxido de hidrogênio (água oxigenada) para dar aquela sensação de arrasto espumoso no céu da boca ao comer, típico do abacate.

O segundo refrigerante mais vendido aqui nos Estados Unidos é o Dr. Pepper, o mais antigo de todos, mais antigo que a própria Coca-Cola. Esse refrigerante era vendido obviamente sem refrigeração e sem gaseificaç ão em mil oitocentos e pedrada, em garrafinhas com rolha como medicamento, nas carroças ambulantes que você vê em filmes do velho oeste americano. Além de tirar dor de barriga e unha encravada, também tirava mancha de ferrugem de cortina, além de ajudar a renovar a graxa dos eixos das carroças. Para quem não sabe, Dr. Pepper tem um sabor horrível, e é muito fácil de experimentar em casa: pegue GELOL spray, aquele que você usa quando leva um chute na canela, e dê um bom spray na boca! Esse é o gosto do tal famoso Dr.Pepper que vende muito por aqui.

- Refrigerante DIET

Quer saber a quantidade de lixo que tem em refrigerante diet? Não uso nem para desentupir a pia, porque tenho pena da tubulação de pvc... Olha, só para abrir os olhos dos cegos: os produtos adocicantes diet têm vida muito curta. O aspartame, por exemplo, após 3 semanas de molhado passa a ter gosto de pano velho sujo.

Para evitar isso, soma-se uma infinidade de outros químicos, um para esticar a vida do aspartame, outro para dar buffer (arredondar) o gosto do segundo químico, outro para neutralizar a cor dos dois químicos juntos que deixam o líquido turvo, outro para manter o terceiro químico em suspensão, senão o fundo do refrigerante fica escuro, outro para evitar cristalização do aspartame, outro para realçar, dar 'edge' no ácido cítrico ou fosfórico que acaba sofrendo pela influência dos 4 produtos químicos iniciais, e assim vai... A lista é enorme.

Depois de toda essa minha experiência com produção e estudo de refrigerantes, posso afirmar: Sabe qual é o melhor refrigerante? Água filtrada, de preferência duplamente filtrada, laranja ou limão espremido e gelo... Mais nada !!! Nem açúcar, nem sal.

Prof. Dr. Carlos Alexandre FettFaculdade de Educação Física da UFMT Mestrado da Nutrição da UFMT Laboratório de Aptidão Física e Metabolismo - 3615 8836 Consultoria em Performance Humana e Estética

**O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ ACABA DE BEBER UMA LATA DE REFRIGERANTE**
Primeiros 10 minutos:10 colheres de chá de açúcar batem no seu corpo, 100% do recomendado diariamente. Você não vomita imediatamente pelo doce extremo, porque o ácido fosfórico corta o gosto.
20 minutos:O nível de açúcar em seu sangue estoura, forçando um jorro de insulina. O fígado responde transformando todo o açúcar que recebe em gordura (É muito para este momento em particular).
40 mpurra cálcio, magnésio e zinco para o intestino grosso, aumentando o metabolismo. As altas doses de açúcar e outros adoçantes aumentam a excreção de cálcio na urina, ou seja, está urinando seus ossos, uma das causas das OSTEOPOROSE.
60 minutos:
As propriedades diuréticas da cafeína entram em ação.a tudo que estava no refrigerante, mas não sem antes ter posto para fora, junto, coisas das quais farão falta ao seu organismo.

*Pense nisso antes de beber refrigerantes.
Se não puder evitá-los, modere sua ingestão!
Prefira sucos naturais.
Seu corpo agradece!*

Se achar interessante, repasse.
Certamente estará fazendo bem a alguém
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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

FENAJ retoma a luta pelo piso nacional de jornalistas



Nos dias 7 e 8 de fevereiro a Executiva da FENAJ debaterá encaminhamentos relativos Projeto de Lei 2960/11, do deputado Andre Moura (PSC-SE), que fixa em R$ 3.270 o piso salarial nacional dos jornalistas. Saiba mais, também, sobre o Seminário Regional Sul de Campanha Salarial, que envolverá os Sindicatos de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Londrina, o repúdio do Sindicato de Minas Gerais às restrições impostas pela FMF aos jornalistas nas coberturas em arenas esportivas do estado e sobre a preparação do relatório de violências contra jornalistas relativo a 2011.

A decisão de retomar a luta pelo estabelecimento de um piso nacional para os jornalistas ocorreu no XXXIV Congresso Nacional da categoria, realizado em Porto Alegre, em 2010. Segundo o deputado André Moura, a proposta se aproxima da reivindicação histórica da FENAJ de um piso de seis salários mínimos. O projeto prevê o reajuste anual do piso pelo INPC.

“Já havíamos conversado com o parlamentar anteriormente e vamos retomar o contato após os encaminhamentos de nossa reunião da próxima semana”, conta o presidente da FENAJ, Celso Schröder.

A categoria já esteve próxima da conquista de um piso unificado nacionalmente. Em 1985 o Congresso Nacional aprovou o PL 128/8, mas o então presidente da República, José Sarney, vetou a matéria.

Florianópolis sediará Seminário Regional Sul de Campanha Salarial

Nos dias 3 e 4 de março, em Florianópolis, haverá o Seminário Regional Sul de Campanha Salarial e Negociação Coletiva dos Jornalistas. Promovido pelos Sindicatos de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Londrina, o evento – que pretende reunir aproximadamente 30 participantes, entre dirigentes sindicais e convidados - visa permitir a troca de conhecimentos e experiências locais, aproximar as direções sindicais, reconhecer e definir reivindicações comuns e desenhar as bases de uma campanha salarial unificada. Entre os temas em debate estarão “Conjuntura econômica e negociações coletivas”, “O quadro das negociações salariais dos jornalistas brasileiros”, o quadro das negociações, a situação das principais empresas, a mobilização dos jornalistas de redação e assessoria nas bases dos quatro Sindicatos, “Pauta de lutas e estratégias de negociação nas redações e assessorias” e Estratégias de comunicação, organização, mobilização e negociação salarial conjunta”.

Sindicato de Minas Gerais repudia restrições impostas pela FMF aos jornalistas

Em 
nota oficial  emitida no dia 1º de fevereiro, o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais (SJPMG) considera as normas anunciadas pela Federação Mineira de Futebol (FMF) para a cobertura nas arenas esportivas do Estado um abuso de poder e o cerceamento do direito ao trabalho dos profissionais de imprensa que não pertencem à emissora detentora dos direitos de transmissão dos campeonatos Mineiro e Brasileiro. “A suposta organização limita o trabalho dos demais jornalistas à tribuna de imprensa, impede o acesso livre ao gramado, proíbe o contato com os jogadores nos vestiários e dá plenos poderes à assessoria de imprensa da FMF e à emissora detentora dos direitos de transmissão para escolher quem entrevistar, quando e como, o que vai provocar total prejuízo às edições esportivas de jornais e às coberturas das rádios e outras TVs. Tal despropósito vilipendia o direito à informação de leitores, ouvintes e telespectadores dos demais veículos de comunicação”, diz o documento. Para o Sindicato de Minas Gerais, que se solidarizou com os jornalistas da área esportiva, tais normas são um desrespeito à pluralidade das transmissões e das reportagens esportivas, pois se destinam a beneficiar apenas um veículo de comunicação em detrimento da qualidade do jornalismo.

FENAJ prepara relatório de violências contra jornalistas

A FENAJ inicia, em fevereiro, a elaboração de seu relatório anual da violência contra jornalistas referente a 2011. Com esse objetivo a entidade solicitou informações dos 31 Sindicatos de Jornalistas do país relativas aos casos registrados em cada base contra liberdades de imprensa e expressão no ano passado, incluindo desde censuras veladas e/ou explícitas até quaisquer outras formas de impedimento do pleno exercício do Jornalismo.

Fonte: Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Nota de repúdio e pedido de esclarecimentos

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), por intermédio de sua presidenta abaixo assinada, vem a público, solicitar ao Sr. Presidente da Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte, Vereador Léo Burguês esclarecimentos sobre os fatos ocorridos no dia 1º de fevereiro de 2012, durante a coletiva de abertura dos trabalhos legislativos.

Chegou ao conhecimento desse Sindicato que o diretor da Câmara Municipal de Belo Horizonte, José Lincoln Campolina Magalhães, depois de tentar impedir o trabalho dos profissionais jornalistas, que ali estivam em estrito cumprimento do seu dever de informar, tumultuou a entrevista com palavras de ordem e, não contente com sua performance, agrediu repórteres que o inquiriram.

O SJPMG, legítimo representante da categoria, repudia todas as formas de cerceamento do trabalho dos jornalistas e, com maior veemência, repudia a agressão aos profissionais no exercício de seu genuíno direto ao trabalho. 
A ação truculenta contra repórteres demonstra o quão despreparada é a pessoa que ocupa o cargo de diretor da Câmara Municipal, local que deveria se prezar pelo decoro, a transparência e o exercício da democracia e da cidadania.

Não bastasse a casa do povo belo-horizontino ser objeto de chacota e palco de denúncia contra malversação do dinheiro público, vem se somar a esse triste rol de fatos burlescos a denúncia de agressão aos trabalhadores que tem por tarefa perguntar, inquirir, investigar e por missão informar, esclarecer, denunciar.
Por fim, o SJPMG se serve desta para lamentar as declarações do Presidente da Câmara, vereador Léo Burguês, que, para justificar os injustificáveis aumentos de salários dos vereadores tentou banalizar a desfaçatez dos seus pares comparando seus ganhos à laboriosa categoria dos jornalistas.

A referência aos salários dos jornalistas, além de ser uma inverdade, é extremamente lamentável e de mau gosto visto que foi proferida exatamente no dia da abertura das negociações salariais com o patronato, reivindicando um piso salarial de R$ 2.400,00, que significa uma sexta parte dos salários pretendidos pelos vereadores e praticamente uma quarta parte do salário percebido atualmente. 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Projeto fixa piso salarial nacional de jornalistas em R$ 3.270

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2960/11, do deputado Andre Moura (PSC-SE), que fixa em R$ R$ 3.270 o piso salarial nacional dos jornalistas, com jornada de trabalho de 30 horas semanais.


Pela proposta, os proventos serão reajustados anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). De acordo com o autor, a proposta se aproxima da reivindicação histórica da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) de um piso de seis salários mínimos (R$ 3.732, atualmente).

Situação atual


Segundo o deputado, hoje os valores dos pisos desses profissionais variam de um estado para outro. “Dentro de um mesmo estado, há ainda variações no piso de acordo com cada veículo”, explica. Nas capitais predominam os maiores pisos.

“Pesquisas da Fenaj apontam que o piso dos jornalistas alagoanos (R$ 2.114) é o maior do País, seguido pelos dos jornalistas do Paraná (R$ 2.049,11) e de São Paulo (R$ 2.075,78)”, afirma Moura. “Os menores pisos da categoria são os do Rio Grande do Norte (R$ 850,00) e de Sergipe (R$ 954,80)”, complementa.

O deputado acrescenta ainda que estados como Amapá, Amazonas, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e os municípios de Juiz de Fora (MG) e Rio de Janeiro não têm definidos os salários-base para jornalistas, conforme divulgado pela Fenaj.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Renan promete votar a favor da PEC dos jornalistas no 2º turno

O senador Renan Calheiros garantiu votar pela aprovação da PEC 33/2009, que estabelece a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Além do voto, o senador alagoano promete, como líder da maior bancada partidária no Senado, o PMDB, empenhar-se para que a votação, em 2º turno, ocorra no início dos trabalhos legislativos deste ano, no mês de fevereiro.

A posição do senador em relação à PEC foi confirmada em resposta a uma carta da presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal), Valdice Gomes, pedindo para ele manter o compromisso que havia assumido com a categoria, em Alagoas e no Brasil, em defesa do diploma, apesar de seu voto no 1º turno ter sido contrário à aprovação da matéria.

Renan argumentou que sua reação na 1ª votação foi uma resposta, na condição de líder partidário, à falta de entendimento para que a matéria fosse colocada na ordem do dia. Segundo ele, sem que houvesse qualquer acordo entre os líderes, a PEC surpreendeu a todos quando foi posta em votação, gerando um clima de descontentamento geral entre os líderes partidários.

Para o líder do PMDB, a aprovação da PEC é praticamente consenso entre os senadores, como foi demonstrado na 1ª votação, apesar de alguns líderes, pelo motivo exposto no parágrafo acima, terem dado seu voto pessoal contra. “Na segunda votação, não haverá qualquer dificuldade para aprovar a PEC, com o meu voto e empenho para que isso ocorra o mais rápido possível”, concluiu.

Pressão no Congresso pela votação da PEC do Diploma em 2º turno é transferida para 7 e 8 de fevereiro

A Executiva da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) transferiu para os dias 7 e 8 de fevereiro a mobilização no Congresso para pressionar pela rápida votação, em segundo turno, da PEC do diploma no Senado. Todos os diretores da Executiva estarão presentes e os sindicatos vão enviar representação.

A transferência da data, inicialmente prevista para 1º de fevereiro, foi definida após avaliação de que o retorno dos parlamentares é maior na segunda semana pós recesso, e então pode ocorrer uma pressão mais efetiva para a votação em segundo turno aconteça dentro do próximo mês. 

As entidades estaduais devem se organizar  para levar o máximo de dirigentes e de apoiadores ao Congresso na data em que ocorrer a votação em segundo turno.

Os sindicatos, diretores e apoiadores intensificam, neste mês, os contatos com os senadores, já que os parlamentares estão nos seus estados. O objetivo é reafirmar os votos favoráveis; buscar os que votaram contra para reverter seus votos e garantir a presença dos ausentes na primeira votação.

Os jornalistas e sindicatos que organizam blocos carnavalescos, além disso, devem, como já aconteceu em outras folias, aproveitar para marcar a luta pela volta do diploma.

A Fenaj volta a pedir empenho na formação do fundo de recursos para a campanha (além da contribuição de cada sindicato, é necessário que eles busquem contribuições de apoiadores). Os dados para depósito são: Banco do Brasil, Agência: 0452-9, Conta Corrente: 186.112-3.  Os sindicatos devem comunicar à federação, enviando o comprovante de depósito pelo e-mail fenaj@fenaj.org.br.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

1º de fevereiro: Dia Nacional de Mobilização em Brasília pela votação em segundo turno da PEC do Diploma

Para garantir, no próximo mês, a votação da PEC 33/2009 em segundo turno no Senado, a diretoria executiva da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) instituiu o dia 1º de fevereiro, data de retorno dos trabalhos no Congresso, como o Dia Nacional de Mobilização no Senado. Todos os diretores da executiva da entidade estarão em Brasília e os sindicatos devem enviar representantes para o Senado.

Diretores dos sindicatos de jornalistas e apoiadores devem aproveitar o mês de janeiro, quando os parlamentares retornam aos seus estados, para insistir no contato com os senadores. Todo este esforço é para que a votação em segundo turno aconteça em fevereiro; para reafirmar os votos favoráveis; buscar os que votaram contra para reverter os votos; e garantir a presença no plenário do Senado dos ausentes no primeiro turno.

A Fenaj volta a pedir empenho na formação do fundo de recursos para a campanha (além da contribuição de cada sindicato, é necessário que eles busquem contribuições de apoiadores). Os dados para depósito são: Banco do Brasil, Agência: 0452-9, Conta Corrente: 186.112-3.  Os sindicatos devem comunicar à federação, enviando o comprovante de depósito pelo e-mail fenaj@fenaj.org.br

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A íntegra da proposta de emenda constitucional 33/2009 que foi aprovada pelo Senado

“Proposta de Emenda à Constituição nº 33, de 2009

Acrescenta o art. 220-A à Constituição federal, para dispor sobre a exigência do diploma de curso superior de Comunicação Social, habilitação jornalismo, para o exercício da profissão de jornalista.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:

Art. 1º A Constituição federal, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 220-A:

Art. 220-A O exercício da profissão de jornalista é privativo do portador de diploma de curso superior de Comunicação Social, com habilitação em jornalismo, expedido por curso reconhecido pelo Ministério da Educação, nos termos da lei.

Parágrafo único. A exigência do diploma a que se refere o caput é facultativa:

I – ao colaborador, assim entendido aquele que, sem relação de emprego, produz trabalho de natureza técnica, científica ou cultural, relacionado com a sua especialização, para ser divulgado com o nome e qualificação do autor;

II – aos jornalistas provisionados que já tenham obtido registro profissional regular perante o Ministério do Trabalho e Emprego.
Art. 2º Esta emenda constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

Muitos dos que defendem o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista apelam para o direito inalienável de comunicar, que deve ser estendido a todas as pessoas, e não só aos jornalistas formados. Sem dúvida alguma, a comunicação é um direito de todos, e qualquer pessoa pode e deve fazê-lo.

O ser humano se comunica desde tempos imemoriais, quer através de desenhos nas pedras, em tabuletas, papiros, quer bradando no alto das montanhas. Dizer a sua palavra é pressuposto fundamental da liberdade do ser.

O jornalismo é uma das tantas formas de se comunicar alguma coisa a alguém, só que embutida num conjunto de regras que extrapolam o elemento primordial de simplesmente dizer a palavra. O jornalismo é um modo de narrar que pressupõe análise, conhecimento histórico, impressão, focos narrativos, contexto, conhecimento sobre linguagem, signos etc... Coisas que a gente precisa aprender em relações de educação formal que extrapolem o desejo criador e criativo do ser sozinho (Cfr. Em defesa do diploma. Mas não só. Elaine Tavares, in http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=502DAC002).
Para Beth Costa, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, a defesa da regulamentação profissional do jornalista e do surgimento de cursos qualificados aparece já no primeiro congresso dos jornalistas, em 1918, e teve três marcos iniciais no século passado: a primeira regulamentação, em 1938; a fundação da Faculdade Cásper Líbero, em 1947 (primeiro curso de jornalismo do Brasil); e o reconhecimento jurídico da necessidade de formação superior, em 1969, aperfeiçoado pela legislação de 1979.

Foi no século passado que se reconheceu no jornalismo – seja no Brasil, nos Estados Unidos, em países europeus e muitos outros – um ethos profissional. Em outras palavras, validou-se, socialmente, um modo de ser profissional, que procura afastar o amadorismo e vincular a atividade ao interesse público e plural, fazendo do jornalista uma pessoa que dedica sua vida a tal tarefa.

Nesse contexto, evoluíram e se consolidaram princípios teóricos, técnicos, éticos e estéticos profissionais, disseminados por diferentes suportes tecnológicos, como televisão, rádio, jornal, revista, internet. E em diferenciadas funções, do pauteiro ao repórter, do editor ao planejador gráfico, do assessor de imprensa ao fotojornalista. Para isso, exigem-se profissionais multimídia que se relacionem com outras áreas e com a realidade a partir da especificidade profissional; que façam coberturas da ciência à economia, da política aos esportes, da cultura à saúde, da educação às questões agrárias com qualificação ética e estética, incluindo concepção teórica e instrumental técnico a partir de sua área. Tais tarefas incluem responsabilidade social, escolhas morais profissionais e domínio da linguagem especializada, da simples notícia à grande reportagem.

Ninguém ignora que a informação jornalística é um elemento estratégico das sociedades contemporâneas. Por isso é que o Programa de Qualidade de Ensino da Federação Nacional dos Jornalistas – debatido, aperfeiçoado e apoiado pelas principais entidades da área acadêmica (como Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação; Abecom – Associação Brasileira de Escolas de Comunicação; Enecos-Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação; Compós - Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação; e Fórum de Professores de Jornalismo) – defende a formação tanto teórica e cultural quanto técnica e ética. Tal formação deve se expressar seja num programa de TV de grande audiência ou numa TV comunitária, num jornal diário de grande circulação ou num pequeno de bairro, num site na internet ou num programa de rádio, na imagem fotojornalística ou no planejamento gráfico (Diploma em jornalismo: uma exigência que interessa à sociedade, in http://www.fenaj.org.br/interesse.htm).

Uma consequência óbvia da não obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão seria a rápida desqualificação do corpo de profissionais da imprensa do país. Empresas jornalísticas de fundo de quintal poderiam se proliferar contratando, a preço de banana, qualquer um que se declare como jornalista. Era assim no passado, e resquícios desse período ainda atormentam a classe jornalística de tempos em tempos. Uma pesquisa de 1997, feita pelo Sindicato de Jornalistas de São Paulo, revelou que 19 profissionais reconhecidos pelo próprio sindicato como jornalistas eram analfabetos.

Não se podem desconsiderar os benefícios que advieram para a profissão com a exigência da formação universitária específica na área de comunicação. Um jornalista não é um mero escritor, um mero emissor de opiniões. Isso é papel dos articulistas, contratados pelos órgãos de imprensa para esse fim específico, e dos quais não se exige, nem nunca se exigirá, diploma de jornalista. A principal atividade desenvolvida por um jornalista, no sentido estrito do termo, é a apuração criteriosa de fatos, que são então transmitidos à população segundo critérios éticos e técnicas específicas que prezam a imparcialidade e o direito à informação. Isso, sim, exige formação, exige estudo, exige profissionalismo.

Exigir formação acadêmica para a realização de uma atividade profissional específica, sensível e importante como o jornalismo, não é cercear a liberdade de expressão de alguém. É razoável exigir que as pessoas que prestam à população esse serviço sejam profissionais graduados, preparados para os desafios de uma atividade tão sensível e fundamental, que repercute diretamente na vida do cidadão em geral.

Pelas razões expostas, estamos convencidos de que a iniciativa merecerá o acolhimento e os aperfeiçoamentos que se fizerem necessários por parte dos ilustres membros do Congresso Nacional.”

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A aprovação da PEC do Diploma no Senado é uma vitória dos jornalistas e da sociedade brasileira

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), os Sindicatos de Jornalistas e os jornalistas brasileiros saúdam o Congresso Nacional pela votação, ocorrida no dia 30 de novembro, no Senado, da PEC 33/2009, que restabelece a obrigatoriedade da formação de nível superior específica para o ex...ercício da profissão.



A FENAJ identifica neste ato soberano do Senado brasileiro uma identidade indiscutível entre o parlamento nacional e a opinião pública do país, que reconhece a importância do jornalismo e da profissão de jornalista.



Em favor do fortalecimento da profissão, da qualidade do jornalismo e da democracia, a FENAJ agradece o esforço da Mesa do Senado em conduzir a votação, que foi fruto da disposição de partidos, do acordo de líderes e da mobilização de parlamentares.



A FENAJ destaca a iniciativa do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) em propor a emenda constitucional e distingue o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), por seu relatório que encaminhou para esta decisão histórica, e os líderes dos partidos que compreenderam a necessidade do restabelecimento da obrigatoriedade do diploma para o exercício profissional.



A FENAJ agradece, ainda, a Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Diploma, presidida pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e criada pela deputada Rebecca Garcia (PP-AM), que aglutinou parlamentares -- deputados e senadores -- e constituiu o ambiente para esse desenlace altamente positivo para a qualidade do jornalismo no Brasil.



A FENAJ identifica na mobilização dos jornalistas e na condução dos seus sindicatos a força que derrotou a tentativa conservadora e obscurantista de acabar com a profissão organizada e regulamentada. Esta articulação garantiu a vitória no Senado assentando, de vez, o fazer jornalístico numa profissão validada pelas instituições de ensino superior.



A FENAJ destaca, ainda, a participação dos professores, estudantes e cursos de jornalismo que aderiram a este movimento e possibilitaram a retomada da obrigatoriedade da formação universitária, algo que consideramos, sem dúvida, irreversível.



É preciso manter a mobilização para a votação do segundo turno no Senado e a continuação do processo na Câmara dos Deputados. A FENAJ, portanto, convoca seus sindicatos, os jornalistas brasileiros, as centrais sindicais e sindicatos parceiros, os cursos de jornalismo e todos aqueles que acreditam no conhecimento como forma de qualificação profissional, para um último esforço de mobilização, de forma a garantir um jornalismo de qualidade, assentado na pluralidade, na verdade e na ética profissional.



Brasília, 1º de dezembro de 2011.

Diretoria da FENAJ

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Café Parlamentar rende apoio e propostas de ação pela aprovação das PECs do Diploma

O Sindicato dos Jornalistas conquistou o apoio de deputados federais e estaduais, vereadores, do movimento sindical e das universidades para a Campanha do Diploma no Café Parlamentar realizado na manhã do dia 7 de novembro, na sede do SJPMG. Dezenas de pessoas - ex-presidentes da entidade, estudantes, professores e coordenadores de cursos de comunicação da UNA, da PUC-Minas, Uni-BH e Fumec participaram do evento.
Durante o debate, foram apresentadas propostas para mobilizar a sociedade e sensibilizar deputados federais e senadores a aprovar as PECs 386/09 e 33/09, que tramitam na Câmara e Senado, respectivamente, e preveem a restituição da obrigatoriedade da formação em nível superior específica para o exercício da profissão de jornalista.
Compareceram os deputados federais Jô Moraes (PCdoB) e Fábio Ramalho (PV); os deputados estaduais Luiza Ferreira (PPS) e Fred Costa (PHS); além dos vereadores Arnaldo Godoy (PT) e Carlúcio Gonçalves (PR). Enviaram representantes ou mensagens de apoio Jairo Lessa, Tarcísio Caixeta, Júlio Delgado, Eros Biondini, André Quintão, Elaine Matozinhos, Saraiva Felipe, Aelton Freitas, Dalmo Ribeiro, Paulo Lamac e Eduardo Azeredo, entre outros.
Senadores
O coordenador do debate do Café Parlamentar, o diretor de Relações Institucionais do Sindicato, ex-presidente da entidade e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Luis Carlos de Assis Bernardes, revelou que os senadores Aécio Neves (PSDB), Clésio Andrade (PR) e Zezé Perrella (PDT) se manifestaram a favor da aprovação da PEC 33/09. “Quando estivemos, eu e a Vera Godoy (diretora de Imagem e Direito Autoral do SJPMG), em Brasília, conversamos com os senadores e eles, pessoalmente ou por intermédio de assessores, se comprometeram em votar favoravelmente à exigência da obrigatoriedade do diploma”, disse Bernardes.
Segundo o deputado federal Fábio Ramalho (PV), o ambiente no Congresso Nacional é totalmente favorável à aprovação das PECs. “Tenho conversado com os deputados e senadores e noto que a maioria, como eu, é a favor do diploma. Para mim, para exercer a profissão, tem que ser diplomado. E temos que lutar para aprimorar ainda mais os cursos. Podem contar comigo, com minha articulação. Eu sempre reúno deputados e senadores na minha casa e posso ajudar a buscar votos para as PECs.”
Para a deputada federal Jô Moraes (PCdoB), o diploma é instrumento de independência do profissional. “A comunicação é um assunto estratégico. O país pode ser dominado por quem domina os meios de comunicação. Os meios de comunicação precisam ser regulamentos para que os órgãos de imprensa exerçam o direito de falar e o povo o direito de se informar e o diploma tem papel preponderante neste cenário”, avaliou.
O vereador Arnaldo Godoy recomendou o máximo de divulgação possível e mais encontros como o desta segunda-feira. “É preciso divulgar ao máximo, usar todas as redes sociais para mostrar à sociedade quem está apoiando a Campanha do Diploma, como os três senadores mineiros”, afirmou. Godoy cobrou maior comprometimento das escolas de jornalismo. “As universidades têm que se envolver mais, têm que se empenhar mais na empreitada, que é dos estudantes.”
Movimento Sindical
O presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-Minas), Gilson Reis, propôs uma campanha direcionada à questão do diploma feita em conjunto pela sua entidade, SJPMG, movimento estudantil e coordenadores de cursos de jornalismo. “Precisamos envolver todos numa campanha maciça e levar para as ruas a causa do diploma. A participação das universidades nesta campanha é fundamental para que o debate seja levado á sociedade e que a opinião pública influencie no voto dos deputados”, disse Gilson Reis, que vai agendar uma reunião ainda nesta semana com todos os setores para articular a campanha.
De acordo com Jô Moraes, a Campanha do Diploma pode ganhar maior repercussão no Congresso com a elaboração de um manifesto, assinado pelos deputados e senadores. “O manifesto traria maior visibilidade para a causa, pois seria amplamente divulgado nas mídias do Congresso e nos meios de comunicação.”
Ações políticas
O deputado estadual Fred Costa se comprometeu a coletar assinaturas na Assembleia Legislativa para criar uma Frente Parlamentar em Defesa do Diploma. “É uma forma de criar um fato político”, disse. Fred Costa colocou seu mailing com mais de 400 mil e-mails para massificar a campanha pela volta do diploma. “O engajamento da sociedade é imprescindível e, para isso, precisamos divulgar ao máximo a campanha e buscar o apoio da população. Assim, vamos pressionar o Congresso a aprovar as PECs.”
Luiza Ferreira lembrou que, quando presidiu a Câmara Municipal, trabalhou pela aprovação de projeto do vereador Adriano Ventura (PT) que obriga o Legislativo e o Executivo municipais a contratar apenas jornalistas formados. “O projeto foi aprovado e sancionado. Belo Horizonte foi uma das cidades pioneiras no assunto”, disse a deputada estadual. “Eu me comprometo a repercutir o debate de hoje na tribuna da Assembleia Legislativa.” Luiza Ferreira disse que vai buscar informações do projeto do deputado Alencar da Silveira que propõe que os órgãos do Estado também só contratem jornalistas diplomados.
Para os parlamentares presentes no evento, a Campanha do Diploma vai depender não apenas do esforço dos jornalistas, mas de uma ação articulada no Congresso Nacional. “A campanha precisa ser assumida por um grupo, um bloco dentro do Congresso, que vai montar uma estratégia no dia de votação. É necessário trabalhar nas comissões e um grupo pode desenvolver este trabalho”, afirmou Ronan Ramos, representante do deputado Eduardo Azeredo (PSDB).