sexta-feira, 10 de junho de 2011

Agora pedem para eu me comportar


Desde pequeno eu via coisas estranhas na TV!
* O Tarzan corria pelado... 
* Cinderela chegava em casa meia noite... 
* Aladim era ladrão... 
* Batman dirigia a 320 km/h... 
* Pinocchio mentia... 
* Bela Adormecida era malandrona... 
* Salsicha (Scooby-Do) tinha voz de maconheiro, via fantasma e conversava com o cachorro...
* Zé Colméia e Catatau eram cleptomaníacos e roubavam cestas de pic-nic...
* Branca de Neve morava na boa com 7 homens (pequenos)...
* Olívia Palito tinha bulimia;
* Popeye fumava um matinho suspeito!!!
* Pac Man corria em uma sala escura com música eletrônica comendo pílulas que o deixam ligadão;
Super Homem locão, colocava cueca por cima da calça;
* A Margarida namorava o Pato Donald e saía com o Gastão;
Olha os exemplos que eu tive!
E agora pedem para eu me comportar?!?!?
Tarde demais !!!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Covardia é crime hediondo

Eu sei que sou um pouco nervoso, digamos temperamental. Às vezes, permito que os sentimentos sobressaiam à razão. Quando isso acontece, não somente comigo, não conseguimos mensurar as consequencias de nossos atos. Invariavelmente, quem acaba sofrendo com isso são nossos familiares e amigos.

Mas o que você faria se flagrasse uma pessoa agredindo seu filho? Isso, agredindo seu filho, aquele pequeno ser que dá todo significado a sua vida. Aquele pequeno ser indefeso que você confiou a uma pessoa que deveria cuidar dele, protegê-lo, alimentá-lo.

Temos visto nos noticiários de várias emissoras de TV e em vários sites da web que os casos de agressão à criança tem aumentado assustadoramente. São crianças sendo violentadas, espancadas, mortas por pessoas que, geralmente, acreditamos ser de confiança.

Babás, familiares e até pais e mães descontam nas crianças uma culpa que não deveria ser atribuída a elas. A violência contra crianças deveria ser punida com severas penas (talvez com pena capital, dependendo do ato).

Pergunto-me como uma pessoa pode agredir um bebê, que chora por ter fome ou por dor de barriga? Como uma pessoa pode agredir uma criança com deficiência, já que ela não consegue dizer ou mostrar o que se passa com ela? Como uma pessoa pode agredir um idoso que deu sua vida para criar e cuidar de uma família e que não possui mais forças se defender? Como uma pessoa pode agredir um cachorro (ou gato, ou qualquer outro animal) que está nas ruas, em sua maioria, porque algum irresponsável o adotou quando filhote e o colocou “nas ruas” quando não o queria mais?

Que tipo de seres humanos estamos nos tornando? Como assim o cachorrinho que trazia felicidade para a casa não “serve” mais? Como assim bater em um bebê que chora por querer colo? Como assim agredir uma criança deficiente? Como assim maltratar um idoso? Como assim achar tudo isso normal e não fazer nada?

Ver este tipo de situação e não se indignar é preocupante. Considerar que esta situação é corriqueira é preocupante. Achar que só porque não está acontecendo em nossas casas não devemos nos manifestar é preocupante. Resumindo: ficar calado é preocupante.

Não podemos culpar “as oportunidades da vida” e nos conformar com estas situações. Alguns intelectuais diriam que estes fatos acontecem por falta de educação, que isto é culpa do governo, que não possuíam estrutura familiar... eu chamo isso de covardia, ignorância, maldade...

Má índole existe em qualquer camada social e está na hora de parar de falar que só filho de pobre não dá certo na vida ou que lhe falta oportunidade e que isso deixa as pessoas revoltadas. E por isso elas descontam em quem não pode se defender?

Não sou exemplo a ser seguido. Não sou perfeito. Estou muito longe disso. Tenho muitos defeitos, talvez incontáveis. Mas a covardia não é uma palavra que faz parte de meu dicionário. Pense duas vezes antes de cometer atos de covardia. E lembre-se: somos responsáveis, unicamente, pelos nossos próprios atos.


Martim Barbosa
Jornalista
Pós Graduado em Gestão da Comunicação
Professor de Karate

Vai ter multa mesmo? E as eleições ano que vem?

Vendo a edição de hoje (09/12) do Bom dia Brasil (TV Globo), recebi com satisfação a notícia de que está proibido o uso do farol de xenon. Para os motoristas que utilizam as rodovias precárias de nosso país a notícia é muito boa. Para aqueles que usam os carros como acessório, a notícia é ruim.

Quem não tinha o farol no carro se viu obrigado a colocar, já que estes faróis cegam o motorista que vem no sentido contrário. Para os motociclistas, então, a notícia é ótima, já que voltarão a poder trafegar sem medo durante a noite.

Me preocupa só uma coisa, até bem simples: existem modelos de automóveis que vem com este farol de fábrica, ou oferecem-no como item a ser adicionado no carro. Pois bem. Aqueles que compraram deveram arcar com seu prejuízo, já que esta decisão sobre o uso do farol estava sub judice. Mas e aqueles que compraram os carros já com o farol como item de série? A montadora será obrigada a trocar? Isto é um fato para se pensar.

Mas a minha maior preocupação é com relação às multas. Entendo e compreendo quando as polícias dizem que o efetivo é pequeno. Entendo e compreendo quando as polícias dizem que seu salário é pequeno para o risco. Mas será que vão multar mesmo?

Ano que vem é ano eleitoral. A corrida aos cargos públicos costumam inibir medidas “anti-votos”. E todos concordamos que multas não dão votos a ninguém.  Será que esta decisão vai valer na prática, ou só no papel? Vamos ficar atentos e, se você colocou farol de xenon no seu carro, corra e vá trocar, ou se arrisque a ganhar uma multa de R$127 mais cinco pontos na carteira.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Dia do Jornalista será “novo ponto de partida” do movimento em defesa do diploma

Ampliar a mobilização pela aprovação das Propostas de Emenda Constitucional (PECs) que restabelecem a exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão é a ordem do dia das entidades e apoiadores da campanha em defesa do diploma após os contatos políticos que a Caravana dos Jornalistas realizou em Brasília de 23 a 25 de março. Nas audiências com os presidentes do Senado e da Câmara, e na reunião com parlamentares das duas Casas, ficou fortalecida a perspectiva de votação das propostas sobre o tema no Congresso Nacional em abril.

Em audiência com dirigentes da FENAJ, de Sindicatos de Jornalistas e com senadores no dia 23 de março, o presidente do Senado, José Sarney, manifestou disposição de incluir a PEC 33/09 na pauta do plenário após a votação de medidas provisórias que obstruem a apreciação de outras matérias. E sugeriu aos representantes da campanha em defesa do diploma que dialoguem com os líderes partidários com vistas a encaminhar a tramitação da matéria. Já aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a PEC 33/09, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE), tramita sob a forma de substitutivo que precisa da aprovação do plenário da Casa em dois turnos de votação.

No dia seguinte, representantes das entidades sindicais dos jornalistas e parlamentares foram recebidos pelo presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, que adiantou seu objetivo de realizar, possivelmente em abril, um processo de votação de PECs que não acarretem despesas públicas e que sejam passíveis de obter acordo de lideranças. Maia também estimulou os jornalistas a prosseguirem nas articulações com lideranças partidárias para a inclusão da PEC 386/09 na pauta do plenário da Câmara. Os deputados Paulo Pimenta (PT/RS), autor da PEC, José Guimarães (PT/CE) e Chico Lopes (PCdoB/CE) também participaram da audiência.

A comitiva de dirigentes também foi recebida pelo líder do PT no Senado Federal, Humberto Costa (PE), e pelo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), juntamente com o senador Eunício Oliveira (PMDB/CE), ex-ministro das Comunicações. “Todos declararam apoio integral às PECs do diploma e se comprometeram a trabalhar os votos de suas bancadas”, afirma a tesoureira da FENAJ, Déborah Lima.

Deputados e senadores comprometidos com este objetivo colhem assinaturas para a reinstalação da Frente Parlamentar em Defesa do Diploma. A idéia é lançá-la em ato a ser realizado em Brasília no dia 6 de abril, em homenagem ao Dia do Jornalista.

“Com a agenda que nossa caravana realizou, a retomada da tramitação das propostas ficou fortalecida”, considera o presidente da FENAJ, Celso Schröder, avaliando as audiências com os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados como “extremamente positivas”. Ele destaca, porém, que para assegurar a aprovação das PECs 386/09 e 33/09 é preciso intensificar as mobilizações. “Precisamos colocar o bloco na rua desde já”, defende. “E o Dia do Jornalista, 7 de abril, é nosso novo ponto de partida para ecoar na sociedade a defesa do diploma como condição necessária para qualificar o exercício do Jornalismo”, completa.

A 1ª vice-presidente da FENAJ, Maria José Braga, reforça tal entendimento. “No dia 26 de março, com a participação de dirigentes de 14 Sindicatos de Jornalistas, o Conselho de Representantes da FENAJ reafirmou a prioridade de desenvolver ações pela aprovação das PECs”, registra, informando que além de ampliar as mobilizações, ficou definida a orientação para que os Sindicatos de Jornalistas intensifiquem nos seus respectivos estados e regiões o contato para convencimento de deputados federais e senadores.


*Fonte: Fenaj

DESRESPEITO AO CONSUMIDOR

De acordo com o site Wikipédia.org, dia útil é qualquer dia que não seja sábado, domingo ou feriado. Na década de 1980, com altas taxas de juros 'overnight' e elevada inflação, o Banco Central do Brasil adotou o sistema com 252 dias úteis para aplicações financeiras.
No mundo ocidental, sábados e domingos não são contados como empresarial/dias úteis. Em alguns países muçulmanos e em Israel, isto se aplica à sexta-feira e Sábado.
Os dias úteis são comuns em empresas com limite de tempo de serviços, tais como a navegação ou o processo de pagamento. Como por exemplo, ao enviar uma encomenda através de uma transportadora, a encomenda expedida numa quinta-feira com prazo de entrega em dois dias úteis, será entregue na segunda-feira.
Após este entendimento, estranha-me o fato de empresas ignorarem os direitos do consumidor. Vou contar uma história que aconteceu comigo na semana passada e que terá seu desfecho (talvez) breve.
Fui ao Magazine Luiza no último dia 12/05/2011 e comprei um telefone Nokia C3-00. Tudo perfeito. O aparelho atendia às minhas expectativas. Entretanto, no dia 17/05/2011, o telefone apresentou defeito.
“Tudo bem, vou à loja e peço a troca do aparelho” pensei com os meus botões. Para a minha decepção, a loja já estava fechada. Parei, então, em uma loja especializada em celulares e perguntei o que poderia ter acontecido.
O técnico disse que poderia ser problema de software, mas que ele não poderia me garantir sem testar o aparelho. Este mesmo técnico aconselhou-me a não mexer no aparelho já que ele estava no prazo de garantia.
Não fiquei satisfeito. Liguei para o Serviço de Atendimento da Nokia e conversei com um atendente. Ele disse que não poderia resolver o problema, e que eu deveria procurar a loja onde eu comprei o telefone, por ainda estar na garantia.
Não fiquei convencido. No dia 18/05, fui à operadora de telefonia celular e questionei se o chip utilizado poderia ter causado o dano ao celular. A resposta que eu tive é que isso não poderia acontecer já que meu chip funcionava perfeitamente em outro aparelho. Disseram-me, outra vez, que eu deveria procurar a loja para efetuar a troca do aparelho. Fui à loja e deparei-me com uma faixa avisando que a loja estava fechada para reforma e que só reabriria no dia 20/05. Fiquei sem saber o que fazer.
Já no dia 19/05, liguei para a Central de Atendimento do Cliente Magazine Luiza e informei o que havia acontecido. O atendente me disse que o fato de a loja ter fechado para reforma não iria me prejudicar e que ele havia aberto uma solicitação de troca na loja e me passou o número do protocolo para a troca do aparelho (3538355). Disse-me, ainda, o atendente que, caso a loja não quisesse trocar o aparelho, que eu entrasse em contato novamente com o SAC.
Cheguei à loja no dia 20/05 em posse do aparelho e da nota fiscal. Os vendedores não quiseram me atender e uma das gerentes (muito mal educada por sinal) disse que não iria trocar. Então, um dos vendedores encaminhou-me a outro gerente (este muito educado) que se prontificou a me atender.
Embora ele tenha dito que não poderia trocar o aparelho porque já havia se passado o prazo para a troca (quatro dias úteis), pedi a ele que ligasse para a Central de Atendimento já que havia o protocolo para a troca.
Após muita conversa com uma atendente, chegaram a conclusão de que, mesmo com a loja fechada na quarta-feira e quinta-feira, eu havia perdido o prazo, já que elas contaram o sábado (14/05) como sendo dia útil.
Sábado não é dia útil. Me senti desrespeitado e procurei a polícia. Registrei o boletim de ocorrência M2402-2011-0007797. Procurei o PROCON de minha cidade, registrei minha indignação e uma a empresa será notificada pelo órgão. Irei, também, procurar o Ministério Público para que eu possa ser reparado quanto ao dano de ficar sem o aparelho, já que o comprei para trabalhar e acabei perdendo minha agenda telefônica, quem sabe compromissos, já que eu fiquei sem contato telefônico.
Sorte minha ter um telefone velho e parado em casa.
De acordo com o art. 18, §1º, I; 23; 24, do Código de Defesa do Consumidor e artigos 13, XXIV; 22, XXIII, do Decreto Federal 2181/97, quero a substituição imediata do produto viciado por outro novo, em perfeitas condições de uso.
EU TENHO DIREITO E BRIGO POR ELE!!!


QUEM VAI RESOLVER O PROBLEMA???
OU

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Líderes pedem tramitação da PEC 33/09 em regime especial no Senado



A mesa diretora do Senado recebeu, nesta semana, um requerimento com a assinatura de líderes de partidos para que a PEC 33/09, que restitui a exigência de diploma para o exercício profissional do Jornalismo, tramite na Casa em regime especial. Os coordenadores da campanha em defesa do diploma orientaram os apoiadores do movimento a ampliarem esforços pela aprovação da matéria. 

O esforço concentrado realizado no início do mês produziu efeito positivo. O Placar do Diploma confirma, agora, a manifestação de 72 senadores favoráveis à PEC, seis contrários e três ainda com posição indefinida. A expectativa de votação da matéria na Semana da Liberdade de Imprensa, contudo, foi frustrada em função de uma Medida Provisória que trancou a pauta do Senado. 

Dirigentes da FENAJ, acompanhados de representantes de Sindicatos que se revezam em rodízio semanal, prosseguem nos contatos com os senadores para acelerar a votação da PEC 33/09. Nesta semana, o esforço conjunto foi realizado pelos diretores da FENAJ José Carlos Torves e Antônio Paulo dos Santos, pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, Cláudio Curado, e pelos diretores dos Sindicatos dos Jornalistas da Paraíba e de Minas Gerais, Rafael Freire e Fabrício da Silva. Com este trabalho, conseguiu-se concluir, nesta semana, a coleta de assinaturas de líderes partidários ao requerimento para que a matéria tramite em regime especial. O documento foi entregue à Mesa Diretora do Senado. 

Nova caravana a Brasília está prevista para a próxima semana. “A expectativa é de que todos os Sindicatos que puderem enviem representantes”, conta a diretora da FENAJ e membro do GT da Coordenação da Campanha, Valci Zuculoto. “Nossa leitura é de que agora colocar a matéria em votação depende muito mais da vontade política da Mesa Diretora e do próprio presidente do Senado”, completa. 

Desta vez pretende-se entregar as assinaturas coletadas até o momento à petição eletrônica em favor da PEC (que já soma aproximadamente sete mil apoiadores), bem como o manifesto de entidades apoiadoras da proposta à Mesa Diretora do Senado. Novamente a Coordenação do movimento pede, também, que seus apoiadores encaminhem mensagens de sensibilização aos parlamentares pela aprovação da PEC, que precisa ser votada em dois turnos no plenário do Senado.


*Fonte: FENAJ

terça-feira, 10 de maio de 2011

O que é o Karate?

O que é o karate?
A necessidade de defender-se para sobreviver fez com que o homem desenvolvesse diversos gêneros de luta, em diferentes épocas e regiões do mundo. No entanto, um momento e uma região, em especial, marcaram historicamente as artes marciais.
Em meados do século V, Bodhidarma, monge indiano, caminhou para a China a fim de fundar um mosteiro budista. Seguidor do budismo de contemplação, ele desenvolveu técnicas de luta sem armas chamadas Shao-lin-su-kempo. O objetivo era a manutenção da saúde e a auto defesa em que, através de exercícios penosos, pretendiam o fortalecimento do corpo para dar morada a paz de espírito e a verdade religiosa. Essas técnicas foram difundidas pelo território chines.
O intercâmbio comercial e cultural entre a China e as ilhas vizinhas, possibilitou, especialmente em Okinawa, que na época pertencia à China, a introdução das técnicas de lutas chinesas. Ao final, da dinastia Ming, Okinawa passou ao domínio japonês que para evitar a reação do povo nativo, proibiu uso de armas. Sob pressão militar, a população obteve nos utensílios de uso cotidiano e no próprio corpo, como cadeiras, cordas, mãos, joelhos e etc., meios de defesa. Esses utensílios e corpo se transformaram em armas (Nakayama, 1987).
O isolamento japonês no período medieval, nos séculos IX a XIX, contribuiu para que o povo nativo criasse um estilo próprio de luta, diferente de sua origem chinesa. A perseguição exercida pela classe dominante japonesa era tal, que Okinawa (1885) chegou a compará-la a perseguição sofrida pela capoeira no Brasil Imperial.
No inicio do século XIX, com a ruptura do isolamento japonês, surgiram as armas de fogo, inibindo a utilização das lutas de corpo a corpo que quase desapareceram como arte de guerra. O século XX trouxe consigo o ressurgir das artes marciais, deslocando o enfoque de luta para a sobrevivência, para educação física, com fundamentação espiritual.
Considerado o pai do Karate-do moderno, Funakoshi modificou o karate literal e filosoficamente de "Mãos Chinesas" para "Mãos Vazias", mãos de liberdade, em que KARA e TE passaram a ter a conotação de defender-se desarmado e ter a mente livre do egoísmo e da maldade. O karate passou a representar a busca de um caminho (DO) ou disciplina a ser seguida por toda a vida, na construção da personalidade (Nakayama, 1987; Silvares, 1987) dos seus praticantes, fossem novos ou velhos, doentes ou saudáveis.
Cada geração, cada grupo cultural e o estudo científico pelos quais passou, participaram do processo de construção do Karate-do, transformando-o na arte que conhecemos hoje, com uma característica mais esportiva, cujo objetivo maior é que os efeitos da prática transcendam os limites do dojo (sala de treinamento), formando o indivíduo saudável, humilde, cortês, crítico, justo e corajoso, capaz de perceber os fatos e agir objetiva e equilibradamente nas variadas situações da vida.

Quem pode praticar esse esporte?
A prática de exercícios físicos no karate é um componente essencial nos cuidados com a saúde. A atividade física em suas peculiaridades pode contribuir para a prevenção e a recuperação dos males orgânicos, psicológicos e sociais (Carvalho, 2004; Stember et al, 2006).
O karate é uma atividade que auxilia no desenvolvimento integral dos praticantes, ao mesmo tempo que atua na manutenção da saúde. O nível de intensidade e a complexidade das técnicas praticadas podem variar conforme a idade, gênero e outras dificuldades e potencialidades dos praticantes, não se restringindo a um perfil pré-estabelecido.
A prática pode contribuir na prevenção de quedas e melhoria do equilíbrio em indivíduos da terceira idade (Yamaguchi, 2004), na elevação da auto-estima, auto controle e auto realização em adultos (Madden, 1990), na modificação da orientação motivacional de jovens em situação de risco (Palermo, 2006; Vianna, 1997; 2007), na modificação do estilo de vida de jovens obesos ou com obesidade mórbida (Fritzsche e Raschka, 2007), na regulação dos estados mentais e de humor (Palermo et al, 2006), no desenvolvimento da concentração, na integração social, entre outros benefícios que podem ser estendidos a todos os praticantes, não se restringindo a um determinado público alvo.
Portadores de necessidades especiais também podem praticar, havendo, inclusive competições esportivas para cadeirantes e portadores de outras deficiências.

Como a prática do esporte atua no organismo? Quais os benefícios para o corpo?
A prática controlada do karate direcionada a educação, ao lazer, ao fitness e a qualidade de vida, pode favorecer a melhoria das grandes funções, a resistência muscoloesquelética e a amplitude articular e a coordenação motora geral e específica. O indivíduo torna-se mais ativo, perspicaz, forte e resistente nas atividades cotidianas.
Alguns estudos têm demonstrado que a prática do karate está relacionada a melhorias nos sistemas cardiovascular (Padilla et al, 2000), melhoria da força, resistência, potência e flexibilidade (Neto et al, 2008; Stemberg et al, 2006) mudança na composição corporal (Fritzsche e Raschka, 2007) e perda de peso (Artioli et al, 2006). A prática do karate tem sido relatada como um componente auxiliar na modificação do estilo de vida e na adoção de um estilo de vida mais ativo e saudável, combatendo os diversos males associados à hipocinesia, próprios da vida contemporânea.

Quais as partes do corpo que são mais exigidas?
O karate trabalha com o peso do próprio corpo, o que favorece uma formação corporal harmoniosa e segura. O uso de implementos ou aparelhos não é fundamental ao praticante sem finalidades esportivas. As pernas e cintura pélvica integradas, são fundamentais no processo de ação e reação decorrentes da aplicação dos golpes de ataque e defesa, exercendo a função de base para o equilíbrio, a estabilidade, a resistência, a velocidade de deslocamento e de reação e de outras qualidades necessárias à prática. Por se tratar de uma atividade praticada eminentemente de pé, as pernas são trabalhadas constantemente. Uma das características corporais do praticante de karate, são as pernas fortes, ágeis e flexíveis.

Quais os riscos para a saúde?
Como as demais atividades físicas, a prática do karate requer uma avaliação médica preliminar, prescrevendo as indicações e cuidados necessários. O treinamento esportivo é eminentemente anaeróbio, sendo restrito a pessoas com cardiopatias e hipertensão, sem o devido acompanhamento médico.
Portadores de outras patologias devem ser tratados com o controle devido, o que indica que a prática deve ser conduzida por profissional habilitado e competente, a fim de minimizar os riscos de acidente ou de lesão, assim como os riscos de uma rivalidade hostil e principalmente elevar os benefícios à saúde.
Os limites da prática são os limites individuais que devem ser respeitados pelo praticante e pelo professor, que deve estimular a superação dos limites pessoais com a devida moderação.

Quais os passos para começar a prática do karate?
Ao contrário do que pensam alguns, não é necessária uma preparação física prévia para se iniciar no karate. Embora os movimentos não sejam os naturais, tenham sido construídos para aumentar a eficácia dos golpes, a flexibilidade, força, resistência e habilidade motora do praticante são os seus limites. A atividade possui particularidades que só serão superadas praticando. Assim, o mais importante é começar.

Quais as dicas e os cuidados que um iniciante no esporte deve tomar?
Após a avaliação médica, procurar uma academia ou escola devidamente registrada e com profissional habilitado, deve ser o primeiro passo.
Assistir algumas aulas, procurando observar se os procedimentos didáticos adotados pelo professor possibilitam o aprendizado garantindo a integridade dos alunos; Observar se o nível de exigência das atividades da aula é adequado às possibilidades de realização dos alunos;
Verificar se no início da aula existe uma preparação física e psicológica para as atividades de maior intensidade, bem como se ao final da mesma realiza-se exercícios de relaxamento ou de compensação das atividades desenvolvidas anteriormente, são os passos seguintes.
Após a iniciação, o praticante pode treinar as técnicas aprendidas sozinho e em outros espaços diferentes da academia. Seguir os passos aprendidos na academia tais como o aquecimento e alongamento antes das atividades de maior intensidade e o relaxamento ao final do treino devem ser considerados.

Procurar respeitar os próprios limites é outra dica
Respeitados estes passos, podemos usufruir da prática do karate como lazer e melhoria da aptidão física. Praticar com amigos em praças e bosques são momentos propícios para a integração social e com o meio ambiente. Pode-se treinar o kata (sequência de movimentos de ataque e defesa pré estabelecidos que simulam uma luta contra vários adversários) e o kumite (luta contra um ou mais oponentes) com alguns cuidados: O treinamento do kata é adequado para a prática individual ou em grupo, sem confronto direto entre os praticantes. Os golpes de luta também podem ser treinados individualmente, mas quando a luta é treinada com opositores, o auto controle e o respeito mútuo são fundamentais para evitar acidentes. Deve-se evitar o treinamento de luta sem a presença de um mediador.
Nas primeiras aulas, o aluno aprende algumas técnicas que o capacitam a evitar ataques causados por agressores leigos. Ao perseverar nos treinamentos, o praticantes passa a conhecer os seus próprios limites e o poder adquirido, o que o leva a controlar a sua agressividade e a evitar as situações de confronto. A auto defesa é uma consequência do treinamento regular, da disciplina, do auto controle, de uma formação não apenas física mas, ao mesmo tempo, mental e social.
Os frutos colhidos nas práticas, transformam-se em sementes que germinarão e florescerão, renovando o Homem e a Arte ao longo da vida. 

terça-feira, 12 de abril de 2011

Se os pais voltassem a ser pais

Estamos em tempos de guerra. Sim, guerra. Guerra contra uma série de coisas criadas por nós mesmos, mas que não sabemos como enfrentar. Vimos com pesar jovens entrar nas escolas e matar crianças inocentes e não percebemos que os culpados somos nós mesmos.

Somos nós que criamos a indústria do ódio, da intolerância... Somos nós que consideramos normal qualquer situação que não ocorra embaixo de nosso nariz. Afinal, o que acontece longe (pelo menos 200 metros) não vai nos atingir.

Reclamamos de tudo, mas não fazemos nada para mudar. Acho que perdemos nossa força, a prevenção, o cuidado... Quando eu era criança eu tinha o direito de brincar, de estudar, até de trabalhar. Eu queria ser grande, ter responsabilidade, tal qual meus pais. Eles eram e são meus ídolos. Cresci, ainda não sou pai, mas quero ser melhor pai para os meus filhos do que os meus foram. Simplesmente por uma questão de evolução.

Quero cuidar, brincar, ler, estudar, ninar, alimentar... quero ser pai de verdade. Não somente aquela pessoa que gera, mas aquela que cuida, para que um dia, eu não precise fazer estas perguntas ou ter de dar respostas a elas:

E se os pais voltassem a brincar com seus filhos?!

E se os pais voltassem a ficar com seus filhos?!

E se os pais voltassem a ensinar seus filhos?!

E se os pais voltassem a frequentar as escolas de seus filhos?!

E se as escolas voltassem a fazer o aluno raciocinar em vez de decorar?!

E se as escolas voltassem a incentivar a prática esportiva?!

E se voltassem as competições intercolegiais e interssala?!

E se voltassem as aulas de Educação Moral e Cívica?!

E se voltassem as aulas de OSPB?!

E se o estudo da religião na escola não fosse atrelado à religião da escola?!

E se as crianças de hoje tivessem ídolos como Ayrton Sena, Zico, Pelé e Garrincha?!

E se a intolerância religiosa não existisse?!

E se voltássemos à época em que Buylling era só brincadeira de criança?!

E se a TV aberta voltasse a ter uma programas infantis?!

E se as novelas não exibissem tantas cenas de sexo e violência?!

E se os autores de novelas não mostrassem que ser ladrão e corrupto vale a pena?!

E se os programas de TV voltassem a mostrar valores como família, respeito, caráter?!

E se as crianças tivesse seus direitos respeitados?!

E se as crianças voltassem a subir em árvores?!

E se as crianças voltassem a dormir ao som das histórias contadas por pais e avós?!

E se as crianças voltassem a ser seres inocentes?!

E se as crianças voltassem a brincar?!

E se nós, adultos, deixássemos as crianças serem novamente crianças?!

São muitas as perguntas, mas as crianças de Realengo não estarão mais aqui para escutar a nossa resposta. A resposta de uma sociedade hipócrita e mentirosa, que gera seus filhos e os entrega a própria sorte e que acredita que a responsabilidade da educação de uma criança é restrita a professores.

Não sei dizer que este assassino poderia agir de outra forma se tivesse uma outra educação, mas as crianças da década de 80 conseguiam ir para a escola seguros de que voltariam para casa. Nossa sociedade está criando monstros e vê isso com espanto.

Educação não é questão financeira. Educação é questão familiar, é apostar em conceitos que os nossos avós ensinaram aos nossos pais. Mas... E se os pais voltassem a ser pais?!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Uma conversa habitual


- Não
- Como não? Eu tô vendo que você está diferente
- Não, tô não.
- Tá sim. Tá na cara! Não quer falar, é isso?
- Falar o que?
- O que você tem. Esse jeito estranho. Eu te conheço
- Mais do que eu me conheço?
- Nossa, precisa falar assim? 
- Eu só fiz uma pergunta diante das várias que você não para de me fazer!
- Tá vendo? Tô falando. Você está diferente e não quer falar. Que saco!
- Eu não tô diferente. Eu tô cansado.
- Sabia que você tinha alguma coisa que não queria me falar
- Agora eu tenho a obrigação de te falar até quando eu tô cansado?
- Creeeedo. Como você está grosso Seu Seu 
- Isso é pegadinha, não é? Tem alguma câmera escondida?
- E ainda é irônico!
- Irônico? Eu só tô cansado!
- De mim?
- O que?
- Tá cansado De mim?
- Como assim?
- É. Se respondeu "como assim" é porque é.
- Humph.
- E ainda suspira em voz alta. Tá querendo discutir, é isso?
- Eu???
- É. Sabia desde a hora que você chegou.
- Eu só tô cansado, porra!
- Já tá xingando? Perdeu o respeito mesmo por mim. Anda, desembucha logo: tá cansado do quê em mim?
- Você tá louca???
- Tá vendo!?!
- Não tô acreditando!
- Tá cansado de mim, me chamando de louca e agora ainda diz que eu sou mentirosa???
- Hein?
- Hein nada. Eu sei muito bem onde você quer chegar.
- Então, já que você é a única pessoa que sabe o que está acontecendo aqui, me diz: onde eu quero chegar?
- Você sabe. Não se faça de bobo.
- EU SÓ ES-TOU CAN-SA-DO!!!!
- E ainda grita comigo? Snif
- Tá chorando por que?
- Eu cuido da casa, dos nossos filhos, sempre compro o presente que você esquece de comprar praquela mal educada da sua mãe e você está cansado de mim, me chama de louca e de mentirosa
- Você não pode estar falando sério.
- Tô. E tô triste. Culpa sua!
- Minha? Era só o que me faltava!
- O que está te faltando?
- Hein?
- Você acabou de falar.
- É uma expressão!!!
- Eu sei, tá me chamando de burra agora também? Que mais, hein?
- Minha Nossa Senhora
- Nunca rezou, não vai a missa comigo nunca e agora fica falando em Nossa Senhora só pra me provocar, não é?
- rs
- Tá rindo de que?
- De você, ora! rs
- Eu sou a palhaça aqui, é isso??
- Não, tô lembrando de uma discussão muito parecida que tivemos mês passado
- Mês passado? Que dia?
- Sei lá Acho que foi no dia do aniversário do Dudu Dia 11 do mês passado, foi isso. Você estava implicando até com os brigadeiros que você tinha enrolado, lembra?
- É, lembro.
- Que dia é hoje?
- 9, por quê?
- Nada não. Eu vou na cozinha. Quer que eu pegue Atroveran, Buscupan ou Ponstan, meu amor?


*Jack Bianchi publica contos e crônicas no blog jackbianchi.com.br/blog 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Começou o período eleitoral

Ano que vem é ano eleitoral. Entretanto, o processo já está a pleno vapor. O que se percebe em todas as cidades do país é uma movimentação partidária acirrada, em busca de novas filiações e elaboração de um projeto político que atenda às expectativas da população.

A criação de novos partidos também pode ser observada com certo temor pelos eleitores. E, para a nossa segurança (ou não), a lei da ficha limpa entra em vigor para o pleito de 2012.

Devemos nos ater a alguns fatos específicos deste processo eleitoral: elegeremos, apenas, Vereadores, Prefeitos e Vice-prefeitos.

As principais funções do vereador são: analisar e aprovar leis ligadas à prefeitura e ao poder executivo; fiscalizar vários órgãos da prefeitura, além de requerer prestação de conta por parte do prefeito; votar projetos de lei; receber os eleitores e ouvir sugestões, críticas, reivindicações; promover a ligação entre eleitores da região que representa e o governo; elaborar e redigir projetos; criar leis com intuito de formar uma sociedade mais justa.

Ou seja, se os candidatos prometerem que irão fazer obras em benefício de sua comunidade, NÃO VOTE. Vereadores não fazem obras, de espécie alguma e não empregam ninguém, a menos que em sua cidade o Vereador possa ter assessores particulares. E mesmo que tenha, é crime eleitoral comprar votos. SIM, COMPRA DE VOTOS É CRIME!!!

As principais funções do prefeito são: governar a cidade de forma conjunta com os vereadores; funções atribuídas às áreas políticas, executivas e administrativas; representante do povo na busca por melhoria do município, oferecendo boa qualidade de vida aos habitantes; reivindicar convênios, benefícios, auxílios para o município que representa; apresentação de projetos de Leis à Câmara Municipal, sancionar, promulgar, além de publicá-las e vetá-las. Cabe ao prefeito também convocar a Câmara em casos excepcionais; intermediar politicamente com outras esferas do poder, sempre com intuito de beneficiar o município; representante máximo do município de forma legal; atender à comunidade, ouvindo suas reivindicações e anseios; quanto às funções executivas, cabe ao prefeito planejar, comandar, coordenar, controlar entre outras atividades relacionadas com o cargo; zelar pela limpeza da cidade, manter postos de saúde, escolas e creches, transporte público entre outras atribuições; administrar os impostos (IPVA, IPTU, ITU) e aplicá-los da melhor forma.

O Vice-Prefeito é o sucessor do Prefeito em casos de vaga do cargo e o substituto em casos de licença ou impedimento. O Vice-Prefeito pode exercer funções relevantes na administração municipal, sem incompatibilidade, fazendo jus a vencimentos que não se confundem com a remuneração do cargo, devendo optar por um deles.

Prefeito e Vice são eleitos em conjunto, embora a maior parte da população vote apenas no cabeça de chapa (prefeito). Não diferente dos candidatos a Vereador, os postulantes ao cargo do Executivo municipal costumam fazer promessas mirabolantes (como obras por toda a cidade), embora saibamos que não é possível atender a todas as demandas do município.

Você sabe qual o valor do orçamento municipal? Pelo menos sabe o que os candidatos eleitos fazem com o dinheiro público? Acompanha a política municipal, mesmo que seja por jornais, revista, internet ou sinal de fumaça? Seria ideal que todos acompanhássemos reuniões do Legislativo e todos os atos do Executivo, mas entendo e respeito quem não o faça.

Por isso, não permita que certos candidatos tenham acesso aos cargos públicos. Utilizar a profissão com trampolim político, também deve ser apreciado com cuidado. Se o candidato aparece todos os dias na TV, rádio ou jornal, somente criticando ações das pessoas que estão ocupando cargos públicos, isso não o credencia para ser um agente político.

A política se faz com situação e oposição, ma é preciso argumentos e embate político. Faça uma simples pergunta a quem só critica: “se você estivesse no lugar deles, o que faria para mudar?”

Pergunte, também, a qual cargo ele concorreria e veja se a resposta que ele deu à pergunta condiz com o cargo que ele almeja. Criticar é muito fácil, difícil é achar a solução.

Não estou dizendo que os políticos do país estão certos, mas afirmando que todas as propostas têm que ser analisadas. Projetos políticos estão ligados diretamente à coligação partidária. Observe o governo, o candidato, o partido. O que você quer para sua cidade? Veja se os candidatos estão aptos a ocuparem os cargos e se eles conhecem as atribuições. São quatro anos de céu ou inferno. VOTE CONSCIENTE e lembre-se COMPRA DE VOTOS É CRIME!!!