quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Funakoshi e características do Karate Shotokan


O mestre Funakoshi começou a praticar o karatê sob os auspícios do mestre Anko Asato — experto no estilo Shuri-te, de caratê, e Jigen-ryu, de ken-jutsu — que fora discípulo do grande mestre Bushi Matsumura, por volta de 1880.[1]
Não muito depois, Funakoshi passa a treinar com mestre Anko Itosu,[2] com quem aprende as principais técnicas. Por outro lado, o aprendizado se deu com outros mestres de renome, com os quais, além de obter novos conhecimentos, também foi influente, como Kenwa Mabuni, Kanryo Higaonna, Chojun Miyagi.[1]
O mestre Itosu empreendera sérios esforços para popularizar a arte marcial, não sendo muito bem-sucedido, pelo que passou a chamá-la dekara-te, pois naquela época, fim do século XIX, ainda era chamada de to-de. Funakoshi parte daqueles movimentos e despende novos esforços. E, em 6 de março de 1921, o príncipe herdeiro Hirohito assiste a uma demonstração encabeçada por Gichin Funakoshi, no castelo de Shuri, ajudado por seus discípulos e pelo mestre Miyagi.
Depois, em 1922, no instituto Kodokan, a convite do mestre Jigoro Kano — criador do judô — foi feita uma demonstração pública do caratê, permanecendo em Tóquio por mais algum tempo.
Por volta de 1935, tem início um movimento de alguns discípulos de Gichin Funakoshi, para ver um lugar próprio de treino de caratê e, em1936, esse esforço dá resultados e é finalmente construído um dojô (em japonês: 道場 sítio de treinot) em sua homenagem e o chamaram de Shotokan, ou "casa de Shoto", colocando uma placa com tal inscrição nos umbrais da entrada. Infelizmente, o prédio original foi destruído durante um bombardeio na II Guerra Mundial.
Gichin Funakoshi não acreditava na diversificação de estilos, e sim que todo o caratê deveria ser um só, mesmo com as diferenças naturais de ensino que variam entre os professores.[3]
No desenvolvimento do estilo, Sensei Yoshitaka Funakoshi[4] teve muita importância, pois dava o exemplo de afinco ao treinamento e influenciou sobremaneira na introdução de outras técnicas, como os chutes laterais e o emprego de bases mais baixas que as costumeiras do Shuri-te e derivados, como Shorin-ryu.
A forma ensinado por Funakoshi era tradicional, tendo como base a filosofia do Budo, em cujo conteúdo há a consciência da busca constante pelo aperfeiçoamento pessoal, sempre contribuindo para a harmonização do meio onde se está inserido, por intermédio de muita dedicação ao trabalho, treinamento rigoroso e vida disciplinada. O praticante do caratê radicional caminha em direção dessas metas, formando seu caráter, aprimorando sua personalidade.
Nesse sentido, pode-se afirmar que arte marcial contribui para a formação integral do ser humano, não podendo, portanto, ser confundido com uma prática puramente esportiva. "Tradição é um conjunto de valores sociais que passam de geração à geração, de pai para filho, de mestre para discípulo, e que está relacionado diretamente com o crescimento, maturidade, com o indivíduo universal."
A famosa expressão do mestre Gichin Funakoshi - Karate ni sente nashi (em japonês: 空手に先手なし? No caratê não existe atitude ofensiva) - define claramente o propósito anti-violência.
Se o adversário é inferior a ti, então por que brigar?
Se o adversário é superior a ti, então por que brigar?
Se o adversário é igual a ti, compreenderá, o que tu compreendes...
então não haverá luta.
Honra não é orgulho, é consciência real do que se possui.
O verdadeiro valor do caratê não está em sobrepujar os outros pela força física. Nesta arte marcial não existe agressão, mas sim nobreza de espírito, domínio da agressividade, modéstia e perseverança. E, quando for necessário, fazer a coragem de enfrentar milhões de adversários vibrar no seu interior. É o espírito dos samurais.
Quando mudou-se para Tóquio, mestre Funakoshi admitiu como aluno o já experiente lutador de jiu-jitsu Hironori Otsuka, que ficou impressionado com as proezas que os caratecas faziam em suas demonstrações.[5]
Eventualmente, Otsuka tornou-se instrutor de caratê shotokan, mas, em 1930, as divergências sobre a condução da arte tornaram-se mais acentuadas, pelo que os mestres chegaram ao consenso de seguirem caminhos diferentes. Dessa primeira cisão nasceu o estilo Wado-ryu, que incorpora técnicas de jiu-jitsu e gotende ao repertório do caratê, dando mais ênfase à pratica de kumite.
Após a morte de Gichin Funakoshi, outras dissensões tornaram-se evidentes. Alguns defendiam a participação em torneios e disputas e outros mantinham-se arraigados à proposição inicial de proibir quaisquer tipo de embate, devendo a arte ser desenvolvida principalmente por meio do treinamento reiterado de kata. Apartada, veio a lume a linhagem Shotokai.
A linhagem Shotokan foi assumida por Masatoshi Nakayama, e permaneceu única (isto é, sob a direção da JKA) até 1977, quando o mestreHirokazu Kanazawa[6] formou outra dissensão. Nesta última, ao longo do tempo pequenas diferenças foram-se acumulando, principalmente quanto à execução de katas. E, no início do século XXI, outros katas passaram ser treinados, o que acentua ainda mais o distanciamento.
O estilo Shotokan caracteriza-se por bases fortes e golpes no corpo inteiro.[7] Os giros sobre o calcanhar em posição baixa dão fluidez ao deslocamento e todo movimento começa com uma defesa. Este é um estilo em que as posições têm o centro de gravidade muito baixo, e em que a técnica de um "simples" soco direto, dificil de ser dominada, quando a técnica é dominada o seu poder é incrível e quase sobre-humano.
Alguns tendem a classificá-lo como uma evolução do estlio Shuri-te ou Shorin-ryu. Entretanto, há divergências porque as bases do shotokan são precipuamente baixas, enquanto que em shuri-te são altas. Ademais, há golpes como mae geri e ushiro geri, que não são comuns nos estilos shorin, mas estão presentes no estilo de Funakoshi.
Neste estilo são levados a sério fatos como: a concentração e o estado de espírito, pois sem concentração e um estado de espirito leve porem determinado a técnica de pouco servirá, devendo estes dois atributos expandirem-se com a pratica e determinação.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A história do Karatê a partir de Gishin Funakoshi

Shotokan (em japonês: 松涛館?) é um dos estilos de karatê que surgiu dos ensinamentos ministrados pelo mestre Gichin Funakoshi e por seu filho, Yoshitaka Funakoshi. O repertório técnico do estilo foi baseado no do Shorin-ryu, mas, devido aos estudos empreendido pelo filho do mestre e sua influência, várias técnicas foram incorporadas e/ou modificadas, de modo a refletir o escopo almejado, que era o de valorizar mais o lado desportivo e físico como forma de promover o desenvolvimento pessoal.

Mestre Funakoshi em princípio não nomeou seus ensinamentos como um estilo próprio, mas, antes de tudo, afirmava que ensinava karatê, de acordo com seu entendimento, é verdade, mas também dizia que vários professores ensinariam uma mesma disciplina de modos diferentes. Entretanto, alguns de seus alunos, como forma de o homenagear, manufaturaram uma placa com a inscrição Shotokan, eis que Shoto era a alcunha que o mestre assinava suas obras, pelo que o dojô passou a ser conhecido como "casa de Shoto".

A despeito de outros mestres tentarem antes e contemporaneamente, foi o estilo de mestre Funakoshi que logrou êxito em vencer as barreiras culturais opostas a Oquinaua e difundir o karatê pelo resto do Japão, modificando nomes de técnicas e adaptando outras.

 

Formação

O mestre Funakoshi começou a praticar o karatê sob os auspícios do mestre Anko Asato — experto no estilo Shuri-te, de karatê, e Jigen-ryu, de ken-jutsu — que fora discípulo do grande mestre Bushi Matsumura, por volta de 1880.

Não muito depois, Funakoshi passa a treinar com mestre Anko Itosu, com quem aprende as principais técnicas. Por outro lado, o aprendizado se deu com outros mestres de renome, com os quais, além de obter novos conhecimentos, também foi influente, como Kenwa Mabuni, Kanryo Higaonna, Chojun Miyagi.

O mestre Itosu empreendera sérios esforços para popularizar a arte marcial, não sendo muito bem-sucedido, pelo que passou a chamá-la de kara-te, pois naquela época, fim do século XIX, ainda era chamada de to-de. Funakoshi parte daqueles movimentos e despende novos esforços. E, em 6 de março de 1921, o príncipe herdeiro Hirohito assiste a uma demonstração encabeçada por Gichin Funakoshi, no castelo de Shuri, ajudado por seus discípulos e pelo mestre Miyagi.

Depois, em 1922, no instituto Kodokan, a convite do mestre Jigoro Kano — criador do judô — foi feita uma demonstração pública do karatê, permanecendo em Tóquio por mais algum tempo.

Por volta de 1935, tem início um movimento de alguns discípulos de Gichin Funakoshi, para ver um lugar próprio de treino de caratê e, em1936, esse esforço dá resultados e é finalmente construído um dojô (em japonês: 道場 sítio de treino?) em sua homenagem e o chamaram de Shotokan, ou "casa de Shoto", colocando uma placa com tal inscrição nos umbrais da entrada. Infelizmente, o prédio original foi destruído durante um bombardeio na II Guerra Mundial.

Gichin Funakoshi não acreditava na diversificação de estilos, e sim que todo o caratê deveria ser um só, mesmo com as diferenças naturais de ensino que variam entre os professores.

No desenvolvimento do estilo, Sensei Yoshitaka Funakoshi teve muita importância, pois dava o exemplo de afinco ao treinamento e influenciou sobremaneira na introdução de outras técnicas, como os chutes laterais e o emprego de bases mais baixas que as costumeiras do Shuri-te e derivados, como Shorin-ryu.

 

Karatê tradicional

A forma ensinado por Funakoshi era tradicional, tendo como base a filosofia do Budo, em cujo conteúdo há a consciência da busca constante pelo aperfeiçoamento pessoal, sempre contribuindo para a harmonização do meio onde se está inserido, por intermédio de muita dedicação ao trabalho, treinamento rigoroso e vida disciplinada. O praticante do karatê tradicional caminha em direção dessas metas, formando seu caráter, aprimorando sua personalidade.

Nesse sentido, pode-se afirmar que arte marcial contribui para a formação integral do ser humano, não podendo, portanto, ser confundido com uma prática puramente esportiva. "Tradição é um conjunto de valores sociais que passam de geração à geração, de pai para filho, de mestre para discípulo, e que está relacionado diretamente com o crescimento, maturidade, com o indivíduo universal."

A famosa expressão do mestre Gichin Funakoshi - Karate ni sente nashi (em japonês: 空手に先手なし? No karatê não existe atitude ofensiva) - define claramente o propósito anti-violência.

Se o adversário é inferior a ti, então por que brigar?

Se o adversário é superior a ti, então por que brigar?

Se o adversário é igual a ti, compreenderá, o que tu compreendes... então não haverá luta.

Honra não é orgulho, é consciência real do que se possui.

O verdadeiro valor do caratê não está em sobrepujar os outros pela força física. Nesta arte marcial não existe agressão, mas sim nobreza de espírito, domínio da agressividade, modéstia e perseverança. E, quando for necessário, fazer a coragem de enfrentar milhões de adversários vibrar no seu interior. É o espírito dos samurais.

 

Cisão

Quando mudou-se para Tóquio, mestre Funakoshi admitiu como aluno o já experiente lutador de jiu-jitsu Hironori Otsuka, que ficou impressionado com as proezas que os karatecas faziam em suas demonstrações.

Eventualmente, Otsuka tornou-se instrutor de karatê shotokan, mas, em 1930, as divergências sobre a condução da arte tornaram-se mais acentuadas, pelo que os mestres chegaram ao consenso de seguirem caminhos diferentes. Dessa primeira cisão nasceu o estilo Wado-ryu, que incorpora técnicas de jiu-jitsu e gotende ao repertório do karatê, dando mais ênfase à pratica de kumite.

Após a morte de Gichin Funakoshi, outras dissensões tornaram-se evidentes. Alguns defendiam a participação em torneios e disputas e outros mantinham-se arraigados à proposição inicial de proibir quaisquer tipo de embate, devendo a arte ser desenvolvida principalmente por meio do treinamento reiterado de kata. Apartada, veio a lume a linhagem Shotokai.

A linhagem Shotokan foi assumida por Masatoshi Nakayama, e permaneceu única (isto é, sob a direção da JKA) até 1977, quando o mestre Hirokazu Kanazawa formou outra dissensão. Nesta última, ao longo do tempo pequenas diferenças foram-se acumulando, principalmente quanto à execução de katas. E, no início do século XXI, outros katas passaram ser treinados, o que acentua ainda mais o distanciamento.

O estilo Shotokan caracteriza-se por bases fortes e golpes no corpo inteiro. Os giros sobre o calcanhar em posição baixa dão fluidez ao deslocamento e todo movimento começa com uma defesa. Este é um estilo em que as posições têm o centro de gravidade muito baixo, e em que a técnica de um "simples" soco direto, difícil de ser dominada, quando a técnica é dominada o seu poder é incrível e quase sobre-humano.

Alguns tendem a classificá-lo como uma evolução do estlio Shuri-te ou Shorin-ryu. Entretanto, há divergências porque as bases do shotokan são precipuamente baixas, enquanto que em shuri-te são altas. Ademais, há golpes como mae geri e ushiro geri, que não são comuns nos estilos shorin, mas estão presentes no estilo de Funakoshi.

Neste estilo são levados a sério fatos como: a concentração e o estado de espírito, pois sem concentração e um estado de espírito leve porem determinado a técnica de pouco servirá, devendo estes dois atributos expandirem-se com a pratica e determinação.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O KARATE E A SAÚDE


Como as demais atividades físicas, a prática do karate requer uma avaliação médica preliminar, prescrevendo as indicações e cuidados necessários. O treinamento esportivo é eminentemente anaeróbio, sendo restrito a pessoas com cardiopatias e hipertensão, sem o devido acompanhamento médico.
Portadores de outras patologias devem ser tratados com o controle devido, o que indica que a prática deve ser conduzida por profissional habilitado e competente, a fim de minimizar os riscos de acidente ou de lesão, assim como os riscos de uma rivalidade hostil e principalmente elevar os benefícios à saúde.
Os limites da prática são os limites individuais que devem ser respeitados pelo praticante e pelo professor, que deve estimular a superação dos limites pessoais com a devida moderação.
Primeiros Passos
Ao contrário do que pensam alguns, não é necessária uma preparação física prévia para se iniciar no karate. Embora os movimentos não sejam os naturais, tenham sido construídos para aumentar a eficácia dos golpes, a flexibilidade, força, resistência e habilidade motora do praticante são os seus limites. A atividade possui particularidades que só serão superadas praticando. Assim, o mais importante é começar.
Dicas e os cuidados para iniciantes no esporte
Após a avaliação médica, procurar uma academia ou escola devidamente registrada e com profissional habilitado, deve ser o primeiro passo.
Assistir algumas aulas, procurando observar se os procedimentos didáticos adotados pelo professor possibilitam o aprendizado garantindo a integridade dos alunos; Observar se o nível de exigência das atividades da aula é adequado às possibilidades de realização dos alunos;
Verificar se no início da aula existe uma preparação física e psicológica para as atividades de maior intensidade, bem como se ao final da mesma realizam-se exercícios de relaxamento ou de compensação das atividades desenvolvidas anteriormente, são os passos seguintes.
Após a iniciação, o praticante pode treinar as técnicas aprendidas sozinho e em outros espaços diferentes da academia. Seguir os passos aprendidos na academia tais como o aquecimento e alongamento antes das atividades de maior intensidade e o relaxamento ao final do treino devem ser considerados.
Respeitados estes passos, podemos usufruir da prática do karate como lazer e melhoria da aptidão física. Praticar com amigos em praças e bosques são momentos propícios para a integração social e com o meio ambiente. Pode-se treinar o kata (seqüência de movimentos de ataque e defesa pré estabelecidos que simulam uma luta contra vários adversários) e o kumite (luta contra um ou mais oponentes) com alguns cuidados: O treinamento do kata é adequado para a prática individual ou em grupo, sem confronto direto entre os praticantes. Os golpes de luta também podem ser treinados individualmente, mas quando a luta é treinada com opositores, o autocontrole e o respeito mútuo são fundamentais para evitar acidentes. Deve-se evitar o treinamento de luta sem a presença de um mediador.
Nas primeiras aulas, o aluno aprende algumas técnicas que o capacitam a evitar ataques causados por agressores leigos. Ao perseverar nos treinamentos, o praticantes passa a conhecer os seus próprios limites e o poder adquirido, o que o leva a controlar a sua agressividade e a evitar as situações de confronto. A auto defesa é uma conseqüência do treinamento regular, da disciplina, do autocontrole, de uma formação não apenas física, mas, ao mesmo tempo, mental e social.
Os frutos colhidos nas práticas, transformam-se em sementes que germinarão e florescerão, renovando o Homem e a Arte ao longo da vida. 

A PRÁTICA E OS BENEFÍCIOS DO KARATE

A prática de exercícios físicos no karate é um componente essencial nos cuidados com a saúde. A atividade física em suas peculiaridades pode contribuir para a prevenção e a recuperação dos males orgânicos, psicológicos e sociais (Carvalho, 2004; Stember et al, 2006).
O karate é uma atividade que auxilia no desenvolvimento integral dos praticantes, ao mesmo tempo em que atua na manutenção da saúde. O nível de intensidade e a complexidade das técnicas praticadas podem variar conforme a idade, gênero e outras dificuldades e potencialidades dos praticantes, não se restringindo a um perfil pré-estabelecido.
A prática pode contribuir na prevenção de quedas e melhoria do equilíbrio em indivíduos da terceira idade (Yamaguchi, 2004), na elevação da auto-estima, auto controle e auto realização em adultos (Madden, 1990), na modificação da orientação motivacional de jovens em situação de risco (Palermo, 2006; Vianna, 1997; 2007), na modificação do estilo de vida de jovens obesos ou com obesidade mórbida (Fritzsche e Raschka, 2007), na regulação dos estados mentais e de humor (Palermo et al, 2006), no desenvolvimento da concentração, na integração social, entre outros benefícios que podem ser estendidos a todos os praticantes, não se restringindo a um determinado público alvo.
Portadores de necessidades especiais também podem praticar, havendo, inclusive competições esportivas para cadeirantes e portadores de outras deficiências.
A prática controlada do karate direcionada a educação, ao lazer, ao fitness e a qualidade de vida, pode favorecer a melhoria das grandes funções, a resistência muscoloesquelética e a amplitude articular e a coordenação motora geral e específica. O indivíduo torna-se mais ativo, perspicaz, forte e resistente nas atividades cotidianas.
Alguns estudos têm demonstrado que a prática do karate está relacionada a melhorias nos sistemas cardiovascular (Padilla et al, 2000), melhoria da força, resistência, potência e flexibilidade (Neto et al, 2008; Stemberg et al, 2006) mudança na composição corporal (Fritzsche e Raschka, 2007) e perda de peso (Artioli et al, 2006). A prática do karate tem sido relatada como um componente auxiliar na modificação do estilo de vida e na adoção de um estilo de vida mais ativo e saudável, combatendo os diversos males associados à hipocinesia, próprios da vida contemporânea.
O karate trabalha com o peso do próprio corpo, o que favorece uma formação corporal harmoniosa e segura. O uso de implementos ou aparelhos não é fundamental ao praticante sem finalidades esportivas. As pernas e cintura pélvica integradas são fundamentais no processo de ação e reação decorrentes da aplicação dos golpes de ataque e defesa, exercendo a função de base para o equilíbrio, a estabilidade, a resistência, a velocidade de deslocamento e de reação e de outras qualidades necessárias à prática. Por se tratar de uma atividade praticada eminentemente de pé, as pernas são trabalhadas constantemente. Uma das características corporais do praticante de karate, são as pernas fortes, ágeis e flexíveis.
Quem pratica artes marciais seja ela qual for sabe dos inegáveis benefícios que estas trazem para sua vida de uma forma global.
Principais benefícios: Fortalecimento muscular; melhora da função cardiovascular; ganho de massa corporal; perda de calorias; tonificação dos músculos; aumento da coordenação motora; e aumento da percepção geral.
Voltando um pouco os cinco primeiros são mais fáceis de obter em muitas atividades.  Os dois últimos são benefícios mais específicos das artes marciais, principalmente o último.  Se bem orientado em uma arte marcial séria, e sendo conduzida por sensei sério e capacitado também.
Há muito tempo o pessoal de educação física está de olho no público que freqüenta ou procura as artes marciais e seus benefícios.  Que são indiscutivelmente amplos como falado anteriormente. Muita gente não se contenta com a repetibilidade das aulas de ginástica aeróbica ou de musculação.
Não existe nada na vida, nenhum resultado, sem dedicação e trabalho contínuo. Sem suor. Seja no trabalho, seja na ginástica, arte marcial ou qualquer coisa.
O maior desafio que se tem é chegar ao verdadeiro público das artes marciais, que tem um perfil muito característico. Ele é perseverante, não está preocupado em luta ou defesa pessoal somente, mas no beneficio global, tem consciência dos benefícios diretos e indiretos da arte marcial (ou tem alguma vaga noção disso) e sabe que abraçar uma arte marcial é uma mudança de estilo de vida e não apenas a procura somente dos seus benefícios citados acima. Estes são conseqüências.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Kardecismo e Umbanda

Tem sido muito grande a migração para a Umbanda de médiuns da linha tradicional do espiritismo codificado por Allan Kardec. Eu não estranho porque eu fui um deles, não nescessariamente nesta ordem mas como diriram muitos bato muita cabeça, e pelo meu estado evolutivo e sentimental ainda tenho muito a bater, sou ainda um perdido em minhas energias e conhecimentos. Os que praticavam o kardecismo e hoje estão dentro da Umbanda levam uma grande vantagem no entendimento da religião porque é o espiritismo que lida com entidades comuns, que nós na Umbanda chamamos Eguns, e nesta religião é que se estuda com mais clareza a manifestação dessas entidades em nosso mundo material. Acho um erro grave e que deve ter destaque para quem ensina a Umbanda é que essa gama de espíritos tem vários estados de entendimento espiritual.

Os obsessores não são quiumbas ou trevosos como entende a Umbanda. Um desencarne pode deixar até espíritos de algum conhecimento espiritual em estado de confusão e que muitas vezes até mesmo não sabem que desencarnaram e continuam vivendo sua vida comum o que traz aos familiares um grande mal estar. É difícil avaliar e até mesmo enumerar a quantidade de transtornos causados por esses espíritos aos encarnados. Não são espíritos perversos e não querem fazer o mal, mas o fazem por absoluta falta de entendimento. Com esses espíritos é que a linha kardecista está mais ligada. Ao contrário, a Umbanda lida mais com espíritos em avançado estado de energia negativa, e têm consciência do que estão fazendo. Isso sem contar com os espíritos trevosos, que são os que estão à serviço da maldade e fazem parte do lado escuro do mundo espiritual. São espertos e planejam a forma como vão fazer o mal.

Por isso os médiuns devem saber com que tipo estão lidando, para não incorrerem no erro de, ao invés de salvar uma entidade dando-lhe luz e esclarecimentos, tratá-los como espíritos inimigos. São situações delicadas e importante para uma pratica de uma Umbanda segura e generosa. Muitos estranham que recomendo aos iniciantes na Umbanda a lerem os livros espíritas linha kardecista, porque além dos fatos que relatei a mediunidade é mais estudada sob a luz cientifica. Chamo a atenção de todos para um detalhe muito importante: os médiuns da linha kardecista têm um conhecimento grande, mas limitado porque não conhecem a Umbanda. Os umbandistas que conhecerem a linha kardecista e também a Umbanda são muito mais preparados.

Os espíritos que desencarnam e continuam com seus vícios aproximam-se dos encarnados usando-os como médiuns. A lei do semelhante funciona muito bem nesses casos. Uma pessoa que é médium e desconhece essa sua capacidade, envolve-se com bebidas alcoólicas, drogas, e outras situações não condizentes com o equilíbrio e a moral, atraem espíritos semelhantes, e ambos vivem juntos marchando para o caminho da perdição e do pecado. Com uma diferença: o espírito sabe o que está fazendo e o médium não sabe que está sendo usado.

Umbanda e Kardecismo são diferentes?

É comum a controvérsia de uns e de outros, quanto a Umbanda ser um “aspecto” ou modalidade do chamado Espiritismo dito de Kardec. Estes estudiosos parece que não estudaram a “coisa” como ela é e se apresenta.

Batem-se no ponto de que no Umbandismo existe a manifestação dos espíritos e no Espiritismo, também!

Todos sabem que quem particularizou o termo espiritismo foi Allan Kardec, para traduzir por ele certos ensinamentos dos espíritos. A palavra espírito se perde na antiguidade, dentro dos livros religiosos de vários povos, inclusive nos Vedas, dos Brahmas, no Livro dos Mortos dos Egípcios, nas obras de Fo-HY, um dos mais antigos sábios da China, na Bíblia de Moysés, na Kabala dos Judeus, nos evangelhos ditos de Cristo, etc…

Mas, que se deve entender realmente por espiritismo? Segundo Kardec, é a doutrina dos espíritos. Como vêem, pelo exposto, revelar a doutrina ou as coisas do espírito não foi privilégio nem de uns ou de outros. Diremos, pois, que a doutrina espírita ou Espiritismo tem por princípio as relações do mundo material com os espíritos ou seres do mundo invisível, etc..

Estas relações, esta doutrina, que também traduzem as Eternas verdades, são tão velhas quanto a própria humanidade, porquanto podem ser identificadas nestes ditos antigos e sagrados livros das mais velhas religiões do mundo. Kardec codificou, isto é , propagou, apenas parte destas antigas verdades – reveladas pelos espíritos de acordo com a época – expressões de uma Lei, imutável, que vêm sendo confirmadas e ampliadas dentro das nossas Linhas de Umbanda, por grandes instrutores, espíritos altamente evoluídos, que consideramos como Orixás intermediários e Guias, que têm como missão precípua reconstituir as partes restantes, ou seja….o todo….

O que ressalta então, claramente do exposto? Que há uma certa identidade entre o Espiritismo e a Umbanda.

Esta identidade se verifica, quanto à Doutrina, à manifestação e comunicação dos espíritos, pelo fator mediúnico, bem como pela parte científica, filosófica e moral, etc…Mas, sobrepõe-se logo, numa comparação, o seguinte: a Lei de Umbanda NÃO É o Espiritismo, apenas. Este, com todo seu conteúdo, e que faz parte da Umbanda, isto é, se integra ou se absorve nela, faz parte dela!

Na Umbanda, além da parte filosófica, científica, doutrinária e dos fenômenos da mediunidade, pela manifestação, desta ou daquela forma, dos espíritos, formando estas coisas, os atributos principais e tacitamente reconhecidos como particularizando a Escola Kardecista, tema Umbanda ainda, bem definido, o aspecto propriamente dito de uma Religião, pela Liturgia, Ritual, Simbologia, Mitologia, Mística, bem como pela Magia, Astrologia esotérica e outras correlações de Forças NÃO PRATICADAS no denominado espiritismo,e portanto inexistentes neste!

DIFERENCAS DE MEDIUNIDADE

“Pergunta : Existe alguma diferença entre a mediunidade da mesa kardecista (espírita) e a mediunidade de Umbanda ?

Resposta : Sim. A mediunidade no chamado espiritismo de mesa é acentuadamente mental, as comunicações são quase telepáticas, predominantemente inspirativas, isto é, os espíritos atuam mais sobre a mente dos médiuns, pois a atividade do espiritismo se processa mais no plano mental. Espiritismo de mesa não tem a missão de atuar no baixo astral contra os elementos de magia negra, como acontece com a Umbanda. Ele é quase exclusivamente doutrinário, mostrando aos homens o caminho a ser seguido a fim de se elevarem verticalmente a Deus. Sua doutrina fundamenta-se principalmente na reencarnação e na Lei da Causa e do Efeito. Abre a porta, mostra o caminho iluminado e aconselha o homem a percorre-lo a fim de alcançar a sua libertação dos renascimentos dolorosos em mundos de sofrimentos, como é o nosso atualmente, candidatando-se à vivência em mundos melhores. Em virtude disso, a defesa do médium kardecista (espírita) reside quase exclusivamente na sua conduta moral e elevação dos sentimentos, portanto os espíritos da mesa kardecista (espírita), após cumprirem suas tarefas benfeitoras, devem atender outras obrigações inadiáveis.

É da tradição espírita kardecista (espírita) que os espíritos manifestem-se pelo pensamento, cabendo aos médiuns transmitirem as idéia com o seu próprio vocabulário e não as configurações dos espíritos comunicantes.

Em face do habitual cerceamento mediúnico junto às mesas kardecistas (espírita), os
espíritos tem de se limitar ao intercâmbio mais mental e menos fenomênico, isto é, mais idéias e menos personalidade. Qualquer coação ou advertência contraria no exercício da mediunidade reduz-lhe a passividade mediúnica e desperta a condição anímica. Por esta razão há muito animismo na corrente kardecista (espírita).

A faculdade mediúnica do médium ou cavalo de Umbanda é muito diferente da do médium kardecista (espírita), considerando-se que um dos principais trabalhos da Umbanda é atuar no baixo astral, submundo das energias degradantes e fonte primaria da vida.

Os médiuns de Umbanda lidam com toda a sorte de tropeços, ciladas, mistificações, magias e demandas contra espíritos sumamente poderosos e cruéis, que manipulam as forcas ocultas negativas com sabedoria. Em conseqüência o seu desenvolvimento obedece a uma técnica especifica diferente da dos médiuns kardecista (espírita)s. Para se resguardar das vibrações e ataques das chamadas falanges negras, ele tem de valer-se dos elementos da natureza, como seja : banhos de ervas, perfumes, defumações, oferendas nos diversos reinos da natureza, fonte original dos Orixás ,Guias e Protetores, como meios de defesa e limpeza da aura física e psíquica, para poder estar em condições de desempenhar a sua tarefa, sem embargo da indispensável proteção dos seus Guias e Protetores espirituais, em virtude de participarem de trabalhos mediúnicos que ferem profundamente a ação dos espíritos das falanges negras, isto e’, do mal que os perseguem, sempre procurando tirar uma desforra. Por isso a proteção dos filhos de Terreiro é constituída por verdadeiras tropas de choque comandadas pelos experimentados Orixás, conhecedores das manhas e astucias dos magos negros. Sua atuação é permanente na crosta da Terra e vigiam atentamente os médiuns contra investidas adversas, certos de que ainda é muito precária a defesa guarnecida pela evocação de pensamentos ou de conduta moral superior, ainda bastante rara entre as melhores criaturas. Os Chefes de Legião, Falanges, Sub-falanges, Grupamentos e Protetores, também assumem pesados deveres e responsabilidade de segurança e proteção de seus médiuns. É um compromisso de serviço de fidelidade mutua, porem, de maior responsabilidades dos Chefes de Terreiro.

Dai as descargas fluidicas que se processam nos Terreiros, após certos trabalhos, com a colaboração das falanges do mar e da cachoeira, defumação dos médiuns e do ambiente e dando de beber a todos água fluidificada. Espirito que encarna com o compromisso de mediunidade de Umbanda, recebe no espaço, na preparação de sua reencarnação, nos seus plexos nervosos ou chacras, um acréscimo de energia vital eletromagnética necessária para que ele possa suportar a pesada tarefa que irá desempenhar.

Na corrente kardecista (espírita), isto não é necessário, em virtude de não ter de enfrentar trabalhos de magia negra, como acontece na Umbanda, e mesmo permitir aos guias atuarem-lhe mais fortemente nas regiões dos plexos, assumindo o domínio do corpo físico e plastificando suas principais características. Enato vemos caboclos e pretos-velhos revelarem-se nos Terreiros com linguagem deturpada para melhor compreensão da massa humilde, assim como as crianças, encarnando suas maneiras infantis para melhor aceitação das mesmas. “

No livro “Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de Um Preto-Velho” – W. W. da Matta e Silva, há um relato de Pai Ernesto de Moçambique sobre a diferença entre a mediunidade da “mesa kardecista (espírita)” e a mediunidade de Umbanda
Eu li e recomendo sempre o Livro Tambores de Angola que foi psicografado por um espirito dentro da lei Kardecista.

Axé a todos!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Agora pedem para eu me comportar


Desde pequeno eu via coisas estranhas na TV!
* O Tarzan corria pelado... 
* Cinderela chegava em casa meia noite... 
* Aladim era ladrão... 
* Batman dirigia a 320 km/h... 
* Pinocchio mentia... 
* Bela Adormecida era malandrona... 
* Salsicha (Scooby-Do) tinha voz de maconheiro, via fantasma e conversava com o cachorro...
* Zé Colméia e Catatau eram cleptomaníacos e roubavam cestas de pic-nic...
* Branca de Neve morava na boa com 7 homens (pequenos)...
* Olívia Palito tinha bulimia;
* Popeye fumava um matinho suspeito!!!
* Pac Man corria em uma sala escura com música eletrônica comendo pílulas que o deixam ligadão;
Super Homem locão, colocava cueca por cima da calça;
* A Margarida namorava o Pato Donald e saía com o Gastão;
Olha os exemplos que eu tive!
E agora pedem para eu me comportar?!?!?
Tarde demais !!!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Covardia é crime hediondo

Eu sei que sou um pouco nervoso, digamos temperamental. Às vezes, permito que os sentimentos sobressaiam à razão. Quando isso acontece, não somente comigo, não conseguimos mensurar as consequencias de nossos atos. Invariavelmente, quem acaba sofrendo com isso são nossos familiares e amigos.

Mas o que você faria se flagrasse uma pessoa agredindo seu filho? Isso, agredindo seu filho, aquele pequeno ser que dá todo significado a sua vida. Aquele pequeno ser indefeso que você confiou a uma pessoa que deveria cuidar dele, protegê-lo, alimentá-lo.

Temos visto nos noticiários de várias emissoras de TV e em vários sites da web que os casos de agressão à criança tem aumentado assustadoramente. São crianças sendo violentadas, espancadas, mortas por pessoas que, geralmente, acreditamos ser de confiança.

Babás, familiares e até pais e mães descontam nas crianças uma culpa que não deveria ser atribuída a elas. A violência contra crianças deveria ser punida com severas penas (talvez com pena capital, dependendo do ato).

Pergunto-me como uma pessoa pode agredir um bebê, que chora por ter fome ou por dor de barriga? Como uma pessoa pode agredir uma criança com deficiência, já que ela não consegue dizer ou mostrar o que se passa com ela? Como uma pessoa pode agredir um idoso que deu sua vida para criar e cuidar de uma família e que não possui mais forças se defender? Como uma pessoa pode agredir um cachorro (ou gato, ou qualquer outro animal) que está nas ruas, em sua maioria, porque algum irresponsável o adotou quando filhote e o colocou “nas ruas” quando não o queria mais?

Que tipo de seres humanos estamos nos tornando? Como assim o cachorrinho que trazia felicidade para a casa não “serve” mais? Como assim bater em um bebê que chora por querer colo? Como assim agredir uma criança deficiente? Como assim maltratar um idoso? Como assim achar tudo isso normal e não fazer nada?

Ver este tipo de situação e não se indignar é preocupante. Considerar que esta situação é corriqueira é preocupante. Achar que só porque não está acontecendo em nossas casas não devemos nos manifestar é preocupante. Resumindo: ficar calado é preocupante.

Não podemos culpar “as oportunidades da vida” e nos conformar com estas situações. Alguns intelectuais diriam que estes fatos acontecem por falta de educação, que isto é culpa do governo, que não possuíam estrutura familiar... eu chamo isso de covardia, ignorância, maldade...

Má índole existe em qualquer camada social e está na hora de parar de falar que só filho de pobre não dá certo na vida ou que lhe falta oportunidade e que isso deixa as pessoas revoltadas. E por isso elas descontam em quem não pode se defender?

Não sou exemplo a ser seguido. Não sou perfeito. Estou muito longe disso. Tenho muitos defeitos, talvez incontáveis. Mas a covardia não é uma palavra que faz parte de meu dicionário. Pense duas vezes antes de cometer atos de covardia. E lembre-se: somos responsáveis, unicamente, pelos nossos próprios atos.


Martim Barbosa
Jornalista
Pós Graduado em Gestão da Comunicação
Professor de Karate

Vai ter multa mesmo? E as eleições ano que vem?

Vendo a edição de hoje (09/12) do Bom dia Brasil (TV Globo), recebi com satisfação a notícia de que está proibido o uso do farol de xenon. Para os motoristas que utilizam as rodovias precárias de nosso país a notícia é muito boa. Para aqueles que usam os carros como acessório, a notícia é ruim.

Quem não tinha o farol no carro se viu obrigado a colocar, já que estes faróis cegam o motorista que vem no sentido contrário. Para os motociclistas, então, a notícia é ótima, já que voltarão a poder trafegar sem medo durante a noite.

Me preocupa só uma coisa, até bem simples: existem modelos de automóveis que vem com este farol de fábrica, ou oferecem-no como item a ser adicionado no carro. Pois bem. Aqueles que compraram deveram arcar com seu prejuízo, já que esta decisão sobre o uso do farol estava sub judice. Mas e aqueles que compraram os carros já com o farol como item de série? A montadora será obrigada a trocar? Isto é um fato para se pensar.

Mas a minha maior preocupação é com relação às multas. Entendo e compreendo quando as polícias dizem que o efetivo é pequeno. Entendo e compreendo quando as polícias dizem que seu salário é pequeno para o risco. Mas será que vão multar mesmo?

Ano que vem é ano eleitoral. A corrida aos cargos públicos costumam inibir medidas “anti-votos”. E todos concordamos que multas não dão votos a ninguém.  Será que esta decisão vai valer na prática, ou só no papel? Vamos ficar atentos e, se você colocou farol de xenon no seu carro, corra e vá trocar, ou se arrisque a ganhar uma multa de R$127 mais cinco pontos na carteira.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Dia do Jornalista será “novo ponto de partida” do movimento em defesa do diploma

Ampliar a mobilização pela aprovação das Propostas de Emenda Constitucional (PECs) que restabelecem a exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão é a ordem do dia das entidades e apoiadores da campanha em defesa do diploma após os contatos políticos que a Caravana dos Jornalistas realizou em Brasília de 23 a 25 de março. Nas audiências com os presidentes do Senado e da Câmara, e na reunião com parlamentares das duas Casas, ficou fortalecida a perspectiva de votação das propostas sobre o tema no Congresso Nacional em abril.

Em audiência com dirigentes da FENAJ, de Sindicatos de Jornalistas e com senadores no dia 23 de março, o presidente do Senado, José Sarney, manifestou disposição de incluir a PEC 33/09 na pauta do plenário após a votação de medidas provisórias que obstruem a apreciação de outras matérias. E sugeriu aos representantes da campanha em defesa do diploma que dialoguem com os líderes partidários com vistas a encaminhar a tramitação da matéria. Já aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a PEC 33/09, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE), tramita sob a forma de substitutivo que precisa da aprovação do plenário da Casa em dois turnos de votação.

No dia seguinte, representantes das entidades sindicais dos jornalistas e parlamentares foram recebidos pelo presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, que adiantou seu objetivo de realizar, possivelmente em abril, um processo de votação de PECs que não acarretem despesas públicas e que sejam passíveis de obter acordo de lideranças. Maia também estimulou os jornalistas a prosseguirem nas articulações com lideranças partidárias para a inclusão da PEC 386/09 na pauta do plenário da Câmara. Os deputados Paulo Pimenta (PT/RS), autor da PEC, José Guimarães (PT/CE) e Chico Lopes (PCdoB/CE) também participaram da audiência.

A comitiva de dirigentes também foi recebida pelo líder do PT no Senado Federal, Humberto Costa (PE), e pelo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), juntamente com o senador Eunício Oliveira (PMDB/CE), ex-ministro das Comunicações. “Todos declararam apoio integral às PECs do diploma e se comprometeram a trabalhar os votos de suas bancadas”, afirma a tesoureira da FENAJ, Déborah Lima.

Deputados e senadores comprometidos com este objetivo colhem assinaturas para a reinstalação da Frente Parlamentar em Defesa do Diploma. A idéia é lançá-la em ato a ser realizado em Brasília no dia 6 de abril, em homenagem ao Dia do Jornalista.

“Com a agenda que nossa caravana realizou, a retomada da tramitação das propostas ficou fortalecida”, considera o presidente da FENAJ, Celso Schröder, avaliando as audiências com os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados como “extremamente positivas”. Ele destaca, porém, que para assegurar a aprovação das PECs 386/09 e 33/09 é preciso intensificar as mobilizações. “Precisamos colocar o bloco na rua desde já”, defende. “E o Dia do Jornalista, 7 de abril, é nosso novo ponto de partida para ecoar na sociedade a defesa do diploma como condição necessária para qualificar o exercício do Jornalismo”, completa.

A 1ª vice-presidente da FENAJ, Maria José Braga, reforça tal entendimento. “No dia 26 de março, com a participação de dirigentes de 14 Sindicatos de Jornalistas, o Conselho de Representantes da FENAJ reafirmou a prioridade de desenvolver ações pela aprovação das PECs”, registra, informando que além de ampliar as mobilizações, ficou definida a orientação para que os Sindicatos de Jornalistas intensifiquem nos seus respectivos estados e regiões o contato para convencimento de deputados federais e senadores.


*Fonte: Fenaj

DESRESPEITO AO CONSUMIDOR

De acordo com o site Wikipédia.org, dia útil é qualquer dia que não seja sábado, domingo ou feriado. Na década de 1980, com altas taxas de juros 'overnight' e elevada inflação, o Banco Central do Brasil adotou o sistema com 252 dias úteis para aplicações financeiras.
No mundo ocidental, sábados e domingos não são contados como empresarial/dias úteis. Em alguns países muçulmanos e em Israel, isto se aplica à sexta-feira e Sábado.
Os dias úteis são comuns em empresas com limite de tempo de serviços, tais como a navegação ou o processo de pagamento. Como por exemplo, ao enviar uma encomenda através de uma transportadora, a encomenda expedida numa quinta-feira com prazo de entrega em dois dias úteis, será entregue na segunda-feira.
Após este entendimento, estranha-me o fato de empresas ignorarem os direitos do consumidor. Vou contar uma história que aconteceu comigo na semana passada e que terá seu desfecho (talvez) breve.
Fui ao Magazine Luiza no último dia 12/05/2011 e comprei um telefone Nokia C3-00. Tudo perfeito. O aparelho atendia às minhas expectativas. Entretanto, no dia 17/05/2011, o telefone apresentou defeito.
“Tudo bem, vou à loja e peço a troca do aparelho” pensei com os meus botões. Para a minha decepção, a loja já estava fechada. Parei, então, em uma loja especializada em celulares e perguntei o que poderia ter acontecido.
O técnico disse que poderia ser problema de software, mas que ele não poderia me garantir sem testar o aparelho. Este mesmo técnico aconselhou-me a não mexer no aparelho já que ele estava no prazo de garantia.
Não fiquei satisfeito. Liguei para o Serviço de Atendimento da Nokia e conversei com um atendente. Ele disse que não poderia resolver o problema, e que eu deveria procurar a loja onde eu comprei o telefone, por ainda estar na garantia.
Não fiquei convencido. No dia 18/05, fui à operadora de telefonia celular e questionei se o chip utilizado poderia ter causado o dano ao celular. A resposta que eu tive é que isso não poderia acontecer já que meu chip funcionava perfeitamente em outro aparelho. Disseram-me, outra vez, que eu deveria procurar a loja para efetuar a troca do aparelho. Fui à loja e deparei-me com uma faixa avisando que a loja estava fechada para reforma e que só reabriria no dia 20/05. Fiquei sem saber o que fazer.
Já no dia 19/05, liguei para a Central de Atendimento do Cliente Magazine Luiza e informei o que havia acontecido. O atendente me disse que o fato de a loja ter fechado para reforma não iria me prejudicar e que ele havia aberto uma solicitação de troca na loja e me passou o número do protocolo para a troca do aparelho (3538355). Disse-me, ainda, o atendente que, caso a loja não quisesse trocar o aparelho, que eu entrasse em contato novamente com o SAC.
Cheguei à loja no dia 20/05 em posse do aparelho e da nota fiscal. Os vendedores não quiseram me atender e uma das gerentes (muito mal educada por sinal) disse que não iria trocar. Então, um dos vendedores encaminhou-me a outro gerente (este muito educado) que se prontificou a me atender.
Embora ele tenha dito que não poderia trocar o aparelho porque já havia se passado o prazo para a troca (quatro dias úteis), pedi a ele que ligasse para a Central de Atendimento já que havia o protocolo para a troca.
Após muita conversa com uma atendente, chegaram a conclusão de que, mesmo com a loja fechada na quarta-feira e quinta-feira, eu havia perdido o prazo, já que elas contaram o sábado (14/05) como sendo dia útil.
Sábado não é dia útil. Me senti desrespeitado e procurei a polícia. Registrei o boletim de ocorrência M2402-2011-0007797. Procurei o PROCON de minha cidade, registrei minha indignação e uma a empresa será notificada pelo órgão. Irei, também, procurar o Ministério Público para que eu possa ser reparado quanto ao dano de ficar sem o aparelho, já que o comprei para trabalhar e acabei perdendo minha agenda telefônica, quem sabe compromissos, já que eu fiquei sem contato telefônico.
Sorte minha ter um telefone velho e parado em casa.
De acordo com o art. 18, §1º, I; 23; 24, do Código de Defesa do Consumidor e artigos 13, XXIV; 22, XXIII, do Decreto Federal 2181/97, quero a substituição imediata do produto viciado por outro novo, em perfeitas condições de uso.
EU TENHO DIREITO E BRIGO POR ELE!!!


QUEM VAI RESOLVER O PROBLEMA???
OU